Navegando por Autor "Scott, Rafael Neia Barbosa"
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Tese Relação dos sonhos antecipatórios com desempenho cognitivo, afeto e comportamento da vigília(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-06-22) Scott, Rafael Neia Barbosa; Ribeiro, Sidarta Tollendal Gomes; Araújo, John Fontenele; ; http://lattes.cnpq.br/3347815035685882; ; http://lattes.cnpq.br/0649912135067700; ; http://lattes.cnpq.br/3754637697441868; Pereira, Cecilia Hedin; ; http://lattes.cnpq.br/9205085846499207; Lopes, Fívia de Araújo; ; http://lattes.cnpq.br/2583445528542625; Rolim, Sérgio Arthuro Mota; ; http://lattes.cnpq.br/4726737296252279O sono promove alterações quantitativas e qualitativas na memória, mas ainda não é clara qual a função dos sonhos nesse processamento. Nossa hipótese considera que a função onírica é relevante por simular possíveis cenários de sucesso e fracasso para maximizar o sucesso do indivíduo, através de aprendizado sem riscos e direcionamento adaptativo do comportamento na vigília. Realizamos dois experimentos distintos, utilizando como evento significativo: (1) o exame vestibular de acesso à universidade; (2) uma simulação em videogame do confronto Presa versus Predador. No experimento (1), abordamos os candidatos do vestibular UFRN 2010, solicitamos que preenchessem um questionário e comparamos suas respostas com o desempenho nas provas (n = 255). Verificamos que 44,3% dos participantes reportaram um sonho antecipatório relacionado ao vestibular. A ocorrência desse tipo de sonho correspondeu a maiores escores de medo e apreensão, e maiores alterações no cotidiano, no humor e no sono em função do vestibular. Não foram encontradas diferenças significativas de desempenho na comparação direta entre quem sonhou e não sonhou com o exame. Observamos uma baixa proporção de homens no grupo que sonhou, mas participantes do sexo masculino apresentaram melhor desempenho a priori que o feminino. Entre os que sonharam com o vestibular, encontramos uma correlação positiva entre alterações do cotidiano e desempenho; candidatos que julgaram a dificuldade do vestibular como “alta” apresentaram melhor rendimento do que os que julgaram a dificuldade “média”, sugerindo uma relação do sonho com a adaptação a contextos desafiadores. No experimento (2) utilizamos como tarefa um jogo de videogame de tiro em primeira pessoa. O desenho experimental incluiu: Treino - Cochilo (sono diurno) - Teste. A cada sessão dois participantes jogavam entre si, um no papel de Caçador (Objetivo: localizar e matar adversário) e outro como Presa (Objetivo: localizar e coletar itens), sendo monitorados eletrofisiologicamente durante todo o experimento (EEG, ECG, EOG e EMG). A maioria dos voluntários (53,8%, n=26) relatou sonhar com conteúdos relacionados ao jogo, o que esteve associado com o aumento da atividade cardíaca média durante os jogos. Nas Presas observamos efeito entre desempenho e sonho com o jogo: aquelas que não sonharam mataram mais o Predador e também morreram mais do que aquelas que sonharam. As Presas que sonharam com o jogo também coletaram mais itens do que as Presas que não sonharam. Assim, Presas que sonharam com o jogo apresentaram ganhos no escore do Objetivo, e aquelas que não sonharam apresentaram perdas. Análises da atividade cardíaca e do sono demonstraram maior estresse entre as Presas. O sonho com o jogo provocou redução do comportamento de agressão ao Predador, com maior eficiência no forrageio e otimização da resposta de luta-ou-fuga. Finalmente, encontramos uma associação entre sonhos e diminuição das interações violentas entre Treino e Teste, sugerindo uma função social para a atividade onírica em humanos. Em conjunto, os experimentos reforçam a noção de que o sonho com desafios da vigília tem papel adaptativo.Dissertação Sonhos antecipatórios: influência de um evento significativo da vigília na atividade onírica(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2009-05-18) Scott, Rafael Neia Barbosa; Ribeiro, Sidarta Tollendal Gomes; ; http://lattes.cnpq.br/0649912135067700; ; http://lattes.cnpq.br/3754637697441868; Pereira, Cecilia Hedin; ; http://lattes.cnpq.br/9205085846499207; Araújo, John Fontenele; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4792718J4Nas mais diversas culturas, atribui-se aos sonhos a capacidade de prever o futuro. Diversos estudos neurofisiológicos indicam que a função do sono e dos sonhos é consolidar e transformar memórias, em um processo cíclico de criação, seleção e generalização de conjecturas sobre a realidade. Com o objetivo de investigar cientificamente a possível função antecipatória dos sonhos, buscamos descrever a relação entre sonho e vigília subseqüente num contexto em que o sucesso adaptativo do indivíduo realmente estivesse em risco, de modo a mobilizar mais fortemente a atividade onírica. Utilizamos o exame vestibular da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) como evento significativo da vigília. Através de uma parceria com a UFRN, contatamos por e-mail 3000 candidatos ao Vestibular 2009. Além disso, 150 candidatos foram abordados pessoalmente. Os candidatos que aceitaram participar do estudo (n=94) preencheram questionários específicos sobre a prova e lhes foi solicitado que relatassem um sonho relacionado à prova, caso algum houvesse ocorrido nos dias que a antecederam. O desempenho final de cada candidato no exame vestibular foi fornecido ao pesquisador pela UFRN. Ao todo 45 participantes relataram que sonharam com a prova. Nossos resultados mostram uma correlação positiva entre o desempenho na prova e sonhos antecipatórios com o evento, tanto na comparação do desempenho nas provas objetivas e discursivas, quanto na aprovação final (no grupo que não sonhou com a prova o índice de aprovação geral, 22,45%, foi semelhante ao encontrado no processo seletivo como um todo, 22,19%; já para o grupo que sonhou com a prova esse índice foi 35,56%). A ocorrência desses sonhos antecipatórios refletiu uma maior preocupação na vigília (mobilização psicobiológica) em torno do evento futuro (maiores escores de medo e apreensão, além de maiores alterações no cotidiano, nos padrões de humor e de sono). Além disso, os dados sugerem um papel importante dos sonhos na determinação de comportamentos ecologicamente relevantes da vigília, simulando possíveis cenários de sucesso (sonhar com aprovação) e fracasso (pesadelos) para maximizar o sucesso adaptativo do indivíduo