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Dissertação Alterações micrometeorológicas causadas pelas mudanças de uso do solo no Seridó Potiguar(2017-05-30) Lima, Jeane Galdino Faustino; Bezerra, Bergson Guedes; Lima, Kellen Carla; http://lattes.cnpq.br/1901216516407999; http://lattes.cnpq.br/9726900345428900; Silva, Cláudio Moisés Santos e; http://lattes.cnpq.br/1394248306018449; Gonçalves, Weber Andrade; http://lattes.cnpq.br/3901367142857642; Silva, Madson TavaresA mudança na cobertura do solo provoca alterações no balanço de energia e no balanço hídrico à superfície. O uso inadequado do solo pode levar a uma condição de degradação avançada, a qual é denominada de processo de desertificação. No Brasil, existem vários Núcleos de Desertificação, dentre os quais o Núcleo de Desertificação do Seridó (RN-PB). Assim, o presente trabalho partiu da premissa de que o processo de desertificação na região do Seridó Potiguar (RN), possivelmente, tem causado variabilidades na temperatura da superfície, no albedo e nos fluxos de energia e massa (evapotranspiração/fração evaporativa). Para comprovar as mudanças decorrentes deste processo foi realizada uma análise descritiva/comparativa entre dados de área degradada e área com Caatinga preservada (Estação Ecológica do Seridó-ESEC). Para tanto, utilizou-se de um algoritmo híbrido, o qual é composto de parametrizações de vários algoritmos tais como: o Surface Energy Balance Algorithms for Land/SEBAL, Simplified Surface Energy Balance/SSEB, Simplified Energy Balance Index/S-SEBI, e de imagens TM – Landsat 5, das órbitas-ponto: 215/65, adquiridas gratuitamente junto ao INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – sob a condição de céu claro, para datas dos anos de 1990, 1995, 1998, 1999, 2001, 2003, 2005, 2007. Comparando os resultados obtidos em área degradada e vegetada, foi observado a existência de diferenças entre os valores médios do albedo, saldo de radiação e fração evaporativa. Esta diferença também foi comprovada de forma significativa por meio de teste estatístico (teste t de student), o que corrobora a hipótese de que o processo de desertificação derivado do mau uso do solo e das condições climáticas da região está causando alterações nas variáveis constituintes do balanço de energia.Artigo Análise comparativa da temperatura média do ar em Campina Grande, PB, obtida pelo Método dos Extremos e pelo Método Padrão(Revista Brasileira de Geografia Física, 2013) Cabral Júnior, Jório Bezerra; Almeida, Hermes Alves de; Silva, Cláudio Moisés Santos eO presente trabalho teve como objetivo principal comparar os valores da temperatura média do ar calculados pelos métodos Padrão (INMET) e dos Extremos (FAO). Utilizando-se uma série de dados diários de temperatura do ar (das 12:00 e 24:00 UTC) e das temperaturas máxima e mínima, do período:01.01.1980 a 31.12.2011, cedida pela Embrapa Algodão, em Campina Grande, PB. Os dados horários/diário foram agrupados cronologicamente e em seguida determinadas as médias diárias da temperatura média do ar, aplicando os dois métodos citados. Das médias diárias foram calculadas as médias mensais e por estação do ano. As análises estatísticas foram feitas usando as medidas de tendência central (média e mediana), de dispersão (amplitude e desvio padrão) e de frequência. O modelo de ajuste foi o de regressão linear simples e de correlação de Pearson. Os principais resultados indicaram que os valores médios mensais, anuais e por estação do ano da temperatura média obtida pelo método dos extremos foram maiores, em média, de 1 a 2°C que os pelo método padrão. Ao nível de 99% de confiança estatística ( = 0,01), o efeito linear foi positivo nas quatro estações do ano podendo ser expressa da seguinte forma no verão (Y= 4,4435 + 0,8725x) no outono (Y= -2,4939 + 1,1436x) no inverno (Y= -1 0445 + 1,1084x) e na primavera (Y= - 1,2228 + 1,1084x). Houve forte correlação (r) entre os dois métodos oscilando entre 0,834 (no verão) e 0,981 (no inverno). Recomenda-se precaução no uso da média pelo método dos Extremos, pois a sua utilização, através dos dados analisados, acarreta superestimativa.TCC Análise da média e da tendência das precipitações horárias das capitais do Nordeste brasileiro(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-09-17) Costa, Patrícia Catarine de Sousa; Gonçalves, Adelena Maia; Rodrigues, Daniele Tôrres; http://lattes.cnpq.br/3136225322296305; Silva, Cláudio Moisés Santos e; Medeiros, Giovana Cristina Santos deA importância da precipitação para as atividades humanas é irrefutável, interferindo na economia e na sobrevivência e desenvolvimento humanos. Quando ocorre em excesso ou em escassez, a precipitação pode trazer prejuízos à população local, provocando chuvas intensas, alagamentos, caos na mobilidade urbana, entre outras consequências. Com isso, torna-se evidente a importância dos estudos de precipitação horária. Nesse contexto, o presente trabalho tem por objetivo realizar a análise desse quesito no Nordeste do Brasil (NEB), onde há chuvas irregulares e eventos extremos. Para isso, os dados de precipitação horária foram utilizados, oriundos da rede de estações meteorológicas automáticas gerenciadas pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). Eles abrangem o período de 01 de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2018. A série utilizada abrangeu as nove capitais dessa região. Foram calculadas as médias horárias dessa variável meteorológica para os anos considerados e também o teste de tendência linear de Mann-Kendall na escala horária. O trabalho analisou as médias horárias mensais, as tendências e suas significâncias, e mostrou os resultados obtidos para o auxílio ao desenvolvimento de diferentes projetos que sofram interferência da precipitação para a sua execução. A cidade de Aracaju/SE foi a que apresentou o maior número de tendências, tanto positivas quanto negativas. Fortaleza/CE apresentou o menor número de tendências positivas, e Salvador/BA o menor número de tendências negativas.Dissertação Análise da variabilidade climática sobre a produtividade da soja no município de Bom Jesus (PI)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-11-13) Reis, Layara Campelo dos; Silva, Cláudio Moisés Santos e; Spyrides, Maria Helena Constantino; ; http://lattes.cnpq.br/5023632543506327; ; http://lattes.cnpq.br/1394248306018449; ; http://lattes.cnpq.br/6746361292232508; Bezerra, Bergson Guedes; ; http://lattes.cnpq.br/1901216516407999; Andrade, Lara de Melo Barbosa; ; http://lattes.cnpq.br/0327817672623352; Ferreira, Danielle Barros; ; http://lattes.cnpq.br/8840226953133176Nos últimos anos o município de Bom Jesus (PI) passou a figurar como uma região de grande potencial para produção de soja (Glycine max (L.) Merrill) em larga escala. Esta cultura agrícola ganha espaço nos cerrados bonjesuenses apresentando, no decorrer dos anos, crescimento exponencial de áreas cultivadas. Entretanto, a produtividade não acompanha esse mesmo ritmo de crescimento, passando por períodos de oscilações, ainda que exista disponível um grande suporte de tecnologias, materiais genéticos de maior potencial produtivo, uso de técnicas de manejo e correção do solo e da crescente qualificação dos produtores rurais. Portanto, no presente estudo, considerou-se que as condições climáticas exercem uma ação limitante às máximas produtividades de soja neste município. Diante desse contexto, a pesquisa visa analisar possíveis tendências em variáveis meteorológicas que possam influenciar na produtividade da soja no município de Bom Jesus. Para tanto utilizaram-se diferentes conjuntos de dados meteorológicos: i) dados diários de dois períodos (1984-2014) e (1974-2014), ambos obtidos a partir do banco de dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET); ii) Normais Climatológicas do Brasil de 1961-1990 do INMET; iii) dados de produção agrícola municipal da cultura da soja dos anos/safras de 1997/1998 a 2012/2013 obtidos no banco de dados de Produção Agrícola Municipal (PAM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nas análises foram realizados cálculos para o cômputo das Normais Climatológicas (1984-2014) e aplicações estatísticas. Dentre os métodos estatísticos foram realizados: i) o teste de Wilcoxon - pareado para avaliar as diferenças entre as climatologias dos períodos de 1961-90 e 1984-14; ii) o teste de tendência (Mann-Kendall), no intuito de analisar a tendência de variação dos dados agrometeorológicos (precipitação, temperatura máxima, temperatura mínima e amplitude diurna da temperatura - DTR); iii) análise multivariada (análise de Cluster) pelo método de Ward e o teste de correlação de Spearman (rs), para identificar a relação entre os dados agrometeorológicos e dados de variabilidade anual da produtividade da soja. Para a aplicação dos testes o estudo adotou nível de significância estatística de 5%. Os resultados apresentados indicam que a sazonalidade da climatologia de 1984-2014 apresentou mudanças com relação à climatologia passada em todas as variáveis analisadas, exceto na insolação e na precipitação. Quanto à variabilidade dos elementos agrometeorológicos, observaram-se tendência negativa significativa para a precipitação no mês de outubro e positiva significativa no mês de dezembro, as quais constatam alterações nos padrões do clima local, demonstrado pelo atraso da retomada do período chuvoso, que poderá ser considerado na condução de medidas de planejamento para a definição da época de semeadura do cultivo da soja. Foi possível identificar também tendências positivas com significâncias estatísticas, na temperatura máxima, para todos os meses que fazem parte do ciclo da soja (novembro - abril), que por sua vez tenderá a provocar efeitos adversos sobre a fisiologia da cultura, e consequentemente impactos no rendimento final. Notou-se uma correlação positiva significativa entre a produtividade de soja e a precipitação no mês de março, apontando que períodos de estiagens neste mês são prejudiciais para o desenvolvimento da cultura da soja. Quanto à correlação entre as variáveis (temperatura máxima, mínima e DTR) e a variabilidade anual da produtividade da soja, o resultado do teste não mostrou correlação com significância estatística para o período analisado, visto que considerando a faixa recomendada para o desenvolvimento do cultivo, estas variáveis climáticas não são fatores limitantes na produtividade final da soja no município de Bom Jesus (PI). Assim, espera-se que este estudo possa contribuir para a proposição de medidas estratégias de planejamento, que levam em conta o papel da variabilidade climática sobre a produtividade final da cultura da soja.TCC Análise de conforto ambiental outdoor no Nordeste do Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-12-11) Valentim, Aléxia Monteiro; Silva, Cláudio Moisés Santos e; Santos, Alexandre Torres Silva dos; https://orcid.org/0000-0002-9575-1725; http://lattes.cnpq.br/6747678803291442; https://orcid.org/0000-0002-2251-7348; http://lattes.cnpq.br/1394248306018449; https://orcid.org/0000-0001-7265-1126; http://lattes.cnpq.br/3926057196029483; Rodrigues, Danielle Tôrres; https://orcid.org/0000-0003-4307-2832; http://lattes.cnpq.br/4682555268827167; Carvalho, Gilvani Gomes de; https://orcid.org/0000-0001-7118-8619; http://lattes.cnpq.br/9255183505245846O objetivo do presente estudo foi avaliar os dados calculados pelo índice Universal Thermal Comfort Index (UTCI) para diferentes localidades do nordeste do Brasil (NEB) e posteriormente analisar como se comporta o conforto outdoor, ao ar livre de cada estado da região. Para tanto, a aplicação foi um comparativo ao longo do ano de 2020, ano que foi escolhido devido à pandemia de Covid-19, que acarretou o desligamento de estações meteorológicas observacionais. Tais dados foram selecionados com base na quantidade de missing values, as estações selecionadas apresentavam no máximo 30% de dados ausentes, foram preenchidas posteriormente usando o método Bootstrap Expectation Maximization (Boot-EM). Para avaliação do modelo global ERA 5-HEAT (Human thErmAl comforT) foi calculado com base no ano de 2020 entre Janeiro e Dezembro, através de interpolações bilineares, para as estações selecionadas do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), originalmente com saída em escala absoluta, posteriormente transformada para escala Celsius (°C). As métricas de erro entre o valor observacional e o do modelo foram comparadas pela Raiz do Erro Quadrático Médio (RMSE), o viés (BIAS), o Erro Percentual Absoluto Médio (MAPE) e o Erro Médio absoluto (MAE). Os resultados apontaram que o produto do ERA 5-HEAT possui pouco enviesamento pela métrica BIAS chegando a valores mínimos de 0,03°C. Em Jaguaribe-CE os máximos para a métrica MAE e RMSE foi 4,5°C ao oeste da Bahia, na localidade de Luís Eduardo Magalhães. Quanto a métrica MAPE, o valor mais alto foi observado foi em Oeiras-PB, chegando a 17,5%. Além disso, após calcular as médias mensais e horárias por estado, o índice bioclimático identificou o pontos do NEB com maior desconforto térmico.Tese Análise de eventos extremos de precipitação no Nordeste do Brasil(2019-08-28) Rodrigues, Daniele Tôrres; Gonçalves, Weber Andrade; Spyrides, Maria Helena Constantino; ; ; ; Negri, Renato Galante; ; Silva, Cláudio Moisés Santos e; ; Alcântara, Clênia Rodrigues; ; Lúcio, Paulo Sérgio;Eventos climáticos extremos estão se tornando cada vez mais frequentes no Brasil, provocando inundações, estiagem, incêndios florestais, desabamentos, ondas de frio ou de calor, entre outras. Estes eventos têm grandes implicações na sociedade, em especial na saúde, agricultura e recursos hídricos. Diante deste cenário, ter o conhecimento do comportamento e da frequência com que valores extremos ocorrem é de grande importância para sociedade. No entanto, um grande fator de dificuldade para realização destas análises está na qualidade das séries de dados utilizadas, principalmente as que estão na escala diária. Portanto, os objetivos deste estudo são avaliar a qualidade dos métodos de imputação múltipla para o preenchimento de dados faltantes de precipitação diária, investigar a capacidade do produto 3B42 da Multisatellite Precipitation Analysis (TMPA) do Tropical Rainfall Measuring Mission (TRMM) em estimar a ocorrência e intensidade dos eventos de precipitação diária e extrema, estimar o nível de retorno dos eventos extremos de precipitação diária e classificar os parâmetros microfísicos das nuvens geradoras de precipitação extrema para o Nordeste do Brasil. Esta região apresenta alta variabilidade espacial e temporal da precipitação e é vulnerável a extremos de precipitação diária. Para isso, fez o uso de dados diários de precipitação provindos de pluviômetros, durante o período de 01/01/1986 à 31/12/2015 e dos produtos 3B42, 2ACLIM e 2A12 do satélite TRMM, durante o período de desde 01/01/2000 à 31/12/2015. A análise dos dados se deu por meio de medidas e métodos estatísticos como: média, desvio-padrão, viés, erro quadrático médio, correlação, imputação múltipla, teste t-student, análise de sensibilidade, analise de cluster, teoria de valores extremos, analise de variância, teste F, teste de Tukey, entre outros. Os principais resultados indicaram que a imputação múltipla de dados por meio do método Bootstrap EM algorithm pode ser uma ferramenta que venha a corroborar com a reconstrução de séries históricas de dados de precipitação diária. De forma geral, os dados do produto 3B42 do satélite TRMM apresentaram um bom desempenho ao estimar os valores de precipitação para o NEB. Sua qualidade varia de acordo com a localização e a escala temporal em que ocorre a precipitação. As estimativas do nível de retorno apontaram que a intensidade da precipitação extrema diária esperada depende do período sazonal e do local de ocorrência da mesma. O leste do Nordeste do Brasil destacou-se como a região onde são esperadas as maiores intensidades de precipitação extrema. Foram caracterizados parâmetros, como quantidade de água líquida e gelo integrado, altura do topo de congelamento e tipo de chuva, das nuvens geradoras de precipitação extrema em relação a diferentes regiões do NEB.TCC Análise de índices de desconforto ambiental ootdoor: Campus Central da UFRN, Natal(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-12-02) Araújo, Edival; Silva, Cláudio Moisés Santos e; http://lattes.cnpq.br/1394248306018449; Rodrigues, Daniele Tôrres; http://lattes.cnpq.br/4682555268827167; Sá, Thales Nunes Martins deEste estudo teve como objetivo caracterizar o desconforto ambiental em ambiente externo, localizado no Campus Universitário Central da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), durante o período seco. Especificamente, buscou-se quantificar variáveis meteorológicas (temperatura do ar, umidade relativa e velocidade do vento) em diferentes horários do dia e caracterizar suas variações diurnas, observando possíveis similaridades e diferenças. Os dados foram coletados entre 06 e 14 de dezembro de 2023, em dois pontos distintos, separados por 20 metros, em três turnos: manhã (09h00–09h30), meio-dia (12h00–12h30) e tarde (17h00–17h30). As medições foram realizadas a cada cinco minutos utilizando termohigrômetros-anemômetros digitais modelo KR825. A calibração dos instrumentos foi realizada por meio de coletas simultâneas com os equipamentos do INMET, localizados na estação climatológica da UFRN, entre 31/10 e 01/11/2023, em intervalos de 10 minutos, traçando-se equações de ajuste por meio de correlações lineares. Para avaliar o conforto térmico, foram utilizados três índices: Índice de Temperatura e Umidade (ITU), Índice de Desconforto Térmico (IDT) e Temperatura Efetiva com Vento (TEV). Ferramentas de estatística descritiva, como média, mediana e desvio padrão, foram empregadas na análise dos dados. Os resultados indicaram que o ponto TH3 apresentou maior umidade relativa, enquanto o ponto TH4 registrou temperaturas mais elevadas. O índice ITU não evidenciou variabilidade no nível de conforto, sugerindo a necessidade de recalibração ou substituição do índice. Já os índices IDT e TEV identificaram diferentes condições de desconforto ambiental, mostrando que o ponto TH4 oferece melhores condições de conforto em comparação ao TH3. Conclui-se que a calibração instrumental e a aplicação dos índices IDT e TEV foram eficazes para caracterizar o desconforto ambiental na área estudada. O ponto TH4 apresentou melhores condições de conforto térmico em comparação ao TH3, enquanto o ITU mostrou-se inadequado para avaliar o ambiente. Sugere-se recalibrar ou substituir o ITU para estudos futuros.Artigo Análise de tendência da precipitação diária na Amazônia Brasileira(GN1 Sistemas e Publicações, 2015) Santos, Eliane Barbosa; Lucio, Paulo Sergio; Silva, Cláudio Moisés Santos eOs eventos de precipitação extrema vêm causando grandes prejuízos sociais e econômicos às regiões atingidas. Na Amazônia, esses eventos podem causar importantes impactos principalmente aos núcleos de ocupação populacional nas margens dos seus inúmeros rios, pois quando há elevação do nível dos rios, em geral, têm-se inundações e enchentes. Neste sentido, o objetivo deste trabalho é avaliar as tendências nas séries temporais de precipitação diária em sub-regiões da Amazônia Brasileira. Para tanto, foram utilizados os dados diários de precipitação da rede hidrometeorológica gerenciada pela Agência Nacional de Água e do Banco de Dados Meteorológicos para Ensino e Pesquisa do Instituto Nacional de Meteorologia, para o período de 1983 a 2012. As sub-regiões da Amazônia foram representadas por séries sintéticas, que consiste em usar os valores máximos diários de cada sub-região. As tendências foram calculadas através do teste de Mann-Kendall e da técnica de suavização de LOWESS (locally weighted regression scatter-plot smoothing). Foram analisados os dias com precipitação acima dos quantis 50% e 95%. Os resultados mostraram tendências positivas e negativas, no entanto, nem todas as tendências apresentaram significância estatística. Foram encontradas tendências significativas no aumento do número de dias com precipitação acima dos quantis 50% e 95% nas sub-regiões do noroeste da Amazônia. Ao mesmo tempo, houve diminuição do número de dias com precipitação acima do quantil 95% em uma sub-região do sul da Amazônia. No método de LOWESS, também foi possível verificar tendências positivas no noroeste da Amazônia, sugerindo aumento de eventos de precipitação extrema nessa região.Dissertação Análise de tendência e caracterização sazonal e interanual da evapotranspiração de referência para o sudoeste da amazônia brasileira: Acre, Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-03-13) Silva, Helder José Farias da; Brow, Irving Foster; ; ; http://lattes.cnpq.br/5291232352923880; ; http://lattes.cnpq.br/5716805278952636; Bezerra, Bergson Guedes; ; http://lattes.cnpq.br/1901216516407999; Silva, Cláudio Moisés Santos e; ; http://lattes.cnpq.br/1394248306018449; Spyrides, Maria Helena Constantino; ; http://lattes.cnpq.br/5023632543506327; Neves, Josemir Araújo; ; http://lattes.cnpq.br/7524671581334750O objetivo dessa pesquisa foi de investigar aspectos climatológicos mensais, sazonais, anuais e interdecadais da Evapotranspiração de referência (ETo) no estado do Acre a fim de compreender melhor sua variabilidade espaço-temporal e identificar possíveis tendências na região. O estudo foi conduzido com dados dos municípios de Rio Branco, capital do Estado, Tarauacá e Cruzeiro do Sul, considerando um período de 30 anos (1985 a 2014), a partir de dados mensais de estações meteorológicas de superfície do Instituto de Nacional de Meteorologia. Como metodologia realizou-se, primeiramente, a consistência dos dados meteorológicos. Desta forma, foi feito o preenchimento de falhas na série temporal por meio de técnicas multivariadas. Na seqüência foram realizados testes estatísticos de tendência (Mann-kendall) e de homogeneidade, por meio do estimador de Sen's foi estimada a magnitude desta tendência, bem como algoritmos computacionais contendo testes paramétricos e não paramétricos para duas amostras para identificar a partir de que ano a tendência passou a ser significativa. Por fim, a técnica de Análise de Variância (ANOVA) foi adotada com o intuito de verificar se houve diferenças significativas nas médias anuais da evapotranspiração entre as localidades. O método indireto de PenmanMontheith parametrizado pela FAO foi utilizado para o cálculo da ETo. Os resultados deste trabalho, mediante análise da estatística descritiva, permitiram concluir que a média anual da ETo foi de 3,80, 2,92 e 2,86 mm dia ano-1 , para Rio Branco, Tarauacá e Cruzeiro do Sul, respectivamente. Apresentando padrão sazonal bastante marcante com um mínimo em junho e um máximo em outubro, sendo Rio Branco a localidade que apresentou sinal mais forte (amplitudes), por outro lado, Cruzeiro do Sul apresentou maior variabilidade dentre as localidades estudadas. Pela ANOVA constatou-se que as médias anuais diferem estatisticamente para um nível de significância de 1% entre as localidades, porém as médias anuais entre Cruzeiro do Sul e Tarauacá não apresentaram diferenças estatisticamente significativa. Para as três localidades, a década de 2000 foi a que apresentou os maiores valores de ETo, associada a águas mais quentes da bacia do Atlântico Norte e a década de 80 a de menores valores, associada a águas mais frias desta bacia. Através da análise do teste de Mann-kendall e do estimador de Sen, verificou-se tendência de elevação da evapotranspiração de referência sazonal (outono, inverno e primavera) da ordem de 0,11 mm por década e, que a partir dos anos de 1990, 1996 e 2001 se tornaram estatisticamente significativas para as localidades de Cruzeiro do Sul, Tarauacá e Rio Branco, respectivamente. Para análise de tendência dos parâmetros meteorológicos foi observado tendência positiva em nível de 5% de significância, para a temperatura média, temperatura mínima e radiação solar global.Dissertação Análise do balanço de energia entre a interface atmosfera-gelo-água sobre o Mar de Weddell(2017-10-31) Brito Neto, Francisco Agustinho de; Mendes, David; Spyrides, Maria Helena Constantino; http://lattes.cnpq.br/5023632543506327; http://lattes.cnpq.br/4411895644401494; https://orcid.org/0000-0001-5858-7287; http://lattes.cnpq.br/1127268112047570; Silva, Cláudio Moisés Santos e; https://orcid.org/0000-0002-2251-7348; http://lattes.cnpq.br/1394248306018449; Cintra, Márcio Machado; http://lattes.cnpq.br/9348402509955995; Gonçalves, Weber Andrade; http://lattes.cnpq.br/3901367142857642; Nobre, Paulo; http://lattes.cnpq.br/6041333024387123As regiões polares têm um papel crucial no clima do planeta, pois constituem verdadeiros sumidouros de energia. O continente Antártico apresenta características físicas e geográficas que propiciam a geração de condições meteorológicas adversas, tendo outro importante atributo a grande variabilidade interanual do gelo marinho. Este estudo tem como um dos objetivos estudar e avaliar o comportamento das condições de gelo marinho em pontos fixos no Mar de Weddell, assim como os fluxos de energia em superfície e temperatura do ar, utilizando um modelo dinâmico pontual. A área de estudo corresponde ao Mar de Weddell situado na parte mais ao sul do oceano Atlântico, entre as latitudes 83° 10’ Sul a 55° 00’ Sul e longitudes 84° 00’ Oeste a 10° 00’ Leste. Esta área cobre aproximadamente 3,4 milhões de Km² correspondendo aproximadamente o tamanho do Giro de Weddell. Um outro objetivo é caracterizar as condições climáticas em superfície na região. Para isso utilizaram-se dados diários de Pressão Atmosférica em Superfície, Velocidade e Direção do Vento, além da Temperatura do ar a 2 metros, oriundos de 6 estações meteorológicas do Instituto Antártico Argentino localizados ao longo da borda continental que compreende o Mar de Weddell. Desta forma, realizou-se um estudo das condições extremas na velocidade do vento, com dados de reanálise do Era-Interim, para os ventos zonal e meridional, pressão ao nível médio do mar e altura geopotencial. Para as condições iniciais que alimentam o modelo pontual de gelo marinho, utilizaram-se dados dos fluxos de energia e radiação diários provenientes das reanálises do NCEP/NCAR. O período de estudo compreende janeiro de 1979 a dezembro de 2015. Quanto à caracterização das condições meteorológicas sobre o Mar de Weddell observou-se que quando há eventos extremos na região, estes estavam associados a ciclones extratropicais transientes. Tendo também impacto no aumento da temperatura na maioria das estações, devido à advecção de temperatura oriundo de latitudes menores. As simulações com o modelo pontual mostraram que a neve é um grande controlador na taxa de crescimento e derretimento do gelo marinho sobre o Mar do Weddell. Enquanto, que o modelo subestima a Temperatura do Ar em todos os pontos simulados.Dissertação Análise do vento sobre a bacia do Oceano Atlântico Tropical: observações e modelagem dinâmica de mesosescala(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2019-02-28) Feitosa, Francisco Emenson Carpegiane Silva; Oliveira, Cristiano Prestrelo de; ; ; http://lattes.cnpq.br/6295238458264059; Silva, Cláudio Moisés Santos e; ; Gonçalves, Weber Andrade; ; Gomes, Helber Barros;A estrutura econômica e social de um país está atrelada principalmente ao setor energético. Esse setor é vulnerável a mudanças climáticas, sendo responsável pela maior parte de emissão de gases de efeito estufa. A partir dessa premissa, são necessários investimentos em novas alternativas de geração de energia, como a geração de energia eólica em regiões offshore frente ao seu grande potencial para geração de energia. Entretanto, estimar o potencial eólico de uma região, principalmente offshore, se torna difícil devido à pouca disponibilidade de dados observados da velocidade do vento nesses locais. Logo, os objetivos desta pesquisa são avaliar o desempenho do modelo climático regional RegCM4.2 em simular a variabilidade anual e mensal da velocidade do vento na bacia do Oceano Atlântico Tropical e identificar o potencial eólico para geração de energia. Primeiramente, foi realizado uma comparação entre os dados de boias do programa PIRATA (Pilot Research Moored Array in the Tropical Atlantic) com dados obtidos por satélite do produto Blended Sea Winds (BSW), com o objetivo de verificar a qualidade do BSW. Em seguida, as simulações do modelo foram comparadas aos dados do BSW, por meio do cálculo do erro médio quadrático, BIAS e os coeficientes de correlação de Pearson (geral) e Spearman (mensal). Finalmente, após a validação dos dados, foi calculado o potencial eólico através do cálculo da densidade de potência. Em relação à avaliação da qualidade dos dados de velocidade do vento do BSW, foi possível identificar que o mesmo representou de forma coerente os dados de velocidade do vento, com alto coeficiente de correlação e erro relativamente baixo. Semelhantemente, o modelo apresentou melhor simulação da velocidade do vento nas regiões próximas à costa do que nas regiões mais distante do litoral; quando analisados sazonalmente, foi verificado que o modelo possui melhor desempenho durante os períodos de inverno e primavera. No que se refere aos resultados de densidade de potência, durante o verão e o outono, os maiores valores concentraram-se nas regiões litorâneas localizados ao norte da linha do Equador, ao passo que, durante o inverno e a primavera, os maiores valores de PD (Densidade de Potência) foram observados no litoral norte brasileiro. Com isso, pode-se concluir que a validação dos dados do BSW apresentou baixos erros, indicando ser uma eficiente base de dados. O RegCM4.2 apresentou simulações condizentes com a distribuição da velocidade do vento auferida pelos satélites, e quanto a PD, a região litorânea do NEB (Nordeste do Brasil) apresentou o maior potencial para a geração de energia eólica.Dissertação Análise dos índices de extremos climáticos e de vegetação por diferença normalizada no Semiárido do Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-02-29) Martins, Albert Smith Feitosa Suassuna; Andrade, Lára de Melo Barbosa; Silva, Cláudio Moisés Santos e; https://orcid.org/0000-0002-2251-7348; http://lattes.cnpq.br/1394248306018449; https://orcid.org/0000-0002-8019-9480; http://lattes.cnpq.br/0327817672623352; https://orcid.org/0000-0003-0333-3997; http://lattes.cnpq.br/1571415337290282; Rodrigues, Daniele Tôrres; Silva, Aline Gomes daO presente estudo busca contribuir para a compreensão dos impactos das mudanças climáticas na região Semiárida do Brasil e como isso afeta a vegetação e outros aspectos ambientais, pois ao entender melhor essa relação, será possível compreender como os ecossistemas respondem às mudanças climáticas e, assim, tomar medidas mais informadas para mitigar seus impactos. Tendo como objetivo analisar a associação entre os índices de extremos climáticos por meio da técnica de componentes principais e o índice de vegetação por diferença normalizada (NDVI) na região Semiárida do Brasil (SAB). Os dados climáticos utilizados foram fornecidos por Xavier et al. (2022) e as variáveis utilizadas no presente estudo são precipitação, temperatura máxima e mínima. Os dados de NDVI foram coletados pelo sensor MODIS a bordo dos satélites TERRA/AQUA da NASA. A análise foi realizada primordialmente pela caracterização dos períodos chuvoso e seco. Uma vez determinados esses períodos, foi feita a análise das tendências dos índices de extremos climáticos pela técnica de componentes principais. Posteriormente, foi calculada a correlação de Spearman, com o objetivo de verificar a associação entre os índices de extremos climáticos e o NDVI. No intuito de compreender como esses fatores interagem e se influenciam mutuamente. A primeira componente principal (PC1), revela informações sobre as variações de extremos de temperatura e frequência de dias quentes. Em relação com o NDVI, os resultados sugerem que as condições climáticas de temperatura, especialmente durante a noite, desempenham um papel significativo na relação dos índices de extremos, seja no período seco ou chuvoso. Destacase também a importância de PC2 e PC3, que, embora a representatividade de ambas tenha uma parcela menor da variância dos dados em comparação com a PC1, revelam-se informações sobre as variações a extremos de temperatura e frequência de dias quentes.Dissertação Análise geoestatística para o estudo da variabilidade espacial de extremos da precipitação na bacia hidrográfica Piancó-Piranhas-Açu(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-04-27) Andrade, Maria Uilhiana Gomes de; Lúcio, Paulo Sérgio; Costa, Gabriel Brito; http://lattes.cnpq.br/5291232352923880; http://lattes.cnpq.br/1481740947599974; Silva, Cláudio Moisés Santos e; https://orcid.org/0000-0002-2251-7348; http://lattes.cnpq.br/1394248306018449; Rodrigues, Daniele Tôrres; Maia, Adelena Gonçalves; Gomes, Ana Carla dos SantosEste estudo visa analisar a variabilidade espacial da precipitação na Bacia Hidrográfica Piancó-Piranhas-Açú (BHPPA) por meio de metodologias fundamentadas em Geoestatística. No decorrer do trabalho foram apresentadas concepções teórico-conceituais sobre extremos climáticos de precipitação, possíveis impactos ambientais, e socioeconômicos. Além disso, discutiu-se etapas de como o papel da Geoestatística no estudo da variabilidade espacial da precipitação, captando o grau de continuidade espacial da precipitação acumulada anual. Entre as metodologias disponíveis, utilizou-se a Krigagem Ordinária e Indicatriz, que são duas técnicas de interpolação Geoestatística amplamente utilizadas para a interpolação espacial. Com a Krigagem Ordinária mapeouse a variabilidade espacial da precipitação anual, e com a Krigagem Indicatriz mapeouse a variabilidade espacial do risco de eventos extremos de precipitação na BHPPA, através dos percentis. Por fim, verificou-se que o quadrimestre mais chuvoso com a distribuição mais regular correspondeu de janeiro a abril, com o pico em março, os meses pouco chuvosos abrangeu maio, junho e julho, e os meses mais secos foi de agosto a novembro. Além disso, também se verificou que as áreas mais secas estão ao Norte da bacia hidrográfica, no Rio Grande do Norte juntamente com o extremo a leste do Seridó Paraibano, ao avançar no sentido Oeste, na região central se encontra acúmulos de precipitação intermediárias, e por fim, no final do sentido Oeste estão os maiores acúmulos de precipitação. Sendo assim, observou-se que a precipitação é uma variável que possui continuidade espacial, ou seja, ela varia de forma gradual e contínua ao longo de uma área geográfica.TCC Análise geral de eventos extremos de precipitação em escala horária no Brasil: aspectos meteorológicos associados(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-12-14) Oliveira, João Vitor de; Silva, Cláudio Moisés Santos e; http://lattes.cnpq.br/5394984287432741; Gonçalves, Weber Andrade; Duarte, Lindemberg de Jesus NogueiraA variabilidade climática no território do Brasil é caracterizada pela influência de diversos sistemas meteorológicos, desde escala local até escala global. Associado a essa variabilidade, tem-se observações de eventos extremos de precipitação, os quais têm ocorrido com mais frequência devido às mudanças climáticas. Entretanto, as bases de dados meteorológicos para análises de precipitação possuem falhas, o que torna mais árduo o desafio de se estudar os aspectos climáticos, especialmente aqueles de escala subdiária e horária. Assim, o objetivo do presente estudo foi analisar a ocorrência dos Eventos de Precipitação Intensa em Escala Horária (EPIEH) em todo território nacional. 12 Anos (01/01/2010 a 31/12/2021) de dados horários de precipitação foram coletados a partir de 423 estações meteorológicas automáticas gerenciadas pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). Constatou-se que as regiões divergiram demasiadamente entre si, apresentando valores distintos de ocorrência dos EPIEH. Em razão da vasta extensão territorial do Brasil, alinhado com a predominância de diferentes sistemas meteorológicos atuantes no país. Todavia, a média de porcentagem de falhas nos dados varia entre 8,40% no Sudeste até 29,26% na região Norte, o que mostra uma alta disparidade no número de falhas para cada região, podendo acarretar em erros em análises feitas sem cautela. Assim, estudar os eventos extremos em escala horária aliados aos valores ausentes se provou muito significativo para o tema.Tese Aspectos ambientais de superfície no bioma Caatinga sob perspectiva observacional e de modelagem regional(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-05-21) Ferreira, Rosaria Rodrigues; Silva, Cláudio Moisés Santos e; Bezerra, Bergson Guedes; ; http://lattes.cnpq.br/1901216516407999; ; http://lattes.cnpq.br/1394248306018449; ; http://lattes.cnpq.br/9103954192801091; Rodrigues, Daniele Tôrres; ; http://lattes.cnpq.br/4682555268827167; Moreira, Demerval Soares; ; http://lattes.cnpq.br/0648767431075703; Menezes, Rômulo Simões Cezar; ; http://lattes.cnpq.br/7765730420070015Na região tropical, o bioma Caatinga tem um papel fundamental na manutenção do balanço de energia superficial e de dióxido de carbono (CO2). Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar como os fluxos dos componentes do balanço de energia e das variáveis que representam o balanço de CO2 se comportam no bioma Caatinga, através do uso de dados medidos in situ e com a utilização de um modelo dinâmico regional. Buscou-se avaliar a destreza e habilidade de simulações com o modelo dinâmico Brazilian Developments on the Regional Atmospheric Modelling System (BRAMS) versão 5.3 que esteve acoplado ao módulo de superfície Joint UK Land Environment Simulator (JULES) versão 3.0. Além disso, foi realizada uma avaliação sobre a dinâmica do CO2 através da produtividade primária bruta (GPP). Os dados de GPP foram obtidos do produto de sensoriamento remoto MOD17A2H estimados a partir do sensor orbital Moderate Resolution Imaging Spectroradiometer (MODIS). Os dados observacionais utilizados como parâmetro de validação do modelo BRAMS, foram oriundos de uma campanha experimental que proveu informações sobre a Caatinga, através do método de covariância de vórtices turbulentos (Eddy Covariance). Os resultados mostraram que o modelo BRAMS representou satisfatoriamente o regime de chuvas quando comparado às demais bases de dados. Quanto aos parâmetros medidos de superfície, o modelo BRAMS apresentou melhor habilidade no mês seco para as variáveis temperatura do ar (Tar), umidade relativa do ar (UR), fluxo de calor sensível (H), fluxo de calor no solo (G) e balanço de energia (Rn) e uma habilidade ruim para o fluxo de calor latente (LE). Também foi visto que para o mês seco, com exceção do fluxo LE (correlação r = 0,59), as demais variáveis simuladas apresentaram correlação acima de 0,80. No mês chuvoso o Tar, LE e Rn tiveram r > 0,90. Além disso, observouse que o G apresentou o maior desvio e superestimação em relação à observação, mesmo tendo uma alta correlação (r > 0,80) nas duas estações. De modo geral, após avaliar a habilidade de simulações com o BRAMS no bioma Caatinga, sugere-se que este modelo pode ser utilizado como ferramenta de estudo para a região. Porém, é necessário que haja melhorias, principalmente em relação à parametrização de SoloVegetação-Atmosfera associada ao JULES. A respeito da avaliação do CO2 através da GPP, este estudo mostrou que o produto MOD17A2H representou a variabilidade mensal da GPP na Caatinga com correlação r = 0,65 e R2 = 0,43, no entanto, embora o produto possa descrever o comportamento anual do GPP na Caatinga, são necessárias melhorias para representar com mais qualidade a GPP medida pelo sistema Eddy Covariance.Dissertação Aspectos dinâmicos da atmosfera associados a seca de 2012- 2016 no Nordeste do Brasil(2019-11-29) Medeiros, Felipe Jeferson de; Oliveira, Cristiano Prestrelo de; ; ; Silva, Cláudio Moisés Santos e; ; Torres, Roger Rodrigues; ; Ambrizzi, Tércio;Identificar os padrões da circulação atmosférica relacionados ao desenvolvimento de episódios de seca contribui no processo de mitigação dos impactos à sociedade. No Nordeste do Brasil (NEB), uma das regiões mais vulneráveis a ocorrência de eventos extremos na América do Sul, episódios de secas são frequentemente registradas. Este foi o cenário observado entre os anos de 2012-2016, no qual uma seca severa assolou a região. Neste contexto, o objetivo deste estudo foi analisar os aspectos dinâmicos associados ao evento extremo de seca ocorrido no NEB durante o período de 2012 a 2016, bem como verificar se o modelo climático regional RegCM4 com a configuração tropical (RegCM-TBAND) era capaz de reproduzir as anomalias negativas de precipitação nesse mesmo período. Por intermédio de gráficos de anomalia e análise dinâmica dos compostos de variáveis meteorológicas no período de 1981-2016 identificou-se a área do NEB onde a seca foi mais severa e os padrões de grande escala que a ocasionaram. Para realizar as simulações com o RegCM-TBAND utilizou-se dados de condição inicial do ERA-Interim e de TSM da NOAA_OISST_V2. A análise da saída do modelo se deu por meio da avaliação da destreza, com dados observados e de reanálise do ERA5 para as variáveis atmosféricas, e do Global Precipitation Climatology Project (GPCP) e Xavier et al., (2016) para a precipitação. Os resultados mostraram que este evento de seca foi influenciado principalmente por duas condições oceânicas distintas. Estas condições conduziram o padrão de circulação atmosférica, onde observou-se que de 2012 a 2014 as anomalias negativas de precipitação foram relacionadas ao movimento descendente da célula de Hadley, enquanto de 2015 a 2016 os déficits de precipitação foram ocasionados pelo ramo descendente da circulação de Walker sobre o NEB e também pelos movimentos subsidentes associados ao posicionamento da Zona de Convergência Intertropical. Com relação a modelagem regional, verificou-se que o modelo indicou razoavelmente bem a sub-região onde o evento de seca foi mais intenso, e representou satisfatoriamente a quantidade de anomalias negativa de precipitação nos anos mais secos. Portanto, este estudo apresentou resultados incentivando o uso do RegCM-TBAND para estudar eventos extremos associados a anos de secas na região Nordeste do Brasil.TCC Avaliação das condições de desconforto térmico no Centro de Convivência do Campus Central da UFRN(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-12-02) Ferreira, Maria de Fátima Nóbrega; Silva, Cláudio Moisés Santos e; https://orcid.org/0000-0002-2251-7348; http://lattes.cnpq.br/1394248306018449; Mendes, Keila Rego; Araújo, Paula Andressa Alves deO centro de convivência da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) é um espaço que concentra diversas atividades cotidianas, como feiras de artesanato e serviços econômicos (bancos, restaurantes, entre outros), sendo caracterizado por um elevado fluxo de pessoas ao longo do dia. Localizado na cidade de Natal, conhecida por suas altas temperaturas na maior parte do ano, o centro de convivência da UFRN reflete essas condições climáticas. Este estudo teve como objetivo avaliar o desconforto térmico em dois pontos específicos do local. As coletas ocorreram entre 6 e 14 de dezembro de 2023, nos horários de 9h00 às 9h30, 12h00 às 12h30 e 17h00 às 17h30, com medições a cada 5 minutos. Foram utilizados termohigrômetros-anemômetros modelo KR825, previamente calibrados na estação climatológica principal da UFRN. As variáveis analisadas incluíram temperatura do ar, umidade relativa e velocidade do vento, e os índices avaliados foram Índice de Desconforto Térmico de Thom (IDT), índice de Temperatura e Umidade Relativa do Ar (ITU) e Índice de Temperatura Efetiva em Função do Vento (TEv). Os resultados mostraram que o IDT apontou um ambiente predominantemente desconfortável, com 29,5% das medições em frente ao Banco do Brasil indicando desconforto muito elevado. O TEv revelou diferenças significativas, com 26,7% das medições no ponto Banco do Brasil classificadas como "ligeiramente quente" e 84,6% no ponto próximo à livraria como "quente moderado". Apesar dessas variações, as amplitudes térmicas ficaram abaixo de 3°C, indicando homogeneidade relativa nas condições de desconforto térmico. O estudo evidenciou que o centro de convivência da UFRN é majoritariamente desconfortável do ponto de vista térmico, especialmente no ponto do Banco do Brasil. A análise dos índices reforça a necessidade de estratégias para mitigar o desconforto térmico nesses ambientes.Tese Avaliação do impacto das mudanças climáticas na América do Sul Tropical usando downscaling dinâmico: histórico e futuro(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-06-24) Silva, Maria Leidinice da; Oliveira, Cristiano Prestrelo de; Silva, Cláudio Moisés Santos e; https://orcid.org/0000-0002-2251-7348; http://lattes.cnpq.br/1394248306018449; http://lattes.cnpq.br/2461244145338043; https://orcid.org/0000-0002-9495-3974; http://lattes.cnpq.br/8364369192283433; Gonçalves, Weber Andrade; Freitas, Ana Carolina Vasques; Ambrizzi, TercioVários estudos têm apontado a América do Sul (AS) como uma das regiões continentais com maior grau de vulnerabilidade face às mudanças climáticas. Diante disso, simulações regionalizadas com o Regional Climate Modeling system versão 4.7 (RegCM4.7) acoplado ao Community Land Model versão 4.5 (CLM4.5) sob os cenários de baixa (RCP2.6) e alta (RCP8.5) emissões que interagem com o Fifth Assessment Report do Intergovernmental Panel on Climate Change (AR5-IPCC) foram realizadas sobre a AS tropical (AST). O objetivo é avaliar o Added Value (AV) da modelagem regional por meio do downscaling dinâmico durante o período histórico (1986–2005), bem como analisar os aspectos regionais projetados pelo modelo em reportar as mudanças climáticas no futuro distante (2080–2099). Diante disto, esta pesquisa constituiu de três etapas principais: i) inicialmente, o método Technique for Order Performance by Similarity to Ideal Solution (TOPSIS) – entre outras análises – foi usado para avaliar e ranquear os General Circulation Models (GCM) integrantes do Coupled Model Intercomparison Project Phase 5 (CMIP5) ao reproduzir variáveis de superfície sobre sub-regiões da AST; ii) além de demonstrar uma metodologia de seleção que evita os modelos de entrada menos realísticos, após a seleção do GCM foi realizado o downscaling dinâmico sobre o domínio da AST e, consequentemente a validação das simulações; iii) por fim, os extremos climáticos foram avaliados. O clima sobre o domínio de interesse foi caracterizado com base nas variáveis de precipitação e temperatura do ar próximo à superfície. O clima médio do período histórico foi confrontado com o conjunto de dados mensais do Climate Research Unit versão ts4.02 (CRU). Por sua vez, o conjunto de dados diários do Climate Prediction Center (CPC) foi utilizado para validar os extremos climáticos. Os resultados do método TOPSIS apontam os GCMs BNU-ESM, CSIROACESS1.0, HadGEM-ES, INMCM4, NorESM-ME e MME, como um dos melhores para representar precipitação e/o temperatura sobre sub-regiões da AST. Levando em consideração as limitações computacionais, apenas o HadGEM-ES foi selecionado para dirigir o RegCM4.7 e gerar as simulações e projeções climáticas necessárias para as etapas seguintes deste estudo. Com relação ao downscaling dinâmico, o RegCM4.7 apresenta AV na representação espacial da precipitação e temperatura sobre a região Nordeste do Brasil e parte da Cordilheira dos Andes, principalmente no inverno. No entanto, não representa adequadamente a precipitação sobre a bacia Amazônica, principalmente no verão. As projeções do clima médio indicam que a simulação mais refinada do RegCM4.7 melhora significativamente os padrões espaciais projetados da simulação de resolução mais grosseira do HadGEM2-ES e até modifica o sinal de precipitação em alguns casos, e.g., no outono. Com relação à temperatura, ambos os modelos projetam aumento com maior magnitude para RCP8.5. Com relação aos extremos climáticos, o RegCM4.7 projeta mudanças mais significativas nos índices de precipitação e temperatura do que o HadGEM2-ES de condução, indicando maior sensibilidade às mudanças nos extremos. Embora ainda persistam algumas diferenças e vieses, o RegCM4.7 configurado adequadamente é uma ferramenta viável para estudos climáticos.TCC Avaliação dos Complexos Convectivos de Mesoescala na Bacia do Prata com o uso do ISCPP-Tracking(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-08-06) Freitas, Illana Thayná Amaral de; Gonçalves, Weber Andrade; Silva, Cláudio Moisés Santos e; Bezerra, Bergson GuedesO objetivo deste trabalho foi estudar os Complexos Convectivos de Mesoescala (CCM) que atingiram a região da Bacia do Prata no período de 1983 a 2008 com o uso de dados do ISCCP-Tracking. Inicialmente, foram utilizados 13 casos de CCM da literatura. A partir desses, foram geradas imagens de satélite, assim como campos meteorológicos com dados de reanálise do ERA 5 através da técnica de composição de imagens. As características dinâmicas da atmosfera associadas a esses casos foram analisadas (dados do ERA 5), como também suas características físicas e morfológicas (dados do International Satellite Cloud Climatology Project - ISCCP). Esta etapa do trabalho foi de suma importância para verificar se os CCM já identificados e discutidos na literatura poderiam ser identificados numa base de dados de rastreio automático de Sistemas Convectivos, o ISCCP. Posteriormente foi definida uma área de estudo sobre a Bacia do Prata e identificados CCM com os critérios de Maddox (1980) de tamanho, temperatura, duração e excentricidade. Como resultados foram identificados 82 casos de CCM com dados do ISCCP-Tracking entre os anos de 1983 e 2008. De maneira geral, os CCM da Bacia do Prata possuem tamanho médio de 400.500 km², duração média de 6 horas, estágios iniciais se desenvolvem durante a noite e madrugada, a maturação ocorre pela madrugada quando os JBN são mais intensos e se dissipam nas primeiras horas da manhã e à tarde. Os resultados estão em conformidade com a literatura, contudo, nunca se tinha feito uma avaliação com uma série longa (26 anos) de CCM sobre a Bacia do Prata, o que mostra o caráter inovador deste trabalho.Artigo Características da circulação atmosférica e precipitação utilizando o modelo acoplado MCGA/IBIS(Universidade Estadual de Maringá, 2015) Martins, Guilherme; Kubota, Paulo Yoshio; Silva, Cláudio Moisés Santos eOs Modelos de Circulação Geral da Atmosfera (MCGA) são empregados para os mais variados tipos de estudos que dependerá da escala a ser avaliada. Esses modelos são capazes de representar as características observadas da circulação atmosférica e aqueles modelos que representam de forma adequada o estado médio da atmosfera apresentam os menores erros sistemáticos e possuem a destreza de simular corretamente as variações interanuais. Para que um modelo simule adequadamente os ciclos sazonais e a variabilidade interanual das variáveis atmosféricas é necessário comparar suas simulações com os campos observados, sejam eles dados observados ou produtos de reanálise. Sendo assim, esse trabalho tem como objetivo avaliar o padrão de circulação atmosférica e a precipitação utilizando o modelo de superfície conhecido como Integrated Biosphere Simulator (IBIS) acoplado ao MCGA. Para tal, são utilizados dados de reanálises do National Centers for Envirtonmental Prediction/Reanalysis 2 (NCEP/R2) e precipitação do Global Precipitation Climatology Project (GPCP) para avaliar a destreza do modelo em simular o clima presente (1986-2005) para as quatros estações do ano. Foram calculados campos sazonais médios zonais, campos sazonais espaciais e diagramas de seção vertical. Os resultados mostraram que o MCGA foi capaz de simular de forma satisfatória os principais padrões de circulação atmosférica em baixos e altos níveis tais como a Alta Bolívia, as correntes de jato, os centros de alta e de baixa pressão nos hemisférios Norte e Sul bem como os sistemas produtores de precipitação como a Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), Zona de Convergência do Pacífico Sul (ZCPS), Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) e os padrões de monção observados. Sendo assim, esse modelo pode ser empregado para estudos tanto de tempo quanto de clima, dada a representação adequada das escalas temporais avaliadas.