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Navegando por Autor "Souza, Elizabethe Cristina Fagundes de"

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    Tese
    Associação entre as narrativas em saúde bucal e condições socioeconômico-culturais: a dentição como reflexo da desigualdade social
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2007-05-07) Moreira, Thiago Pelúcio; Alves, Maria do Socorro Costa Feitosa; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788255Y3&dataRevisao=null; ; http://lattes.cnpq.br/6033369700828889; Silva, Antonia Oliveira; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788600J7; Jesuíno, Jorge Correia; Ferreira, Aurigena Antunes Araújo; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4792980U2; Souza, Elizabethe Cristina Fagundes de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784162H0&dataRevisao=null
    Esse estudo antropológico investiga a experiência vivida das doenças bucais no contexto da pobreza do Nordeste brasileiro, com ênfase nas desigualdades e exclusão social. Foram realizadas entrevistas etnográficas, narrativas e observação participante com 31 moradores do Dendê, comunidade de baixa renda em Fortaleza, Ceará, analisadas pelo método hermenêutico-dialético. Resultados indicam que as precárias condições de vida e suporte social dificultam priorizar o cuidado em saúde. Os informantes percebem as doenças bucais especialmente no caso de dor, indicando a extração como mais resolutiva e principal demanda no difícil acesso aos serviços. A deterioração da saúde bucal é lamentada, revelando marcas desiguais que impactam na auto-estima e no acesso às oportunidades de ascensão social. A análise aponta que os fatores sócio-econômico-culturais potencializadores da pobreza têm relação com a experiência em saúde e doença e as formas de acesso aos serviços. É necessário intensificar a equidade melhorando as habilidades de comunicação dos profissionais com o saber popular, através da redução das barreiras de acesso e aumento do poder de vocalização da comunidade, criando redes de apoio ao processo decisório na busca por serviços de qualidade
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    Dissertação
    Atividades preventivas realizadas pelos cirurgiões-dentistas do PSF de Natal-RN
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2007-03-22) Almeida, Gilmara Celli Maia de; Ferreira, Maria ângela Fernandes; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4767285D3; ; http://lattes.cnpq.br/5694096571543495; Jamelli, Sílvia Regina; ; http://lattes.cnpq.br/4682603119477532; Costa, Iris do Céu Clara; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794938J9; Almeida, Maria Eneide Leitão de; ; http://lattes.cnpq.br/9421873316721844; Souza, Elizabethe Cristina Fagundes de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784162H0&dataRevisao=null
    O Programa Saúde da Família (PSF) apresenta-se como modelo reestruturador na atenção básica, e as práticas de prevenção e promoção em saúde são partes integrantes nesse contexto. Neste sentido, objetivou-se conhecer as práticas preventivas em saúde bucal realizadas pelos dentistas do PSF do município de Natal-RN, assim como de que forma são desenvolvidas, as bases de conhecimento norteadoras das condutas e a utilização de instrumentos de avaliação pelos dentistas e pela Coordenadora de Saúde Bucal. Para tanto, obteve-se uma lista dos dentistas inseridos no PSF de Natal em março de 2006 (n=91) para realização de uma entrevista estruturada. Após excluir aqueles com menos de seis meses de PSF e considerar a perda, entrevistou-se 80 dentistas. A entrevista continha questões sobre procedimentos preventivos em âmbito individual e coletivo, fontes de embasamento para desenvolvimento das atividades e verificação do impacto e instrumentos de avaliação. Além disso, realizou-se uma entrevista com a Coordenadora de Saúde Bucal sobre o processo avaliativo e a existência de protocolo, assim como análise documental no SIA-SUS (Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS), SIAB (Sistema de Informação de Atenção Básica) e Pacto de Indicadores. As atividades principais em âmbito individual foram a Orientação de Higiene Bucal (87,5%) e Aplicação Tópica de Flúor (ATF) com 95%.Em âmbito coletivo prevaleceu atuação a grupos de escolares (91,25%), sendo a ATF realizada pelos 91,25% e as atividades educativas por 86,25%, principalmente através de palestras (61,25%).Orientações sobre câncer de boca foram destacadas no grupo de idosos (39,96%) e hipertensos e diabéticos (19,51%), assim como integração com a equipe de saúde que foi respectivamente de 21,93% e 39,02%. As palestras e rodas de conversa foram as principais atividades para idosos, hipertensos e diabéticos, e também foram expressivas às gestantes. No grupo de gestantes e bebês predominou orientação de higiene e dieta. No que concerne a instrumentos de avaliação, 73,75% dos dentistas relataram não existir. Apesar disso 73,75% consideraram que as ações têm impacto, principalmente devido melhor higiene e redução no índice de cárie de crianças. As principais fontes de embasamento são a experiência clínica (42,5%) e cursos de capacitação (33,75%), sendo a necessidade da população e realidade local citada por apenas 7,5%. A Coordenadora de Saúde Bucal relacionou os Indicadores do Pacto de Atenção e registros do SIA-SUS como fonte de avaliação, mas destacou a ausência de levantamento epidemiológico. Relatou o aumento de escovação supervisionada como resultado positivo, e destacou a dificuldade do profissional de atuar na família e em equipe. Os registros do SIASUS demonstraram que individualmente utiliza-se predominantemente ATF gel e em âmbito coletivo a escovação supervisionada, além de observar que atividades educativas no Estabelecimento de Saúde predominam em detrimento a ações na Comunidade. Diante dos resultados, verificou-se atuação em diferentes grupos, mas com maior atenção a escolares, assim como direcionamento das atividades à cárie dentária, existindo pouca ênfase a outros problemas bucais. Além disso, não existem instrumentos epidemiológicos ou dados da realidade local para norteamento das condutas e como parte do processo de planejamento e avaliação
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    Tese
    Avaliação da assistência às pessoas com transtornos mentais em conflito com a lei
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-05-12) Oliveira, Lannuzya Veríssimo e; Freitas, Cláudia Helena Soares de Morais; Salvador, Petala Tuani Cândido de Oliveira; Uchoa, Severina Alice da Costa; Souza, Elizabethe Cristina Fagundes de; Costa, Gabriela Maria Cavalcanti; Neves, Robson da Fonseca
    Objetivou-se avaliar a assistência às pessoas com transtornos mentais em conflito com a lei. Trata-se de um estudo de avaliação realizado em duas etapas: Estudo Metodológico e Estudo de Caso. O estudo metodológico, desenvolvido de fevereiro a dezembro de 2019, delineou a construção e validação do modelo lógico e da matriz de critérios para avaliação da assistência ao grupo estudado, a partir dos três procedimentos sugeridos pelo referencial da Psicometria de Pasquali: 1) teóricos- composto por ensaio teórico, scoping review e estudo de avaliabilidade, a fim de identificar os conteúdos que compuseram o modelo lógico e a matriz de critérios; 2) empíricos – compreenderam a construção do instrumento de coleta através do Google Forms e a seleção de 44 experts para o processo de validação do instrumento de avaliação proposto; e 3) analíticos- realizado a partir de duas etapas Delphi, em que se considerou válido o item avaliado como adequado que obteve 70% de concordância entre os experts. O estudo de caso ocorreu no âmbito do Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico do estado do Rio Grande do Norte. Foram entrevistados, em janeiro de 2020, três gestores e sete profissionais de saúde que atuavam no cenário pesquisado. O conteúdo textual decorrente das entrevistas foi submetido à análise textual lexicográfica, com auxílio do software Interface de R pour Analyses Multidimensionnelles de Textes et de Questionneires e a análise dos dados foi realizada a partir de literatura pertinente. O ensaio teórico refletiu sobre a existência de muros (in) visíveis que cerceiam as pessoas com transtornos mentais em conflito com a lei. A scoping review identificou que as pesquisas acerca da assistência à saúde mental ofertada aos internos dos Institutos de Psiquiatria Forense no Brasil eram predominantemente dissertações, com abordagem qualitativa, na área da Psicologia e Direito, publicadas em 2014, realizadas na região sudeste do Brasil, com ênfase nas falas dos profissionais de saúde e sem especificar a metodologia da análise de dados. Ademais, indicou que a assistência ofertada aos internos destas instituições tem caráter punitivo, pauta-se na medicalização excessiva e diverge da legislação vigente, o que dificulta a reintegração social desses sujeitos. O estudo de avaliabilidade resultou: na elaboração e pactuação do modelo lógico; na análise e comparação entre a realidade da política e o modelo lógico; e na elaboração da matriz de critérios. O modelo lógico foi validado pela Técnica de Grupo Nominal. A adequabilidade do conteúdo da matriz de critérios foi avaliada por 16 experts na etapa Delphi 1 e por 12 na etapa Delphi 2. A matriz de critérios teve seu conteúdo validado mediante Coeficiente de Validade de Conteúdo de 0,93. Para gestores e profissionais de saúde entrevistados na etapa de campo, a assistência no cenário estudado é permeada por carências estruturais, mas mudanças no âmbito da gestão institucional têm permitido avanços no processo de desinstitucionalização dos internos. Recomenda-se o estabelecimento de metas exequíveis, bem como que a matriz de critérios proposta nesse estudo direcione a avaliação contínua e sistemática, capaz de incidir em melhorias na assistência prestada a esta clientela.
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    Dissertação
    Avaliação em saúde bucal na perspectiva do usuário: enfoque ao estudo da acessibilidade organizacional
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2007-02-26) Castro, Ricardo Dias de; Oliveira, Angelo Giuseppe Roncalli da Costa; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794935P9&dataRevisao=null; ; http://lattes.cnpq.br/0031529469046003; Padilha, Wilton Wilney Nascimento; ; http://lattes.cnpq.br/8754306262756144; Souza, Elizabethe Cristina Fagundes de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784162H0&dataRevisao=null
    Diante do fato de reestruturação do setor saúde bucal dentro das políticas públicas de saúde brasileiras, este trabalho se propôs avaliar, sob o ponto de vista dos usuários, a acessibilidade aos serviços de saúde bucal no município de Santa Cruz (RN), enfocando o aspecto organizacional. Para tanto, questionários foram dirigidos aos usuários em seus domicílios, considerando o setor censitário. Foram avaliados 9 setores da zona urbana, escolhidos através de sorteio, e 1 da zona rural, selecionado por conveniência. A amostra foi composta por 194 usuários, calculada considerando a prevalência estimada do evento representada pelo indicador nunca foi ao dentista + foi ao dentista há mais de três anos do Relatório do Projeto SB Brasil. Para complementação dos resultados, ainda foram realizadas entrevistas com outros atores envolvidos no processo de produção de saúde bucal: profissionais (Cirurgiões-Dentistas) e Gestor (Secretário Municipal de Saúde). A partir dos dados obtidos foi possível identificar que 12,9% da população nunca visitaram o dentista, e que a procura pelo serviço não foi influenciada pelas características individuais e socioeconômicas dos usuários, com exceção do gênero. Verificou-se que 36,1% dos usuários buscaram o dentista em menos de ano, estando os mais jovens (p<0,05) entre aqueles que buscam o dentista com mais freqüência. 63,3% dos entrevistados relataram encontrar algum tipo de dificuldade quando da busca pelo atendimento odontológico, estando as dificuldades para agendamento, a existência de filas e longa espera entre os mais citados. Foi identificado que 43,2% dos usuários esperam 3 semanas ou mais pelo atendimento. Destaca-se ainda que 71,4% dos entrevistados encontram dificuldades para conseguir atendimento de urgência, sendo a longa espera pela consulta a mais citada. 92,9% e 94,1% dos entrevistos nunca foram encaminhados para realização de consultas mais especializas e exames complementares, respectivamente, evidenciando que os usuários não estão recebendo atendimentos integrais. Diante dos dados encontrados pôde-se verificar que a acessibilidade aos serviços de saúde bucal do município de Santa Cruz (RN) encontra-se prejudicada por fatores relacionados à organização das políticas públicas desenvolvidas, principalmente no que se refere ao processo de trabalho
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    Dissertação
    Bioética e Odontologia: um perfil dos problemas éticos vividos por cirurgiões-dentistas
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2005-03-03) Amorim, Adriana Gomes; Souza, Elizabethe Cristina Fagundes de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784162H0&dataRevisao=null; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4760206D5; Germano, Raimunda Medeiros; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721938D8; Botazzo, Carlos; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4707544Y1
    A bioética estuda a conduta humana no campo das ciências biológicas e da atenção à saúde. Tem como características principais a busca pela humanização dos serviços de saúde e a promoção dos direitos dos pacientes. Partindo do pressuposto que na Odontologia são escassos os estudos que tratam dessa temática, a presente pesquisa foi desenvolvida com o objetivo de identificar, a partir da visão dos cirurgiões-dentistas, os problemas éticos vivenciados na prática odontológica, buscando compreender como se produzem e como os profissionais lidam com eles. Trata-se de uma investigação de caráter exploratório descritivo, dentro de uma abordagem qualitativa. O material empírico foi coletado por meio de entrevistas semi-estruturadas, realizadas com 15 cirurgiões-dentistas que atuam tanto no âmbito privado, quanto no público da prestação de serviços odontológicos no Estado do Rio Grande do Norte. O conteúdo das entrevistas foi sistematizado e organizado, resultando na identificação de temas, a partir dos quais agrupamos os problemas éticos relatados pelos participantes. Os resultados apontam que muitos dos problemas éticos coincidem com infrações às normas e regras do Código de Ética Odontológica, confirmando uma noção de ética deontológica adquirida na formação profissional e, portanto, insuficiente para solucionar os problemas que emergem na prática profissional. As questões de mercado também aparecem com lugar de destaque, referentes aos baixos salários, à concorrência e às condições inadequadas de trabalho. Associado aos problemas éticos que emergem nas relações de mercado, são referidos a falta de compromisso e de responsabilidade profissional com os usuários. As preocupações em preservar a autonomia dos usuários, em garantir o acesso aos serviços de referência especializada, a necessidade de realizar somente procedimentos para os quais estivessem capacitados tecnicamente surgiram nas falas, traduzindo-se em dificuldades na efetivação dos princípios preconizados pela bioética principialista: autonomia, justiça, nãomaleficência e beneficência. Concluímos que os problemas éticos identificados na prática profissional precisam ser compreendidos para além da dimensão deontológica em direção aos aspectos da produção do trabalho. Torna-se preciso, então, incorporar nas práticas de saúde, incluindo a odontologia, as tecnologias da gestão do cuidado, o que implica no reconhecimento de diferentes dimensões que envolvem os sujeitos, ou seja, sociais, econômicas, políticas e culturais
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    Dissertação
    Cartografia de uma intervenção comunitária para prevenção de DST/HIV/AIDS
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2013-06-25) Lucas, Márcia Cavalcante Vinhas; Souza, Elizabethe Cristina Fagundes de; ; http://lattes.cnpq.br/5933901040621573; ; http://lattes.cnpq.br/4977327461144434; Amorim, Ana Karenina de Melo Arraes; ; http://lattes.cnpq.br/9847082748841264; Bosco Filho, João; ; http://lattes.cnpq.br/3068285662145237
    As intervenções de base comunitária têm sido apresentadas como proposta de operacionalização do conceito de vulnerabilidade para a prevenção das DST/Aids. Esta pesquisa teve por objetivo analisar a intervenção comunitária desenvolvida através do projeto Fortalecimento de redes de ação comunitária para a prevenção em DSt/Aids: conhecer e intervir, no bairro de Mães Luiza, na cidade de Natal, estado do Rio Grande do Norte, Brasil. O estudo foi realizado no mesmo local onde ocorre a intervenção e tomou como referência temporal os primeiros 30 meses do processo de sua construção e implantação, desde abril de 2010 até dezembro de 2012. Trata-se de pesquisa com abordagem qualitativa, de caráter participativo, desenvolvida a partir da imersão da pesquisadora em campo, sendo este a própria intervenção comunitária. Nessa perspectiva, o estudo aproxima-se ao método cartográfico no qual a relação pesquisador-pesquisado é engendrada nos atos e efeitos da investigação. As fontes geradoras de dados foram o registro de memórias da pesquisadora a partir das anotações de campo, narrativas escritas de sujeitos implicados na intervenção e documentos referentes ao projeto. No caminho metodológico da cartografia, a imagem do rizoma apresentada por Deleuze e Guattari (1995) tem acompanhado a imersão em campo dada à natureza de pesquisa-intervenção a qual aproximamos à noção de objeto-rizoma. A apresentação de resultados foi composta por tentativa de representação rizomática e um hipertexto, tomando como base a narrativa descritiva extraída da análise documental e as narrativas multifacetadas com as vozes, os olhares e os afetos narrados pelos sujeitos implicados, respectivamente. No caminho percorrido, três pistas foram traçadas como síntese do aprendizado produzido pela experiência-intervenção, que podem contribuir para compreender o processo em estudo, em seu caráter singular, e orientar reflexões sobre outras experiências de intervenção comunitária: pista 1 A intervenção comunitária como espaço ativo-reflexivo e um modo de fazer com; pista 2 A inclusão como potência e desafio da intervenção comunitária; pista 3 A sustentabilidade como desafio da intervenção comunitária. O estudo indica que a intervenção comunitária se apresenta como potencial produtora de saúde à medida que também produz práticas e sujeitos, potencializando capacidades criativa e inventiva presentes no cotidiano da comunidade numa perspectiva de reinventar saberes e práticas para prevenção das DST/HIV/Aids
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    Dissertação
    Os Centros de Especialidades Odontológicas como suporte da atenção básica: uma avaliação na perspectiva da integralidade
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2007-08-27) Medeiros, Ezilda; Souza, Elizabethe Cristina Fagundes de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784162H0&dataRevisao=null; ; http://lattes.cnpq.br/1163234846319476; Almeida, Maria Eneide Leitão de; ; http://lattes.cnpq.br/9421873316721844; Oliveira, Angelo Giuseppe Roncalli da Costa; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794935P9&dataRevisao=null
    A prestação de serviços odontológicos públicos no Brasil restringiu-se, praticamente, à atenção básica, de modo que os serviços especializados representaram, até 2002, não mais que 3,5% do total de procedimentos clínicos. Essa baixa oferta revela o comprometimento da continuidade da atenção, isto é, a integralidade no âmbito assistencial, e do próprio sistema de referência e contra-referência. O Brasil Sorridente busca suprir essas necessidades ao propor os Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs) para compor os serviços de média complexidade. Em 2005, o Ministério da Saúde habilitou os três CEOs de Natal, localizados nos Distritos Sanitários Norte II, Leste e Oeste. Esta investigação avaliou a implantação destes CEOs, como suporte das equipes de saúde da família, na perspectiva de organização dos serviços em redes assistenciais no município de Natal/RN. Tratou-se de um estudo de avaliação, com abordagem qualitativa, tendo alguns dados quantitativos como aporte. Foram entrevistados dentistas, usuários e gestores para identificar e compreender suas percepções, suas relações e suas experiências no cotidiano dos serviços. A base conceitual que norteou a investigação foi o princípio da integralidade, no seu sentido operacional da hierarquização dos níveis de atenção à saúde. A coleta de dados se deu por meio de pesquisa documental, observação direta e entrevista semi-estruturada. A análise foi realizada por triangulação do conteúdo extraído das técnicas utilizadas e de fontes de depoimentos dos grupos entrevistados, buscando apoio teórico-conceitual em bibliografia específica. Os resultados apontaram aspectos que se distanciam da integralidade como: baixa resolução de problemas na rede básica; pouca valorização do espaço nas Unidades de Saúde; modelos tradicionais de acesso aos serviços; oferta insuficiente para algumas especialidades, comprometendo o sistema de referência e contra-referência; práticas centradas em procedimentos no CEO; encaminhamentos burocráticos da atenção básica à especializada; sistema desintegrado e desarticulado entre níveis de atenção; desrespeito ao protocolo municipal. Por outro lado, há uma aproximação da integralidade em situações como: aumento do acesso e cobertura na Estratégia Saúde da Família (ESF); maior aproximação entre profissional e usuário; tendência ao crescimento quantitativo e qualitativo de ações especializadas; iniciativas pontuais de relações entre níveis; existência de protocolo para orientar profissionais
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    Dissertação
    Cuidado à saúde do adolescente em uma unidade de saúde da família: que papo é esse de integralidade?
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2013) Santos, Jacyane Melo de Oliveira; Souza, Elizabethe Cristina Fagundes de; Bezerra, Marlos Alves; http://lattes.cnpq.br/4923847817582059; Miranda, Moemia Gomes de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/7041496129601963; http://lattes.cnpq.br/5933901040621573; http://lattes.cnpq.br/2308984614436345
    Este estudo faz um recorte para a população adolescente compreendendo a idade ente 10 e 19 anos de idade, empregado pelo Ministério da Saúde (MS), e remete ao pressuposto que a integralidade seja um princípio a ser considerado de forma expressiva no cotidiano das práticas em saúde em sua dimensão cuidadora na atenção ao adolescente. O objetivo geral do estudo é investigar como se dá a produção do cuidado à saúde do adolescente em uma Unidade de Saúde da Família (USF), buscando analisá-la à luz do princípio da integralidade. Trata-se de pesquisa com abordagem qualitativa, aproximando-se do estudo de caso. Este foi a Unidade de Saúde da Família de Mangabeira, no município de Macaíba/RN. Utilizou-se a observação participante, a técnica grupal de construção de fluxograma descritor do processo de trabalho e entrevistas individuais com roteiros semi-estruturados com trabalhadores e usuários. A análise tomou como referência quatro eixos propostos por Ayres (2009) para identificação da integralidade nas práticas de saúde: necessidades; finalidades; articulações e integração entre os sujeitos. Os resultados do estudo apontam que os profissionais da USF apreendem o cuidado à saúde do adolescente no desenvolvimento de suas atividades cotidianas a partir da demanda espontânea e em ações no âmbito escolar com a implementação das ações do PSE. A maneira como se estabelece os encontros constituídos pelos sujeitos implicados nesse processo podem fazer a diferença no sentido de aproximações ou distanciamentos do cuidado integral à saúde dos adolescentes. Evidencia-se necessidade do reconhecimento das singularidades e especificidades, bem como a pluralidade e diversidade dos adolescentes com oferta de produção de cuidado, baseada em processo dialógico que possibilite a construção de um sujeito-cidadão a partir da participação juvenil e superação do paradigma normativo e prescritivo.
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    Dissertação
    Cuidando do ninho da cegonha: implantação da caderneta da gestante em unidade de saúde da família
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2014-09-19) Micussi, Francisco Américo; Souza, Elizabethe Cristina Fagundes de; ; http://lattes.cnpq.br/5933901040621573; ; http://lattes.cnpq.br/8871773908030030; Trindade, Thiago Gomes da; ; http://lattes.cnpq.br/5992470800302814; Cobucci, Ricardo Ney Oliveira; ; http://lattes.cnpq.br/6641915180697564
    A gestação é um período singular na vida da mulher, demandando atenção especial da família e dos profissionais de saúde. No Brasil, o Ministério da Saúde adotou o Cartão da Gestante para acompanhamento do Pré-natal, o que não tem se mostrado instrumento capaz de contribuir para a melhoria da qualidade dessa assistência, considerando que os registros são falhos, dificultando a compreensão dos mesmos por parte das gestantes. O projeto de intervenção que resultou nesta dissertação teve por objetivo implantar uma Caderneta da Gestante visando o aprimoramento ao atendimento à mulher no ciclo gravídico-puerperal. O local da intervenção foi a Unidade Saúde da Família do Campo da Mangueira, no município de Macaíba/RN, Brasil. A Caderneta foi adotada como ferramenta tecnológica da gestão do cuidado, de modo inclusivo e participativo, incluindo gestantes e equipe em todas as fases da implantação. Foram selecionadas e acompanhadas 09 (nove) gestantes, na faixa etária de 19 (dezenove) a 30 (trinta) anos, sendo a média de idade de 24 (vinte e quatro) anos e no período gestacional compreendido de 07 (sete) a 11 (onze) semanas durante abril a julho de 2014. No total foram realizadas 46 (quarenta e seis) consultas, dentre as quais 27 (vinte e sete) pelo médico, 19 (dezenove) pela enfermeira, além dos atendimentos realizados pelo dentista, imunização e visitas domiciliares. O registro do processo de implantação da caderneta constou de anotações em prontuários e relatórios dos momentos de encontros com gestantes e com equipe de saúde. Constatou-se que além de uma construção coletiva, humanizada e interdisciplinar houve a satisfação demonstrada pelas gestantes contribuindo dessa maneira para a adesão ao Pré-Natal - PN, maior estabelecimento de vínculos, melhora da autoestima das gestantes e melhoria na qualidade do PN. Considera-se que a implantação da Caderneta da Gestante na referida Unidade de Saúde contribuiu para mudanças nos modos de fazer a atenção materno-infantil na Estratégia de Saúde da Família e pode ser recomendada para implantação na rede municipal.
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    Tese
    De onde vem para onde vai SIDA? Caminhos possíveis para erradicação da epidemia de HIV a partir do tempo presente
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2018-07-02) Lucas, Márcia Cavalcante Vinhas; Souza, Elizabethe Cristina Fagundes de; Echazu, Ana Gretel; https://orcid.org/0000-0003-0792-1307; http://lattes.cnpq.br/2727813198531300; http://lattes.cnpq.br/5933901040621573; http://lattes.cnpq.br/4977327461144434; Guimarães, Jacileide; Villar, Rosana Lúcia Alves de; Capozzolo, Angela Aparecida; Bosco Filho, João
    Ao nos aproximarmos da quarta década da epidemia brasileira de HIV/aids, o contexto epidêmico no país ganha contornos de extrema complexidade. Em 2016, o Brasil apresenta um quadro de reemergência e um perfil de epidemia concentrada em homens que fazem sexo com homens, usuários de drogas, jovens gays e profissionais do sexo, de diminuição dos investimentos internacionais e de acirramento de setores conservadores em relação às políticas públicas com refreamento da abordagem da epidemia com base nos direitos humanos. Ao mesmo tempo, a Organização das Nações Unidas afirma que é possível erradicar a epidemia de HIV/aids até 2030. Esta pesquisa teve por objetivo geral conhecer e analisar experiências de pessoas que vivenciam a epidemia HIV/aids no contexto atual de adoção de estratégias terapêuticas para alcançar metas nacionais e internacionais de erradicação da epidemia até 2030. Foram adotadas duas estratégias metodológicas centrais: entrevistas com foco em histórias de vida e pesquisa documental. Esta última analisou documentos produzidos pelo Sistema das Nações Unidas que tratam da política global de enfrentamento da epidemia no período de 2000 a 2016, em um total de 26 documentos. Foram explorados também documentos oficiais sobre a Política Brasileira de Controle e Erradicação da epidemia, no período de 1999 a 2016 e os Boletins Epidemiológicos de HIV/aids, entre 2001 a 2016, em um total de 24 documentos. Na realização das entrevistas, participaram cinco profissionais de saúde e quatro usuários. O exercício interpretativo das entrevistas com foco nas histórias de vida foi referenciado na Sociologia das Emergências, no Trabalho de Tradução e na Ecologia de Saberes, a partir de Boaventura de Sousa Santos. Na análise, buscou-se identificar no discurso local o que, da experiência e das expectativas dos sujeitos que vivenciam o cuidado das pessoas vivendo com HIV, afirmou ou negou saberes e práticas, novos e antigos, e identificou perspectivas que estão se construindo no presente através de práticas de cuidado com o futuro dos indivíduos e das coletividades. O Trabalho de Tradução entre as narrativas dos sujeitos que produzem saberes e práticas locais e as narrativas oficiais que produzem saberes globais, a partir do trabalho argumentativo, baseou-se na análise do material empírico produzido na pesquisa em diálogo com o referencial teórico adotado. A partir desse trabalho de tradução entre saberes e práticas globais, nacionais e locais, a prevenção emergiu como a etapa do cuidado ao HIV/aids mais negligenciada e mais sujeita a retrocessos, ao mesmo tempo que identificou uma diversidade de saberes práticos a ela associados. Trilhando os caminhos epistemológicos orientados pela ecologia dos saberes,
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    Artigo
    Diagnosis of diabetes mellitus and living with a chronic condition: participatory study
    (Springer, 2018) Silva, José Adailton da; Souza, Elizabethe Cristina Fagundes de; Böschemeier, Ana Gretel Echazú; Costa, Camyla Cristina Maia da; Bezerra, Héllydade Souza; Feitosa, Eva Emanuela Lopes Cavalcante
    Background: Diabetes mellitus is one of the most serious chronic illnesses in the world due to its prevalence, economic and social effects, and negative impact on the quality of life of the affected people. The diagnosis implies changes in life habits especially related to feeding, physical activity, and constant self-care, requiring greater personal autonomy. Methods: This study aims to understand how individuals living with diabetes deal with the recognition of the chronic condition in their health care practices. This is a participatory research with a qualitative approach focusing on reflexivity. Sixteen people with diabetes mellitus were intentionally chosen, and qualified to participate in the study. The selected methodology allowed the constitution of life stories and focused on the multiple ways human beings deal with their illnesses. Results: The participants attended eight closed group meetings, with an specific methodology which benefited them to retrieve their own history as well as the multiple experiences to deal with the disease, here called Strategic Health Promotion Group (SHPG). The data produced and the dialogue between researcher and researched subjects were related to three major thematic perspectives: I) recognizing diabetes II) living with diabetes III) exercising personal autonomy. This work contains the meanings attributed to the Perspective I from which the following three categories emerged: The impact of the diagnosis, the denial of the illness, and the acceptance of the illness. It was observed that the diagnosis of a chronic illness generates a multiplicity of feelings, moving through narratives of complications and death events shared between generations. The participants expressed feelings related to denial or acceptance of the chronic condition which required an active adaptation exercising. From the current diagnosis, it was observed that new signs were added to the person’s existence, influencing their habits, health care practices and quality of life. Conclusions: The emotional aspects of subjects diagnosed with diabetes mellitus strongly influence the acceptance or denial of the illness, interfering in their personal adherence to treatment. As a chronic condition, involving life-longing care practices, which intervenes in therapeutic participation, it is indispensable to respect and to encourage the personal autonomy of the subjects
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    Dissertação
    Doce vida: um estudo sobre a experiência alimentar e os desafios para o tratamento dietético em pessoas vivendo com Diabetes Mellitus
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2013) Rodrigues, Bianca Arnoud; Souza, Elizabethe Cristina Fagundes de; Vilar, Rosana Lucia Alves; http://lattes.cnpq.br/3310631449276616; Bosco Filho, João; http://lattes.cnpq.br/3068285662145237; http://lattes.cnpq.br/5933901040621573
    O diabetes mellitus é uma doença cujo interesse da saúde pública se dá pelo aumento crescente dos casos como também pelo desafio individual de conviver com a doença. O tratamento consiste, entre outros, na adoção de uma alimentação equilibrada e, de certo modo, restritiva. Sendo a alimentação um evento complexo que envolve aspectos biológicos e socioculturais, tê-la regida em virtude da doença não parece tarefa simples. O objetivo desse estudo é analisar como se dá a experiência alimentar e sua interface com os desafios para o tratamento dietético em pessoas vivendo com diabetes mellitus. A pesquisa foi guiada por uma abordagem qualitativa, a partir de entrevistas com cinco pessoas vivendo com diabetes, que falaram sobre a experiência e os modos de lidar com o adoecimento. Os entrevistados foram selecionados a partir de critérios e identificação no cadastro do Programa HIPERDIA na Unidade de Saúde da Família (USF) do bairro de Bom Pastor situado na cidade de Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. O material produzido foi constituído pelos relatos dos participantes entrevistados e as anotações de campo. A análise considerou os relatos dos entrevistados, buscando dialogar com a literatura pesquisada. Os resultados assinalam que as pessoas que vivem com diabetes tendem a realizar ajustes nos padrões das prescrições como forma de sentir-se bem em relação ao adoecimento e, para tanto, adotam estratégias pessoais para o seu gerenciamento alimentar e modo de lidar com o cotidiano. As escolhas, por sua vez, são guiadas pela cultura e de acordo com a circunstância e não somente pela doença, estabelecem o que deve ou não ser consumido. Conclui-se que a compreensão dos aspectos culturais cria uma nova perspectiva analítica para estudos acerca da experiência alimentar e suas repercussões na adesão ao tratamento dietético, para além do campo explicativo e normativo do modelo biomédico. Compreender o impacto que o adoecer por diabetes mellitus produz na vida das pessoas, e consequentemente no próprio estado de adoecimento, são desafios para uma Clínica Ampliada e Compartilhada em Nutrição. Nela a intervenção nutricional deve resgatar sua dimensão cuidadora e dar voz e escuta aos doentes, para que estes sejam capazes de criar sua própria forma de lidar com a dieta, buscando ressignificação de suas práticas alimentares e recriação no seu modo de viver e conviver com a doença.
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    Dissertação
    Doce vida: um estudo sobre a experiência alimentar e os desafios para o tratamento dietético em pessoas vivendo com diabetes mellitus
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2013) Rodrigues, Bianca Arnoud; Souza, Elizabethe Cristina Fagundes de; Vilar, Rosana Lúcia Alves de; http://lattes.cnpq.br/3310631449276616; Bosco Filho, João; http://lattes.cnpq.br/5933901040621573
    O diabetes mellitus é uma doença cujo interesse da saúde pública se dá pelo aumento crescente dos casos como também pelo desafio individual de conviver com a doença. O tratamento consiste, entre outros, na adoção de uma alimentação equilibrada e, de certo modo, restritiva. Sendo a alimentação um evento complexo que envolve aspectos biológicos e socioculturais, tê-la regida em virtude da doença não parece tarefa simples. O objetivo desse estudo é analisar como se dá a experiência alimentar e sua interface com os desafios para o tratamento dietético em pessoas vivendo com diabetes mellitus. A pesquisa foi guiada por uma abordagem qualitativa, a partir de entrevistas com cinco pessoas vivendo com diabetes, que falaram sobre a experiência e os modos de lidar com o adoecimento. Os entrevistados foram selecionados a partir de critérios e identificação no cadastro do Programa HIPERDIA na Unidade de Saúde da Família (USF) do bairro de Bom Pastor situado na cidade de Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. O material produzido foi constituído pelos relatos dos participantes entrevistados e as anotações de campo. A análise considerou os relatos dos entrevistados, buscando dialogar com a literatura pesquisada. Os resultados assinalam que as pessoas que vivem com diabetes tendem a realizar ajustes nos padrões das prescrições como forma de sentir-se bem em relação ao adoecimento e, para tanto, adotam estratégias pessoais para o seu gerenciamento alimentar e modo de lidar com o cotidiano. As escolhas, por sua vez, são guiadas pela cultura e de acordo com a circunstância e não somente pela doença, estabelecem o que deve ou não ser consumido. Conclui-se que a compreensão dos aspectos culturais cria uma nova perspectiva analítica para estudos acerca da experiência alimentar e suas repercussões na adesão ao tratamento dietético, para além do campo explicativo e normativo do modelo biomédico. Compreender o impacto que o adoecer por diabetes mellitus produz na vida das pessoas, e consequentemente no próprio estado de adoecimento, são desafios para uma Clínica Ampliada e Compartilhada em Nutrição. Nela a intervenção nutricional deve resgatar sua dimensão cuidadora e dar voz e escuta aos doentes, para que estes sejam capazes de criar sua própria forma de lidar com a dieta, buscando ressignificação de suas práticas alimentares e recriação no seu modo de viver e conviver com a doença.
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    Tese
    Entre fios e nós: uma análise da Rede de Atenção Psicossocial de Natal/RN
    (2018-08-29) Lima, Déborah Karollyne Ribeiro Ramos; Guimarães, Jacileide; ; ; Souza, Elizabethe Cristina Fagundes de; ; Amorim, Ana Karenina de Melo Arraes; ; Bosco Filho, João; ; Botti, Nadja Cristiane Lappann;
    Esta tese encontra-se na interface entre a saúde coletiva e a saúde mental. Tem como objeto de estudo a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), analisada do ponto de vista de sua lógica organizacional e tendo como eixo norteador a articulação entre os serviços que a compõem. Objetiva de maneira geral: analisar a RAPS Natal/RN, considerando o cuidado em território e seus modos de articulação; e de maneira específica: elaborar um desenho da rede, relacionando a capacidade instalada municipal, os fluxos assistenciais da atualidade e as parcerias intersetoriais diretamente relacionadas à linha do cuidado em atenção psicossocial; compreender os modos de articulação entre os serviços que a compõem, considerando a continuidade do cuidado no território; propor estratégias para potencializar a referida rede de atenção, com base nas especificidades loco-regionais. Trata-se de pesquisa qualitativa norteada pelo Pensamento Complexo, de orientação moriniana, enquanto lente compreensiva da realidade e do fenômeno em foco. Para a construção dos dados realizou-se circulação pelos serviços de saúde que compõem os diversos pontos de atenção da RAPS Natal/RN para fins de observação descritiva de rotinas e de atores em interação, além de sessões de grupo focal com diretores, trabalhadores e usuários dos serviços de saúde visitados, totalizando 22 sujeitos. Recebeu aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário Onofre Lopes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (HUOL-UFRN) em 03 de abril de 2017 – CAAE 65226817.5.0000.5292 e parecer 1.997. Os resultados foram construídos a partir do corpus originário das transcrições dos grupos focais, e divididos em duas categorias de análise, a saber: 1) Dos fios emaranhados ao alinhavo de uma rede – que consiste na apresentação da RAPS Natal/RN do ponto de vista gráfico e no tocante às características do cuidado em saúde mental de base comunitária desenvolvido no município; 2) Sobre a articulação da RAPS: o religar de fios e de “nós” alinhavando a rede – na qual se discutem as estratégias adotadas por atores, serviços e setores para promover interconexões que favoreçam a continuidade do cuidado de saúde mental em território. Ainda na segunda categoria, são debatidas problemáticas evidenciadas no cenário local e que trazem implicações diretas ou indiretas para a articulação da RAPS e para a continuidade do cuidado em território e que são denominadas como Os nós da rede. Em síntese, reconhecemos no cenário local mais a existência de um continuum entre serviços do que de uma Rede de Atenção à Saúde propriamente dita. Chamamos a atenção para a relação de recursividade que julgamos se estabelecer entre o cuidado em território e a articulação da RAPS. De modo que, um cuidado pautado na especialidade não-comunicante, na medicalização e na fragmentação – como evidenciado com a pesquisa – é produto e produtor de uma rede que se articula pontualmente, num alinhavo disparado por rótulos e intersubjetividades que atendem mais a afinidades interpessoais e temáticas do que às necessidades de indivíduos e coletividades. Apostamos na trindade “integralidade-compartilhamento do cuidado-intersetorialidade” como pressuposto fundamental à construção do cuidado e do trabalho em rede, para que assim seja possível extrapolar os fluxos assistências labirínticos rumo à concretização da RAPS em território.
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    Artigo
    Experiências, necessidades e expectativas de pessoas com diabetes mellitus
    (FapUNIFESP (SciELO), 2018) Silva, José Adailton da; Amorim, Karla Patrícia Cardoso; Valença, Cecília Nogueira; Souza, Elizabethe Cristina Fagundes de
    Este estudo tem como objetivo identificar as experiências, necessidades e expectativas dos sujeitos com diabetes, a partir da perspectiva da autonomia para a promoção da saúde. Trata-se de estudo exploratório- -descritivo, qualitativo, aplicado na Estratégia Saúde da Família no Rio Grande do Norte. Participaram de três rodas de conversa 44 pessoas. Os dados foram submetidos à análise temática de conteúdo e geraram as categorias: “reconhecer os direitos e as responsabilidades”; “ser capaz de decidir com responsabilidade”; e “protagonismo dos sujeitos”. São descritas experiências, necessidades e expectativas dos sujeitos com diabetes sobre autonomia, autocuidado e qualidade de vida, para fazer levantamento, junto com os entrevistados, sobre aspectos que propiciem construir propostas de ação para promover a saúde. Conclui-se que é necessário analisar a promoção da saúde na perspectiva da autonomia, considerando o respeito pelas escolhas das pessoas com diabetes
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    Tese
    Grupo estratégico de promoção da saúde: uma pesquisa participativa sobre a autonomia de pessoas vivendo com diabetes
    (2018-06-26) Silva, José Adailton da; Souza, Elizabethe Cristina Fagundes de; Echazu, Ana Gretel; ; ; ; Amorim, Ana Karenina de Melo Arraes; ; Bosco Filho, João; ; Costa, Marcelo Viana da; ; Machado, Maria de Fátima Antero Sousa;
    A diabetes exige mudanças na vida de quem adoece, em especial, requer a adoção de hábitos de vida saudáveis, atividade física regular e até a autoadministração de medicamentos. Por vezes, exige certo autocontrole que requer a capacidade de reconhecer opções e tomar decisões, ou seja, é necessário o exercício da autonomia pessoal. A importância da discussão sobre autonomia parte do respeito pelas escolhas das pessoas, mesmo diante de situações limitadoras e, deste modo, trabalhar a autonomia nas doenças crônicas ainda é bastante desafiador. Este estudo teve como objetivo compor estratégias de promoção da saúde que estimulem a autonomia nos modos de cuidar da saúde e de lidar com a diabetes, a partir da implantação de um Grupo Estratégico de Promoção da Saúde. Trata-se de pesquisa do tipo participativa, com abordagem qualitativa, apoiada na reflexividade. Foi constituído um grupo composto por dezesseis pessoas diagnosticadas com diabetes para discutir temáticas diversas, definidas e pactuadas com as participantes. A análise das narrativas produzidas nesses encontros resultou em três eixos temáticos, a saber: a) Reconhecer a diabetes; b) Conviver com a diabetes e c) Exercitando a autonomia e o protagonismo. Estes eixos compuseram três sínteses textuais, as quais foram apreciadas e validadas pelas participantes em outros três encontros. Dessas sínteses, desdobrou-se o exercício interpretativo. Os resultados obtidos mostram as experiências das pessoas participantes em relação ao impacto do diagnóstico da diabetes, o que provocou um momento de instabilidade no reconhecimento de seus modos de cuidar da própria saúde e implicou a adoção de novos significados para seus hábitos de vida. O reconhecimento da condição crônica transforma diretamente o modo como elas passam a conviver com a diabetes, a partir de suas diversas estratégias pessoais de autocontrole, autocuidado e adaptação. Compartilhar as experiências facilita o reconhecimento de escolhas possíveis ao próprio sujeito, estimulando sua autonomia e seu protagonismo. O cuidado compartilhado, em um processo de cogestão, é fundamental para a longitudinalidade do cuidado a diabetes. Entre as conclusões do estudo, ressalta-se que o Grupo Estratégico de Promoção da Saúde amplia as possibilidades de cuidado de si e provoca reflexões sobre o trabalho em saúde e as práticas de promoção da saúde, como uma ferramenta importante para a gestão do cuidado na cogestão de coletivos. As estratégias grupais, quando direcionadas para a autonomia dos sujeitos, fortalecem a Atenção Primária à Saúde e possibilitam o alcance de seus atributos essenciais.
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    Dissertação
    Impacto do Programa de Saúde da Família sobre indicadores de saúde bucal na população de Natal -RN
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2007-07-14) Patrício, Alberto Allan Rodrigues; Oliveira, Angelo Giuseppe Roncalli da Costa; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794935P9&dataRevisao=null; ; http://lattes.cnpq.br/0291931404296013; Cangussu, Maria Cristina Teixeira; ; http://lattes.cnpq.br/7253292428230612; Souza, Elizabethe Cristina Fagundes de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784162H0&dataRevisao=null
    O objetivo deste estudo foi avaliar o impacto do Programa de Saúde da Família (PSF) sobre alguns indicadores de saúde bucal na população de Natal-RN, caracterizado como um estudo do tipo ensaio de intervenção comunitária em paralelo quase-randomizado. Intervenção representada pela implantação da Equipe de Saúde Bucal (ESB) no PSF ocorrida em um tempo anterior à realização desse estudo. Foram sorteados 15 setores censitários em áreas cobertas pelo PSF com ESB e emparelhados a outros 15 setores em áreas não cobertas pelas equipes, a partir de critérios socioeconômicos. Durante a realização do estudo alguns setores foram perdidos restando ao final 22 setores, sendo 11 cobertos e 11 não cobertos. As áreas não cobertas foram divididas em duas condições, uma em que foram consideradas áreas que apresentavam algum tipo de programa assistencial como Programa de Agentes Comunitários (PACS), PSF sem ESB, UBS (Unidade Básica de Saúde) ou sem assistência, e uma outra em que foram consideradas áreas que apresentavam apenas UBS ou ausência de assistência. Agentes Comunitários de Saúde (ACSs) e Auxiliares de Consultório Dentário (ACDs) aplicaram um questionário-entrevista junto ao informante mais qualificado do domicílio e os dados obtidos por domicílio foram transformados em dados por indivíduos, totalizando 7.186 pessoas. Os resultados apontam para ausência de diferença estatística entre os desfechos de saúde bucal analisados na associação entre áreas cobertas por ESB no PSF e áreas não cobertas que apresentam algum tipo de programa assistencial, com alguns indicadores demonstrando melhores condições nas áreas não cobertas. Quando se considera na análise a associação entre áreas cobertas e áreas não cobertas na segunda condição, percebe-se diferença estatística em indicadores de cobertura, com melhores condições para áreas cobertas, como, por exemplo, nos indicadores Não foi ao dentista no último ano com p (<0,001) e OR de 1,64 e Não teve acesso à assistência odontológica p (<0,001) e OR de 2,22. Porém, os resultados demonstram ausência de impacto do PSF com ESB sobre os indicadores de ações preventivas, nas duas condições de não coberto. Isso é percebido muito claramente quando analisamos a variável dor de dente que não apresenta diferença significativa entre áreas cobertas e não cobertas, variável essa que é uma das mais sensíveis na avaliação de programas assistenciais de saúde bucal, com p (0,430) na condição 1 e p (0,038) na condição 2, porém, com IC (0,70-0,99). Na análise de indicadores de saúde da criança em que é considerada a proporção de óbitos em crianças menores de um ano, a taxa de internação por IRA (Infecções Respiratórias Agudas) em menores de cinco anos e a proporção de indivíduos nascidos com baixo peso, verifica-se uma melhor condição em todos os desfechos para áreas com PSF. Portanto, é possível concluir que a Saúde Bucal no PSF está exercendo pouco efeito sobre os indicadores de saúde bucal, ainda que a estratégia melhore as condições de saúde geral da população, como, por exemplo, a saúde da criança
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    Dissertação
    A incorporação da saúde bucal no Programa Saúde da Família do Rio Grande do Norte: investigando a possibilidade de conversão do modelo assistencial
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2005-02-09) Souza, Tatyana Maria Silva de; Oliveira, Angelo Giuseppe Roncalli da Costa; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794935P9&dataRevisao=null; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4731901P5&dataRevisao=null; Capozzolo, ângela Aparecida; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4795879H8; Souza, Elizabethe Cristina Fagundes de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784162H0&dataRevisao=null
    O Programa Saúde da Família (PSF) surgiu na década de 1990, como uma proposta de mudança do modelo assistencial a partir de uma reorganização da Atenção Básica, através da vigilância à saúde. Entendendo a saúde bucal como integrante desse processo, a sua incorporação oficial no PSF, fruto principalmente de uma luta corporativa, tem sido vista como possibilidade de romper com os modelos assistenciais em saúde bucal baseados no curativismo, tecnicismo, biologicismo e excludentes. Apesar da rápida expansão das Equipes de saúde bucal no PSF, é preciso questionar se realmente está ocorrendo mudanças no modelo assistencial em saúde bucal dos municípios. Portanto, este trabalho tem como objetivo avaliar a incorporação da Saúde Bucal no Programa Saúde da Família a partir da análise de fatores que possam interferir positiva ou negativamente, na implementação dessa estratégia e, conseqüentemente no processo de mudança nos modelos assistenciais de saúde bucal no Sistema Único de Saúde no estado do Rio Grande do Norte. Esta avaliação tomou como referência três dimensões as quais foram, o acesso, a organização do trabalho e as estratégias de programação. Para isto, foram sorteados 19 municípios no estado, distribuídos geograficamente pelas Unidades Regionais de Saúde Pública (URSAPs). Os instrumentos de coleta foram a entrevista estruturada aplicada a gestores e dentistas; a observação estruturada; a pesquisa documental e os dados do Sistema de Informação em Saúde dos municípios. Foi possível identificar pontos críticos, que podem estar dificultando a implementação da saúde bucal no PSF, os quais foram as precárias relações de trabalho, as dificuldades no referenciamento dos pacientes para ações de média e alta complexidade, no desenvolvimento de ações intersetoriais e nas estratégias de programação como diagnóstico epidemiológico e avaliação das ações. A maioria dos municípios apresentou pouco ou nenhum avanço no modelo assistencial em saúde bucal, após a incorporação da mesma no PSF, demonstrando falhas na maior parte dos aspectos relacionados acima. Além disso, são municípios, que apresentam características semelhantes em outros aspectos, como altas taxas de analfabetismo em crianças de 7 a 14 anos, altas taxas de mortalidade infantil e grandes desigualdades sociais. Por outro lado, os cinco municípios que demontraram avanços na saúde bucal, de acordo com as categorias analisadas, apresentaram características de melhores condições de vida da população, como alta expectativa de vida ao nascer, baixas taxas de mortalidade infantil, valores per capita entre os mais altos do estado, bem como, altos valores de IDH-M. Portanto, é possível concluir que as políticas públicas mais amplas, que contemplem aspectos situados além do setor saúde, são decisivas para uma real mudança nos modelos assistenciais em saúde
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    Tese
    Luz, câmera, positHIVação! Narrativas audiovisuais como estratégias de visibilidade soropositiva a partir do YouTube
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-09-16) Santos, Joseylson Fagner dos; Lacerda, Juciano de Sousa; Gallego, Almudena Muñoz; https://orcid.org/0000-0002-0876-377X; http://lattes.cnpq.br/9310055597414010; https://orcid.org/0000-0002-4764-2807; http://lattes.cnpq.br/8336355287959434; Azevedo, Sandro Tôrres de; Carvalho, Carlos Alberto de; Souza, Elizabethe Cristina Fagundes de; Veloso, Maria do Socorro Furtado; http://lattes.cnpq.br/8254589050604215
    Esta é uma tese positiva. Produziu-se na perspectiva de retratar fluxos e circulações de conteúdos audiovisuais nas redes digitais interconectadas, materializados em torno dos sentidos culturais e políticos a respeito da soropositividade. Apresenta narrativas e roteiros de pessoas que reconhecem, nas vivências pessoais, energia para conduzir processos de empoderamento e de mudança social, em relação a contextos históricos de violência e discriminação aos quais foram condicionados indivíduos em virtude da sua condição sorológica. A internet é o ambiente onde se observam tais práticas, nas quais pessoas que vivem com HIV se apropriam dos recursos tecnológicos criativos para, a partir das suas experiências, promover espaços para troca de conhecimentos e produção de saberes, estabelecendo condições para consumar atos coletivos em nome da visibilidade soropositiva. Nesse sentido, a pesquisa é desenvolvida com os propósitos de analisar os conteúdos partilhados a partir do YouTube, no que se refere às características dos produtos midiáticos, e dos itinerários de realização dos canais, no âmbito sobre como são concebidas e praticadas as táticas de produção audiovisual nas plataformas de vídeo online. Para tanto, a investigação foi conduzida no horizonte da pesquisa etnográfica, pelo interesse de obter uma “descrição densa” das dinâmicas e significados estabelecidos nessas ações (GEERTZ, 2008). Na condução do estudo, foi procedida uma observação acompanhante (MISKOLCI, 2017) das práticas digitais em relação às rotinas de circulação de vídeos nos canais e, através do mapeamento das páginas, determinado o recorte empírico constituído por 18 canais produzidos por homens gays soropositivos. A partir desse material, foi aplicada a análise de conteúdo (BAUER, 2002; BARDIN, 2002) pela qual se alcançou a complexidade do emaranhado de discursos organizados sob gêneros discursivos, formatos de produção audiovisual e abordagens temáticas das variadas camadas da vida social. O material é referência, junto as transcrições e análises de falas e histórias de vida (BECKER, 1999; MYERS, 2002) dos quatro canais com maior volume de conteúdos, produzir inferências sobre os modelos de ação social e política na construção da #EsferaPosithiva. A partir dos quadros obtidos, foi possível conceber politizações dos ambientes conversacionais na internet, com base na cultura libertária e emancipatória fundada nos alicerces de uma sociedade interconectada (CASTELLS, 2003; 2005; 2015; 2017). Os canais de vídeo consistem de ações fomentadoras dos processos de empoderamento, tendo em vista a tomada crítica da produção de subjetividades através de atos performativos para se contrapor aos enquadramentos históricos de precariedade das vidas soropositivas (BUTLER, 2015; 2018; 2020). Ao mesmo tempo, revelam processos de transformação das estruturas sociais e organizacionais de uma sociedade midiatizada, decorrentes da apropriação criativa e interativa dos aparatos tecnológicos digitais (HJARVARD, 2014). Há, por fim, o entendimento de que a figura dos influenciadores digitais emerge na articulação com o ativismo, no que se refere às possibilidades de se fazer circular, na esfera interconectada, sentidos políticos e narrativas contestadoras do estigma e das condições subalternas a que os sujeitos são historicamente estabelecidos.
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    Dissertação
    Mediação de conflitos no Sistema Único de Saúde: visões e práticas de uma experiência no município de Natal/RN
    (2016-05-30) Silva, Adriana Torquato da; Souza, Elizabethe Cristina Fagundes de; ; ; Guerra, Eliana Costa; ; Carvalho, Alba Maria Pinho de;
    No Brasil do século XXI, vinte e sete anos após a promulgação da Constituição Federal, ainda é desafio a concretização dos direitos fundamentais sociais, onde por excelência, encontra-se o direito à saúde. A crescente busca do cidadão pela atenção integral em saúde prometida pela Constituição de 1988 evidenciou as dificuldades encontradas entre a promessa constitucional e a capacidade política, administrativa e financeira do Estado brasileiro em cumpri-la. Os cidadãos que não encontram nas redes de atenção resposta para suas necessidades de ações e serviços de saúde buscam, através da intervenção do Poder Judiciário, a solução para o seu problema, o que tem resultado em fenômeno denominado de “Judicialização da Saúde”. Paralelo a esse fenômeno outra situação se confirmou: as dificuldades próprias do sistema de justiça em lidar com os direitos sociais. O modelo de justiça apresenta-se incompatível com a natureza de urgência que envolve as ações judiciais em saúde, desafiando a criatividade dos operadores do direito, profissionais de saúde e gestores na busca de soluções alternativas para lidar com a complexidade do tema. Esta pesquisa teve o objetivo de analisar a tecnologia social da mediação aplicada ao fenômeno da judicialização da saúde como solução extrajudicial de conflitos, a partir da experiência do Programa SUS MEDIADO NATAL. A pesquisa, de abordagem qualitativa, realizou análise documental dos registros do Programa e entrevistas com atores envolvidos no mesmo - operadores do Direito, representantes da Magistratura, técnicos colaboradores do Programa e gestores do SUS, das esferas municipal e estadual. O período do estudo incluiu os anos de 2012 a 2014. Foi realizado um perfil da demanda e encaminhamentos realizados, no período estudado, em relação aos quantitativos de atendimentos, acordos, ações propostas pela DPE, encaminhamentos de ações à DPU, índice de resolutividade e índice de demandas não ajuizadas contra estado e município, e percepções sobre as práticas vivenciadas pelos atores envolvidos. Os resultados demonstraram que as percepções dos atores ligados ao Direito e à Saúde são contraditórias quanto ao fenômeno da judicialização da saúde, entre aspectos negativos e positivos. No que se refere à criação e desenvolvimento do Programa SUS MEDIADO em Natal houve consenso de que o mesmo ajudou a concretizar o direito à saúde. Quanto à mediação foram identificadas visões semelhantes considerando que é uma ferramenta adequada para se lidar com a judicialização, pois reduz o número de ações propostas no Judiciário, direciona melhor as competências aos entes federativos, enquanto busca a solução administrativa dos casos. Foi observado que os problemas que permeiam a mediação são praticamente os mesmos identificados no funcionamento do Sistema de Saúde: insuficiência de ofertas, dificuldade do acesso a novas tecnologias, déficit e necessidade de uma melhor capacitação de recursos humanos, dificuldades na organização dos processos de trabalho. Conclui-se que para essas questões nem a judicialização nem a mediação se apresentarão como resposta resolutiva. Considera-se, por fim, o potencial educativo da mediação como importante contribuição do Programa, na medida em o diálogo sobre as questões do sistema de saúde permitem uma orientação ao usuário e, ao mesmo tempo, divulga positivamente o SUS junto ao cidadão, reconciliando-o com o sistema de saúde. Essa comunicação é cara ao SUS e poderá contribuir, simultaneamente, na otimização da Justiça e da Gestão da Saúde, e em avanços na cidadania e na efetivação de direitos sociais.
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