Navegando por Autor "Souza, Ana Elisa Barboza de"
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Dissertação Mortalidade por causas externas no Brasil: série temporal de 2000 a 2020(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-12-19) Souza, Ana Elisa Barboza de; Andrade, Fábia Barbosa de; https://orcid.org/0000-0002-7055-8726; http://lattes.cnpq.br/0315846984480655; http://lattes.cnpq.br/4901193551761365; Mendonça, Ana Elza Oliveira de; Mendes, Cristina Katya Torres TeixeiraA mortalidade é um dos principais indicadores de saúde no mundo. No Brasil, as causas externas estão entre as principais causas de mortalidade, além de serem responsáveis por grande parte das internações hospitalares. Em 2019, o Brasil foi o 2º país com o maior número de óbitos por lesões no mundo. Durante o mesmo ano, o país ocupava o 1º lugar na região da América Central e do Sul. Elas ocupam o 3º lugar no ranking de mortes brasileiras, somente no ano de 2020 foram responsáveis por mais de 146 mil mortes, mesmo estando tabuladas na lista de causas evitáveis. Desse modo, esse estudo objetivou avaliar a mortalidade por causas externas no Brasil, considerando uma série histórica de 2000 a 2020. Trata-se de um estudo ecológico de abordagem quantitativa, com dados sobre quantidade de óbitos por causas externas no Brasil, no período de 2000 a 2020. A coleta de dados foi realizada nos Sistemas de Informação do Sistema Único de Saúde, concentradas no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, utilizando os filtros de óbitos por causas externas por variável dependente e ano, escolaridade, raça, faixa etária, local de ocorrência, estado civil e categoria como independentes. Os dados foram coletados de setembro a outubro de 2022. Foram utilizados o software Joinpoint, software Power BI e a linguagem de programação Python. Os resultados mostraram uma tendência crescente da mortalidade por causas externas no Brasil e regiões nos primeiros anos, e decrescente nos últimos anos do estudo. Além disso, a maioria dos óbitos se concentrou na população masculina, de 20 a 29 anos, com 4 a 7 anos de escolaridade. A região Sudeste, apresenta uma diferença quando comparada ao Brasil e demais regiões, demonstrando que mesmo sendo uma causa comum e preocupante de mortalidade, há diferenças entre as regiões, tanto em números quanto em causalidade. Ao mesmo momento que, alguns grupos apresentam aumento significativo do número de mortes, outros apresentam declínio, portanto, há uma mudança no comportamento do número total de mortes, por causas externas em todo o país, bem como nas regiões. Além disso, a maioria das mortes, por causas externas, ocorreu na população masculina, nas pessoas com faixa etária entre 20 e 29 anos, pardas e solteiras. Dentre as principais mortes, estão a agressão por disparo ou outra arma de fogo ou a não especificada, acidentes de veículos motorizados e não motorizados e outros tipos de veículos não especificados, agressão por objeto cortante ou penetrante e lesão autoprovocada intencionalmente. Sobre a causa mais prevalente, ou seja, a agressão de disparo de outra arma de fogo ou outra arma, foram registradas 712.475 mortes, das quais, o maior número registrado foi no ano de 2013, correspondendo, a uma taxa de 51 mortes por 100 mil habitantes. Diante disso, faz-se necessária a avaliação da aplicação das políticas públicas protetoras, bem como das medidas socioeducativas e leis que versam sobre essa temática, visando atender as condições sensíveis de prevenção, contribuindo para a diminuição das taxas de mortalidade por causas externas.