Navegando por Autor "Prazeres, Armando Sérgio dos"
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Tese Haroldo de Campos e o barroco: a criatura de ou(t)ro - ensaios para um guia das Galáxias(2016-02-25) Prazeres, Armando Sérgio dos; Silva, Francisco Ivan da; ; http://lattes.cnpq.br/5505816853188766; ; http://lattes.cnpq.br/0247178304805979; Lima, Samuel Anderson de Oliveira; ; http://lattes.cnpq.br/4097533367851915; Maldonado, Reny Gomes; ; http://lattes.cnpq.br/4085048832593221; Tabosa, Leila Maria de Araújo; ; http://lattes.cnpq.br/8137656322322185; Ferro, Manuel Geraldo Simplício;Esta pesquisa consiste na realização de uma espécie de roteiro de leitura do livro Galáxias, de autoria do poeta, crítico e tradutor brasileiro Haroldo de Campos, com base nos pressupostos conceituais do barroco histórico e trans-histórico. Propõe-se, deste modo, um possível mapeamento das referências que engendram pequenas estórias em rotação pelas páginas galáticas, visando proporcionar ao leitor uma modalidade de guia que possa incitar tanto mais a fruição da referida obra. Para tal empresa, buscou-se assinalar as marcas expressivas que definem a poética haroldiana como singular prática barroca na modernidade, investigando em sua obra as conexões tecidas com o Barroco, a fim de verificar os modos operacionais empregados pelo Poeta no seu exercício de tradução das tradições literárias. Galáxias, a nosso ver, constitui este projeto poético de alta voltagem barroca, amálgama de recursos criativos içados da mais rica tradição literária, nacional e estrangeira, e processados antropofagicamente nas sendas da produção artístico-literária contemporânea. Publicado pela primeira vez em 1984, contendo cinquenta páginas-fragmentos, o livro de Haroldo de Campos surge para, dentre outros fins, suscitar o entrecruzar de gêneros literários, como a prosa e a poesia; dissolver as fronteiras entre a cor local e a dicção alheia; transfundir tradição e modernidade; fundir arte e ideologia; mixar fato e fantasia; remixar forma e conteúdo, superpor significado e significante. Todos estes procedimentos literários, intersemiotizados, promovem uma caleidoscópica tessitura verbal que empreende, nas palavras do autor, “a viagem como livro e o livro como viagem” (CAMPOS, 2004, p. 119). Viagem esta, urdida por uma rede intertextual e paródica, dada a ver através de inventivos recursos fono-prosódicos, donde sobressaltam aliterações, anagramas, paronomásias e trocadilhos, desenhando no curso galático sibilantes e sinuosas imagens que reivindicam a lúdica co-participação do leitor para a fruição plena da leitura. Isto posto, nosso roteiro de leitura empenha-se sobretudo na tentativa de amplificar os ecos das construções épicas e epifânicas que transitam pelas páginas da obra, que ora velam, ora revelam pequenas estórias que, por um instante apreendidas, podem descortinar outras tantas estórias e, com isso, tornar a leitura ainda mais prazerosa. O fim primeiro das Galáxias, assim entendemos, não terá sido outro senão o da fecundação do gosto pela leitura. Daí, nosso roteiro de leitura: fecundar no leitor o gosto pelas leituras galáticas, tal qual a leitura das Galáxias de Haroldo de Campos.Tese A imagem barroca de Carmen Miranda no cenário da modernidade(2017-05-31) Carvalho, Francisco Israel de; Silva, Francisco Ivan da; ; ; Lima, Samuel Anderson de Oliveira; ; Maldonado, Reny Gomes; ; Prazeres, Armando Sérgio dos; ; Morais Neto, João Batista de;A proposta deste trabalho teve como objetivo enfocar a imagem artística de Carmen Miranda, cantora, atriz e comediante luso-brasileira, enquanto representação simbólica da identidade nacional, desde o início de sua carreira, no Rio de Janeiro, no ano de 1929 e representações da América Latina nos Estados Unidos, a partir de 1939. Procuramos inseri-la no contexto da modernidade, quando as expressões populares e afro-brasileiras se uniam, para a consolidação da “invenção do samba” como patrimônio cultural do Brasil. Carmen Miranda foi a figura feminina principal que contribuiu na construção desses agenciamentos, para o surgimento do que viria a ser a música popular brasileira. Dando voz aos sambas e marchinhas produzidas pelos compositores do morro e compositores brancos, como também, sendo uma das principais estrelas dos primeiros filmes sonoros brasileiros, chamados carnavalescos. A essência deste trabalho é por em relevo a “performance barroca” de Carmen Miranda, tendo como suporte, teóricos como: Afonso Ávila (1997), Afranio Coutinho (1994), Eugênio D´Ors (1990), Gilles Deleuze (1995, 2005), Irlemar Chiampi (1998), José Antonio Maravall (2009), Lezama Lima (1988), Omar Calabrese (1987), Severo Sarduy (1979. 1999), além de estudiosos de música brasileira, como José Ramos Tinhorão, Tárik de Souza, entre outros. A partir dessas premissas, concluímos a pesquisa, comprovando que Carmen, através da sua baiana internacional, cria novos signos simbólicos sobre o conceito de nação e da identidade latino-americana, transformando essa fantasia, reciclando, juntando na sua performance artística, elementos da cultura popular, do Barroco, redimensionados pelo o excesso, a caricatura, o desperdício, o luxo e a estilização. Personagem catalisadora de opiniões da unanimidade e da divergência, a respeito do título de “Embaixatriz do Samba”, ela apropria-se antropofagicamente, da cultura brasileira (interna) e americana (externa), trazendo uma performance nova, original, única, neobarroca, sendo responsável pela barroquização dessas culturas e influenciando toda uma geração posterior.