Navegando por Autor "Ribeiro, Sidarta Tollendal Gomes"
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Artigo 3,4-methylenedioxymethamphetamine (MDMA)-assisted psychotherapy for victims of sexual abuse with severe post-traumatic stress disorder: an open label pilot study in Brazil(2020-07-03) Jardim, Alvaro V.; Jardim, Dora V.; Chaves, Bruno Rasmussen; Steglich, Matheus; Ot’alora G., Marcela; Mithoefer, Michael C.; Silveira, Dartiu X. da; Tófoli, Luís F.; Ribeiro, Sidarta Tollendal Gomes; Matthews, Rebecca; Doblin, Rick; Schenberg, Eduardo E.Objective: To conduct Brazil’s first clinical trial employing 3,4-methylenedioxymethamphetamine (MDMA)-assisted psychotherapy for post-traumatic stress disorder (PTSD), given its high prevalence resulting from epidemic violence. Methods: Of 60 volunteers, four matched the inclusion & exclusion criteria. Three patients with PTSD secondary to sexual abuse (diagnosed by the Structured Clinical Interview for DSM-IV and the Clinician Administered PTSD Scale for DSMV-4 [CAPS 4]) completed enrollment and treatment, following a standardized Multidisciplinary Association for Psychedelic Studies protocol consisting of 15 weekly therapy sessions: three with orally administered MDMA with concurrent psychotherapy and music, spaced approximately 1 month apart. CAPS-4 scores two months after the final MDMA session were the primary outcome. Results: No serious adverse events occurred. The most frequent adverse events were somatic pains and anguish. CAPS-4 reductions were always greater than 25 points. The final scores were 61, 27, and 8, down from baseline scores of 90, 78, and 72, respectively. All reductions were greater than 30%, which is indicative of clinically significant improvement. Secondary outcomes included lower Beck Depressive Inventory scores and higher Post-Traumatic Growth Inventory and Global Assessment of Functioning scores. Conclusions: Considering the current limitations in safe and efficacious treatments for PTSD and recent studies abroad with larger patient samples, MDMA-assisted psychotherapy could become a viable treatment in Brazil.Artigo 5-MeO-DMT induces sleep-like LFP spectral signatures in the hippocampus and prefrontal cortex of awake rats(Springer Science and Business Media LLC, 2024-05) Souza, Annie da Costa; Souza, Bryan da Costa; França, Arthur Sergio Cavalcanti de; Moradi, Marzieh; Souza, Nicholy C.; Leão, Emelie Katarina Svahn; Tort, Adriano Bretanha Lopes; Leao, Richardson Naves; Santos, Vítor Lopes dos; Ribeiro, Sidarta Tollendal Gomes5-methoxy-N,N-dimethyltryptamine (5-MeO-DMT) is a potent classical psychedelic known to induce changes in locomotion, behaviour, and sleep in rodents. However, there is limited knowledge regarding its acute neurophysiological effects. Local field potentials (LFPs) are commonly used as a proxy for neural activity, but previous studies investigating psychedelics have been hindered by confounding effects of behavioural changes and anaesthesia, which alter these signals. To address this gap, we investigated acute LFP changes in the hippocampus (HP) and medial prefrontal cortex (mPFC) of freely behaving rats, following 5-MeO-DMT administration. 5-MeO-DMT led to an increase of delta power and a decrease of theta power in the HP LFPs, which could not be accounted for by changes in locomotion. Furthermore, we observed a dose-dependent reduction in slow (20–50 Hz) and mid (50–100 Hz) gamma power, as well as in theta phase modulation, even after controlling for the effects of speed and theta power. State map analysis of the spectral profile of waking behaviour induced by 5-MeO-DMT revealed similarities to electrophysiological states observed during slow-wave sleep (SWS) and rapid-eye-movement (REM) sleep. Our findings suggest that the psychoactive effects of classical psychedelics are associated with the integration of waking behaviours with sleep-like spectral patterns in LFPsDissertação Acesso Lexical: uma dupla rota para o português brasileiro(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2013-03-27) Medeiros, Joyse Ashley Vitorino de; Ribeiro, Sidarta Tollendal Gomes; ; http://lattes.cnpq.br/0649912135067700; http://lattes.cnpq.br/4320600163498455; Weissheimer, Janaina; ; http://lattes.cnpq.br/7345837860360864; Buchweitz, Augusto; ; http://lattes.cnpq.br/7897187838595254Identificar as unidades que constituem as expressões da linguagem continua a ser uma questão importante na pesquisa psicolinguística contemporânea. Seria o modo como acessamos as palavras influenciado pela estrutura do léxico? Modelos de processamento não lexicais sugerem que, no momento do acesso lexical, as palavras são decompostas em unidades menores, isto é, morfemas. O pressuposto central destes modelos é que as palavras são armazenadas na memória, na forma de unidades significativas mínimas (ex.: amigável: amig/a/ável/). Dentro dessa linha de investigação, palavras compostas são especialmente importantes devido a sua dupla natureza: embora tenham um significado atômico, elas também podem apresentar estruturas segmentáveis. O objetivo desta dissertação foi verificar se há diferença na forma como reconhecemos palavras simples e compostas do Português Brasileiro (PB), utilizando testes de decisão lexical. Esta pesquisa pode lançar luz sobre como a mente representa diferentes categorias de palavras; além disso, pode ajudar a elucidar se diferenças superficiais na estrutura das línguas têm influência no processamento linguístico. Utilizamos testes de decisão lexical para indagar (i) se há diferenças nos tempos médios de reação e acurácia de resposta entre palavras simples e compostas, e (ii) se essas diferenças se correlacionam com a frequência de uso dessas palavras. Os resultados obtidos com o teste de decisão lexical I fornecem evidências de que há um papel para a decomposição no reconhecimento de palavras no PB, pois nas frequências baixa e média as palavras compostas produziram tempos de reação significativamente menores que as simples. No entanto, nas altas frequências dos experimentos de decisão lexical I e II, foram as palavras simples que apresentaram latências de resposta mais curtas. Esse tipo de resultado, por sua vez, se coaduna com as predições de modelos de listagem plena. Dessa forma, para explicar esses resultados se faz necessário sugerir um mecanismo de acesso lexical em dupla rota, em que cada tipo de palavra é acessado mais rapidamente dependendo da sua frequênciae propriedades morfológicas.Artigo Acesso lexical: uma rota dupla para o português brasileiro(2014) Medeiros, Joyse; Weissheimer, Janaina; França, Aniela Improta; Ribeiro, Sidarta Tollendal GomesO presente estudo avalia se o modo como acessamos as palavras é influenciado pela estrutura do léxico; mais especificamente, se há diferenças na forma como reconhecemos palavras simples e compostas do Português Brasileiro (PB). Para isto, aplicamos dois testes de acesso lexical a 80 participantes para determinar (i) se há diferenças nos tempos de reação e acurácia de resposta entre palavras simples e compostas, e (ii) se essas diferenças se correlacionam com a frequência de uso dessas palavras. Os resultados do experimento 1 fornecem evidências para ocorrências de decomposição no reconhecimento de palavras compostas do PB. No entanto, as latências de resposta das palavras de altas frequências dos experimentos 1 e 2 confirmam as predições de modelos de listagem plena. Para explicar esses resultados sugerimos um mecanismo de acesso lexical em rota dupla, em que cada tipo de palavra é acessado mais rapidamente dependendo da sua frequência e de propriedades morfológicas.Dissertação Alterações da default mode network provocadas pela ingestão de Ayahuasca investigadas por Ressonância Magnética Funcional(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2012-05-25) Fontes, Fernanda Palhano Xavier de; Araújo, Dráulio Barros de; ; http://lattes.cnpq.br/7818012155694188; ; http://lattes.cnpq.br/5303845192389002; Ribeiro, Sidarta Tollendal Gomes; ; http://lattes.cnpq.br/0649912135067700; Amaro Júnior, Edson; ; http://lattes.cnpq.br/5927371795409877A Ayahusca é uma bebida psicotrópica que tem sido utilizada há séculos por populações originais da América do Sul, notadamente da região Amazônica, com fins religiosos e medicinais. O chá é obtido pela decocção de folhas da Psychotria viridis com a casca e tronco de um arbusto, a Banisteriopsis caapi. A primeira é rica em N,N-dimetiltriptamina (DMT), que tem importante e bem conhecido efeito alucinógeno devido a sua atuação agonista nos receptores de serotonina, especificamente 5-HT2A. Por outro lado, as β-carbolinas presentes na B. caapi, particularmente a harmina e a harmalina, são potentes inibidores da monoamina oxidase (iMAO). Além disso, a tetrahidroharmina (THH), também presente na B. caapi, atua como leve inibidor seletivo da recaptação de serotonina e um fraco inibidor de MAO. Essa composição única provoca uma série de alterações afetivas, sensoriais, perceptuais e cognitivas em indivíduos sob o efeito da Ayahuasca. Por outro lado, existe um interesse crescente na rede de modo padrão, do inglês Default Mode Network (DMN), que tem sido consistentemente observada em estudos de neuroimagem funcional. As principais componentes dessa rede incluem estruturas da linha média do córtex cerebral, como o córtex frontomedial anterior, córtex frontomedial ventral, o giro cingulado posterior, o pré-cuneus e algumas regiões do lobo parietal inferior e do giro temporal médio. Acredita-se que a DMN participe de tarefas que envolvem autojulgamentos, evocação de memórias autobiográficas, realização de simulações mentais, pensar em perspectiva, estados meditativos, entre outros. De maneira geral, essas tarefas requerem um foco de atenção interno, daí a conclusão de que a DMN estaria associada à atividade mental introspectiva. Assim, este estudo teve como objetivo avaliar, por meio de ressonância magnética funcional (fMRI), as possíveis mudanças da DMN causadas pela ingestão da Ayahuasca em 10 voluntários saudáveis investigados enquanto se submeteram a dois protocolos: uma tarefa de fluência verbal e a aquisição de dados contínuos durante estado de repouso. De maneira geral, observa-se que a Ayahuasca provoca redução na amplitude do sinal de fMRI nos nodos centrais da DMN, tais como o cíngulo anterior, o córtex pré-frontal medial, o cíngulo posterior, o pré-cuneus e o lobo parietal inferior. Além disso, também foram observadas alterações no padrão de conectividade da DMN, em particular, diminuição da conectividade funcional no pré-cuneus. Juntos, esses achados indicam a possível associação entre o estado alterado de consciência experimentado pelos indivíduos sob efeito da Ayahuasca, e mudanças no fluxo de pensamentos espontâneos ligados ao aumento da introspecçãoDissertação Alterações do ciclo sono-vigília moduladas por Dopamina e suas consequências Mnemônicas(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2012-04-09) Franca, Arthur Sergio Cavalcanti de; Ribeiro, Sidarta Tollendal Gomes; ; http://lattes.cnpq.br/0649912135067700; ; http://lattes.cnpq.br/4816508007507009; Ribeiro, Alessandra Mussi; ; http://lattes.cnpq.br/7373640456805525; Marchioro, Murilo; ; http://lattes.cnpq.br/0236515445675827As descobertas da neurociência estão em franca ascensão. A sua grande interdisciplinaridade facilita uma abordagem mais complexa do cérebro, abrangendo com profundidade diversas áreas. No entanto, muitos fenômenos que fascinam a humanidade estão longe de ser completamente elucidados; nesse contexto se encontra a relação entre a consolidação das memórias e o sono. Nesse trabalho investigamos o papel de parte do sistema dopaminérgico no processo de consolidação de memórias e na modulação das fases do ciclo sono-vigília. Utilizamos dois grupos de animais: camundongos selvagens e camundongos hiperdopaminérgicos, heterozigotos para o gene que codifica a proteína transportadora de dopamina. Observamos em camundongos selvagens que o bloqueio parcial dos receptores dopaminérgicos da família D2 pela droga haloperidol provocou déficits na consolidação da memória de reconhecimento de objetos, bem como uma redução significativa do tempo de duração do sono de movimento rápido dos olhos (MRO). Observamos também um déficit, sem intervenção farmacológica, em animais hiperdopaminérgicos; tal déficit foi revertido com a droga haloperidol. Os resultados indicam que a dopamina desempenha um papel importante no processo de consolidação de memórias de reconhecimento de objetos. Os dados também corroboram uma relação funcional entre o sistema dopaminérgico e a modulação da fase do sono MRODissertação Alterações na evocação de uma memória aversiva ao liongo do ciclo estral de ratas: influências da transmissão gabaérgica na amígdala(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2012-07-30) Ferreira, Luane Maria Stamatto; Silva, Regina Helena da; ; http://lattes.cnpq.br/0101190051087933; ; http://lattes.cnpq.br/8906977726202357; Silva, Flávia Teixeira; ; http://lattes.cnpq.br/9729753166045101; Ribeiro, Sidarta Tollendal Gomes; ; http://lattes.cnpq.br/0649912135067700A transmissão GABAérgica está envolvida em diversos aspectos do aprendizado e da memória, assim com em transtornos de humor e ansiedade. Um dos grandes focos nessa área tem sido a amígdala, uma estrutura essencial para a modulação de memórias emocionais. Entretanto, os estudos na área são majoritariamente feitos em machos. Nesse trabalho foi investigado em ratas as consequências de uma transmissão GABAérgica aumentada ou reduzida na amígdala basolateral (BLA) para uma memória aversiva. Ratas Wistar foram treinadas na esquiva discriminativa no labirinto em cruz elevado, aprendendo a evitar um dos braços fechados, onde recebiam um estímulo aversivo consistindo de uma luz forte e um som alto (dia 1). Quinze minutos antes do teste (dia 2) os animais receberam 0,2μL de solução salina, do agonista GABAérgico muscimol (0,05 mg/ml), ou do antagonista GABAérgico bicuculina (0,025 mg/ml) bilateralmente intra-BLA. Fêmeas testadas em proestro e estro evocaram adequadamente e não extinguiram a tarefa, enquanto fêmeas testadas em metaestro e diestro tiveram um déficit na evocação. No primeiro grupo, a infusão de muscimol prejudicou a evocação e a infusão de bicuculina não teve efeito, indicando níveis naturalmente baixos de transmissão GABAérgica na BLA de fêmeas em proestro e estro. Já no segundo grupo, a infusão de muscimol não teve efeito e a infusão de bicuculina reverteu o déficit na evocação, indicando níveis naturalmente altos de transmissão GABAérgica na BLA de fêmeas em metaestro e diestro. Fêmeas em proestro e estro apresentaram maiores níveis de ansiedade quando comparadas às fêmeas em metaestro e diestro, o quê poderia explicar o melhor desempenho desse grupo. Entretanto, o sistema GABAérgico da BLA provavelmente não interfere com o medo inato, uma vez que os fármacos não tiveram efeito na ansiedade. Dessa forma, as alterações na evocação causadas por eles parecem estar relacionadas especificamente a processos mnemônicosArtigo An investigation of Hebbian phase sequences as assembly graphs(2014-04) Almeida-Filho, Daniel G.; Lopes-dos-Santos, Vitor; Vasconcelos, Nivaldo A. P.; Miranda, José G.; Tort, Adriano Bretanha Lopes; Ribeiro, Sidarta Tollendal GomesDissertação Análise de grafos de textos literários: investigação de traços psicóticos(2016-09-30) Pinheiro, Sylvia Galvão de Vasconcelos; Ribeiro, Sidarta Tollendal Gomes; ; http://lattes.cnpq.br/0649912135067700; ; http://lattes.cnpq.br/3289718915118012; Queiroz, Cláudio Marcos Teixeira de; ; http://lattes.cnpq.br/3384801391828521; Copelli, Mauro; ; Queiroz, Alvaro José Magalhães de;Estudos recentes em psiquiatria computacional (Mota et al., 2012; Mota et al., 2014, Mota et al., em preparação) apontam diferenças estruturais significativas entre os discursos de pacientes com psicose e de sujeitos saudáveis. A análise de grafos de relatos destes sujeitos permite quantificar sintomas da psicose esquizofrênica, caracterizada por fala pobre, repetitiva e com baixa conectividade entre as palavras. Com base numa reinterpretação literal de textos históricos, Julian Jaynes propôs que a psicose foi socialmente prevalente até cerca de 1.000 anos a.C (Jaynes, 1976). Esta conjectura foi corroborada pela primeira vez por Diuk et al. (2012), que utilizaram análise de semântica latente para demonstrar que o nível de similaridade com o conceito de introspecção cresce com o tempo em textos judaico-cristãos e greco-romanos do último milênio a.C. Neste trabalho buscamos investigar a hipótese de que textos da Antiguidade são estruturalmente mais semelhantes a relatos de psicóticos do que a relatos de sujeitos saudáveis. Para isso, investigamos atributos de grafo em 448 textos históricos, datados de 3000 a.C. a 2010 d.C compreendendo seis diferentes tradições da Eurásia (Siro-Mesopotâmica, Egípcia, Hindu, Persa, Judaico-Cristã, Greco-Romana) e três grupos de literatura mais recente (Medieval, Moderna, Contemporânea). Um total de 14 atributos de grafo foi estudado, compreendendo diversidade lexical (número de nós), conectividade (arestas, maior componente conectado, maior componente fortemente conectado), recorrência (arestas repetidas, arestas paralelas, ciclos de 1, 2 ou 3 nós) e atributos globais (grau médio total, diâmetro, densidade, média dos caminhos mínimos, e coeficiente de aglomeramento). Os resultados revelaram um padrão claro de aumento assintótico da diversidade de palavras e de conectividade, com diminuição das recorrências ao longo do tempo. Os resultados são compatíveis com a teoria de que a psicose é um traço ancestral da espécie humana.TCC Análise do desempenho cognitivo de ratos Wistar idosos uma semana após injeção aguda de LSD(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-12-15) Silva, Rebeka Nogueira da; Ribeiro, Sidarta Tollendal Gomes; Silva, Felipe Augusto Cini; 0000-0002-7252-8854; http://lattes.cnpq.br/4460804080210061; 0000-0001-9325-9545; http://lattes.cnpq.br/0649912135067700; 0000-0002-8741-3195; http://lattes.cnpq.br/5940327210865514; Souza, Annie da Costa; 0000-0002-5081-3953; http://lattes.cnpq.br/9697174530550588; Golbert, Daiane Cristina Ferreira; http://lattes.cnpq.br/0972767522303368A cognição é um processo multifatorial que compreende uma série de habilidades cognitivas tais como aprendizado, memória, atenção, linguagem e tomada de decisão, e sofre seu declínio de forma considerável no processo de envelhecimento. Agonistas serotoninérgicos, entre eles psicodélicos, são estudados como agentes que atuam na melhora de funções cognitivas, pois parecem facilitar a aprendizagem e recuperação de memória. Psicodélicos como o dietilamida do ácido lisérgico (LSD) já foram apontados na literatura como alvo de estudo para controle da ansiedade e depressão em ratos, bem como no aprimoramento de aprendizado e memória. Outra maneira de recuperar as habilidades cognitivas em declínio no envelhecimento se dá pela exposição a um ambiente enriquecido. Esse estudo tem como objetivo geral investigar se uma dose aguda de LSD, combinado com o ambiente enriquecido, é capaz de melhorar a memória e ansiedade de ratos Wistar idosos (14-29 meses) uma semana após a injeção, através das tarefas de reconhecimento de objeto, condicionamento aversivo e labirinto em cruz elevado. A análise dos nossos resultados sugere que uma única dose de 0,13mg/kg de LSD não foi capaz de melhorar a memória dos ratos idosos ou causar efeito ansiolítico quando comparado com o grupo que recebeu uma dose de salina. Sugerimos algumas hipóteses para interpretar esses resultados. É possível que uma única dose não tenha sido suficiente para apresentar efeitos em ratos demasiadamente idosos, e que a exposição ao ambiente enriquecido por ambos os grupos possa ter contribuído para uma melhoria basal do comportamento dos animais.Apresentado em Evento Aspectos comportamentais da modulação do sistema dopaminérgico na memória de reconhecimento em objetos em camundongos(2010-09) França, Arthur Sérgio Cavalcanti de; Soares, Bruno Lobão; Muratori, Larissa; Ribeiro, Sidarta Tollendal Gomes; Nicolelis, Miguel Angelo LaportaVias importantes do neurotransmissor dopamina estão relacionadas ao sono e à consolidação de memórias. No presente trabalho, estudou-se aspectos comportamentais da consolidação da memória em camundongos heterozigotos (Hz, n=14) para o gene que codifica a proteína transportadora de dopamina (DAT), que apresentam níveis basais de dopamina ligeiramente aumentados e camundongos selvagens (n=72) sob o efeito do antagonista de dopamina D2 haloperidol (HALO). De acordo com estudos preliminares do grupo, Halo (0.3 mg/kg i.p), reduz drasticamente a quantidade de sono REM nas primeiras quatro horas após a aplicação. Nossas hipóteses aqui é a de que esta inibição de sono REM esteja relacionada com o impedimento da consolidação de memórias, de forma semelhante em animais jovens e idosos, e que também o aumento basal de DA em Hz seria capaz de reduzir sua capacidade mnemônica, independentemente do uso de HALO. Para isso, consideramos os seguintes grupos: animais jovens (2-6 meses), idosos (com idade de 7 a 14 meses) e Hz (adultos jovens). Cada grupo recebeu HALO (0,3 mg/kg) ou veículo, logo após a exposição ao teste de preferência por objetos novos (TPON), realizado no período matutino e noturno.O teste se baseia na característica natural dos roedores de exploração de ambientes novos, portanto ao apresentar objetos novos os animais tendem a explorar significativamente mais os objetos novos em relação aos previamente expostos. Houve aumento da preferência por novos objetos na comparação (teste t) no grupo selvagem jovem (veículo, 2,503 ± 0,1969 x tratado 1,512 ± 0,1141; p = 0,0007) , bem como no grupo selvagem idoso (veículo 2,909 ± 0,5655 x tratado 1,345 ± 0,1558; p = 0,0184) em testes realizados durante o período diurno. Houve também diferença na comparação entre os grupos veículo de Hz e jovens selvagens (1,077 ± 0,1046 x 2,503 ± 0,1969 respectivamente, p < 0,0001) e os grupos tratado de Hz e Jovens selvagens (0,9671 ± 0,1251 x 1,512 ± 0,1141 respectivamente, p = 0,0067). Esses dados indicam que a tanto a inibição de atividade de dopamina via receptor D2, como também níveis basais aumentados desse neurotransmissor, são capazes de provocar déficits na consolidação de memória em camundongos jovens de uma forma similar, e que animais idosos têm, a despeito da idade, o mesmo grau de comprometimento causado pela injeção da droga que os animais jovens. Acreditamos também que haja uma estreita relação na regulação dopaminérgica relacionada à manutenção do sono REM e consolidação de memórias.Artigo Aspectos comportamentais da modulação do sistema dopaminérgico na memória de reconhecimento em objetos em camundongos(2010-09) França, Arthur Sérgio Cavalcanti de; Soares, Bruno Lobão; Muratori, Larissa; Ribeiro, Sidarta Tollendal Gomes; Nicolelis, Miguel Angelo LaportaVias importantes do neurotransmissor dopamina estão relacionadas ao sono e à consolidação de memórias. No presente trabalho, estudou-se aspectos comportamentais da consolidação da memória em camundongos eterozigotos (Hz, n=14) para o gene que codifica a proteína transportadora de dopamina (DAT), que apresentam níveis basais de dopamina ligeiramente aumentados e camundongos selvagens (n=72) sob o efeito do antagonista de dopamina D2 haloperidol (HALO). De acordo com estudos preliminares do grupo, Halo (0.3 mg/kg i.p), reduz drasticamente a quantidade de sono REM nas primeiras quatro horas após a aplicação. Nossas hipóteses aqui é a de que esta inibição de sono REM esteja relacionada com o impedimento da consolidação de memórias, de forma semelhante em animais jovens e idosos, e que também o aumento basal de DA em Hz seria capaz de reduzir sua capacidade mnemônica, independentemente do uso de HALO. Para isso, consideramos os seguintes grupos: animais jovens (2-6 meses), idosos (com idade de 7 a 14 meses) e Hz (adultos jovens). Cada grupo recebeu HALO (0,3 mg/kg) ou veículo, logo após a exposição ao teste de preferência por objetos novos (TPON), realizado no período matutino e noturno.O teste se baseia na característica natural dos roedores de exploração de ambientes novos, portanto ao apresentar objetos novos os animais tendem a explorar significativamente mais os objetos novos em relação aos previamente expostos. Houve aumento da preferência por novos objetos na comparação (teste t) no grupo selvagem jovem (veículo, 2,503 ± 0,1969 x tratado 1,512 ± 0,1141; p = 0,0007) , bem como no grupo selvagem idoso (veículo 2,909 ± 0,5655 x tratado 1,345 ± 0,1558; p = 0,0184) em testes realizados durante o período diurno. Houve também diferença na comparação entre os grupos veículo de Hz e jovens selvagens (1,077 ± 0,1046 x 2,503 ± 0,1969 respectivamente, p < 0,0001) e os grupos tratado de Hz e Jovens selvagens (0,9671 ± 0,1251 x 1,512 ± 0,1141 respectivamente, p = 0,0067). Esses dados indicam que a tanto a inibição de atividade de dopamina via receptor D2, como também níveis basais aumentados desse neurotransmissor, são capazes de provocar déficits na consolidação de memória em camundongos jovens de uma forma similar, e que animais idosos têm, a despeito da idade, o mesmo grau de comprometimento causado pela injeção da droga que os animais jovens. Acreditamos também que haja uma estreita relação na regulação dopaminérgica relacionada à manutenção do sono REM e consolidação de memórias.Tese Aspectos epidemiológicos, cognitivo-comportamentais e neurofisiológicos do sonho lúcido(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2012-06-19) Rolim, Sergio Arthuro Mota; Ribeiro, Sidarta Tollendal Gomes; ; http://lattes.cnpq.br/0649912135067700; ; http://lattes.cnpq.br/4726737296252279; Queiroz, Cláudio Marcos Teixeira de; ; http://lattes.cnpq.br/3384801391828521; Araújo, Dráulio Barros de; ; http://lattes.cnpq.br/7818012155694188; Louzada, Fernando Mazziolli; ; LOUZADA, F. M.; Pinto Júnior, Luciano Ribeiro; ; http://lattes.cnpq.br/2043213918636905O sonho lúcido (SL) é um estado mental no qual o sujeito está consciente de estar sonhando durante o sonho. A prevalência do SL em Europeus, Norte-Americanos e Asiáticos é bastante variável (entre 26 e 92%) (Stepansky et al., 1998; Erlacher & Schredl, 2011; Yu, 2008) e em Latino-Americanos ainda não foi investigada. Além disso, as bases neurais do SL permanecem controversas. Diferentes estudos observaram um aumento da potência na frequência alfa (Tyson et al., 1984), na oscilação beta na área parietal (Holzinger et al., 2006) e no ritmo gama na região frontal (Voss et al., 2009) durante o SL em relação ao não lúcido. Assim, para investigar a questão epidemiológica (Estudo 1), elaboramos um questionário online sobre sonhos que foi respondido por 3427 voluntários. Em nossa amostra, 56% são mulheres, 24% são homens e 20% não responderam o gênero; a mediana de idade foi de 25 anos. Um total de 76,5% dos indivíduos refere que lembra dos sonhos pelo menos uma vez por semana. Cerca de dois terços dos sujeitos observam o sonho em primeira pessoa, ou seja, vendo o sonho da própria perspectiva e não como mais um dos personagens do sonho. Os elementos mais comuns nos sonhos são movimentos/ações (93,3%), pessoas conhecidas (92,9%), sons/vozes (78,5%) e imagens coloridas (76,3%). O conteúdo onírico se relaciona principalmente com planos para o dia seguinte (37,8%) e memórias do dia anterior (13,8%). Os pesadelos apresentam principalmente ansiedade/medo (65,5%), ser perseguido (48,5%) e sensações desagradáveis que não envolvem dor (47,6%). Assim, sonhos e pesadelos podem ser evolutivamente entendidos como uma simulação das situações frequentes que acontecem na vida e que se relacionam com a nossa integridade social, psicológica e biológica. Observamos também que a maioria dos indivíduos (77,2%) relata ter tido pelo menos um SL, tendo experimentado na sua maior parte até 10 episódios (44,9%). A frequência do SL foi fracamente correlacionada com a frequência de lembrança dos sonhos (r=0,20, p<0,001) e foi também maior em homens (χ2=10,2, p= 0,001). O controle do SL é raro (29,7%) e inversamente correlacionado com o tempo de duração do SL (r=- 0,38, p<0,001), que normalmente é curto: para 48,5% dos sujeitos o SL dura menos que 1 minuto. A ocorrência do SL é principalmente facilitada pela possibilidade de dormir sem hora para acordar (38,3%) que aumenta a chance de ter sono REM (SREM), e estresse (30,1%) que aumenta também as transições do SREM para a vigília. Como conclusão, nossos resultados indicam que o SL é uma experiência relativamente comum (mas não recorrente), geralmente fugaz e difícil de controlar, o que sugere que o SL é um estágio intermediário, incompleto e estacionário (ou fase de transição) entre o SREM e a vigília. Além disso, apesar das populações Europeias, Norte-Americanas e Asiáticas terem uma prevalência de SL bastante variável, nossos dados de uma amostra de Latino-Americanos fortalecem a noção de que o SL é um fenômeno universal da espécie humana. Para investigar as bases neurais do SL (Estudo 2), realizamos registros de sono em 32 sujeitos que não apresentam SL de forma frequente, e investigamos 6 sujeitos que apresentam SL recorrentemente. A primeira amostra foi submetida a duas técnicas cognitivo-comportamentais para induzir o SL: sugestão pré- sono (n = 8) e incubação de estímulos do ambiente (pulsos de luz) no sonho durante o SREM (n = 8). Um grupo controle não foi submetido a nenhuma das duas técnicas (n = 16). Os resultados indicam que é muito difícil induzir SL em laboratório, uma vez que conseguimos obter apenas um SL em um sujeito, que era do grupo em que aplicamos a técnica de sugestão pré-sono. O sinal eletroencefalográfico deste voluntário apresentou pulsos de ritmo alfa (7-14Hz) anteriores ao SL, de forma breve (aproximadamente 3s), sem alteração significativa do tônus muscular e independente da presença de movimentos oculares rápidos. O SL desse sujeito apresentou também uma maior potência do ritmo alfa (7-14Hz) na região occipital e um aumento de atividade gama (20- 50Hz) na região temporo-parietal direita. Nos 6 sujeitos que frequentemente têm SL, o mesmo apresentou em média um aumento de potência em gama alto (50-100Hz) na região frontal em comparação com o SREM não-lúcido; no entanto, isso aconteceu de forma clara para apenas um dos indivíduos. Observamos também que quatro desses voluntários apresentaram um aumento da potência do ritmo alfa na região occipital, pouco antes do SL, ou durante o mesmo. Dessa forma, nossos resultados preliminares sugerem que o SL apresenta diferentes características neurofisiológicas dos estados típicos de SREM e vigília: 1) Os pulsos de ritmo alfa, bem como o aumento da potência dessa oscilação na região occipital, podem ser micro-despertares. Estes facilitam o contato do cérebro durante o sono com o meio externo, favorecendo a ocorrência do SL e fortalecendo a ideia de que o SL seria um estado intermediário entre o sono e a vigília. 2) Como as regiões temporoparietal direita e frontal se relacionam com a formação da auto-consciência e da imagem corporal, sugerimos que um aumento de atividade nessas regiões durante o sono pode ser o mecanismo neurobiológico subjacente ao SLDissertação Atividade multimodal no córtex sensorial primário de ratos(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2010-02-26) Caixeta, Fabio Viegas; Ribeiro, Sidarta Tollendal Gomes; http://lattes.cnpq.br/0649912135067700; http://lattes.cnpq.br/0821385137367871; Pereira Júnior, Antônio; http://lattes.cnpq.br/1402289786010170; Fiorani Filho, Mario; http://lattes.cnpq.br/0079842946439755O modelo de processamento sensorial mais aceito atualmente afirma que os sentidos são processados em paralelo, e que a atividade de córtices sensoriais específicos define a modalidade sensória percebida subjetivamente. Neste trabalho utilizamos registros eletrofisiológicos crônicos de múltiplos neurônios para investigar se neurônios nos córtices primários visual (V1) e tátil (S1) de ratos anestesiados podem responder a estímulos das modalidades sensoriais não associadas tradicionalmente a estes córtices. Durante a estimulação visual, 87% dos neurônios de V1 foram responsivos, enquanto 82% dos neurônios de S1 responderam à estimulação tátil. Nos mesmos registros, encontramos 23% dos neurônios de V1 responsivos a estímulos táteis e 22% dos neurônios de S1 responsivos a estímulos visuais. Nossos dados corroboram uma crescente série de evidências que indica a presença de processamento multimodal nos córtices sensoriais primários, o que desafia o paradigma do processamento sensorial unimodal e sugere a necessidade de uma reinterpretação do modelo de hierarquia cortical atualmente aceito.Tese Atividade onírica, sono e desempenho em exame nacional(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-12-11) Barros, Priscilla Kelly da Silva; Ribeiro, Sidarta Tollendal Gomes; http://lattes.cnpq.br/0649912135067700; http://lattes.cnpq.br/7218145997374638; Beijamini, Felipe; Weissheimer, Janaina; https://orcid.org/0000-0002-6318-4906; http://lattes.cnpq.br/7345837860360864; Miguel, Mário André Leocádio; Mota, Natália BezerraA elaboração do enredo onírico resulta da integração de múltiplos fragmentos de memória, que são resgatados ao despertar. A Teoria da simulação de ameaça sugere que os sonhos funcionam como ensaios para situações desafiadoras, enquanto outra abordagem destaca sua função na regulação emocional. Durante o sono REM, ocorrem modulações nos circuitos neurais ligadas à expressão gênica induzida por experiências vividas na vigília, favorecendo a consolidação da memória. Esse estágio também é caracterizado por sonhos mais complexos em estrutura e narrativa. Na adolescência, o atraso de fase e a maior propensão à vespertinidade podem gerar desalinhamentos entre os ritmos biológicos e as exigências escolares e sociais, impactando o desempenho acadêmico. Este estudo investigou a relação entre sono, sonhos, estados de humor, impacto da pandemia da Covid-19 e desempenho em um exame nacional, com base em dados de 631 participantes. Adicionalmente, um subgrupo de 25 participantes utilizou actímetros para monitorar os padrões de atividade-repouso durante o período do exame. Os relatos de sonhos foram coletados e analisados quanto à frequência, valência emocional e conteúdo. A análise dos dados envolveu procedimentos estatísticos descritivos e inferenciais, incluindo análise de variância com testes post-hoc, modelos lineares generalizados (GLM) e classificador baseado em modelo de processamento de linguagem natural (PLN). Além disso, foi realizada uma análise hierárquica por clusters para identificar padrões de associação entre variáveis relacionadas ao sono, sonhos, estados de humor e desempenho no exame. Os resultados apontaram uma predominância de sonhos negativos antes do primeiro dia do exame, possivelmente refletindo o papel dos sonhos na regulação emocional em contextos de alta relevância para o sonhador. Além disso, o conteúdo onírico observado fornece suporte à teoria da simulação de ameaça. Observou-se também que a pior qualidade do sono e a alta frequência de sonhos ruins no último mês foram preditores significativos do desempenho no exame, juntamente com o impacto da pandemia na rotina de sono. O estudo ressalta a importância dos sonhos não apenas como fenômenos oníricos, mas também como indicadores relevantes para intervenções voltadas à melhoria da qualidade do sono e da regulação emocional em jovens, especialmente em contextos de alta demanda cognitiva, como exames seletivos. Esses achados ampliam a compreensão da interação entre padrões de sono, conteúdo onírico, estados de humor e desempenho acadêmico.Artigo Automated analysis of free speech predicts psychosis onset in high-risk youths(Nature, 2015-08-26) Bedi, Gillinder; Carrillo, Facundo; Cecchi, Guillermo A; Slezak, Diego Fernández; Sigman, Mariano; Mota, Natália B; Ribeiro, Sidarta Tollendal Gomes; Javitt, Daniel C; Copelli, Mauro; Corcoran, Cheryl MTCC Avaliação da associação entre performance e padrões eletrooculográficos durante competição através de jogo eletrônico(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-02-16) Oliveira, Gabriel Barros Lins Lelis de; Ribeiro, Sidarta Tollendal Gomes; 0000-0001-9325-9545; http://lattes.cnpq.br/0649912135067700; http://lattes.cnpq.br/4680014537432638; Miguel, Mario Andre Leocadio; 0000-0002-7248-3529; http://lattes.cnpq.br/9973095281534917; Brandão, Daniel Soares; http://lattes.cnpq.br/0373631364509781Nesse trabalho, propomos investigar através da análise de eletrooculografia (EOG) as relações entre a pontuação obtida durante um jogo eletrônico e o movimento dos olhos. Os dados de EOG e as pontuações foram coletados a partir de um experimento realizado com 32 sujeitos, que vieram ao laboratório em duplas para participar de uma disputa através do jogo F.E.A.R. Combat. Cada dupla foi dividida em duas funções, a de presa e a de predador. Ambos poderiam se atacar com socos, mas o predador tinha a vantagem de poder atacar utilizando uma espingarda. O objetivo da presa era coletar o maior número de kits médicos e morrer o mínimo possível. Já para o predador o objetivo era matar a presa o maior número de vezes e evitar morrer. O experimento foi dividido em três etapas: Jogo 1, Soneca de 2 horas e Jogo 2.Durante cada etapa, estavam sendo medidos por meio de eletrodos fixados na cabeça sinais de eletroencefalografia (EEG), EOG e eletrocardiografia (ECG). Além disso, foram coletadas as pontuações obtidas ao final de cada jogo. Nesse trabalho, iremos nos ater apenas às análises dos dados de EOG e das pontuações para as etapas Jogo 1 e Jogo 2. Para os dados de EOG foram usados métodos de análise computacional na linguagem Python, inicialmente fazendo o pré-processamento desses dados, para em seguida encontrar dois tipos de movimentos característicos de sinais eletrooculográficos: piscadas e sacadas. Para detecção desses eventos utilizamos um algoritmo de código aberto e semiautomático. Foram avaliadas as correlações de Spearman entre a quantidade total de eventos oculares e as pontuações obtidas. A partir disso, encontramos duas correlações estatisticamente significativas (p < 0.05). Para a presa encontramos uma correlação negativa moderada (Rs = -0.551) entre o ganho de sacadas e o ganho no score de ataque, indicando que jogadores que se escondem mais morrem mais e movimentam mais os olhos. Já para o predador encontramos uma correlação negativa moderada (Rs = -0.416) entre o ganho de piscadas e o ganho de mortes, indicando que predadores que começam a morrer muito passam a achar o jogo difícil, e, com isso, acabam piscando menos para conseguirem se concentrar mais na partida.Apresentado em Evento Avaliação do sono e memória em pacientes com doença de parkinson na cidade de Jequié – BA(2010-09) Santos, Altair Brito dos; Barreto, George; Ribeiro, Sidarta Tollendal Gomes; Campos, Shirley LimaEsse estudo teve como objetivo geral avaliar o sono, a memória e as funções executivas na doença de Parkinson. Métodos: Este foi um estudo descritivo de corte transversal e abordagem quantitativa, realizado de janeiro a maio de 2010 no município de Jequié-BA. A amostra foi composta de indivíduos com diagnóstico de Doença de Parkinson cadastrados na Diretoria Regional de Saúde (DIRES) de Jequié. As entrevistas e testes foram realizados em uma ou mais seções com duração de 60 a 90 min. Foi aplicado um questionário com questões demográficas e realizada a anamnese. A sonolência foi avaliada utilizando a Escala de Sonolência de Epworth, e a qualidade subjetiva do sono e distúrbios associados foram avaliados por meio do Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh – PSQI. Os pacientes foram classificados por meio da Escala de Estágios de Incapacidade de Hoehn e Yahr - HY. A avaliação motora foi feita mediante a Escala Unificada de Avaliação da Doença de Parkinson – UDPRS. Os sujeitos também foram avaliados quanto às alterações psicológicas: episódios depressivos ou de ansiedade foram avaliados pelo Inventário de Depressão de Beck (BDI) e pelo Inventário de Ansiedade de Beck (BAI). O Mini-Exame do Estado Mental (MMSE) foi utilizado para critério de exclusão dos casos sugestivos de demência. Para avaliação da memória e funções executivas foi utilizado o Scopa-Cog. A análise estatística dos dados foi realizada com o pacote estatístico para as ciências sociais SPSS for Windows versão 18.0. Resultados: Analisando as características clínicas e demográficas dos 24 pacientes estudados, verifica-se que 70,8% dos indivíduos foram do sexo masculino, com média de idade de 66,8 (dp ± 9,62) Verificamos que 91,7% dos pacientes possuem vida conjugal, e todos utilizam pelo menos um medicamento antiparkinsoniano. Verificamos ainda que 41,7% dos pacientes encontravam-se classificados no estágio III da escala de Hoehn e Yahr, 91,7% dos pacientes relataram sentir alguma dor músculo-esquelética, e 50% praticam alguma atividade física regular. O Mini-Exame de Estado Mental apresentou média de 21,9 (dp ±2,56), não havendo casos sugestivos de demência. A UPDRS média foi de 40,17 (dp= ±17,22). Foram encontradas depressão mínima e moderada, ambas com frequência de 29%, enquanto a depressão leve e a depressão grave apresentaram ambas a freqüência de 20,8%. Verificamos maior frequência de ansiedade leve (29,2%), seguida de ansiedade mínima ou grave, ambas com 25%. Quanto à qualidade subjetiva do sono, 71% apresentaram uma qualidade ruim de sono; dentre estes, 20,8% apresentaram distúrbios associados do sono, e 41,7% apresentaram sonolência diurna excessiva. Observamos uma média com valor relativamente alto do ISQP de 7,08 (dp= ± 3,84). Em uma análise mais detalhada do ISQP, os componentes mais prejudicados foram a qualidade percebida do sono, a disfunção diurna, a latência do sono e as alterações do sono. Na avaliação da cognição, a média geral apresentou um valor relativamente baixo (16,95 dp= ± 4,92). Os domínios mais prejudicados foram a memória (média 7,25 dp= ± 2,41) e funções executivas (média 5,20, dp=±2,04). Conclusões: A partir desses resultados, consideramos que os pacientes avaliados apresentaram alterações psicológicas comuns na Doença de Parkinson, como depressão e ansiedade. Apresentaram também qualidade ruim do sono, distúrbios associados do sono e alterações cognitivas como déficits de memória e funções executivas.Dissertação Avaliação quantitativa da introspecção na literatura histórica e sua associação a grafos(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-03-01) Silva, Marina Tatiane Ribeiro da; Ribeiro, Sidarta Tollendal Gomes; ; http://lattes.cnpq.br/0649912135067700; ; http://lattes.cnpq.br/8146595829494576; Araújo, Draulio Barros de; ; http://lattes.cnpq.br/7818012155694188; Copelli, Mauro; ; http://lattes.cnpq.br/9400915429521069Variações temporais de introspecção já foram associadas à mudança da forma do pensamento. Em especial, a Era Axial (período de 800 BC a 200 BC), supostamente denota um período de transição entre uma mente bicameral para uma mente mais reflexiva. Outros argumentam que o período é caracterizado meramente por desenvolvimento sócio-econômico, em vez de mudança de mentalidade. Uma mente bicameral seria caracterizada por alucinações auditivas, vozes interiores associadas a agentes externos, como deuses moralizadores no lugar de vontade própria. Tais respostas auditivas são expressas em pacientes diagnosticados com esquizofrenia, que também podem apresentar pouca conectividade na fala, conhecida como desordem da forma do pensamento, que seria o pensamento “descarrilhado” apresentado na fala. A baixa conectividade é exibida pela Recorrência de Longo Alcance, a habilidade de conectar o contexto atual com algo que foi dito anteriormente. Em grafos não-semânticos, a Recorrência de Longo Alcance é representada pelo Maior Componente Fortemente Conectado. Dessa maneira, não é exagero assumir que ambos, baixa conectividade e introspecção, poderiam estar associados a variações na forma do pensamento. Alguns estudos mostram o efeito da educação sobre a baixa conectividade, inclusive, sugerem que este atributo da fala teria amadurecido durante a Era Axial, apoiando, assim, a hipótese de uma mudança de mentalidade durante o período. Outra hipótese seria a de que a transição entre tradições orais para alfabetização estaria intrinsecamente ligada à uma transição de menor para maior introspecção, respectivamente. Além disso, o uso computacional do Processamento de Linguagem Natural, como Análise Semântica Latente, permitiu uma medida quantitativa de introspecção em textos das tradições Judaico-Cristãs, Greco-Romanas e da Era Moderna. Portanto, propomos a análise quantitativa de introspecção em textos de 9 tradições históricas (≥ 4500 anos), além de sua evolução temporal e relação com a conectividade da fala. Com o uso de Análise Semântica Latente e grafos não-semânticos, nossos resultados mostram que mudanças de introspecção ocorreram durante a Era Axial e outros períodos caracterizados por desenvolvimento econômico. No mais, a introspecção tem uma relação direta com a Recorrência de Longo Alcance, sugerindo que variações na linguagem estão associadas a mudanças na introspecção e na maneira de pensar.Capítulo de livro Bases biológicas da atividade onírica(Atheneu, 2012) Ribeiro, Sidarta Tollendal Gomes; Mota-Rolim, Sério A.