Navegando por Autor "Silva, Eutália Elizabeth Novaes Ferreira da"
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Dissertação Avaliação do potencial de formigas (Hymenoptera: formicidae) como vetores mecânicos de bactérias do gêneroSstaphylococcus no ambiente hospitalar.(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2009-12-07) Silva, Eutália Elizabeth Novaes Ferreira da; Ximenes, Maria de Fátima Freire de Melo; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786307T7&dataRevisao=null; ; http://lattes.cnpq.br/0127120105568697; Melo, Maria Celeste Nunes de; ; http://lattes.cnpq.br/0580551464788795; Andrade Neto, Valter Ferreira de; ; http://lattes.cnpq.br/4863082845974813; Cavalcante, Reginaldo Roris; ; http://lattes.cnpq.br/7963025108560125No ambiente hospitalar, bactérias podem ser disseminadas por insetos, tais como as formigas, que se destacam pela alta adaptabilidade ao ambiente urbano. As bactérias do gênero Staphylococcus são uma das principais causas de infecção hospitalar. Em países da Europa, América Latina, Estados Unidos e Canadá, o grupo dos estafilococos coagulase-negativos (ECN) representa a segunda maior causa dessas infecções, segundo o SENTRY (Programa de vigilância antimicrobiana- EUA). No presente estudo foi analisado o potencial de formigas (Hymenoptera: Formicidae) como veículos mecânicos de bactérias do gênero Staphylococcus em um hospital da rede pública de saúde, no município de Natal-RN. As formigas capturadas em coletas diurnas e noturnas, entre junho de 2007 e maio de 2008, nos seguintes setores: enfermarias, lavanderia, cozinha, banco de sangue. Esses insetos foram identificados segundo a chave de identificação de Bolton, 1997. Para a análise da presença de estafilococos, as formigas foram incubadas em caldo de caseína de soja (TSB) por 24h, a 35ºC para posterior semeadura em Agar Manitol Salgado. As colônias características de estafilococos incubadas por 24h a 35ºC, em Tryptic Soy Agar, para testes de caracterização do gênero (coloração de Gram, catalase, susceptibilidade à bacitracina e coagulase livre). A identificação dos ECN foi realizada através das provas bioquímicas: susceptibilidade à novobiocina, crescimento em anaerobiose, presença de urease, descarboxilação da ornitina e produção de ácidos a partir dos açúcares manose, maltose, trealose, manitol e xilose. A susceptibilidade aos antimicrobianos analisada através da técnica disco-difusão. Para confirmar a presença do gene mecA foi utilizada a técnica da Reação em Cadeia da Polimerase e a capacidade de produção de biofilme foi verificada através de ensaio in vitro usando superfície inerte de poliestireno, em amostras de estafilococos resistentes. Entre 440 formigas, 85 (19,1%) estavam transportando os ECN das espécies Staphylococcus saprophyticus (17), Staphylococcus epidermidis (15), Staphylococcus xylosus (13), Staphylococcus hominis hominis (10), Staphylococcus lugdunensis (10), Staphylococcus warneri (6), Staphylococcus cohnii urealyticum (5), Staphylococcus haemolyticus (3), Staphylococcus simulans (3), Staphylococcus cohnii cohnii (2), e Staphylococcus capitis (1 ). Nenhum Staphylococcus aureus foi encontrado. Entre os isolados, 30,58% apresentaram resistência à eritromicina. Duas amostras de ECN (2,35%), obtidas a partir da formiga Tapinoma melanocephalum coletadas na enfermaria feminina pós-cirúrgica, S. hominis hominis e S. lugdunensis albergavam o gene mecA e foram resistentes a múltiplos antibióticos. Além disso, a espécie S. hominis hominis ainda mostrou ser um produtor de biofilme. Este estudo demonstra que as formigas podem agir como veiculadoras de ECN multiresistentes aos antimicrobianos e produtores de biofilme, e, ainda, aponta para o risco da disseminação de microrganismos patogênicos por esse inseto no ambiente hospitalar