Navegando por Autor "Santana, Maria de Lourdes Silva"
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TCC O Impacto do Racismo Estrutural e do Capacitismo na Vida das Mulheres Negras com Deficiência(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-05-26) Santana, Maria de Lourdes Silva; Almeida, Janaiky Pereira de; Ferreira, Verônica Maria; https://orcid.org/0000-0002-0753-9223; http://lattes.cnpq.br/2112445114925319; Souza, Juciara Gomes de MatosEste estudo analisa as múltiplas formas de preconceitos e discriminações enfrentadas por mulheres negras com deficiência no Brasil, destacando a intersecção entre racismo estrutural, capacitismo e sexismo. O objetivo central é compreender como essas opressões se articulam historicamente e se manifestam no contexto contemporâneo, com ênfase nas barreiras ao acesso à educação. A pesquisa adota uma abordagem qualitativa, fundamentada no materialismo histórico-dialético, utilizando revisão bibliográfica por meio do acesso a acervos acadêmicos, a legislações nacionais referentes à temática, bem como recorremos a pesquisas institucionais que evidenciam as desigualdades vivenciadas pelas pessoas com deficiência na sociedade e no acesso a políticas públicas. Os resultados evidenciam que as práticas discriminatórias em relação às pessoas com deficiência são parte do processo de constituição da sociedade capitalista. Na sociedade brasileira tal processo está intrinsicamente imbricado a exploração dos povos negros por meio da escravidão. O capacitismo, aliado ao racismo e ao sexismo, na sociedade capitalista, limita o acesso das pessoas com deficiência a direitos básicos e reforçam desigualdades no acesso a políticas públicas, entre elas as políticas educacionais. Dados demonstram que mulheres negras com deficiência enfrentam maiores taxas de evasão escolar, menor acesso ao ensino superior e condições precárias de permanência. Conclui-se, entre outras sínteses, que superar barreiras exige distintos movimentos: a reivindicação de elaboração e efetivação de políticas públicas que abranjam a diversidade humana como um todo e a particularidade das pessoas com deficiência; o fortalecimento de movimentos sociais de pessoas com deficiência, como sujeito político; e uma luta mais ampla no enfrentamento às barreiras impostas pela própria constituição da sociedade patriarcal, capitalista e racista a qual ancora discriminações e preconceitos capacitistas.