Navegando por Autor "Rebouças, Melina Séfora Souza"
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Artigo Abortion: a review of women's perception in relation to their partner's reactions in two brazilians cities(Associação Médica Brasileira, 2014-07) Nonnenmacher, Daniele; Benute, Gláucia Rosana Guerra; Nomura, Roseli Mieko Yamamoto; Azevedo, George Dantas de; Dutra, Elza Maria do Socorro; Rebouças, Melina Séfora Souza; Luci, Mara Cristina Souza de; Francisco, Rossana Pulcineli VieiraObjective: to analyze women’s perception in relation to their partner’s reaction and behavior during the abortion process in two Brazilian capitals, associating the variables from women who suffered a spontaneous abortion with those from women who induced it. Methods: semi-structured, questionnaire-based interviews were conducted with 285 women who underwent spontaneous abortion and 31 who reported having induced it. The data were analyzed using the thematic analysis technique, and, subsequently, by the IBM SPSS Statistics Standard Edition software program. The significance level was set at p < 0.05. Results: in both capitals, the women who induced an abortion referred to the partner as the person who could not find out about the abortion (p<0.01 in Natal; p = 0.02 in São Paulo-SP) and, simultaneously, as the one who could have avoided it (p < 0.01 in Natal; p = 0.03 in São Paulo). In Natal-RN, induced abortion was associated with the partner’s absence at the time pregnancy was confirmed (p = 0.02) and, in Sao Paulo-SP, with their negative reaction to news of the pregnancy (p = 0.04) and lack of participation in the abortion process (p < 0.01). Conclusion: despite having achieved independence, women still regard male participation in the abortion process as an important factor. The specifics of each capital denote the influence of the geographic and cultural dimension, indicating the need to take into account the particulars of each region in Brazil while considering a holistic approach to women’s healthTese Aborto: um fenômeno sem lugar – uma experiência de plantão psicológico a mulheres em situação de abortamento(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-03-27) Rebouças, Melina Séfora Souza; Dutra, Elza Maria do Socorro; ; http://lattes.cnpq.br/8735914852611176; ; http://lattes.cnpq.br/4063229908259946; Silva, Geórgia Sibele Nogueira da; ; http://lattes.cnpq.br/1062059652170019; Azevedo, George Dantas de; ; http://lattes.cnpq.br/1088076378928302; Feijoo, Ana Maria Lopez Calvo de; ; http://lattes.cnpq.br/6262781863415292; Morato, Henriette Togneti Penha;O presente estudo discorre sobre a experiência de um serviço de plantão psicológico na Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC), na cidade de Natal, e apresenta como objetivo principal investigar os limites e as possibilidades dessa prática, ao oferecer atendimento para mulheres em situação de abortamento. O Ministério da Saúde considera o aborto um grave problema de saúde pública no Brasil e reconhece as repercussões que este provoca na vida pessoal e familiar das mulheres, principalmente as jovens, em plena idade produtiva e reprodutiva, que, se não forem amparadas, podem sofrer graves sequelas físicas e psicológicas. Esta pesquisa insere-se no campo das práticas psicológicas em instituição, as quais visam oferecer, por meio de modalidades diversas, entre elas o plantão psicológico, uma atenção psicológica nas instituições. A atenção refere-se ao acolhimento daquele que sofre no momento da crise e nos mais diversos contextos onde se faça presente uma demanda. Os sentidos dessa experiência foram analisados à luz da hermenêutica heideggeriana, que busca um determinado aspecto da realidade que se pretende conhecer/compreender, acompanhando o próprio movimento do homem em sua existência. Elegeram-se a cartografia e o diário de bordo escrito na forma de narrativa como recursos que possibilitam uma aproximação da experiência cotidiana. O plantão foi realizado no setor de curetagem da MEJC, no período de março de 2013 a fevereiro de 2014, todas as terças e quintas, das 9h às 12h. A trama existencial destecida nessa experiência revelou algumas possibilidades e limites da prática do plantão no contexto estudado. Entre as possibilidades, o plantão favoreceu às mulheres em situação de abortamento a produção de novos sentidos, como: perceber a necessidade de retomar o cuidado de si; ver no encaminhamento para a psicoterapia uma possibilidade de lidar com a perda vivenciada ou com outras questões de suas vidas; ampliar suas possibilidades de escolha; repensar sua vida sexual e reprodutiva; e rever suas relações afetivas e seus projetos de vida. O plantão apresentou-se como um dispositivo de cuidado em saúde ao sensibilizar as mulheres a buscarem as condições necessárias para cuidar de sua saúde e a questionarem o que naquele ambiente era encarado como natural. O plantão revelou-se como uma prática condizente com as demandas da saúde pública ao criar/inventar modos de atender às necessidades das mulheres. Além disso, promoveu uma abertura no horizonte técnico das mulheres, o que foi visto a partir do aparecimento de questões para além da saúde física. Quanto aos limites, algumas demandas extrapolaram o serviço de plantão e exigiram encaminhamento para acompanhamento psicológico e outros serviços especializados. O plantão não conseguiu abarcar a totalidade das demandas existentes no setor e não sensibilizou a equipe de saúde em relação à sua procura e a uma mudança de postura para além do saber técnico. Porém, embora não tenha realizado mudanças concretas nesse contexto, denunciou suas principais dificuldades, como o despreparo da equipe de saúde em lidar com o aborto para além dos procedimentos técnicos e a precariedade da infraestrutura e dos serviços oferecidos. Por fim, o plantão representou uma morada para as mulheres em situação de abortamento, permitindo que o seu sofrimento tivesse um lugar.Dissertação Enlutados da pandemia: os testemunhos daqueles que perderam entes queridos sob o viés fenomenológico heideggeriano(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-05-30) Pimentel, Iuri Araújo; Azevedo, Ana Karina Silva; http://lattes.cnpq.br/4953170483515023; http://lattes.cnpq.br/4401830958670429; Freitas, Joanneliese de Lucas; Rebouças, Melina Séfora Souza; http://lattes.cnpq.br/4063229908259946Em 11 de março de 2020, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou estarmos diante da primeira pandemia do século XXI. Diante da ameaça imposta pelo vírus à sobrevivência humana, medidas sanitárias foram adotadas em escala mundial a fim de desacelerar sua profusão e, assim, preservar o maior número de vidas possíveis. No Brasil, entretanto, o resultado foi trágico. Pouco mais de três anos após o início da pandemia, mais de 700 mil pessoas morreram em nosso país. Tão expressivo quanto o número de mortos, é o contingente de pessoas enlutadas pela morte de seus entes queridos. Aos sobreviventes, foram vedadas ou extremamente impactadas as elaborações dos ritos fúnebres, devido às altas taxas de contágio nos períodos mais agudos da pandemia. O objetivo do presente estudo é compreender a experiência de luto vivida por aqueles que perderam entes queridos em decorrência da Covid-19. Esta pesquisa é um estudo fenomenológico-hermenêutico, inspirado na possibilidade interpretativa do Círculo Hermenêutico pensado por Heidegger, como já proposto por Azevedo e Dutra (2013). Foram entrevistadas três pessoas, sendo duas mulheres e um homem. A análise das entrevistas narrativas se deu pela compreensão e interpretação das experiências compartilhadas por nossos participantes. Os resultados desta pesquisa revelaram os sentidos atribuídos pelos participantes à experiência como enlutados. Nesta direção, as interpretações das narrativas apontam para vivências afinadas ao mundo pelas disposições fundamentais do temor e angústia, despertadas pela ameaça as suas existências e de parentes em virtude da pandemia. As narrativas acerca de suas experiências de enlutamento na pandemia desvelaram também vivências de incredulidade quanto a concretização da morte de seus familiares; oscilação entre os estados de aflição e esperança quanto à recuperação do parente durante a internação; impotência e desamparo ante a impossibilidade de estar ao lado do ente querido durante a internação, restando apenas o lugar de espera quanto aos boletins diários fornecidos pelos hospitais. Refletimos sobre o modo de ser-com aquele que morreu durante o velório, tendo em vista a presença dos protocolos sanitários durante todo evento. Espera-se que os resultados deste estudo contribuam para visibilidade de milhões de brasileiros cujo sofrimento existencial parece ser negligenciado, uma vez que, até o momento, não foram pensadas políticas propositivas voltadas aos cuidados a saúde mental daqueles que são, sem dúvidas, os enlutados da pandemia.