Navegando por Autor "Souza, Cássio Ricardo de Medeiros"
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TCC Análise das variações nas coberturas vacinais da primeira infância no Brasil e no estado do Rio Grande do Norte, no período de 2013 a 2023(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-12-19) Pinheiro, Sâmila Sales; Leite, Maria Jalila Vieira de Figueirêdo; Souza, Cássio Ricardo de Medeiros; Oliveira, Lannuzya Veríssimo de; Araújo, Rayane Larissa SantosIntrodução: O Programa Nacional de Imunização tem sido essencial na redução de doenças imunopreveníveis no Brasil. Contudo, observou-se um declínio nos índices de cobertura vacinal na última década, impulsionado pela instabilidade política, pela pandemia de covid 19 e pelo crescente movimento antivacina, especialmente na Região Nordeste. Objetivo: Analisar as variações das coberturas vacinais em crianças de primeira infância no Brasil e no Rio Grande do Norte, de 2013 a 2023. Método: Trata-se de um estudo quantitativo do tipo transversal e seccional que analisou dados disponibilizados nos sistemas de informação do SUS e do Programa Nacional de Imunizações sobre cobertura vacinal dos principais imunizantes recomendados para a primeira infância, abrangendo as Regiões do Brasil e as Regiões de Saúde do estado do Rio Grande do Norte, no período de 2013 a 2023. Resultados: A adesão à vacinação no Brasil sofreu uma redução significativa entre 2016 e 2023, impactada por fatores como o movimento antivacina, mudanças nas políticas de saúde pública e os efeitos da pandemia de covid 19. A Região Norte e estados como o Rio Grande do Norte apresentaram variações preocupantes, especialmente nas áreas mais remotas. A queda na cobertura vacinal está correlacionada com eventos sanitários e políticos que causaram impacto importante nas diretrizes de gestão dos programas de vacinação, colocando muitas regiões em maior risco epidemiológico. Conclusão: A vacinação é uma das mais importantes ferramentas de saúde pública, tendo demonstrado ao longo dos anos sua capacidade de prevenir doenças. No entanto, a baixa adesão vacinal recente tem provocado a reemergência de doenças já controladas. Esse cenário exige ações urgentes, com políticas públicas eficazes, além da recuperação da confiança nas vacinas que é irrefutável para proteger as gerações futuras e garantir a saúde pública.Tese Anticorpos anti-flaviviridae nas síndromes de Guillain-Barré e congênita associada à infecção pelo vírus Zika(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-10-09) Souza, Cássio Ricardo de Medeiros; Jerônimo, Selma Maria Bezerra; http://lattes.cnpq.br/7120263570947836; https://orcid.org/0000-0002-7783-9862; http://lattes.cnpq.br/1594370808039696; Costa, Eliardo Guimarães da; http://lattes.cnpq.br/3160805152538713; Egito, Eryvaldo Socrates Tabosa do; Carvalho, Lucas Pedreira de; Carvalho, Luiz Bezerra deEntre 2015 e 2016, o Brasil experimentou a maior epidemia do vírus Zika (ZIKV) já registrada até então, que se tornou problema de saúde pública não só pelo grande número de casos, mas principalmente pelo surgimento de outros quadros clínicos de maior gravidade associados à infecção, como a Síndrome de Guillain-Barré (SGB) e a Síndrome Congênita do ZIKV (SCZ). A avaliação da eficácia do diagnóstico sorológico e do perfil de resposta de anticorpos são duas grandes problemáticas no contexto da infecção por ZIKV. O diagnóstico sorológico é realizado principalmente através da detecção de anticorpos anti-NS1, mas há evidências de reatividade cruzada com outros flavivírus, prejudicando o diagnóstico específico da infecção por ZIKV. É de grande importância também o estudo da resposta e cinética de anticorpos anti-ZIKV pós infecção, a fim de determinar a existência de resposta de longo prazo e sua capacidade protetora. Essa tese, portanto, se debruça sobre essas duas problemáticas. Inicialmente, avaliou-se a eficácia da sorologia baseada em NS1 para detecção de IgM, IgG total e IgG3 anti-ZIKV e anti-DENV, e sua aplicação no diagnóstico da infecção prévia por ZIKV em casos de SGB. Observou-se a presença de anticorpos anti-ZIKV e anti-DENV em pacientes que desenvolveram SGB, avaliados entre 2009 e 2018 residentes de área endêmica para DENV. A presença desses anticorpos em indivíduos que desenvolveram a síndrome anteriormente à introdução do ZIKV no território é um indicativo da ocorrência de reatividade cruzada entre anticorpos anti-flaviviridae. Os achados indicam que a sorologia para detecção de IgM e IgG total anti-NS1, apesar de apresentarem sensibilidade considerável, não possuem especificidade suficiente para possibilitar o diagnóstico diferencial da infecção por ZIKV. Por sua vez, a sorologia para detecção de IgG3 anti-NS1 possui melhor performance, tornando possível a identificação de casos de SGB associados à infecção por ZIKV. Em seguida, determinou-se a presença de anticorpos anti-NS1 e anti-E contra ZIKV e/ou DENV, bem como a presença de anticorpos neutralizantes anti-ZIKV, em mulheres que deram à luz crianças com SCZ avaliadas em dois períodos distintos, entre 8 e 24 meses pós-parto e entre 25 e 44 meses pós-parto, a fim de identificar se há resposta de anticorpos protetores de longo prazo. Os resultados indicam presença significativa de anticorpos anti-NS1 e anti-E, bem como de anticorpos neutralizantes anti-ZIKV, em mulheres avaliadas entre 8 e 24 meses pós-parto, interpretados aqui como sinal exposição prévia a ZIKV. No segundo grupo, não foi possível identificar presença significativa de anticorpos anti-NS1 e anti-E, sugerindo decaimento dessa resposta ao longo do tempo; entretanto, registrou-se presença significativa de anticorpos neutralizantes no soro dessas mulheres. A atividade neutralizante contra ZIKV está relacionada à presença de anticorpos antiZIKV no primeiro grupo e, no segundo, esse fenômeno se correlaciona com a presença de anticorpos anti-DENV, sugerindo possível proteção cruzada entre anticorpos anti-ZIKV e anti-DENV. Estudos mais aprofundados são necessários para uma melhor caracterização do papel de anticorpos IgG3 como marcadores específicos de infecção recente por ZIKV, bem como o papel de anticorpos anti-NS1 e anti-E de longa duração como indutores de atividade neutralizante anti-ZIKV, a fim de prover melhores estratégias para o diagnóstico sorológico específico da infecção e um melhor entendimento da cinética e papel protetor de anticorpos anti-ZIKV.TCC Aspectos gerais da infecção pelo vírus Zika: uma revisão(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2017-12-05) Silva, Ana Beatriz Ramalho da; Fernandes, José Veríssimo; Souza, Cássio Ricardo de MedeirosO vírus Zika (ZIKV) é um arbovírus pertencente à família Flaviviridae, sendo transmitido por mosquitos do gênero Aedes, especialmente pela espécie Aedes aegypti. Sua descoberta se deu em 1947 na floresta Zika, em Uganda. Desde então, casos esporádicos foram relatados e confinados às regiões da África e da Ásia até que, no início século XXI o vírus emergiu em diferentes lugares do globo, causando três grandes surtos consecutivos na Ilha de Yap (2007), na Polinésia Francesa (2013) e no Brasil (2015), de onde se espalhou para outros países do continente americano. Além da transmissão vetorial, pode haver a transmissão vertical, por contato sexual ou transfusão de sangue. O ZIKV é um vírus de RNA que codifica uma poliproteína precursora, a qual é posteriormente processada em três proteínas estruturais: proteína do capsídeo (C), proteína precursora de membrana (prM), proteína do envelope (E) e 7 proteínas não estruturais (NS1, NS2A, NS2B, NS3, NS4A, NS4B, NS5). Sobre a resposta imune ao ZIKV, estudos apontam que o vírus promove a ativação de receptores intracelulares da imunidade inata tais como o TLR3, RIG-1 e MDA-5, resultando na produção de interferon do tipo I (IFN-I) e citocinas pró-inflamatórias. Além disso, o vírus não induz uma forte estimulação de células dendríticas e acionam as células NK mais pela produção de citocinas do que por sua ação citotóxica. Sobre a resposta imune adaptativa, o ZIKV estimula uma forte resposta humoral, com produção de anticorpos neutralizantes, e promove a ativação tanto dos linfócitos TCD4+, os quais induzem uma produção múltipla de citocinas, como dos linfócitos TCD8+ que apresentam elevada proporção de células de memória. É provável que infecções sequenciais pelo ZIKV e outros flavivírus possam resultar no fenômeno ADE em decorrência da reatividade cruzada, entretanto tal mecanismo nessa virose não está totalmente esclarecido. Quanto à clínica, a infecção pelo ZIKV é frequentemente assintomática, mas os casos sintomáticos são de natureza autolimitada e caracterizados pelo aparecimento de exantema maculopapular, hiperemia conjuntival, mialgia, atralgia e febre branda. Entretanto, complicações envolvendo o sistema nervoso, como a Síndrome de Guillain-Barré (SGB) e a microcefalia em recém-nascidos, tem sido associadas à infecção pelo ZIKVDissertação Efeito anti-inflamatório do extrato metanólico de Caulerpa mexicana em modelo murino de inflamação generalizada induzida por zimosan(2016-01-29) Souza, Cássio Ricardo de Medeiros; Souto, Janeusa Trindade de; ; http://lattes.cnpq.br/6501426772186111; ; http://lattes.cnpq.br/1594370808039696; Medeiros, Lilian Giotto Zaros de; ; Dore, Celina Maria Pinto Guerra; ; http://lattes.cnpq.br/2279068301048550O Sistema Imunológico é responsável pela defesa do organismo contra fatores agressores. A inflamação é um importante evento da resposta imunológica e a exacerbação dessa resposta em níveis sistêmicos pode desencadear um quadro clínico descrito como Síndrome da Disfunção Múltipla de Órgãos (MODS), com elevada taxa de mortalidade e ainda sem estratégia de tratamento plenamente eficaz. Paralelamente, pesquisas acerca da atividade anti-inflamatória de várias substâncias tentam encontrar novos compostos com potencial farmacológico que possam ser usados como alternativa terapêutica. Várias delas têm demonstrado a bioatividade de muitas substâncias encontradas em plantas e ervas. Estudos prévios do nosso laboratório com extrato metanólico da alga marinha verde Caulerpa mexicana evidenciaram seu alto potencial anti-inflamatório. O presente estudo busca entender mais sobre esse potencial anti-inflamatório de C. mexicana em modelo murino de inflamação generalizada induzida por zimosan (ZIGI). O zimosan é uma substância derivada da parede celular do fungo Saccharomyces cerevisae, eficaz na indução de mediadores inflamatórios e amplamente utilizado em modelos animais para estudo. O uso do extrato de C. mexicana no tratamento de animais submetidos ao modelo de ZIGI resultou em melhoras expressivas na sintomatologia clínica apresentada, no perfil de migração celular para o sítio de injúria, nos níveis sistêmicos e locais de citocinas pró-inflamatórias (TNF-α e IL-6) e nos aspectos macromorfológicos do intestino e micromorfológicos do fígado, que são órgãos internos afetados pelo quadro de inflamação sistêmica. Esse estudo corrobora o potencial anti-inflamatório de C. mexicana descrito em estudo anteriores e mostra dados inéditos sobre seus efeitos em um modelo de inflamação generalizada induzida por zimosan, que mimetiza a MODS em humanos, trazendo à luz da ciência novas evidências dessa atividade imunofarmacológica.Dissertação Efeito atenuante do análogo sintético N-metil do alcaloide caulerpina no processo inflamatório em modelos murinos de inflamação(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-03-14) Assunção, Adailson de Souza; Souto, Janeusa Trindade de; Souza, Cássio Ricardo de Medeiros; http://lattes.cnpq.br/6501426772186111; http://lattes.cnpq.br/7305814843923249; Brandão, Deysiane Oliveira; Nascimento, George João Ferreira doA inflamação é uma resposta do organismo a diferentes tipos de injúrias, que visa reparar tecidos danificados e eliminar células mortas. A caulerpina é um alcaloide extraído da alga marinha Caulerpa racemosa com propriedade anti-inflamatória e através de modificações estruturais no núcleo indol e no grupo éster da caulerpina clássica (CLPc), gerou-se o análogo N-metil (CLPNmt), que facilita sua solubilidade e lipofilicidade. Assim, o presente estudo teve por objetivo avaliar a ação anti-inflamatória do análogo CLPNmt em diferentes modelos murinos de inflamação aguda, comparando com a CLPc e a dexametasona. Inicialmente foi realizado o modelo de peritonite, camundongos Swiss machos foram tratados por via oral com CLPc (2 mg/kg), CLPNmt (4, 2 e 1 mg/kg) e via intraperitoneal com dexametasona (1 mg/kg) e uma hora depois receberam zimosan (40 mg/kg) por via intraperitoneal. Após 24 horas, os camundongos foram eutanasiados, realizado o lavado peritoneal, que foi centrifugado, sendo determinada contagem total e diferencial de leucócitos e o sobrenadante usado para a dosagem de IL-1β, IL-6 e TNF-α por ELISA. Para o modelo de edema de orelha, os camundongos Swiss foram tratados com CLPNmt, na dose (2 mg/kg), e os demais tratamentos citados anteriormente, seguido pela aplicação tópica do xilol (40μL) nas orelhas direitas. Uma hora após o tratamento, as orelhas esquerdas e direitas foram removidas e pesadas em balança de precisão para obtenção do percentual de inibição de edema e acondicionadas em PBS/formol 10%, para realização de análise histológica. No modelo de lesão pulmonar aguda (LPA), os animais foram tratados por via oral com CLPc ou CLPNmt (2 mg/kg) ou por via intraperitoneal com dexametasona (1 mg/kg). Uma hora depois, os animais receberam 50 μL de LPS (100 μg/kg) por via intranasal. Após 24 horas, os camundongos foram eutanasiados, o lavado broncoalveolar (LBA) foi coletado, centrifugado, o botão celular foi utilizado para contagem total e diferencial de leucócitos e o sobrenadante foi usado para mensuração dos níveis de citocinas inflamatórias por ELISA e dosagem de nitrito pela reação de Griess. Amostras de pulmão foram processados para análise histológica e para extração de ácido ribonucleico (RNA) para avaliar expressão quantitativa de TNF- por reação em cadeia da polimerase (PCR) em tempo real (qPCR). Os resultados obtidos mostraram que o tratamento com a CLPNmt foi eficaz na diminuição da migração celular e na secreção de IL-6 na cavidade peritoneal, sendo a dose de 2 mg/kg mais eficiente nessa inibição, sendo utilizada como dose padrão nos demais experimentos. Dessa forma, verificou-se que a CLPNmt inibiu a formação de edema no modelo induzido por xilol de maneira significativa, similar ao observada para a CLPc e dexametasona, além de inibir o recrutamento leucocitário para a cavidade pulmonar e diminuir os níveis de IL-1, IL-6, TNF-α, IFN- e nitrito no LBA e reduzir o dano pulmonar no modelo de LPA. Portanto, a metilação da CLP manteve o potencial anti-inflamatório, similar ao que se observou para CLPc e comparado com os dados obtidos para dexametasona, tornando esse análogo um potencial alvo farmacológico.TCC Imunopatogênese e evolução clínica na infecção pelo vírus dengue: uma revisão(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-06-26) Silva Neta, Maria dos Anjos da; Souza, Cássio Ricardo de Medeiros; http://lattes.cnpq.br/1594370808039696; Gouveia, Fabíola Leite; Pereira, Hannaly Wana BezerraA dengue é uma infecção viral causada pelo vírus Dengue e transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. É uma doença com alta prevalência em regiões tropicais e subtropicais do mundo, tendo caráter endêmico no Brasil, com circulação registrada dos quatro sorotipos do vírus, que promovem epidemias periódicas a cada reintrodução. A dengue figura como um importante problema de saúde pública, gerando sobrecarga nos sistemas de saúde e desafiando cientistas e profissionais a promover avanços em busca de constante produção de conhecimento, especialmente no tocante à resposta imunológica ao vírus, a fim de elucidar novos mecanismos que permitam melhor combate à infecção e manejo de casos. Esta revisão narrativa aborda aspectos fundamentais sobre a imunopatogênese da doença e sua implicação na evolução clínica e manejo de casos. Primeiramente, revisa-se a estrutura antigênica e replicação do vírus e a epidemiologia da doença, como aspectos importantes para o melhor entendimento da resposta imunológica ao DENV e identificação de fatores contextuais relevantes para identificação de áreas de risco. Aspectos sobre imunidade inata, imunidade treinada, imunidade adaptativa, resposta de anticorpos e vacinação também foram considerados, apontando a importância desses mecanismos na evolução clínica de casos, diagnóstico clínico e laboratorial e tratamento da doença. A compreensão dos mecanismos imunopatogênicos da dengue é essencial para entender o correto manejo clínico e diagnóstico da doença e, principalmente, para auxiliar no desenvolvimento de estratégias terapêuticas e vacinais mais efetivas, além de orientar futuras pesquisas sobre a dengue.