Navegando por Autor "Rêgo, Bruno de Paiva"
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Dissertação Distribuição geográfica, morfologia e filogenia molecular de Coleodactylus natalensis Freire, 1999 (Squamata, Sphaerodactylidae)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2019-08-27) Rêgo, Bruno de Paiva; Scortecci, Katia Castanho; Freire, Eliza Maria Xavier; ; http://lattes.cnpq.br/6388455734228621; ; http://lattes.cnpq.br/4808910380593455; ; http://lattes.cnpq.br/3922491133448212; Molina, Wagner Franco; ; http://lattes.cnpq.br/8437464961129518; Pellegrino, Katia Cristina Machado; ; http://lattes.cnpq.br/2943679523037970Os processos evolutivos são multidimensionais e em áreas isoladas costumam ser mais evidentes, o que podem tornar as espécies simpátricas suscetíveis a uma maior variação intrapopulacional. Nesse contexto, as cinco espécies de lagartos do gênero Coleodactylus ocorrem apenas nas áreas florestadas da América do Sul e, no Brasil, três destas no Nordeste, constituindo o grupo meridionalis. Neste clado, C. natalensis divergiu há 1,9 milhões de anos de C. meridionalis, mantendo alta sobreposição quanto aos caracteres merísticos. Este último habita remanescentes florestais em toda a Região Nordeste, inclusive áreas de Mata Atlântica onde C. natalensis é endêmico no estado do Rio Grande do Norte (RN). Diante da ocorrência restrita e ameaçada de C. natalensis, este trabalho teve como objetivos investigar potenciais áreas de ocorrência desta espécie; analisar e caracterizar os espécimes morfologica e geneticamente; investigar ocorrência em simpatria desta espécie com C. meridionalis e a retenção das respectivas identidades moleculares nessa possível condição. Para tanto, foram coletados espécimes deste gênero no Parque Estadual Dunas do Natal (PEDN), Parque da Cidade Dom Nivaldo Monte (PCNM), Área de Proteção Ambiental Jenipabu (APAJ) e no Parque Estadual Mata da Pipa (PEMP). Nas análises merísticas, também foram incluídos espécimes tombados na Coleção Herpetológica da UFRN. Para a construção dos dados de bioinformática como as redes de haplótipos e as reconstruções filogenéticas, foram sequenciadas regiões dos genes mitocondriais cytb e 16S e os nucleares RAG-1 e c-mos. A modelagem de distribuição de espécies demonstrou ocorrência restrita para C. natalensis, influenciada por uma pequena área de adequação ambiental. As análises merísticas dos 25 exemplares de Coleodactylus spp. coletados, resultaram na formação de dois grupos: um composto pelas populações de espécies da APAJ, PEDN, PCNM e PEMP, e outro apenas com espécimes do PEMP. As análises moleculares corroboraram o encontrado para a morfologia, com os mesmos agrupamentos respondidos principalmente pelas redes de haplótipos do cytb e 16S. Os genes RAG-1 e c-mos mostraram-se bastante conservativos em suas sequências, unindo indivíduos de localidades distantes em suas redes. Nas reconstruções filogenéticas, foi possível identificar duas linhagens de C. natalensis para três áreas amostradas. Os exemplares do PEMP são os mais distintos nas sequências nucleotídicas e grupo-irmão das demais populações; PCNM forma um clado com APAJ e com apenas um indivíduo do PEMP. Enfim, a modelagem gerada confirma que C. natalensis é de ocorrência restrita aos remanescentes de Mata Atlântica do RN, e as análises morfológicas e moleculares sugerem a existência de duas linhagens compondo o referido táxon.TCC Diversidade, composição e aspectos da ecologia de taxocenose de serpentes em área serrana de caatinga no nordeste do Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2016-06) Rêgo, Bruno de Paiva; Pichorim, Mauro; Kolodiuk, Miguel FernandesEstudos ecológicos sobre os Répteis da Caatinga tiveram início na década de 1970, se intensificaram nas últimas duas décadas, mas poucos abordam ecologia de serpentes, principalmente de Caatinga lato sensu. Nesse contexto, este trabalho teve como objetivos inventariar as espécies e estudar aspectos da ecologia de Taxocenose de serpentes em parte da Serra de Santana, Lagoa Nova, RN. Foram realizadas expedições semestrais por 20 dias consecutivos, entre março/2014 e setembro/2015. A procura e coleta de espécimes foram efetuadas por buscas ativas ao longo de transecções, armadilhas de interceptação e queda e encontros ocasionais. Durante 1.040 horas.homem de esforço em buscas e 3.600 dias.balde, foram registrados 72 espécimes pertencentes a 14 espécies, destacando-se Thamnodynastes sp. 2, endêmica da Caatinga e em fase de descrição. A diversidade de espécies foi alta (H’ = 3,026; índice varia entre 1,5 e 3,5), e Oxyrhopus trigeminus foi a mais frequente (38,89%). O hábitat mais utilizado foi vegetação arbustiva (nove espécies) e as mais generalistas quanto ao uso do hábitat, foram O. trigeminus, Bothrops erythromelas e Philodryas nattereri. Os microhábitats mais utilizados foram solo arenoso e solo terroso, e B. erythromelas, P. nattereri e O. trigeminus se confirmaram como mais generalistas também quanto ao uso de microhábitats. Em relação aos hábitos, seis espécies são diurnas, cinco noturnas e duas de hábito diurno-noturno. Altos índices de sobreposição constataram-se no uso de hábitats, mas houve segregação quanto aos microhábitats e período de atividade. O maior indivíduo foi uma fêmea de P. nattereri; não foi identificado dimorfismo sexual nesta taxocenose. Quanto à ecologia trófica, a diversidade de presas também foi alta (H’ = 3,130) e a dieta composta principalmente por lagartos. Não houve correlação entre os dados morfométricos e o volume e comprimento das presas para nenhuma das espécies. Os resultados obtidos são relevantes para subsidiar avaliação de aspectos ecológicos pouco esclarecidos, em especial sobre possíveis padrões e/ou processos diferenciados entre Caatinga de altitude no Planalto da Borborema (lato sensu) e de Depressão Sertaneja Setentrional (stricto sensu).