Navegando por Autor "Santos, Christiane Fernandes dos"
Agora exibindo 1 - 6 de 6
- Resultados por página
- Opções de Ordenação
TCC A avaliação formal e informal no contexto da Educação Infantil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2016) Oliveira, Maria Eliane de; Santos, Christiane Fernandes dos; Santos, Christiane Fernandes dos; Nascimento, Gilcilene Lélia Souza do; Gonçalves, Kézia VianaA avaliação na Educação Infantil deve compreendida como um procedimento individual, contínuo e dinâmico de grande relevância para o processo ensino-aprendizagem. Não, unicamente, o intuito de classificação, seleção, exclusão, ou fazer passar de ano, e sim acompanhar o crescimento da criança e ajudar o professor a refletir sua prática docente de acordo com a necessidade de cada um educando. No que se refere à avaliação no contexto da educação infantil, há uma divergência de percepções que a torna uma prática complexa à medida que é analisada sob dois vieses. O primeiro, voltado para as consequências que a prática de avaliação é capaz de propiciar a criança. Nessa perspectiva, a avaliação é vista sob a ótica de uma cultura avaliativa e classificatória, celetista e pontual, que visa à aprovação e reprovação, elegendo, ou não, o aluno para o ano subsequente. No entanto, há outra linha de análise que trata a avaliação individual e contínua da criança como instrumento de grande relevância, desde que seja compreendida sob a lógica do aprendizado e desenvolvimento das crianças. Essa abordagem é refletida nos estudos de Faria (2007), Hoffman (2012, 2002), Kramer (1999, 2006), Andrade (2010), Silva (2004, 2012), Vasconcelos (2000), Libâneo (2000), Corrêa (2007), Godoi (2010), Pinto (1994), Piaget (1970) entre outros. Aqui, a reflexão dos professores sobre o processo de avaliação na educação infantil, está voltada para o conhecimento e acompanhamento individual dos alunos, com o ensejo de lhes oportunizar desenvolvimento pleno. Acreditam, pois que essa prática reflete na interação e diálogo constante entre professor-aluno, favorecendo um leque de contribuições significativas para o processo ensino-aprendizagem. Diante desse contexto, o presente artigo intitulado “A avaliação formal e informal no contexto da educação infantil”, teve o objetivo de analisar as percepções dos docentes das turmas de Educação Infantil e gestores da Escola Municipal Infantil Pequeno Mário, localizada no município de José da Penha, no Estado do Rio Grande do Norte/RN. O estudo, abordado de forma qualitativa utilizou para a coleta das informações entrevistas através de um roteiro de perguntas previamente estabelecido, pautado em questões sobre as suas percepções e métodos relacionados à Educação Infantil. A partir da análise das respostas das entrevistas, permitiu-se refletir que a metodologia avaliativa realizada na prática de sala de aula deve ser compreendida como parte constituinte do planejamento docente, por ressaltar as necessidades e progressos dos alunos com relação ao ensino e a aprendizagem. Espera-se, que este estudo, reitere a importância da avaliação na primeira infância na busca pelo êxito na educação da atualidade.TCC A prática pedagógica na Educação Infantil: o cuidar e o educar como ações integradoras do trabalho docente(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2016-06) Oliveira, Josefa leidijane de; Santos, Christiane Fernandes dos; Santos, Christiane Fernandes dos; Nascimento, Gilcilene Lélia Souza do; Gonçalves, Kézia VianaA compreensão da criança como um ser capaz de produzir, independente, ativo e formador de opiniões deve ser precedida pela necessidade dos professores da educação infantil, e demais profissionais que atuam nesse contexto, de conhecer novos ideais, agora voltados para a prática do cuidar e do educar de maneira intrínseca a sua atividade pedagógica. Também deverá possibilitar um maior aprendizado e desenvolvimento para a criança. Para tanto, o ato de educar deve está intrinsecamente relacionado à prática do docente se considerar o que preconiza os documentos oficiais que tratam da Educação Infantil, no contexto brasileiro. Dessa maneira, apreende-se que a prática do cuidar e educar devem ser pensadas como indissociáveis entre si, e integrada à atividade docente. É diante desse contexto que o presente trabalho propôs investigar sobre o cuidar e educar como ações integradoras do trabalho docente. Como objetivos procurou-se discutir e analisar as atuais concepções dos professores do Ensino Infantil, da Pré-Escola Municipal Magna Rodrigues Bezerra, localizada na cidade de Pilões, no Estado do Rio Grande do Norte, sobre o ato de cuidar e educar, bem como as suas implicações para a prática pedagógica. Também objetivou refletir como a prática dual cuidar-educar perpassa à questão metodológica desses profissionais. Para a coleta de dados realizou-se uma pesquisa de cunho qualitativa utilizando como instrumento metodológico a revisão bibliográfica e pesquisa de campo, cuja coleta de dados se fez com 4 (quatro) professoras, que responderam ao questionário de perguntas. Para tanto, baseou-se nos estudos de Ortiz (2012), Gasparini (2009), Oliveira (2012), RCNEI (1998), DCNEI (1998), LDB (1996), Kramer (1999) e (2005), Gil (2009) dentre outros. Conforme os estudos realizados entende-se que existem, dentro das novas concepções da prática docente na educação infantil, as ações do cuidar e educar com atitudes primordiais para o sucesso do ensino e aprendizagem. No entanto, apesar da compreensão da importância dessa prática, muitos percalços precisam ser superados como, por exemplo, a deficiência da estrutura física escolar, o apoio pedagógico, e também o apoio da família das crianças. Dessa maneira, para uma significativa prática pedagógica pautada no cuidar e educar é necessário investimentos tanto no que concerne a questão física quanto pedagógica.. Por outro lado, entende-se que cabe ao professor, mesmo não tendo suporte ou recursos, trabalhar com o que tiver de melhor, buscar qualificação e desenvolver com criatividade e dedicação a sua função de mediador de conhecimentos.TCC O planejamento das rotinas diárias nas ações pedagógicas na Educação Infantil: a indissociabilidade entre educar, cuidar e brincar(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2016-06-06) Oliveira, Francisca Edneide Cesario de; Santos, Christiane Fernandes dos; Santos, Christiane Fernandes dos; Nascimento, Gilcilene Lélia Souza do; Gonçalves, Kézia VianaA rotina pedagógica do educador acontece através de uma sequência de atos, ou de um conjunto de procedimentos associados, que não devem cessar com a prática, mas que favoreçam ao docente uma reflexão mais aguçada sobre a realidade da sala de aula. A flexibilidade dessa prática favorece o desenvolvimento da aprendizagem da criança de forma dinâmica e inovadora, aproximando o educar, cuidar e brincar de maneira indissociáveis da/na ação educativa. Dessa maneira, o presente trabalho buscou realizar uma discussão sobre o planejamento das rotinas diárias nas ações pedagógicas na educação infantil, na perspectiva da indissociabilidade entre educar, cuidar e brincar. Teve como objetivo analisar as contribuições da rotina pedagógica, identificando-a como um instrumento relevante para o processo de ensino-aprendizagem da Educação Infantil, levando em consideração as relações entre o educar-cuidar-brincar. Dessa maneira, o problema de pesquisa consiste em saber: Quais as contribuições do planejamento da rotina pedagógica no/para o desenvolvimento das ações do processo de ensino-aprendizagem das crianças da Educação Infantil? Como a rotina pedagógica dos professores da educação infantil envolve a tríade educar-cuidar-brincar. Logo, constatou-se que a importância de uma rotina planejada e organizada a partir de práticas pedagógicas que favoreça o processo de aprendizagem da criança da Educação Infantil, faz parte da compreensão docente. Também, ficou evidenciada que há o reconhecimento, por parte desses sujeitos, que uma rotina pedagógica pautada na tríade cuidar-educar-brincar torna a aprendizagem mais prazerosa e significativa, lançando novos desafios para que as crianças busquem conhecimentos e comece a construir sua própria autonomia. Entretanto, esse entendimento apresenta-se mais na teoria e menos na prática. Ao realizar a pesquisa com o objetivo de analisar as contribuições da rotina pedagógica na Escola Municipal Alexandre Nonato Fernandes, foi possível identificar que perpetua um conhecimento teórico que permite considerar a rotina como um instrumento relevante para o processo de ensino-aprendizagem da Educação Infantil, capaz de nortear as relações entre o educar-cuidar-brincar. Porém, não é que o que acontece na prática. Durante a etapa de observação, ficou evidenciado a ausência de uma rotina sistematizada e que esta instituição não tem uma rotina planejada e organizada. Sendo assim a rotina pedagógica, nessa instituição de ensino precisa ser repensada e planejada a partir de práticas pedagógicas que favoreça o processo de aprendizagem da criança da Educação Infantil, de forma que envolva o cuidar, o brincar e o educar no tempo e espaço de cada um, tornando a aprendizagem mais prazerosa e significativa. Dessa maneira, infere-se que as professoras precisam arquitetar um planejamento de rotinas mais claro e objetivo que favoreça o processo de ensino-aprendizagem. Pois é através das rotinas que o professor organiza suas aulas, sistematiza os conteúdos, os recursos didáticos e a metodologia utilizada. O desenvolvimento desta pesquisa possibilitou refletir sobre a relevância do planejamento da rotina da sala de aula na Educação Infantil, sua importância no desenvolvimento da criança mediante a prática do educar, cuidar e brincar, e ainda perceber de que forma a rotina deve ser inserida no espaço educacional enquanto instrumento favorecedor da aprendizagem na educação infantil.TCC O planejamento pedagógico e suas implicações no processo ensino-aprendizagem da leitura em séries iniciais(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2016-06-06) Fernandes, Amanda Cristina; Santos, Christiane Fernandes dos; Santos, Christiane Fernandes dos; Nascimento, Gilcilene Lélia Souza do; Gonçalves, Késia VianaO planejamento é uma ação indissociável da prática docente, e poderá ser refletido tanto na prática de ensino como no aprendizado dos alunos. O educador que não planeja, acaba improvisando as atividades pedagógicas respaldando negativamente no desenvolvimento cognitivo das crianças. O planejamento precisa fazer sentido para os professores, pois é um meio de organizar o seu pensamento para a prática, aproximando-a de uma forma mais apropriada e eficaz, além de auxiliá-los no desenvolvimento de leitores, tendo em vista a necessidade de apresentar uma postura flexível frente aos diferentes níveis de aprendizagem que os seus alunos apresentam em relação à leitura. Propicia reflexões sobre o significado do ato de ler, quando considerado a individualidade de cada aluno. Considerando a importância do planejamento para o cotidiano escolar, enquanto instrumento capaz de nortear o educador na implementação de uma ação significativa para o ensino da leitura, o presente trabalho objetivou analisar como os professores, dos anos iniciais do ensino fundamental, contemplam, no seu planejamento, os diferentes percursos de aprendizagens dos alunos em relação à leitura. Para tanto, além de uma sucinta revisão bibliográfica pautada em autores como Vasconcellos (1999), Lukesi (1997), Gadotti (2000), Solé (1998) dentre outros, realizou-se uma pesquisa de campo com professores do 2° ao 5° ano da Escola Municipal Raquel Silva, na cidade de Marcelino Vieira – RN. O questionário tratava da concepção docente sobre o ato de planejar, suas implicações para o processo de desenvolvimento do ensino e, também, da aprendizagem dos alunos que se encontram em diversos níveis de leitura. O interesse em investigar sobre a prática do planejar em séries do Ensino Fundamental, de modo que contemple as diversidades de aprendizagem referentes à leitura, emergiu das inquietações da autora durante observações feitas durante o estágio supervisionado III. Diante da análise dos resultados, ficou evidenciado que os professores apresentam uma concepção condizente com a proposta do planejamento, que consiste em traçar metas, suprir dificuldades dentro de um processo de organização e coordenação da ação docente. Desse modo, apreende-se que o planejamento na Escola Municipal Raquel Silva se configura como instrumento norteador e de grande importância para o processo de ensino da leitura em séries iniciais do ensino Fundamental. Diferentes níveis de aprendizagem em relação à leitura é uma realidade em todas as turmas investigadas. Um dos maiores desafios da escola, principalmente do profissional docente, é ensinar o aluno a ler. Dessa maneira, compreende-se que ao chegarem às séries iniciais do ensino fundamental, parte das crianças, da Escola Municipal Raquel Silva sequer apresentam capacidade de decodificar, isto é, dominar o funcionamento do código alfabético, que constitui a essência do processo de alfabetização. Essa questão torna o ato de planejar bastante complexo. Analisar a importância do planejamento pedagógico e suas implicações no processo ensino e aprendizagem da leitura é de grande relevância no processo de desenvolvimento das capacidades e habilidade de cada aluno, tendo em vista que o planejamento pedagógico deve abrir portas para que se possa desencadear uma prática comprometida com a construção de uma educação democrática.TCC O processo de avaliação docente nas séries fundamentais do Ensino Fundamental e sua indissociável relação com o planejamento pedagógico(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2016-06-10) Elias, Jaqueline Elayne; Santos, Christiane Fernandes dos; Santos, Christiane Fernandes dos; Nascimento, Gilcilene Lélia Souza; Gonçalves, Kézia VianaA transição do Ensino Infantil para o Ensino Fundamental confere uma série de mudanças na vida das crianças, das instituições de ensino e dos profissionais docentes. No que concerne às crianças, permeia sempre o anseio pelo novo ambiente escolar, propício a novas aprendizagens e relações sociais. À escola é atribuída a responsabilidade da organização física, estrutural e pedagógica frente às diversidades do público a ser atendido. Quanto aos professores, exige-se sempre a inovação constante da sua prática, pois os métodos utilizados no planejamento devem está sempre voltados para a diversidade dos níveis de aprendizagem dos alunos, assim como a avaliação da aprendizagem deve estar voltada para o desenvolvimento da criança e ser percebida como instrumento de análise do fazer docente. Diante desse contexto, o presente trabalho intitulado “O processo de avaliação docente nas séries iniciais do Ensino Fundamental e sua indissociável relação com o planejamento pedagógico”, objetivou refletir sobre os principais aspectos que os professores, das séries iniciais do ensino fundamental, se baseiam ao avaliar seus alunos para, consequentemente, encaminhá-los para a série subsequente, bem como identificar os percalços presentes nos métodos de avaliação, e se estes são condizentes com o que é planejado, e atende os diferentes níveis de aprendizagem. Para a realização dessa pesquisa optou-se pela pesquisa de campo, realizada com 3 (três) professores do ensino fundamental da Escola Municipal João Bernardino de Lima, localizada na cidade de Riacho de Santana, no estado do Rio Grande do Norte/RN. Também, recorreu-se a revisão bibliográfica pautada nos estudos de Ribeiro (2012), Barbosa (2008), Vasconcelos (1996), LDB (1996), Hoffman (2003) e Luckesi (2003), entre outros. Evidenciou-se que a avaliação na referida instituição de ensino é compreendida como um procedimento, contínuo e dinâmico de grande importância para o processo ensino-aprendizagem, uma vez que instiga os profissionais docentes uma reflexão sobre sua prática. Os professores da Escola Municipal João Bernardino de Lima demonstraram pautar-se em instrumentos diversos tanto para planejar sua prática como para avaliar seus alunos. Há uma preocupação unânime com o desenvolvimento cognitivo das crianças para que as mesmas alcance a série subsequente. Dessa maneira, fica evidente que a avaliação realizada pelos docentes distancia-se do modelo tradicional que perpetua, ainda, em alguns contextos educacionais. Apesar do discurso articulado dos docentes sobre a prática do avaliar, os principais métodos e elementos norteadores, cabe indagar se o que se revela na teoria é, realmente, o que se concretiza na prática. O estudo é pertinente à medida que responde as múltiplas interrogações que permeiam a prática do avaliar nas séries iniciais do ensino fundamental, como também impulsiona a reflexão a cerca desse processo tão importante para docentes e discentes. Evidencia-se que o ato de planejar e avaliar são indissociáveis à prática dos professores, e devem ser vistos como complementares entre si. Entretanto, como não se trata de um estudo pronto e acabado, é necessário que haja um olhar reflexivo sobre a prática desses docentes com o intuito de investigar se o que foi revelado na teoria, é o que se aplica na práticaTese Você tem sede de quê? O programa de cisternas na promoção da segurança alimentar no semiárido brasileiro(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-06-29) Santos, Christiane Fernandes dos; Souza, Cimone Rozendo de; https://orcid.org/0000-0002-4903-0839; http://lattes.cnpq.br/8227598190372706; http://lattes.cnpq.br/0167528980574891; Souza, Raquel Franco de; https://orcid.org/0000-0001-8818-0605; http://lattes.cnpq.br/5181465668193577; Silva, Roberto Marinho Alves da; Lima, Patrícia Verônica Pinheiro Sales; Diniz, Paulo César OliveiraA seca que permeia o Semiárido nordestino, embora apresente um caráter natural, desencadeia vários problemas de ordem social, econômica e política, expressos, principalmente, pela fome, migrações, propagações de doenças e até mortes. Por décadas, o discurso de combate à seca tem fundamentado o delineamento das políticas públicas, entretanto, os seus resultados não foram suficientes para a resolução do problema. No final da década de 1990, com o fortalecimento do discurso sobre a convivência com o Semiárido, a problemática da água passou a ser vista sob um novo viés, pois se observou que a causa principal não era a escassez, mas as formas de distribuição, armazenamento e governança desse recurso. Dentro desse contexto, a Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA) desenvolveu o Programa de Formação e Mobilização Social para a Convivência com o Semiárido: Um Milhão de Cisternas Rurais, instigando a adoção da cultura do estoque da água, inicialmente, para o consumo humano, através do Programa Um Milhão de Cisternas Rurais (P1MC) e, posteriormente, para a produção de alimentos, através do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2). Dessa forma, a pergunta que direcionou o estudo em questão foi estruturada da seguinte maneira: como os programas de cisternas têm logrado democratizar o acesso à água, garantir segurança alimentar e ser um instrumento pedagógico de ampliação da autonomia dos beneficiários? Para tanto, a análise foi centrada no P1MC e no P1+2. O objetivo principal consistiu em analisar como as tecnologias advindas desses programas têm favorecido o acesso à água e ao alimento e, consequentemente, refletido na segurança alimentar das famílias beneficiadas. Para tal, esta Tese está organizada em quatro partes principais: a primeira trata dos aspectos teóricos metodológicos da pesquisa (introdução, fundamentação teórica e aspectos metodológicos); as demais partes consistem na elaboração de três artigos cuja finalidade foi refletir os objetivos específicos da pesquisa. O primeiro artigo, intitulado “Você tem sede de quê? Os programas de cisternas no Semiárido potiguar brasileiro como dispositivos de desenvolvimento”, objetivou analisar a evolução do processo de implementação dos programas de cisternas no Estado do Rio Grande do Norte, apontando as possíveis implicações do desmonte dessa política para as famílias rurais do Semiárido potiguar. A partir de revisão documental e bibliográfica, fora reconstituída a trajetória de execução desses programas e também desenvolvido o estado da arte, apresentando os possíveis cenários e consequências do seu esvaziamento. Esse artigo evidenciou que os programas de cisternas têm contribuições importantes para a agricultura familiar, que se expressam em diferentes dimensões: políticas, sociais, econômicas. Destacou-se o caráter includente da ação e a sua capacidade mobilizadora, construídos mediante a valorização dos saberes e da realidade do local. É proeminente nos estudos a referência à melhoria da qualidade de vida da população, que se iniciou com o acesso à água para consumo e, posteriormente, possibilitou a produção agroecológica, ampliando as possibilidades de segurança alimentar. Entretanto, a descontinuidade dessa política significa privar milhares de camponeses pobres de expandirem suas capacidades. Já o segundo artigo, “O P1+2 e a (in) segurança alimentar no Semiárido nordestino”, buscou compreender como o P1+2 ampliou o acesso à água e ao alimento, e como isso é refletido na segurança alimentar e nas diferentes formas de liberdades das famílias beneficiadas. Através de revisão de literatura e documental, contextualizou-se as políticas de desenvolvimento para o Nordeste, a trajetória do Programa e suas contribuições para as famílias beneficiadas. A análise foi feita sob a ótica do desenvolvimento como liberdade, de Sen (2010). Evidenciou-se que o Programa tem contribuições importantes, sobretudo, para a segurança alimentar das famílias beneficiadas. Porém, a sua descontinuidade representa um cenário de privações à segurança protetora, às oportunidades sociais e às liberdades individuais das pessoas. Por fim, o artigo “Para além da segurança alimentar: os programas de cisternas sob a ótica da colonialidade/decolonialidade” teve como objetivo refletir como o P1+2 promove processos de decolonialidades a partir do acesso à água e ao alimento. Como recurso metodológico, foi feita uma revisão de literatura e documental, assim como entrevistas com representantes de duas unidades executoras do Programa e com 42 famílias beneficiadas. A pesquisa de campo foi realizada no Território Sertão do Apodi, no Estado do Rio Grande do Norte (RN). A análise foi elaborada a partir do entendimento de colonialidade/decolonialidade conforme tratado por Maldonado-Torres (2007) e por Castro-Gómez (2012), dentre outros. Desse modo, pôde-se observar que o P1+2 se apresenta como instrumento de decolonialidade, visto que representa a conquista de toda uma luta que se fez – e se faz – em favor do acesso, domínio e gestão da água e do alimento pela soberania alimentar. Tal processo fundamenta-se em outras lógicas epistemológicas que se constroem pautadas na ecologia de saberes, conforme abordada por Santos (2007), possibilitando às famílias o rompimento de hierarquias que se construíram por décadas nos campos do saber, do poder e do ser através das políticas implementadas sob a ótica do combate à seca e da modernização agrícola. Apesar de ficar expressa a importância do programa como instrumento de decolonialidade, pôde-se perceber alguns elementos limitantes, como, por exemplo: a dificuldade financeira das famílias para assumir a contrapartida exigida pelo Programa; a dependência das famílias em relação ao poder público municipal para pagar a energia das bombas que abastecem as cisternas e, também, para o reabastecimento delas em períodos de estiagens; e a necessidade de comprar água em determinado período do ano. O estudo apresenta uma abordagem interdisciplinar, uma vez que mobiliza leituras e reflexões advindas de diferentes áreas do conhecimento. De modo geral, evidenciou-se que o P1MC e o P1+2 possibilitam o acesso à água e ao alimento, contribuindo para a segurança alimentar das famílias beneficiadas, constituindo-se como importantes instrumentos de decolonialidade e de liberdade.