Navegando por Autor "Soares, Bruno Lobão"
Agora exibindo 1 - 20 de 52
- Resultados por página
- Opções de Ordenação
TCC Análise da ação farmacológica do haloperidol sobre o sistema dopaminérgico e sua influência na arquitetura do sono(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-09-13) Cavalcante, Samantha de Freitas; Soares, Bruno Lobão; lattes.cnpq.br/3124118595692286; lattes.cnpq.br/2111340487195820; Corso, Gilberto; https://orcid.org/0000-0003-1748-4040; lattes.cnpq.br/0274040885278760; Lima, Gustavo Zampier dos Santos; https://orcid.org/0000-0002-4462-0522; lattes.cnpq.br/6484225572798302A dopamina é um neurotransmissor envolvido nos processos de geração de emoção e movimentos complexos. A alteração da transmissão sináptica dopaminérgica tem sido implicada como um dos fatores de piora clínica em casos psiquiátricos e neurológicos como Parkinson, esquizofrenia e desordem de hiperatividade e déficit de atenção. Indivíduos com essas condições tendem a demonstrar distúrbios de sono caracterizados por sonolência diurna excessiva, distúrbios do comportamento e latência diminuída do sono REM, assim como alterações na arquitetura geral do sono. Diante disso, o objetivo do presente estudo se encontra em verificar a ação de uma droga moduladora do sistema dopaminérgico, o haloperidol, na distribuição das fases do sono tardio em REM e de ondas lentas ao longo de 4 horas de registros eletrofisiológicos em camundongos. Para análise da identificação e estagiamento do sono foram utilizados mapas bidimensionais de estados (state-map) associados à eletromiografia. Posteriormente, para cada hora foram feitas análises estatísticas comparando a quantidade e duração de episódios de sono (REM e NREM) e vigília entre os grupos salina e haloperidol. Por conseguinte, nossos resultados mostram que o grupo haloperidol apresentou menor percentual de REM durante sono tardio. Por fim, mais estudos se fazem necessários para entender como moduladores do sistema dopaminérgico, especialmente o haloperidol, podem atuar como contributos participativos no déficit cognitivo de pacientes que fazem o uso farmacológico dessa medicação.Apresentado em Evento Aspectos comportamentais da modulação do sistema dopaminérgico na memória de reconhecimento em objetos em camundongos(2010-09) França, Arthur Sérgio Cavalcanti de; Soares, Bruno Lobão; Muratori, Larissa; Ribeiro, Sidarta Tollendal Gomes; Nicolelis, Miguel Angelo LaportaVias importantes do neurotransmissor dopamina estão relacionadas ao sono e à consolidação de memórias. No presente trabalho, estudou-se aspectos comportamentais da consolidação da memória em camundongos heterozigotos (Hz, n=14) para o gene que codifica a proteína transportadora de dopamina (DAT), que apresentam níveis basais de dopamina ligeiramente aumentados e camundongos selvagens (n=72) sob o efeito do antagonista de dopamina D2 haloperidol (HALO). De acordo com estudos preliminares do grupo, Halo (0.3 mg/kg i.p), reduz drasticamente a quantidade de sono REM nas primeiras quatro horas após a aplicação. Nossas hipóteses aqui é a de que esta inibição de sono REM esteja relacionada com o impedimento da consolidação de memórias, de forma semelhante em animais jovens e idosos, e que também o aumento basal de DA em Hz seria capaz de reduzir sua capacidade mnemônica, independentemente do uso de HALO. Para isso, consideramos os seguintes grupos: animais jovens (2-6 meses), idosos (com idade de 7 a 14 meses) e Hz (adultos jovens). Cada grupo recebeu HALO (0,3 mg/kg) ou veículo, logo após a exposição ao teste de preferência por objetos novos (TPON), realizado no período matutino e noturno.O teste se baseia na característica natural dos roedores de exploração de ambientes novos, portanto ao apresentar objetos novos os animais tendem a explorar significativamente mais os objetos novos em relação aos previamente expostos. Houve aumento da preferência por novos objetos na comparação (teste t) no grupo selvagem jovem (veículo, 2,503 ± 0,1969 x tratado 1,512 ± 0,1141; p = 0,0007) , bem como no grupo selvagem idoso (veículo 2,909 ± 0,5655 x tratado 1,345 ± 0,1558; p = 0,0184) em testes realizados durante o período diurno. Houve também diferença na comparação entre os grupos veículo de Hz e jovens selvagens (1,077 ± 0,1046 x 2,503 ± 0,1969 respectivamente, p < 0,0001) e os grupos tratado de Hz e Jovens selvagens (0,9671 ± 0,1251 x 1,512 ± 0,1141 respectivamente, p = 0,0067). Esses dados indicam que a tanto a inibição de atividade de dopamina via receptor D2, como também níveis basais aumentados desse neurotransmissor, são capazes de provocar déficits na consolidação de memória em camundongos jovens de uma forma similar, e que animais idosos têm, a despeito da idade, o mesmo grau de comprometimento causado pela injeção da droga que os animais jovens. Acreditamos também que haja uma estreita relação na regulação dopaminérgica relacionada à manutenção do sono REM e consolidação de memórias.Artigo Aspectos comportamentais da modulação do sistema dopaminérgico na memória de reconhecimento em objetos em camundongos(2010-09) França, Arthur Sérgio Cavalcanti de; Soares, Bruno Lobão; Muratori, Larissa; Ribeiro, Sidarta Tollendal Gomes; Nicolelis, Miguel Angelo LaportaVias importantes do neurotransmissor dopamina estão relacionadas ao sono e à consolidação de memórias. No presente trabalho, estudou-se aspectos comportamentais da consolidação da memória em camundongos eterozigotos (Hz, n=14) para o gene que codifica a proteína transportadora de dopamina (DAT), que apresentam níveis basais de dopamina ligeiramente aumentados e camundongos selvagens (n=72) sob o efeito do antagonista de dopamina D2 haloperidol (HALO). De acordo com estudos preliminares do grupo, Halo (0.3 mg/kg i.p), reduz drasticamente a quantidade de sono REM nas primeiras quatro horas após a aplicação. Nossas hipóteses aqui é a de que esta inibição de sono REM esteja relacionada com o impedimento da consolidação de memórias, de forma semelhante em animais jovens e idosos, e que também o aumento basal de DA em Hz seria capaz de reduzir sua capacidade mnemônica, independentemente do uso de HALO. Para isso, consideramos os seguintes grupos: animais jovens (2-6 meses), idosos (com idade de 7 a 14 meses) e Hz (adultos jovens). Cada grupo recebeu HALO (0,3 mg/kg) ou veículo, logo após a exposição ao teste de preferência por objetos novos (TPON), realizado no período matutino e noturno.O teste se baseia na característica natural dos roedores de exploração de ambientes novos, portanto ao apresentar objetos novos os animais tendem a explorar significativamente mais os objetos novos em relação aos previamente expostos. Houve aumento da preferência por novos objetos na comparação (teste t) no grupo selvagem jovem (veículo, 2,503 ± 0,1969 x tratado 1,512 ± 0,1141; p = 0,0007) , bem como no grupo selvagem idoso (veículo 2,909 ± 0,5655 x tratado 1,345 ± 0,1558; p = 0,0184) em testes realizados durante o período diurno. Houve também diferença na comparação entre os grupos veículo de Hz e jovens selvagens (1,077 ± 0,1046 x 2,503 ± 0,1969 respectivamente, p < 0,0001) e os grupos tratado de Hz e Jovens selvagens (0,9671 ± 0,1251 x 1,512 ± 0,1141 respectivamente, p = 0,0067). Esses dados indicam que a tanto a inibição de atividade de dopamina via receptor D2, como também níveis basais aumentados desse neurotransmissor, são capazes de provocar déficits na consolidação de memória em camundongos jovens de uma forma similar, e que animais idosos têm, a despeito da idade, o mesmo grau de comprometimento causado pela injeção da droga que os animais jovens. Acreditamos também que haja uma estreita relação na regulação dopaminérgica relacionada à manutenção do sono REM e consolidação de memórias.Tese Autorregulação do córtex pré-frontal e sua relação com a tolerância ao exercício físico e com o acúmulo de gordura corporal(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-12-15) Silva, Weslley Quirino Alves da; Fontes, Eduardo Bodnariuc; http://lattes.cnpq.br/5147519104600801; https://orcid.org/0000-0001-9332-4001; http://lattes.cnpq.br/7589238582714546; Medeiros Filho, Edson Soares; http://lattes.cnpq.br/7197441815827408; Pereira, Gleber; https://orcid.org/0000-0002-4508-3730; http://lattes.cnpq.br/0790397989788798; Elsangedy , Hassan Mohamed; http://lattes.cnpq.br/7777329239184430; Soares, Bruno Lobão; https://orcid.org/0000-0003-4564-2288; http://lattes.cnpq.br/3124118595692286A inatividade física é considerada um dos maiores problemas de saúde pública global, e compreender seus efeitos é fundamental para desenvolver estratégias comportamentais eficazes de prevenção e intervenção a saúde. Partindo desse problema de saúde, o objetivo geral dessa tese é investigar a complexa conexão entre corpo, mente e cérebro durante o exercício físico. Esta tese é composta por três capítulos que abordam aspectos neurobiológicos da inatividade física, sobrepeso e obesidade, oferecendo uma compreensão mais aprofundada dessas questões e sua importância para a saúde global. No primeiro capítulo, foi realizada uma revisão abrangente dos fatores neurobiológicos que influenciam a manutenção do comportamento inativo em pessoas com sobrepeso e obesidade, destacando a complexa interação entre estruturas cerebrais, como o sistema límbico e o controle executivo, na tomada de decisões relacionadas à atividade física. Além disso, foi proposto um modelo comportamental com possíveis implicações na manutenção e modulação do comportamento da atividade física. O segundo capítulo explora a relação entre a hemodinâmica do córtex pré-frontal (CPF), o controle inibitório e o desempenho do exercício em indivíduos com sobrepeso ou obesidade. Os resultados sugerem que baixa oxigenação do CPF está associada ao baixo desempenho durante o exercício, e que o mau funcionamento do controle inibitório pode mediar essa relação. O terceiro capítulo investiga-se a relação entre o acúmulo de gordura corporal, a eficiência do acoplamento neurovascular (NVC) e a tolerância ao exercício. Verificamos que a relação entre gordura corporal e intolerância pode ser explicada pelo NVC, subjacente à menor capacidade do CPF em converter respostas hemodinâmicas em controle inibitório para tolerar a realização de exercícios em jovens fisicamente inativos e com massa gorda acumulada. Embora esse fato pareça limitar a autorregulação da percepção das sensações corporais, trazendo previsões sobre a interrupção antecipada do exercício. Além disso, dimensões interoceptivas de maior distração e baixa auto-regulação em indivíduos fisicamente inativos com massa gorda acumulada podem predizer intolerância ao exercício. Acredita-se que o conjunto de conhecimento integrando respostas cerebrais e tolerância ao exercício físico por população sedentária e com elevado acúmulo de gordura gerado por essa tese, fornecem novas evidencias que fundamentam o desenvolvimento de estratégias de intervenção para a promoção da atividade física e combate a obesidade, para então aumentar a qualidade de vida da populaçãoDissertação Avaliação não invasiva da fadiga e recuperação de músculos inspiratórios da parede torácica durante testes de endurance em indivíduos saudáveis(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-02-21) Lima, Thiago Bezerra Wanderley e; Fregonezi, Guilherme Augusto de Freitas; ; http://lattes.cnpq.br/2201375154363914; ; http://lattes.cnpq.br/7633205019993454; Soares, Bruno Lobão; ; http://lattes.cnpq.br/3124118595692286; Nóbrega, Antônio José Sarmento da; ; http://lattes.cnpq.br/5986468588038833Introdução: Uma forma de analisar a função dos músculos respiratórios é pelo teste de endurance respiratória que pode ser realizado de diferentes maneiras, estando associado a capacidade de manter altos níveis de ventilação sob condições isocápnicas (hiperpneia normocápnica,HN) ou respirar contra uma resistência determinada (carga de limiar de pressão inspiratória,CLPI) durante um período de tempo (Tlim) até a falha da tarefa (task failure).Objetivo: Nosso objetivo foi avaliar de forma não invasiva a fadiga e recuperação dos músculos inspiratórios da parede torácica durante dois diferentes testes de endurance em indivíduos saudáveis. Métodos: Trata-se de um estudo do tipo crossover, com abordagem quantitativa em que foram estudados indivíduos saudáveis de ambos os gêneros. Os sujeitos foram avaliados antes, durante e após realização do teste de endurance respiratória que foi realizado na modalidade hiperpneia normocápnica e com carga de limiar de pressão inspiratória. Foi respeitado um tempo de 7 dias entre suas realizações e a ordem de execução de cada modalidade foi randomizada. Durante a realização do protocolo o sujeito era monitorado pela pletismografia optoeletronica, eletromiografia de superficie e pela NIRS. Resultados: Participaram do estudo um total de 22 sujeitos, sendo 11 homens e 11 mulheres, com idade 24.36 ± 2.06 anos, IMC 22.40 ± 2.02 kg/m². Em relação as propriedades de relaxamento, os sujeitos apresentaram uma diminuição da taxa máxima de relaxamento (MRR) e aumento da constante de tempo (τ) após o teste com CLPI (p<0,05). Houve uma diminuição no pico de pressão (cmH2O) gerado nas manobras pós em ambos os testes (p<0,05). Em relação a velocidade de encurtamento e potência mecânica, houve uma diminuição na ∆VCTp/Ti, Winsp e WCTp no teste com CLPI (p<0,05). Houve uma queda linear da frequência mediana no teste com CLPI e uma queda exponencial no teste com HN, sendo este não significativo para presença de fadiga. Além disso, houve um aumento linear das variáveis do NIRS em ambos os protocolos. Conclusão: Diante dos resultados encontrados, pode-se concluir que os músculos inspiratórios da parede torácica sofrem alterações no comportamento após a realização de teste de endurance com hiperpneia normocápnica e carga de limiar de pressão inspiratória. Adicionalmente, o desenvolvimento da fadiga nesses músculos e suas consequentes alterações, são mais evidentes no protocolo com CLPI que recruta mais ações dos músculos inspiratórios.Dissertação A ayahuasca modula a resiliência? Uma avaliação em modelo animal primata não-humano de depressão maior(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-10-08) Grilo, Maria Lara Porpino de Meiroz; Coelho, Nicole Leite Galvão; http://lattes.cnpq.br/9256395169042054; http://lattes.cnpq.br/0248176785000660; Soares, Bruno Lobão; Hallak, Jaime Eduardo CecilioAo longo da evolução os animais têm vivenciado diversas situações de estresse, o que levou a uma grande variabilidade de respostas, algumas adaptativas e outras não. Por exemplo, a Depressão Maior (DM) é um transtorno de humor associado ao estresse crônico, fenótipos de vulnerabilidade e respostas ao estresse não- adaptativas. A DM é uma das psicopatologias que mais causa invalidez no mundo, não havendo ainda um tratamento completamente eficaz para ela, gerando assim enormes prejuízos individuais, sociais e econômicos. Dessa forma, utilizando como base a teoria da inoculação ao estrese, que postula que a resiliência pode ser adquirida, os psicodélicos se tornaram alvo das pesquisas com esquemas profiláticos contra o surgimento de algumas doenças mentais. A ayahuasca (AYA) é uma bebida tradicional da Amazônia que atua sobre o sistema serotoninérgico e, além de efeitos psicodélicos, demonstra uma ação antidepressiva. Considerando que do ponto de vista econômico, social e psicológico, tratar a depressão se mostra mais dispendioso do que a preveni-la, esse estudo procurou avaliar os possíveis efeitos profiláticos do uso prolongado do chá da ayahuasca, por meio do incremento da resiliência, frente a um protocolo de indução de depressão maior, o isolamento social (9 semanas), utilizando um modelo animal primata não-humanos, o C. jacchus. Para isso, foram realizadas avaliações fisiológicas (cortisol fecal) e comportamentais em animais (18 machos juvenis) que foram divididos em 3 grupos: Grupo Ayahuasca (GA; n=6), animais que receberam 3 administrações de ayahuasca enquanto foram submetidos ao protocolo indutor de depressão; Grupo Controle Isolado (GCI; n=5), onde os animais foram submetidos ao protocolo indutor de depressão sem passar pelo esquema profilático; e Grupo Controle Família (GCF n=7), animais controles que permaneceram em suas famílias sem receber qualquer esquema experimental. De maneira geral, foi observado uma resposta ao estresse mais adaptativa para GA quando comparado a GCI. Os animais tratados com AYA apresentaram uma reatividade e médias do cortisol fecal maiores do que a do GCI e similares ao GC; não demonstraram sinais de anedonia e elevação de comportamentos indicativos de estresse crônico, por exemplo: o coçar e a autocatação, os quais, por outro lado, foram expressos pelo GCI. Portanto, parece que a ayahuasca induz uma ação profilática frente ao protocolo indutor de depressão, por meio da expressão de respostas de resiliência; tamponado o surgimento de fenótipos tipo-depressivos e as alterações fisiológicas. Apesar de serem necessários novos estudos, esse trabalho abre portas para um novo tipo de intervenção no âmbito da saúde mental, o uso profilático de psicodélicos para prevenção de psicopatologias associadas ao estresse crônico.Artigo Beta2 oscillations (23–30 Hz) in the mouse hippocampus during novel object recognition(Federation of European Neuroscience Societies and John Wiley & Sons, 2014-09-01) Franc a, Arthur S. C.; Nascimento, George Carlos do; Lopes-dos-Santos, Vıtor; Muratori, Larissa; Ribeiro, Sidarta Tollendal Gomes; Soares, Bruno Lobão; Tort, Adriano Bretanha LopesTCC Biomarcadores lipídicos: existe uma relação com a depressão?(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-12-15) Batista, Ana Claudia da Silva; Coelho, Nicole Leite Galvão; http://lattes.cnpq.br/9256395169042054; Soares, Bruno Lobão; https://orcid.org/0000-0003-4564-2288; http://lattes.cnpq.br/3124118595692286; Fontes, Fernanda Palhano Xavier de; http://lattes.cnpq.br/5303845192389002A depressão maior (DM) é um transtorno cada vez mais prevalente no mundo, entretanto a sua fisiopatologia ainda não é totalmente compreendida. Um melhor entendimento da neurobiologia da DM se torna importante no sentido de aprimorar os tratamentos, o rastreamento e diagnóstico desse transtorno. Nesse cenário, os lipídios plasmáticos surgem como biomarcadores promissores, no entanto, a relação entre estes e a severidade da DM é ainda pouco compreendida, principalmente quando se considera o índice de massa corporal (IMC) como um confundidor dessa relação. Neste contexto, o presente trabalho investigou o perfil lipídico de 122 pacientes com depressão unipolar, correlacionando-os com a severidade da depressão e o IMC. Foi observado que pacientes com DM grave apresentaram maiores concentrações de triglicerídeos quando comparados aos pacientes com depressão leve-moderada, controlando o IMC. Para o HDL foi observado que quanto maior os sintomas depressivos, menor as concentrações desse lipídio. Para LDL, LDL/HDL e colesterol total não foram observados resultados significativos. Dentre os lipídios analisados, apenas os triglicerídeos dos pacientes graves estavam acima dos valores de referência populacional. A redução do HDL, que é um lipídio essencial para síntese de moléculas reguladoras, e o aumento do triglicerídeos, que são moléculas inflamatórias, apontam para um prejuízo na qualidade do perfil lipídico ao longo da severidade da DM, que por sua vez, pode estar relacionada a disfunções fisiológicas e alterações emocionais observadas nesse transtorno. Vale ressaltar que poucos estudos na literatura investigaram a relação entre a severidade da DM e os biomarcadores lipídicos, principalmente controlando o IMC. Dessa forma, se faz necessário novos estudos para entender melhor o papel destes biomarcadores na fisiopatologia da depressão.Dissertação Caracterização eletrofisiológica das oscilações delta e teta do hipocampo dorsal de ratos durante locomoção em esteira(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-06-09) Furtunato, Alan Michel Bezerra; Soares, Bruno Lobão; Belchior, Hindiael Aeraf; ; ; ; Aguiar, Cleiton Lopes; ; Elsangedy, Hassan Mohamed;A oscilação hipocampal no ritmo teta (6-10 Hz) foi extensivamente estudada em pesquisas desenvolvidas desde os anos 1950. Nestas pesquisas, foi constatado que o ritmo teta está implicado em funções cognitivas, na integração sensório-motora, no sono paradoxal e na locomoção. Como reportam muitos trabalhos, variações da potência a frequência das oscilações teta hipocampais estão associadas com a velocidade de locomoção e intensidade de execução de programas motores. Paralelamente, o ritmo delta (0,5-4 Hz) é normalmente observado durante o sono de ondas lentas, períodos de inatividade na vigília e estados de anestesia. Acredita-se que estes ritmos oscilatórios de baixa frequência permitam a troca de informações entre assembleias de neurônios localizados em regiões distantes do encéfalo e, tanto o ritmo teta como o ritmo delta ocorrem em múltiplas regiões corticais e subcorticais. No hipocampo, estas oscilações ocorrem de forma antagônica, sendo classicamente utilizadas para a definição de estados ativos e inativos do hipocampo. Sendo o ritmo delta característico do estado inativo, visto sua ocorrência durante o sono de ondas lentas e períodos de imobilidade durante a vigília; E o ritmo teta característico do estado ativo do hipocampo, dada sua ocorrência durante o sono paradoxal e sobretudo, durante a locomoção. Dessa forma, a coexistência destes ritmos oscilatórios no hipocampo não é observada ao longo da literatura e ainda, a razão teta/delta é comumente utilizado para definir períodos de inatividade e atividade durante tarefas de exploração espacial. Entretanto, a partir de um indício encontrado na literatura, na presente dissertação, estudamos a dinâmica das oscilações teta e delta na área CA1 do hipocampo dorsal de roedores por meio de dois protocolos distintos de locomoção em esteira. No primeiro manuscrito, realizamos o registro eletrofisiológico de 3 ratos machos da linhagem long-evans submetidos a 11 sessões (n=11) de 35 corridas com duração de 15 segundos a uma velocidade constante de 30 cm/s em uma esteira colocada no centro de um aparato. A análise dos resultados mostrou, respectivamente, aumento e diminuição da potência das oscilações delta e teta no decorrer das 35 corridas. Além disso, detectamos que houve um aumento da coerência interhemisférica das oscilações na banda delta sem alterações de coerência na banda teta. Dessa forma é sugerido que estas variações de potência e frequência das bandas teta e delta podem estar associadas a mudanças dinâmicas da rede hipocampal necessárias para a manutenção do exercício de corrida, não simplesmente a velocidade. A seguir, no segundo manuscrito, realizamos registros eletrofisiológicos da área CA1 do hipocampo dorsal em 6 ratos machos da linhagem wistar ao longo de 22 sessões (n=22) de 48 corridas de 20 segundos de duração escalonadas em uma sequência de 8 blocos de 6 corridas, das quais: 3 corridas em taxas de aceleração constantes (1, 1,5 e 2 cm/s²) e 3 em velocidades constantes (20, 30 e 40 cm/s). Nas corridas de maior taxa de aceleração (1,5 e 2 cm/s²) e nas corridas de velocidades constantes mais altas (30 e 40 cm/s) a potência e a frequência do ritmo delta foi maior que nas corridas de taxa de aceleração menor (1 cm/s²). As oscilações teta também apresentaram um aumento de potência nas corridas de velocidades constantes mais altas (30 e 40 cm/s), assim como nas corridas de maiores taxas de aceleração (1,5 e 2 cm/s²). Entretanto, a frequência da oscilação teta não apresentou diferenças significativas conforme o aumento da velocidade e da aceleração. Por meio dessas observações, concluímos que maiores velocidades de locomoção promovem o aumento da potência das oscilações delta e teta, assim como o aumento da frequência das oscilações delta na região hipocampal de CA1. Verificamos assim que as oscilações teta e delta podem coexistir no hipocampo de ratos durante corrida estacionária. Em conjunto, nossos resultados corroboram evidências prévias da associação da potência no ritmo teta hipocampal com a velocidade de locomoção e demonstram pela primeira vez que as oscilações delta hipocampais são moduladas pela velocidade de locomoção. Entretanto, mais estudos são necessários para esclarecer o papel do ritmo delta hipocampal durante a execução de protocolos de locomoção estacionária.Artigo Critical neuropsychobiological analysis of panic attack- and anticipatory anxiety-like behaviors in rodents confronted with snakes in polygonal arenas and complex labyrinths: a comparison to the elevated plus- and T-maze behavioral tests(Associação Brasileira de Psiquiatria, 2017-02-26) Soares, Bruno Lobão; Coimbra, Norberto C.; Paschoalin-Maurin, Tatiana; Bassi, Gabriel S.; Kanashiro, Alexandre; Biagioni, Audrey F.; Felippotti, Tatiana T.; Elias-Filho, Daoud H.; Mendes-Gomes, Joyce; Cysne-Coimbra, Jade P.; Almada, Rafael C.Objective: To compare prey and snake paradigms performed in complex environments to the elevated plus-maze (EPM) and T-maze (ETM) tests for the study of panic attack- and anticipatory anxiety-like behaviors in rodents. Methods: PubMed was reviewed in search of articles focusing on the plus maze test, EPM, and ETM, as well as on defensive behaviors displayed by threatened rodents. In addition, the authors’ research with polygonal arenas and complex labyrinth (designed by the first author for confrontation between snakes and small rodents) was examined. Results: The EPM and ETM tests evoke anxiety/fear-related defensive responses that are pharmacologically validated, whereas the confrontation between rodents and snakes in polygonal arenas with or without shelters or in the complex labyrinth offers ethological conditions for studying more complex defensive behaviors and the effects of anxiolytic and panicolytic drugs. Prey vs. predator paradigms also allow discrimination between non-oriented and oriented escape behavior. Conclusions: Both EPM and ETM simple labyrinths are excellent apparatuses for the study of anxiety- and instinctive fear-related responses, respectively. The confrontation between rodents and snakes in polygonal arenas, however, offers a more ethological environment for addressing both unconditioned and conditioned fear-induced behaviors and the effects of anxiolytic and panicolytic drugs.Tese Cyclical alternation between quiet and active sleep states in octopuses observed under controlled laboratory conditions and in the natural environment(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-09-19) Medeiros, Sylvia Lima de Souza; Ribeiro, Sidarta Tollendal Gomes; Leite, Tatiana Silva; http://lattes.cnpq.br/0649912135067700; http://lattes.cnpq.br/2782092994108733; Leão, Emelie Katarina Svahn; Soares, Bruno Lobão; Mather, Jennifer Ann; Baron, Jerome Paul Armand LaurentA alternância de longos episódios de sono quieto interrompidos ritmicamente por episódios curtos de sono ativo, padrão antes pensado ser exclusivo dos amniotas, foi recentemente relatado em alguns invertebrados, como drosófila (Insecta), aranha saltadora (Arachnida) e sépia (Cephalopoda). Porém, estudos que apontam a existência em invertebrados de um padrão cíclico com distintas fases do sono foram realizados apenas em animais cativos, em condições de laboratório. Isso deixa questões abertas sobre ciclo natural do sono dos invertebrados e como este é afetado por fatores ambientais. Para investigar detalhadamente a estrutura comportamental do sono em polvos, gravamos em laboratório vídeos ininterruptos por 12 horas, durante 4 dias consecutivos de quatro espécimes adultos de Octopus insularis, polvo dos recifes tropicais brasileiros. Os animais foram capturados em Pirangi (6°0’14.29”S, 35° 6’21.01”O) e mantidos em tanques de 1,0 x 0,7 x 0,6 metros, na cidade de Natal, RN, Brasil. Após aclimatação, quantificamos diversas variáveis durante cada um dos diferentes estados comportamentais, bem como durante as transições entre os estados. Mudanças na cor e textura da pele, bem como movimentos dos olhos e manto, foram avaliados usando ferramentas matemáticas para processamento de imagens, desenvolvidas para este fim. Para medir o limiar de alerta em cada estado, foi mensurada a latência da resposta comportamental a estímulos sensoriais. Foram identificados dois estados comportamentais distintos com ausência de reatividade à estimulação. O primeiro foi um estado de sono quieto caracterizado por pele uniformemente pálida, pupilas fechadas e episódios de longa duração (mediana 415,2 s). O segundo foi um estado de sono ativo caracterizado por padrões dinâmicos de cor e textura da pele, movimentos oculares rápidos e episódios de curta duração (mediana 40,8 s). Os episódios de sono ativo foram marcadamente periódicos (60% das recorrências entre 26-39 min) e ocorreram principalmente após episódios de sono quieto (82% das transições). Estes resultados mostram que O. insularis apresenta ciclo de sono ultradiano análogo ao dos amniotas. Para comparar esses resultados com o sono de animais em ambiente natural, estabelecemos uma colaboração para analisar dados já existentes sobre o comportamento de Octopus insularis, registrado de forma minimamente invasiva por câmeras remotas posicionadas nas entradas de tocas nas ilhas caribenhas Turks e Caicos (21.5112°N, 71.5190°O). Foram registrados 10 espécimes adultos durante o dia e a noite (total de 240 h). Estes vídeos foram avaliados utilizando as mesmas categorias comportamentais encontradas para os animais de laboratório. Todos os animais apresentaram padrão cíclico de sono semelhante ao observado em laboratório, com alternância periódica de episódios de sono quieto (mediana 643,2 s) e sono ativo (mediana 37,8 s), com episódios de sono quieto precedendo episódios de sono ativo 98% das vezes. Observamos ainda que os animais dormiram durante 44% do tempo amostrado, demonstrando que o sono ocupa uma fração substancial do tempo de vida em O. insularis. A documentação e quantificação do sono cíclico em espécimes de O. insularis, investigados tanto em laboratório quanto em ambiente natural, ajuda a compreender as pressões seletivas que impulsionaram a evolução do ciclo de sono nesta espécie e nos cefalópodes.Artigo D2 dopamine receptor regulation of learning, sleep and plasticity(Elsevier, 2015-01-16) França, A.S.C.; Soares, Bruno Lobão; Nascimento, George Carlos do; Jeronimo, Selma Maria Bezerra; Ribeiro, Sidarta Tollendal GomesTese Desenvolvimento e teste de um dispositivo para estimulação torácica externa com função de marca-passo e avaliação da eficácia da estimulação cardíaca mecânica(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-07-28) Oliveira Neto, Nestor Rodrigues de; Fregonezi, Guilherme Augusto de Freitas; Fregonezi, Guilherme Augusto de Freitas; https://orcid.org/0000-0003-4938-7018; http://lattes.cnpq.br/2201375154363914; http://lattes.cnpq.br/3901786270968653; Soares, Bruno Lobão; https://orcid.org/0000-0003-4564-2288; http://lattes.cnpq.br/3124118595692286; Dias, Fernando Augusto Lavezzo; Pinheiro, Francisco Irochima; Belchior, Hindiael AerafO marca-passo transcutâneo tem sido usado como terapia em casos de bradicardia sintomática e sinais de má perfusão, porém apresenta limitações importantes, em virtude da alta energia necessária para promover a ativação miocárdica causa desconforto e estimulação muscular. Assim, formas alternativas de estimulação artificial tem sido objeto de estudos. A estimulação mecânica é capaz de provocar a ativação cardíaca e exercer função de marca-passo, de forma similar a ativação por um estímulo elétrico, uma vez que um estímulo de natureza mecânica, de certa intensidade, pode gerar uma deformação mecânica no miocárdio capaz de iniciar a excitação miocárdica, resultando na contração ventricular. Este trabalho compreende duas partes: o desenvolvimento e teste em bancada de protótipo de dispositivo eletropneumático para estimulação transtorácica cardíaca em humanos, com função de marca-passo cardíaco, com depósito de pedido de patente de invenção, e a realização de um estudo experimental em sapos (Rhinella jimi) para avaliar a eficácia da estimulação cardíaca mecânica, comparando esta forma de estimulação com a estimulação elétrica padrão, quanto à ativação cardíaca, manutenção da captura ventricular e indução de arritmia ventricular. A estimulação mecânica foi realizada por meio do movimento de vai-e-vem e impacto da uma haste metálica de 2 mm de diâmetro na superfície externa do ventrículo esquerdo (visando a parede lateral e o ápice), com uma frequência de disparo de 10 bpm acima da FC basal de cada animal e comparando esta forma de estimulação com a estimulação elétrica, em um modelo de corações de sapo in vivo que foi mantido parcialmente fora do corpo. A estimulação elétrica ventricular foi fornecida por gerador de marca-passo temporário programado em modo de demanda conectado a dois eletrodos. Após a realização das medidas dos limiares, cada forma de estimulação foi mantida por cinco minutos, com FC de 10 bpm acima da FC basal de cada animal, mantendo a mesma energia e FC durante cada fase do experimento. O dispositivo pneumático testado apresentou uma correlação linear entre a energia mecânica liberada e pressão do ar comprimido, fornecendo valores de energia crescentes dentro da faixa prevista para a estimulação cardíaca transtorácica (considerando um limiar de 0,04 a 1,5 J), podendo atingir de zero a cerca de 2,8J, com as pressões máximas fornecidas pela rede de ar comprimido hospitalar. Os achados do estudo experimental mostraram que a estimulação mecânica direta pode manter o comando ventricular, sem perda de captura, por um período de cinco minutos ou mais, em coração de sapo, quando a estimulação ventricular é realizada em baixa frequência cardíaca. No entanto, a FC máxima em que a estimulação mecânica mantém a captura ventricular 1:1 foi próxima a FC de repouso do animal e significativamente menor do que durante a estimulação elétrica, possivelmente devido a diferentes tipos de canais iônicos ativados em cada forma de estimulação. A ocorrência de arritmias ventriculares foi semelhante nas duas formas de estimulação.Dissertação O efeito de uma intervenção breve de meditação da bondade amorosa (loving-kindness meditation) na tomada de decisão pró-social(2018-04-19) Bronzatto, Sabrina Ruiz; Lopes, Fivia de Araújo; Soares, Bruno Lobão; ; ; ; Lopez, Luiz Carlos Serramo; ; Yamamoto, Maria Emilia;Emoções e habilidades sociais, como a tomada de perspectiva, a empatia e a compaixão são fundamentais para uma espécie altamente social, como a humana. Considera-se que o comportamento pró-social surgiu e manteve-se evolutivamente por ter apresentado um diferencial de sobrevivência e reprodutivo para a espécie. Sugere-se que haja características individuais estáveis que favoreçam os indivíduos a serem mais ou menos responsivos em comportamentos de ajuda aos seus coespecíficos, em especial o traço de personalidade denominado socialização e um dos componentes afetivos da empatia, a consideração empática. Tem sido evidenciado que exercícios ou treinamentos mentais podem influenciar na resposta comportamental em relação à pró-socialidade, e em destaque estão as técnicas meditativas, como a meditação da bondade amorosa (loving-kindness meditation - LKM). Há indícios de que mesmo exercícios breves de LKM podem influenciar na tomada de decisão social por impactarem no controle cognitivo e na regulação de estados emocionais, direcionando o comportamento no sentido de uma maior pró-socialidade. O objetivo principal do presente estudo foi investigar a influência de diferenças individuais, através dos traços socialização e empatia, e do efeito de uma intervenção breve de LKM nas tomadas de decisão pró-sociais de doação unilateral de recursos e de intenção de ajuda em diferentes cenários (viagem e doença), bem como a coerência entre as mesmas. Também foi investigado o efeito da intervenção meditativa no estado emocional dos participantes. A amostra contou com 134 estudantes universitários, divididos em 3 condições experimentais: LKM, controle neutro e controle positivo. Houve correlação entre o traço socialização e as intenções de ajuda nos cenários de viagem e de doença e uma correlação entre o traço empatia e a intenção de ajuda apenas no cenário de doença. Não houve correlação entre os escores de socialização e empatia nem de seus subcomponentes em relação à tarefa de doação de recursos a terceiros. Não houve diferença entre os grupos experimentais em relação à doação de recursos a terceiros nem em relação às intenções de ajuda. Houve correlação positiva entre as três tarefas pró-sociais investigadas apenas no grupo LKM. Os três grupos experimentais apresentaram diminuição de afetos negativos pós intervenção e houve redução de afetos positivos no grupo controle neutro. Os resultados sugerem que as intervenções meditativas impactam diferentemente nas tomadas de decisão pró-sociais, sendo que a intervenção breve de LKM promoveu maior coerência na tomada de decisão pró-social, entre a intenção e ajuda e o comportamento efetivo de doação de recursos a terceiros. Considera-se que o protocolo de LKM traduzido e adaptado possa abrir caminho para investigações futuras com a utilização de técnicas de fácil execução e de baixo custo no Brasil. Além disso, sugere-se que o mesmo tenha potencial aplicabilidade como medida coadjuvante para a melhoria do bem-estar subjetivo através da regulação de estados emocionais, principalmente no que diz respeito à redução de afetos negativos, e dos controles cognitivo e afetivo nas tomadas de decisão em interações sociais, potencialmente reduzindo conflitos entre intenção e ação.Dissertação Efeitos da exposição e da retirada da sacarose sobre comportamento relacionado à depressão em ratos adolescentes(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-11-11) Oliveira, Juliete Tavares de Arruda; Rachetti, Vanessa de Paula Soares; http://lattes.cnpq.br/1524215726056886; http://lattes.cnpq.br/6521682525320469; Soares, Bruno Lobão; http://lattes.cnpq.br/3124118595692286; Bortoli, Valquíria Camin de; http://lattes.cnpq.br/3992098322056730O açúcar refinado (sacarose) é muito versátil e barato, podendo estar em várias receitas. Uma dieta rica em açúcar pode ter consequências negativas, como a obesidade e o diabetes, e sua retirada pode promover alterações comportamentais, tais como a compulsão. O objetivo desta pesquisa foi o de testar a hipótese de que a retirada da sacarose favorece a comportamentos relacionados à depressão. Para tal, foram utilizados ratos Wistar de 30 dias provenientes do Biotério do Centro de Biociências- UFRN, que receberam água e ração ad libitum e foram submetidos ao paradigma de escolha de duas garrafas com 250 ml de água e/ou sacarose a 5% (grupo sacarose) por 16 dias, seguido de sua retirada de 72h a 96h (grupo retirada curto prazo) ou 22 a 23 dias (grupo retirada longo prazo). Animais do grupo controle, sacarose, retirada curto prazo e retirada longo prazo foram submetidos ao teste do campo aberto 72h e 22 dias após a substituição de sacarose por água para os grupos retirada curto e longo prazo, respectivamente. Vinte e quatro horas após o teste no campo aberto, todos os grupos foram submetidos ao teste do nado forçado. Os dados aqui obtidos não evidenciaram efeitos comportamentais da exposição ou da retirada em curto e longo prazo da sacarose no teste de nado forçado, assim como não ouve diferenças estatísticas nos resultados do parâmetro de locomoção no teste de campo aberto. Dessa forma concluímos que a exposição e retirada em curto e longo prazo da sacarose não foram capazes de gerar comportamento do tipo depressivo em ratos adolescentes.TCC Efeitos de ansiolíticos benzodiazepínicos e do lítio no comportamento do zebrafish (Danio rerio)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-11-27) Carvalho, Miguel Sales Lima de; Luchiari, Ana Carolina; Manuela Sales Lima Nascimento; Soares, Bruno Lobão; Rico, Eduardo PachecoBenzodiazepínicos são drogas ansiolíticas comumente usadas no tratamento de distúrbios como transtorno de ansiedade, ataques de pânico, síndrome do estresse pós-traumático e estresse crônico. No entanto, essas drogas apresentam inúmeros efeitos colaterais, dentre eles o desenvolvimento de tolerância e dependência. Nesse sentido, o lítio tem sido indicado como possível tratamento alternativo. O lítio é um micronutriente que desempenha papel na via de neurotransmissão serotonérgica (relacionada com o tratamento da ansiedade), mostra ação neuroprotetora e apresenta menos efeitos colaterais do que os benzodiazepínicos. Neste estudo, avaliamos os efeitos da exposição crônica ao lítio e a dois benzodiazepínicos mais comumente prescritos, lorazepam e diazepam, no comportamento do zebrafish (Danio rerio). Os animais foram tratados com lítio (5mg/L), lorazepam (10µmol/L) e diazepam (160 µg/L) durante 15 dias e parâmetros comportamentais relacionados à locomoção e ansiedade foram avaliados em teste de tanque novo. Os resultados indicam que todas as drogas causaram aumento na velocidade média de natação e na distância total percorrida em relação aos grupos controle (água e solvente DMSO). As drogas também provocaram diminuição do tempo de freezing e aumentaram a distância do fundo do tanque em relação aos grupos controle. O efeito ansiolítico mais evidente foi observado nos animais tratados com lorazepam, enquanto o lítio mostrou efeito ansiolítico maior do que o diazepam. Tanto os benzodiazepínicos quanto o lítio são tratamentos eficientes para distúrbios de ansiedade, no entanto o lítio se mostra como possível alternativa devido aos reduzidos efeitos colaterais. Esses resultados reforçam o uso do zebrafish como um modelo translacional em estudos farmacológicos e relacionados à ansiedade, no entanto novos estudos para melhor compreensão dos efeitos do lítio em situações de estresse agudo e crônico se fazem necessários.TCC Os efeitos de terapias baseadas em mindfulness e doses de ayahuasca em traços de depressão e ansiedade(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2018-11-28) Conceição, Thamiris Botelho Ribeiro; Soares, Bruno Lobão; Coelho, Nicole Leite Galvão; Fontes, Fernanda Palhano Xavier deDepressão e ansiedade são considerados o mal do século. O número de pacientes que sofrem com esses transtornos tem aumentado consideravelmente e tendem a crescer ainda mais diante de todo o cenário estressante do mundo contemporâneo ao qual as pessoas têm sido cada vez mais expostas. Cerca de um terço dos indivíduos diagnosticados com ansiedade ou depressão apresentam resistência aos fármacos antidepressivos e ansiolíticos disponíveis no mercado e não apresentam remissão dos sintomas mesmo com acompanhamento médico. Dessa forma, têm se investido cada vez mais em pesquisas que buscam métodos alternativos aos tradicionalmente utilizados na rotina clínica para o tratamento de ansiedade e depressão. Esta revisão buscou reunir estudos clínicos que descrevem os efeitos farmacológicos terapêuticos da ayahuasca, bebida com propriedades psicodélicas consumida originalmente por nativos amazônicos e comunidades religiosas; em paralelo revisitou trabalhos que demonstram efeitos terapêuticos de intervenções clínicas baseadas em meditação do tipo mindfulness. A partir daí, comparamos os efeitos das duas propostas de terapias alternativas em vários marcadores biológicos utilizados, bem como apresentamos propostas de uma possível integração para redução de sintomas relacionados a ansiedade e depressão.Tese Efeitos fisiológicos e psicológicos associados à respiração nasal e às técnicas respiratórias do Yoga(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-02-08) Esmaile, Stephany Campanelli; Soares, Bruno Lobão; Coelho, Nicole Leite Galvão; http://lattes.cnpq.br/9256395169042054; https://orcid.org/0000-0003-4564-2288; http://lattes.cnpq.br/3124118595692286; https://orcid.org/0000-0003-3195-9663; http://lattes.cnpq.br/1276343624760539; Santaella, Danilo Forghieri; Castro, Felipe Nalon; Belchior, Hindiael Aeraf; Rodrigues, Lívia Carla de MeloEsta tese foi dividida em uma introdução geral em português, 3 capítulos (um para cada artigo em inglês) e uma discussão geral em português. O primeiro capítulo é uma revisão sistemática publicada no The International Journal of Yoga que segue as recomendações do PRISMA, intitulada: “PRANAYAMAS AND THEIR NEUROPHYSIOLOGICAL EFFECTS”. O objetivo desta revisão foi descrever a influência dos exercícios respiratórios do Yoga na neurofisiologia humana. Após filtrar 1.588 artigos, os 14 artigos finais mostraram que (pranayamas) em termos gerais promovem: melhora clínica em pacientes com afasia; redução da oscilação teta cerebral, aumento da oscilação gama no lobo temporal medial esquerdo e aumento da resposta inibitória (autocontrole) durante uma tarefa de tempo de reação; redução imediata dos tempos de reação visual e auditiva e aumento da atividade parassimpática. O segundo capítulo é uma pesquisa quasi-experimental chamada “PSYCHOLOGICAL EFFECTS OF A THREE-MONTHS UJJAYI PRANAYAMA TRAINING” realizada durante a pandemia de COVID-19 e já está em fase de submissão para publicação para a revista “Journal of Alternative and Complementary Medicine”. Das nove escalas psicométricas utilizadas no estudo, observamos uma redução no devaneio mental (MEWS), afeto negativo (PANAS-N) e estresse percebido (PSS), e uma melhora na consciência interoceptiva (MAIA) após da intervenção. Além disso, foram encontradas correlações positivas significativas entre MEWS, PANAS-N e PPS antes e depois de 12 semanas de intervenção com pranayama. O terceiro capítulo é um ensaio randomizado controlado chamado: “UJJAYI PRANAYAMA: A PSYCHOBIOLOGICAL APPROACH OF A YOGIC BREATHING TRAINING”. Após 8 semanas de uma intervenção de ujjayi online com estudantes universitários da UFRN, os resultados revelaram melhorias significativas do grupo teste durante o período de 8 semanas em comparação com o grupo controle para MAIA (consciência interoceptiva), PANAS-P (maior humor agradável ou afeto positivo) e pontuações ESS-BR (menor sonolência). Além disso, a análise de correlação PANAS-P x MAIA se revelou positiva (p = .016; r = .438). No entanto, o grupo controle apresentou melhor desempenho no teste de estresse (MMST) do que o grupo teste. Nenhuma diferença foi encontrada para valores de delta do cortisol salivar, da variabilidade da frequência cardíaca, do teste de Flanker (tarefa go no-go), espirometria, P0.1 , das medidas de devaneio mental (MEWS e escalas tipo likert), da capacidade pulmonar e drive inspiratório (P0.1). Concluímos que o pranayama Ujjayi pode ser útil em reduzir o afeto negativo, o estresse percebido, a sonolência durante o dia e o devaneio mental, enquanto pode aumentar a consciência interoceptiva e o afeto positivo em universitários e possivelmente na população geral.Tese Efeitos psicofisiológicos de uma breve intervenção baseada em mindfulness em adultos jovens saudáveis(2018-12-18) Araújo, Geissy Lainny de Lima; Sousa, Maria Bernardete Cordeiro de; ; ; Soares, Bruno Lobão; ; Brys, Ivani; ; Miguel, Mario André Leocádio; ; Sanchez, Tiago Arruda;O treinamento baseado em mindfulness vem sendo utilizado com intuito de facilitar mecanismos adaptativos que mediam a redução de sintomas de ansiedade, depressão e estresse por meio do aumento da habilidade atencional, regulação emocional e, numa perspectiva mais ampla, o alcance de uma boa qualidade de vida. O presente estudo analisa as variáveis relacionadas aos perfis de atenção sustentada, interocepção, ansiedade, afeto e marcadores da resposta ao estresse agudo em adultos jovens submetidos a um treinamento baseado em mindfulness durante 30 minutos, em três dias consecutivos. Os dados eletrofisiológicos, hormonais e comportamentais foram coletados nas situações pré e pós intervenção em um grupo controle ativo (n=20) e um grupo experimental (n=20). Os resultados evidenciaram diferenças entre grupos relacionadas a interocepção, mindfulness e atenção sustentada após o treinamento, a partir de medidas psicológicas e análises de potenciais evocados. Além disso, análises intragrupo indicaram redução de ansiedade, aumento de sensibilidade interoceptiva, afeto positivo e de estado de mindfulness após a intervenção no grupo experimental, além de redução no afeto negativo e estresse percebido em ambos os grupos. Nesse sentido, sugere-se que a intervenção breve baseada em mindfulness impacta no desempenho cognitivo e emocional dos indivíduos, demonstrados através do aumento de amplitude e redução da latência do componente P300 durante teste de atenção, e através de medidas psicológicas relacionadas ao bem-estar. Além disso, estes resultados são consistentes com outros estudos da literatura que realizaram intervenções mais longas utilizando o treinamento mindfulness em diferentes populações e contextos.Tese Electrophysiological correlates of sound processing in the limbic pathways and implications for tinnitus-related anxiety(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-02-17) Freitas, Jéssica Winne Rodrigues de; Leão, Emelie Katarina Svahn; Nascimento, George Carlos do; http://lattes.cnpq.br/1489371044894987; https://orcid.org/0000-0001-7295-1233; http://lattes.cnpq.br/1279823352935722; http://lattes.cnpq.br/9480539724032899; Soares, Bruno Lobão; https://orcid.org/0000-0003-4564-2288; http://lattes.cnpq.br/3124118595692286; Aguiar, Cleiton Lopes; Sousa, João Antônio Jesus Bacello Machado; Anomal, Renata Figueiredo; http://lattes.cnpq.br/6437989445919424Esta tese investiga os correlatos eletrofisiológicos do hipocampo e do córtex pré-frontal medial com a atividade auditiva, seja em um modelo animal de zumbido induzido por altas doses de salicilato, seja na resposta a estímulos ruidosos em camundongos durante a locomoção. Os resultados estão organizados em quatro capítulos com três artigos experimentais (capítulo 1-3, com 2 artigos publicados e um manuscrito em preparação) e um protocolo em forma de capítulo de livro (capítulo 4, pré-impressão). No primeiro artigo (Winne et al. 2019), mostramos que uma alta dose de salicilato (300mg/kg) induziu oscilações teta tipo 2 (4-6Hz) no hipocampo ventral (HV), bem como induziu comportamentos semelhante à ansiedade em camundongos. Além disso, a administração de uma alta dose de salicilato aboliu a correlação do teta tipo 1 (7-10Hz) do hipocampo dorsal (HD) com a velocidade de corrida. No segundo artigo (Winne et al. 2020), mostramos que após o pré-tratamento com salicilato, apenas camundongos jovens com os níveis de audição preservada apresentaram comportamento semelhante à ansiedade, em comparação com camundongos idosos. Nós hipotetizamos que camundongos C57BL6 idosos por terem alterações auditiva relacionada à idade e, são menos propensos a apresentarem zumbido induzido pelo salicilato e ansiedade relacionada ao zumbido. Em camundongos jovens após o tratamento com salicilato, foi observado um aumento nas oscilações teta tipo 2 e gama lenta (30-60Hz) no HV e no córtex pré-frontal medial (CPFm), durante o campo aberto e no labirinto em cruz elevado. Além do mais, também ocorreu um aumento da coerência em teta tipo 2 entre o HV e o CPFm durante as tarefas. Por fim, o pré-tratamento de camundongos com uma dose única da substância psicodélica 5-MeO-DMT preveniu o surgimento de comportamentos associados à ansiedade e a indução de teta tipo 2 e gama lenta após a injeção de salicilato. O Capítulo 3 aborda como estímulos ruidosos são processados por meio da via reticular-límbica e influenciam nas oscilações do HD e CPFm de camundongos com audição normal. Usando abordagens combinadas (silêncio/ruído, quimio e optogenética), as oscilações teta tipo 1 (7-10Hz) do HD foram moduladas pelo ruído alto e de banda larga. Especificamente, a entrada de ruído retransmitida do córtex entorrinal e do septo medial modulou as oscilações do teta tipo 1 do HD, enquanto a diminuição da atividade do córtex auditivo não afetou essa via não canônica de processamento de ruído alto. Verificamos também que a ativação desta via aumentou a coerência entre o HD e o córtex pré-frontal medial. Nossa hipótese é que as alterações da atividade dos neurônios do HD induzidas pelo ruído, pode ser uma estratégia biológica para identificar rapidamente ambientes perigosos e aumentar o estado de alerta dos animais em resposta a possíveis ameaças locais. Por fim, no Capítulo 4 (Winne et al., 2021, pré-impressão), discutimos uma técnica de imageamento de cálcio de animais em movimento livre, usando micro endoscópios miniaturizados ('miniscopes') e descrevemos em detalhes a cirurgia de implante de lente e “baseplate” para o Miniscope UCLA V3 e V4. Usamos lente de índice graduado (GRIN) para o hipocampo, e uma combinação de um prisma e lente GRIN para o córtex auditivo e motor, com adaptações de trabalhos publicados para uma melhor fixação da lente (GRIN-relay-Prism). Por fim, comentamos as diferenças entre os softwares de análise. Em conclusão, esta tese demonstra correlatos eletrofisiológicos do zumbido induzido por salicilato que fortalecem a ligação neurobiológica entre zumbido e ansiedade. Mais ainda, as vias límbicas que transmitem informações de ruído alto também mostraram modular a atividade do hipocampo e do CPFm. Esses resultados evidenciam novas assinaturas eletrofisiológicas do processamento de som no sistema límbico.
- «
- 1 (current)
- 2
- 3
- »