Navegando por Autor "Rodrigues, Ricardo de Souza"
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Dissertação Análise macro, meso e microscópica de bandas de deformação em arenitos porosos: aplicação na Bacia do Tucano-BA, NE do Brasil(2018-02-26) Rodrigues, Ricardo de Souza; Silva, Fernando César Alves da; ; ; Leite, Carlson de Matos Maia; ; Jardim, Emanuel Ferraz;A deformação atuante em arenitos porosos (porosidade > 15%), presentes em bacias sedimentares pode resultar na nucleação de estruturas tais como as bandas de deformação (Bds). Estas estruturas, registro de uma deformação localizada, apresentam comumente geometrias planares a curviplanares. Nos arenitos do Grupo Ilhas da Bacia de Tucano (NE do Brasil), as Bds são estruturas bastante comuns. Esse trabalho mostra os resultados da caracterização multiescalar destas estruturas, na bacia mencionada, realizado entre os distritos de Bananeiras e Água Branca (Município de Jeremoabo, Bahia). Produtos de sensores remotos (Landsat ETM+, Radar banda X, e fotografias aéreas), revelaram fotolineamentos NE-SW predominantes, além de NNE-SSW e E-W subordinados, que ressaltam na topografia. Na escala mesoscópica, estes fotolineamentos são representados por Bds e falhas relacionadas, hospedadas em quartzarenitos e subarcóseo. As Bds ocorrem como estruturas individuais e em aglomerados que, em decorrência do aumento da deformação, evoluíram para falhas. As Bds apresentam geometrias em “olho”, rampa e exibem arranjo análogo ao sistema de fraturas cisalhantes de Riedel e ao par S-C presentes em milonitos. A análise diagenética-estrutural revelou que as Bds se desenvolveram predominantemente pelo mecanismo de fluxo cataclástico durante a mesodiagênese. Todavia, Bds originadas em decorrência de fluxos hidroplásticos e hidroplásticos/cataclásticos, condições pré a sin-litificação e sin a pós-litificação, também ocorrem. Por sua vez, as falhas exibem cinemáticas variáveis, sendo associadas a três eventos deformacionais distintos. Falhas normais sensu stricto de trend NE-SW são as mais precoces, associadas ao evento deformacional D1p, e são parcialmente afetadas por um sistema conjugado de falhas transcorrentes dextrais (NNW-SSE) e sinistrais (NE-SW) tardio, referido como D1t. O evento D2 produziu um conjunto de falhas NNE-SSW normais com componentes de rejeito direcional. O evento mais novo (D3) é representado por falhas normais com componentes de rejeito direcional NE-SW e NNW-SSE. Em um pulso tardio deste evento (D3t) foram nucleadas localmente, falhas transcorrentes dextrais NE-SW, reversas NNW-SSW e reversas oblíquas N-S e NE-SW. A análise integrada dos dados obitidos possibilitou inserir a área estudada no contexto geotectônico do NE do Brasil. O campo de stress ativo durante D1 é compatível com a abertura da Margem Leste, o que sugere uma idade neocomiana para esse evento. O evento D2, desenvolvido sob um campo de stress distensivo NNW-SSE, mostra relações tectônicas compatíveis com a implantação da falha de borda da Bacia de Jatobá, a norte da área de estudo. O evento D3 relacionado a um campo de stress distensional NNE-SSW, sugere uma associação a abertura da Margem Equatorial Brasileira durante o Aptiano.TCC Estudo da influência de estrutura herdada no desenvolvimento de bacia sedimentar com uso da modelagem física(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-12-12) Silva, Marcelo Gustavo Silva; Silva, Fernando César Alves da; Rodrigues, Ricardo de Souza; http://lattes.cnpq.br/1232923375823514; http://lattes.cnpq.br/8572129314081197; http://lattes.cnpq.br/0401522257559032; Sousa, Debora do Carmo; Venâncio, Marilia Barbosa; http://lattes.cnpq.br/5123468840851117A modelagem física é uma ferramenta que proporciona obter informações sobre os diversos estágios evolutivos, as orientações e geometrias das estruturas em várias escalas. Neste trabalho, foi realizado o desenvolvimento de uma bacia, a partir de uma descontinuidade preexistente simulando estruturas herdades do embasamento e os resultados foram posteriormente comparados com um análogo natural (Bacia de Iguatu). Para isso, utilizou-se um aparato do tipo caixa de areia, na qual foram feitos três tipos de experimentos: Série I (composto somente por areia quartzosa), Série IIa (areia quartzosa e microesferas de vidro) e Série IIb (areia quartzosa e silicone). Afim de facilitar a descrição dos resultados optou-se por subdividir o modelo em três setores: SW, Central e NE. Para as Séries I e IIb os modelos mostraram uma estruturação do tipo gráben assimétrico, marcado por falhas antitéticas, a oeste, enquanto na Série IIb observou-se uma estruturação em grábens simétricos/assimétricos e horsts com presença de blocos rotacionados em um arranjo do tipo dominó, mais intenso na transição entre as regiões oblíquas (setores SW e NE) e central a distensão. A comparação com àqueles de trabalhos anteriores mostrou similaridades com a estruturação interna dos modelos e o arranjo das falhas em superfície, confirmando a influência de uma herança do embasamento no desenvolvimento da bacia e a importância da modelagem analógica no entendimento dos processos envolvidos.Tese Evolução tectônica do segmento extremo leste da Margem Equatorial brasileira: contribuição do mapeamento estrutural (onshore) e da modelagem física(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-12-14) Rodrigues, Ricardo de Souza; Silva, Fernando Cesar Alves da; http://lattes.cnpq.br/8572129314081197; http://lattes.cnpq.br/1232923375823514; Danderfer Filho, André; Trzaskos, Barbara; Araújo, Mario Neto Cavalcanti de; Morales, NobertoA descoberta nas últimas décadas de províncias de hidrocarbonetos associadas a Margem Transformante Equatorial (MTE) gerou um crescente interesse em melhor entender a evolução dessa margem, sendo considerada uma nova fronteira exploratória. Na porção brasileira, a MTE compreende a riftes intracontinentais e margens passivas. No presente trabalho investigou-se a evolução pré- a sin-desenvolvimento da MTE, a partir da aplicação da ferramenta modelagem estrutural física, e análise multiescalar do registro da deformação frágil presente no embasamento cristalino das bacias Potiguar e Ceará, porção extremo leste da Margem Equatorial Brasileira (MEB). Os dados da modelagem evidenciam que o processo de rifteamento da MTE se deu de modo predominantemente oblíquo ao campo de distensão. Essa margem compreendeu durante seu estágio de evolução inicial, em escala de placa, uma importante zona de transferência oblíqua (α = 20º) desenvolvida entre o Atlântico Sul e o Central. Em estágio maturo, essa zona evoluiu a riftes oblíquos diacrônicos, cujas margens são compostas por segmentos de falhas oblíquas (normais-dextrais), NW-SE, e transcorrentes E-W a WNW-ESE, definindo em conjunto geometria em zigzag. Dois domínios tectônicos distintos ocorrem ao longo da MTE: (i) regiões de extremidade caracterizadas por deformação oblíqua com intensa rotação e basculamento do substrato, e (ii) uma região central dominada por deformação transcorrente (e oblíqua), com a presença de bacias oblíquas e pull-apart, além de platôs marginais. O embasamento das bacias Ceará e Potiguar evidencia o registro da superposição de pelo menos quatro eventos deformacionais relacionados a pré- e sin-estruturação da MEB. O evento mais antigo D1 (Tardi-brasiliano) é expresso por fraturas escalonadas NE-SW (dextrais) e juntas distensionais secas ou preenchidas por quartzo e calcedônia (NE-SW a E-W). Esse evento relaciona-se a uma transpressão dextral NE-SW intraplaca associada a exumação progressiva da cadeia orogênica brasiliana-panafricana. O evento D2 (Neojurássico ao Aptiano) caracteriza-se por falhas normais e juntas NE-SW, fraturas NNE-SSW escalonadas sinistrais, e diques básicos (Magmatismo Rio CearáMirim) NW-SE e E-W. Essas estruturas assinalam um paleocampo distensional NW-SE compatível ao atuante durante a formação da Margem Leste Brasileira e desenvolvimento das bacias interiores do Nordeste. O evento D3 (Aptiano), início da instalação da proto-margem equatorial, é representado por fraturas híbridas, cisalhantes dextrais WNW-ESE e ENE-WSW, e sinistrais NNE-SSW e NNW-SSE; e juntas NWSE distensionais, secas ou preenchidas (calcedônia, óxido e hidróxido de ferro, e calcita), que em conjunto possuem cinemática transtrativa dextral E-W. Jogs dilatacionais são característicos desse evento, expressando relação fractal com os grábens Messejana e Jacaúna da Bacia Potiguar. Falhas normais e fraturas distensionais N-S, e fraturas híbridas cisalhantes NNW-SSE, secas ou preenchidas (carbonato e óxido-hidróxido de ferro) caracterizam o evento mais jovem D4. Esse evento exibe campo de paleotensão compressional N-S e distensional E-W, podendo ser interpretado como relacionado a rotação e drift entre as placas tectônicas pós-Aptiano. Anisotropias prévias, a exemplo do Lineamento Transbrasiliano (LTB), podem controlar a nucleação e estruturação de bacias sedimentares. O papel desempenhado pelo LTB na estruturação da MEB, entretanto, ainda é pouco entendido. Assim, os dados oriundos da modelagem física indicam que o LTB foi reativado durante o desenvolvimento da MEB controlando a estruturação, configuração e partição da deformação entre as sub-bacias que compõem a Bacia Ceará. Falhas normais-dextrais, NE-SW compreendem as principais expressões da reativação do LTB. Amplas dobras sinformes e antiformes (geradas pelo mecanismo de bending), acomodam a deformação entre os sets de falhas. A leste desse lineamento, a deformação exibe caráter distribuído, associado a uma cinemática transtrativa/distensional com a geração de depocentros oblíquos e pull-apart. A oeste do LTB a deformação exibe um caráter mais localizado, dominantemente transcorrente a compressional, resultando na formação de falhas reversas e falhas transcorrentes/transtrativas.