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TCC Aborto legal e o PL 1904/24: uma análise contemporânea sobre os direitos sexuais e reprodutivos de mulheres, meninas e pessoas que gestam.(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-01-27) Campos, Nathalia Frangakis de Ribeiro e; Porto, Rozeli MariaA presente monografia tem por objetivo analisar o Projeto de Lei nº 1904/24, apresentado por Sóstenes Cavalcante à Câmara dos Deputados em Brasília, em maio de 2024. Esse PL, caso aprovado, poderia levar tanto uma mulher que interrompeu voluntariamente uma gestação de forma legal, quanto o profissional que participou, a responder por homicídio simples (CPB, 1940, art.121). A legislação atual, apesar de criminalizar o procedimento, prevê que o aborto pode ser realizado em duas circunstâncias: quando a continuidade da gravidez ameaça a vida da mulher e quando a gravidez é decorrente de um estupro. Desde 2012, a ADPF 54 permitiu que mulheres grávidas de fetos que não formam cérebro, anencéfalos, também poderiam interromper a gravidez. O Projeto foi apelidado pela oposição de “PL do estupro”, pois o crime de homicídio tem uma penalidade necessariamente superior ao crime de estupro, nesse sentido, se uma mulher fosse estuprada e abortasse após as 22 semanas, receberia uma punição maior do que a de seu estuprador. Foram dois meses de intensa mobilização contra o texto, nas ruas, nos veículos de comunicação virtuais, televisivos e impressos. Para esmiuçar o fenômeno, utilizei como método de pesquisa a etnografia digital (Gomes; Leitão, 2017), transitando pelos portais online de instituições, portais de notícias, a plataforma do Instagram e o levantamento bibliográfico ao qual me dediquei durante minha participação em um projeto de Iniciação Científica (IC). Pode-se concluir que o combate a descriminalização do aborto é aliado a lógica neoliberalista e prejudica principalmente as meninas, as mulheres mais vulneráveis e as pessoas que gestam.Dissertação Acordos e colisões: família, sexualidade e lesbianidade(2019-03-15) Alencar, Josyanne Gomes; Porto, Rozeli Maria; ; ; Vieira, José Glebson; ; Schwade, Elisete; ; Lopes, Paulo Victor Leite; ; Meinerz, Nádia Elisa;A presente dissertação versa sobre as experiências e situações vivenciadas por mulheres que se autodenominam como lésbicas, no estado do Rio Grande do Norte. Tem por objetivo compreender como a (homo) sexualidade feminina, passa por um jogo entre ocultar e revelar suas identidades lésbicas de acordo com a dinâmica que estão envolvidas. Desse modo, suas biografias são construídas e organizadas em confluência com os espaços de (homo) sociabilidades, pelos quais essas mulheres transitam cotidianamente. A técnica de pesquisa bola de neve serviu como importante instrumento de aproximação com a rede de mulheres pesquisadas. Na qual, demonstro de que modo são tecidas e gerenciadas as negociações empreendidas por estas mulheres, seja no âmbito do trabalho, da família, dos estudos, dos movimentos sociais ou através da manutenção de suas agências e intencionalidades. No campo etnográfico, o que se observa é o modo como mulheres que se identificam com uma sexualidade dissidente conferem manutenção as suas relações familiares. O conceito de aceitação foi amplamente explorado para tentar analisar e entender um estilo de vida diferente daquele adotado por outros membros do núcleo familiar. Importante também foi compreender os processos de coming out, como situações cotidianas e não eventos programados para acontecer. A literatura Sociológica sobre segredo nos ajudou a compreender os silêncios e tensões que perpassam a lesbianidade das mulheres dessa pesquisa. Diferente do que se possa imaginar esse segredo nem sempre figurou como um pânico moral, mas antes, susceptível de agenciamento e novas interpretações.Dissertação Uma análise sobre assédio sexual na UFRN(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-11-07) Silva, Maria Paula França da; Porto, Rozeli Maria; http://lattes.cnpq.br/2743599189433997; https://orcid.org/0000-0002-4148-6145; http://lattes.cnpq.br/6808541785393087; Navia, Ângela Mercedes Facundo; https://orcid.org/0000-0001-9552-5763; http://lattes.cnpq.br/9174852118966092; Monteiro, Edilma do Nascimento Jacinto; Schwade, EliseteEsta pesquisa objetivou evidenciar os desdobramentos das denúncias de assédio sexual para mulheres servidoras e estudantes da UFRN. Nesse contexto, realizamos observação participante virtual nas plenárias promovidas pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) e em discussões acerca do tema nas redes sociais Twitter e Instagram. Também realizamos entrevistas semiestruturadas (via Google Meet) com duas servidoras da universidade, sendo: i) a primeira, vítima-denunciante; ii) a segunda, atuante no acolhimento e orientações às vítimas, além de; iii) uma integrante do DCE. A partir dos dados coletados, assim como da literatura (assédio sexual no âmbito legal e universitário, como violência e questões de gênero), verificamos que a UFRN não garante o acolhimento ou orientação às vítimas, arquivando denúncias ou dando continuidade ao processo sem punir os assediadores. Nesse sentido, há iniciativas estudantis, como as ações do DCE (plenárias de mulheres, carta ao reitor, atos de mobilização presenciais, notas de repúdio) e também de servidoras, que atuam no suporte às vítimas. Por fim, observamos que o processo de elaboração e circulação dos rumores desestimula as vítimas a denunciarem formalmente (ainda que isso ocorra nas iniciativas anteriores, de maneira informal), por medo das possíveis consequências negativas que venham a sofrer. Assim, concluímos que o assédio sexual é pautado, em sua maioria, por mulheres (que compõem a maior parte das vítimas), demonstrando que talvez exista um cooperativismo entre homens que cometem este assédio. Quanto ao posicionamento da UFRN, somente após as denúncias informais nas redes sociais, a instituição decidiu realizar uma consulta pública (em setembro de 2022) para identificar casos de assédio sexual e violências de gênero sofridas dentro da universidade.Dissertação Aqui é o lugar que toda mulher trabalha: uma etnografia sobre o trabalho feminino na comunidade quilombola de Capoeiras - Macaíba/RN(2015-09-08) Lima, Ivanildo Antônio de; Miller, Francisca de Souza; http://lattes.cnpq.br/6834637163914977; http://lattes.cnpq.br/5813740731658316; Schwade, Elisete; http://lattes.cnpq.br/7195821721383755; Porto, Rozeli Maria; http://lattes.cnpq.br/2743599189433997; Woortmann, Ellen Fensterseifer; http://lattes.cnpq.br/4541295766782905Este trabalho de cunho etnográfico tem interesse em refletir e fazer uma descrição sobre o processo de inserção das mulheres de Capoeiras no mercado de trabalho, localizada no município de Macaíba (RN). Observamos no decorrer da pesquisa que desde o final dos anos 50 as mulheres da comunidade estão em constante movimento entre o rural e o urbano e desenvolvendo atividades de trabalho dentro e fora da comunidade. Dessa forma, com o emprego de técnicas e métodos etnográficos – entrevistas, pesquisa de campo e uso de instrumentos áudio visuais - procura-se dar visibilidade ao processo histórico, trajetórias, negociações e mudanças engendradas na vida da mulher, da família e da comunidade. Em suma, este estudo pretende compreender qual é o espaço da mulher que exerce atividade de trabalho e discutir como essas novas dinâmicas são negociadas e pensadas no contexto da família e pela comunidade estudada.TCC Atenção Básica à Saúde do SUS, cuidado e emoções na experiência social da hipertensão arterial entre mulheres no Cônego Monte, em Santa Cruz, RN(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-12-14) Santos, Viviane Moura dos; Rego, Francisco Cleiton Vieira Silva do; https://orcid.org/0000-0002-8852-6212; http://lattes.cnpq.br/4438529628551741; http://lattes.cnpq.br/7099610511481446; Bay Júnior, Osvaldo de Goes; https://orcid.org/0000-0002-1017-2346; http://lattes.cnpq.br/2537976144708382; Porto, Rozeli Maria; http://lattes.cnpq.br/2743599189433997O objetivo desta pesquisa é apresentar uma compreensão da experiência social da hipertensão arterial, considerando a perspectiva dos usuários e dos profissionais na Atenção Básica à Saúde do Sistema Único de Saúde a partir do bairro Cônego Monte em Santa Cruz, RN. A pesquisa foi desenvolvida, portanto, como uma etnografia realizada na UBS do referido bairro e usou-se entrevistas com 4 mulheres e a observação participante de consultas médicas no contexto do Programa Hiperdia. A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é caracterizada pelos altos níveis de pressão sanguínea (com valor igual ou ultrapassando os 140/90 mmHg). Com isso, o coração tende a desempenhar um maior esforço para bombear o sangue para todo o nosso corpo. Entretanto, é necessário compreender também a dimensão social, cultural e política de qualquer adoecimento. Adentrando na realidade desse adoecimento crônico, descrever e analisar o itinerário terapêutico através de uma narrativa da doença se torna essencial para descrever e analisar as vivências individuais e socioculturais de saúde, além disso, possibilita compreender a experiência social que a doença agrega na vida do indivíduo. Ademais, o gênero no âmbito da saúde fornece uma análise do processo de saúde e doença, e assim potencializa o tratamento pois enxerga o indivíduo como um todo e não somente a doença que ele apresenta. Através do que foi dito por cada uma das 4 entrevistas e da observação etnográfica foi possível analisar que a pressão alta é sentida de uma maneira única e que as formas de adaptação serão escolhidas de acordo com a realidade vivenciada de cada adoecimento. Ademais, percebe-se que a pressão é compreendida pelas pessoas que vivem com ela como o resultado das emoções que lhes são provocadas socialmente. É preciso salientar que o atendimento público de alguma maneira necessita realmente atender esse usuário buscando compreender como a doença interage em seu dia a dia. Assim, o profissional médico precisa enxergar esse paciente como um todo e não apenas a doença como um agente biológico, pois se isso ainda persistir os serviços de saúde sempre existirá essa fragilidade em seu atendimento.Dissertação Ativismo Vegano em Natal: uma etnografia de mobilização política, alimentação ética e identidades(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2013-10-01) Vilela, Diego Breno Leal; Valle, Carlos Guilherme Octaviano do; ; http://lattes.cnpq.br/7578005376543804; ; http://lattes.cnpq.br/9257703953089175; Coradini, Lisabete; ; http://lattes.cnpq.br/3559843462349247; Porto, Rozeli Maria; ; http://lattes.cnpq.br/2743599189433997; Silva, Guilherme José da; ; http://lattes.cnpq.br/9806862393456180Esta pesquisa tem por interlocutores grupos de veganos na cidade de Natal, embora também se reporte a outros contextos de pesquisa como nas cidades de Recife (Pernambuco) e Campina Grande (Paraíba). Movidos por princípios éticos baseados nos direitos animais, os veganos se recusam a consumir todo e qualquer produto de origem animal. Na medida em que os hábitos de consumo podem ser tomados como poderosos elementos de identificação, a relação entre consumo, alimentação, identidade e política constitui uma chave analítica importante no desenvolvimento deste trabalho. A questão teórica que se persegue no presente trabalho, é saber como o discurso vegano (de caráter abolicionista) ganha forma e se materializa em ações, manifestações e mobilização política. Para tanto, me proponho a construir uma etnografia das atividades que esses sujeitos realizaram coletivamente, tanto as de caráter mais lúdico como a realização de piqueniques, quanto aquelas de caráter reivindicatório como são as manifestações políticas em locais públicos.TCC “Caiu na rede”: reflexões sobre casos de pornografia de revanche no Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-06-22) Melo, Carolyna Kyze Silva Bezerra; Porto, Rozeli Maria; Sousa Fillho, Alípio de Sousa; Segata, JeanA revolução tecnológica abriu portas para grandes possibilidades de interação, dentre elas, os relacionamentos virtuais que se estendem de forma global através de smartphones, telefones inteligentes dotados de vários aplicativos e funções que conecta-se através de um sinal de internet. Dentro dessa dinâmica, surge a possibilidade de trocas de imagens e vídeos de qualquer espécie. E essa nova alternativa possibilitou o fluxo quase instantâneo do envio de material íntimo, surgindo assim, uma outra forma de dominação na relação entre os gêneros: a pornografia de revanche, tema desse trabalho. Para realizar a pesquisa de cunho qualitativo, foram catalogadas 35 matérias jornalísticas, entre elas oito casos de pornografia de revanche entre os anos de 2012 e 2015. Tal período corresponde a um aumento significativo de usuários do whatsapp no mundo e no Brasil, que passou de dois bilhões para 10 bilhões de mensagens por dia entre os meses de abril e agosto de 2012. Sua amostragem conta com materiais coletados em blogs feministas e veículos de mídia propagadores de notícias de grande circulação nacional, todos em sua versão online. Também fizeram parte das ferramentas de pesquisa, consultas a sites de perícia digital, assim como, coleta de matéria áudio visual. Além do uso de livros e consultas a artigos científicos que ajudaram a fundamentar teoricamente os conceitos apresentados. Os resultados demonstram que o crescente número de casos de pornografia de revanche, mobilizou setores responsáveis da sociedade capazes de elaborar leis que resguardam os indivíduos. Porém, até o momento nenhum dos projetos propostos foi efetivamente sancionado.Dissertação O ciclo das compras: uma análise etnográfica sobre compras femininas de roupas, acessórios e maquiagens em Natal(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-10-26) Silva, Adara Pereira da; Freitas, Eliane Tania Martins de; ; http://lattes.cnpq.br/8202430744079222; ; http://lattes.cnpq.br/2156795064813773; Mezabarba, Solange Riva; ; http://lattes.cnpq.br/0192046886850391; Neves, Rita de Cassia Maria; ; http://lattes.cnpq.br/9446999089598991; Porto, Rozeli Maria; ; http://lattes.cnpq.br/2743599189433997Este trabalho investiga, por meio de uma etnografia das compras, o consumo de roupas, acessórios e maquiagens de um grupo de dez mulheres em Natal, no Rio Grande do Norte. A etnografia foi realizada a partir da comparação dos relatos das interlocutoras, bem como da comparação de suas relações com os espaços urbanos do Alecrim, Centro e Natal Shopping e, com os espaços virtuais do Instagram, Whatsapp, Pinterest, Youtube e Facebook. Foi possível detectar a existência de um ciclo de consumo que inclui, o que denominei: “Ciclo das compras”. Este compreende três estágios: o primeiro estágio engloba o planejamento da compra e produção do gosto, o segundo compreende o ato da compra e o terceiro estágio envolve os usos dos itens adquiridos. Cada um dos estágios deste ciclo está relacionado a diversos aspectos da vida social e cultural. Por conseguinte, esta dissertação tem por objetivo analisar o consumo feminino, por meio das compras de roupas, acessórios e maquiagens, como produto e produtor de sociabilidades.Dissertação Cidade Amorável [?]: negociação da presença de sujeitas trans em um município interiorano do Rio Grande do Norte(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-12-11) Queiroz, Josuel Silva de Souza; Porto, Rozeli Maria; http://lattes.cnpq.br/2743599189433997; https://orcid.org/0000-0001-6674-2443; http://lattes.cnpq.br/0613146375955687; Braz, Camilo; Schwade, Elisete; Rêgo, Francisco Cleiton Vieira Silva doEste estudo teve como objetivo analisar como travestis e mulheres trans de um município interiorano do estado do Rio Grande do Norte negociam sua presença nos espaços sociais em que circulam. Tratou-se de uma pesquisa qualitativa de viés etnográfico, realizada junto a nove travestis e mulheres trans oriundas desse estado. Em um primeiro momento, busquei apresentar a cidade de Amorável a partir de seus aspectos sociodemográficos, trazendo de forma resumida, características gerais relacionadas a sua constituição geográfica, social e política. Da mesma forma, visei mostrar o lugar que os corpos dessas sujeitas ocupavam e circulavam no município, compreendendo a categoria “lugar” ora como determinação dos espaços geográficos em si, ora como circunscrição de espaços/papéis sociais e políticos. Por seguinte, busquei compreender as estratégias que confrontavam os corpos das sujeitas com quem estabeleci diálogo nesta pesquisa, as barreiras que lhes eram impostas e dificuldades encontradas para o/no acesso aos espaços. Por fim, visei discutir sobre as táticas empregadas pelas interlocutoras para chegar e manter-se em determinados lugares, buscando compreender os modos pelos quais estabelecem a presença de seus corpos por meio da negociação de suas performances em meio aos espaços. A trajetória delas revelou modos distintos de se olhar para as questões das transgeneridades interioranas, mostrando que tais categorias não estão necessariamente presas dentro de uma mesma caixinha de significados. Por meio das negociações que realizam acerca de suas performances, como uso ou desuso do nome social, elas circulam entre os espaços geralmente negligenciados a esses corpos. Tais negociações não deslegitimam suas identidades, sendo então entendidas por elas como movimentos necessários e possíveis de serem realizados para ocupação e circulação de seus corpos nos espaços.Dissertação Cidade com rosto de mulher: a trajetória do Movimento de Mulheres/Feminista em Natal (1978-1989)(2019-10-07) Sobreira, Janaína Porto; Rocha, Raimundo Nonato Araújo da; ; ; Duarte, Ana Rita Fonteles; ; Santos, Magno Francisco de Jesus; ; Porto, Rozeli Maria;O trabalho tem como objetivo desenvolver uma análise do que foi o movimento feminista e de mulheres em Natal no período entre 1978 a 1989, período que se justifica pela criação a partir do Centro da Mulher Natalense – CMN, até a criação do Grupo Autônomo de Mulheres – GAM. Considerou-se importante compreender de que forma esses grupos foram se organizando na cidade dentro de um movimento classificado em duas frentes: o de feministas e o de mulheristas. Ambos operacionalizam noções ora próximas, ora distantes na luta de reivindicações por políticas públicas na cidade em pelo menos dois eixos teóricos e metodológicos: busca de equipamentos urbanos nas áreas de habitação, saúde, trabalho, segurança e, de maneira geral, na formulação de projetos que pudessem oferecer suporte na realidade de mulheres em situação de vulnerabilidade; e busca de direitos que contemplassem autonomia das mulheres no campo dos direitos sexuais, reprodutivos, violência doméstica, aborto, maternidade, direitos democráticos, dentre outros. O papel dos movimentos sociais urbanos tem se mostrado um campo frutífero na investigação das relações entre sociedade civil e Estado. Durante a Ditadura Civil Militar esses grupos criaram novas identidades e conseguiram se inserir como protagonistas no período em que as vias democráticas estavam suspensas. Foi diante deste cenário que o movimento feminista e de mulheres impulsionaram novos sentidos na agenda política do país. As mulheres começavam a questionar os papéis tradicionais de suas vidas fazendo com que muitas delas se lançassem nas lutas antiautoritárias e por questões básicas de cidadania e bem-estar social. A década de 1980 foi um campo de iniciativas por parte de feministas que vinham das universidades, mas também foi um período marcado por lutas de mulheres nas bases populares. Partindo dos pressupostos do historiador Alessandro Portelli, autor que trabalha com o sentido de valorização de subjetividades pelos quais os sujeitos passaram em determinados períodos, o trabalho se ancorou na metodologia da História Oral como possibilidade de investigação histórica valorizando as narrativas das militantes em Natal. A análise dos objetos foi viabilizada pelo arcabouço documental que contempla: Entrevistas com 10 colaboradoras; obra da socióloga Maria Rizolete Fernandes; estatutos; cartas de princípios; matérias de jornais de circulação na cidade; dados estatísticos retirados do IBGE, IPEA e SEMURB.Dissertação Cine Vídeo Papai: uma etnografia sobre a curtição entre homens(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-02-26) Oliveira, João Elioberg da Silva; Lopes, Paulo Victor Leite; http://lattes.cnpq.br/7595515282110283; https://orcid.org/0009-0002-6276-9774; http://lattes.cnpq.br/7697914668130186; Navia, Angela Mercedes Facundo; https://orcid.org/0000-0001-9552-5763; http://lattes.cnpq.br/9174852118966092; Porto, Rozeli Maria; Oliveira, Leandro de; Pecheny, MárioA presente pesquisa é uma etnografia de um Local Comercial Para Encontro Sexuais (LCES) da/na cidade de Natal/RN, o Cine Vídeo Papai. Organizado em duas unidades, com horários de funcionamento diferenciados, são estabelecimentos em que a exibição de pornografia é apresentada como um atrativo comercial. A partir das salas em que a pornografia é exibida, onde foi possível observar um público majoritariamente masculino e cisgênero, essa dissertação busca pôr em relevo uma forma de sociabilidade erótica pornográfica experienciadas por homens. Nesse prisma, problematiza as práticas sexuais por meio das corporalidades e evidencia diferentes modos de agenciamento do desejo. A pesquisa, desenvolvida sob a inspiração metodológica da “Antropologia Groove” (Blázquez e Liarte-Ticola, 2018), desenrolou-se a partir da utilização da observação participante, de conversas formais e informais com interlocutores e na realização de fotografias. Assim, os Cine Vídeo Papai passa a ser compreendido como um espaço que viabiliza a produção daquilo que em campo é chamado de “curtição”, isto é, um leque de formas como os interlocutores administram seus desejos, como também se revela como uma territorialidade em que é possível escrutinar outros signos que, naquele espaço, se combinam a práticas sexuais lá vivenciadas (como a cidade, a fofoca, o dinheiro, a sonoridade, entre outros).Tese Cosmopolíticas Tuxá: conhecimentos, ritual e educação a partir da autodemarcação de Dzorobabé(2019-10-29) Durazzo, Leandro Marques; Vieira, José Glebson; ; ; Porto, Rozeli Maria; ; Neves, Rita de Cássia Maria; ; Valle, Carlos Guilherme Octaviano do; ; Pereira, Edmundo Marcelo Mendes; ; Carvalho, Maria do Rosário Gonçalves de; ; Batista, Mercia Rejane Rangel;Este trabalho busca investigar algumas dinâmicas políticas e de elaboração indígena de conhecimentos entre os Tuxá de Rodelas, intensificadas a partir de seu engajamento no processo de autodemarcação do território de Dzorobabé, em Rodelas-BA. Para os Tuxá, Dzorobabé é considerado território ancestral, tradicional e historicamente relacionado aos índios rodeleiros da região do Submédio São Francisco, antepassados de quem se compreendem descendentes. Ao mesmo tempo que intensifica dinâmicas de organização social e política, a autodemarcação oportuniza aos Tuxá uma reabitação no território considerado cosmologicamente forte, pela presença desses mesmos antepassados – brabios, gentios, mestres encantados. Esta tese apreende certos dinamismos postos em ação quando da autodemarcação, iniciada em 2017, e reflete sobre formas de trato com a ciência tuxá, isto é, seu complexo de práticas e conhecimentos rituais que compõe base para a concepção indígena de mundo, bem como para as políticas e planejamentos educacionais elaborados pelos professores tuxá no âmbito de sua educação escolar indígena. Etnograficamente, buscamos delinear as correlações entre política indígena no processo de reabitação do território com dimensões de entendimento do complexo ritual da ciência e suas práticas político-rituais. Os arranjos políticos – divisões em grupos político-familiares, troncos que compõem atualmente o Conselho Tuxá – apontam modos específicos de relacionamento com o território, quer em sua ocupação material, quer nos relacionamentos imateriais com a dimensão da ciência no lugar. Também evidenciam a multiplicidade de grupos políticos entre os Tuxá de Rodelas, seja na Aldeia Mãe, seja na área urbana da cidade, e que se reorganizam em torno da autodemarcação a fim de que a ocupação do território possibilite novas afirmações políticas e acesso a recursos – representatividade política, acesso à terra, entre outros. Acompanhando os primeiros seis meses (agosto de 2017 a fevereiro de 2018) de autodemarcação, nossa etnografia busca descrever processos de negociação entre distintos grupos político-rituais, atentando para as dimensões materiais e imateriais que a reabitação em Dzorobabé promove. Observamos como a circulação de diferentes grupos político-rituais no território cosmologicamente forte evidencia distintas formas de se acercar dessa força, e estabelecer tratos possíveis com a ciência e com os conhecimentos que a ela se relacionam. No limite, estudamos dois modos de educação indígena que a relação com a ciência favorece: um, que chamamos de pedagogia da mata, elabora relações cosmopolíticas e rituais com os entes encantados e com os conhecimentos que deles advém; outro, acionado sobretudo por professores indígenas, transita por repertórios pedagógicos (indígenas e não-indígenas) em estreita relação com conteúdos aprendidos por meio da ciência, em contextos não-escolares, aí incluídos os rituais. O reforço dos repertórios e das políticas pedagógicas por meio do recurso à ciência permite-nos compreender como, entre outros projetos, vem ocorrendo entre os Tuxá de Rodelas uma tentativa de revitalização linguística baseada em múltiplos documentos e fontes: a própria comunicação com os brabios e mestres encantados – cuja coetaneidade em Dzorobabé estimula – e também textos do período colonial como o catecismo bilíngue em português e Dzubukuá, idioma da família cariri, tronco macro-jê, historicamente falado por povos da região. Ao território ancestral, assim, soma-se a noção de uma língua ancestral que nos permite traçar múltiplos acionamentos de uma territorialidade tuxá que permeia terra (pela autodemarcação), conhecimentos (pelas práticas rituais e pela ciência) e educação escolar (pelo horizonte de fortalecimento étnico e revitalização linguística que o projeto do Dzubukuá assume atualmente).Dissertação O cuidado e a saúde das mulheres negras em privação de liberdade: análise de uma unidade prisional no interior da Bahia(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-11-28) Guedes, Alessandra Leal; Porto, Rozeli Maria; http://lattes.cnpq.br/2743599189433997; http://lattes.cnpq.br/0218283490262159; Navia, Ângela Mercedes Facundo; https://orcid.org/0000-0001-9552-5763; http://lattes.cnpq.br/9174852118966092; Schwade, Elisete; Santana, KarineEste estudo aborda o fenômeno do encarceramento no Brasil e destaca as suas relações intrínsecas com o racismo, com foco na população carcerária feminina do país, que é a terceira maior do mundo. A saúde e o cuidado das mulheres negras nas prisões é uma das dimensões que este estudo se propôs a compreender. Através do campo da Antropologia da Saúde e a partir de uma abordagem decolonial e interseccional entre gênero, raça e classe, foi feita a análise das práticas de saúde no Presídio Regional Advogado Nilton Gonçalves, na cidade de Vitória da Conquista, no interior da Bahia. Os dados discutidos neste trabalho são resultados de entrevistas semiestruturadas com dez interlocutoras, nas quais buscou-se saber como as mulheres negras vivenciam o sistema prisional e o quanto tal realidade impacta os seus processos de saúde e adoecimento, bem como identificar como são acionadas as noções de cuidado, tanto pelas mulheres em privação de liberdade, como pelas profissionais de saúde e agentes carcerárias desse Presídio. Com os resultados obtidos foi possível constatar a impossibilidade de se refletir sobre o sistema prisional brasileiro, sem racializar e buscar desvelar suas complexas dimensões, as quais são profundamente imbricadas com a manutenção de um projeto genocida, perpetrado contra a população negra e pobre do país. Além disso, o adoecimento no sistema prisional é uma realidade naturalizada, e as doenças identificadas como predominantes entre as mulheres encarceradas na Unidade prisional estudada são hipertensão arterial, depressão, ansiedade e Síndrome de Borderline. Alguns dos sentidos do cuidado para essas mulheres encarceradas estão atrelados às suas memórias fora do cárcere, assim como também à práticas de autocuidado e cuidado que são coletivizadas entre parceiras de cela. Com isso, a relevância dessa pesquisa está em reforçar a urgência de agendas pelo desencarceramento, criando-se alternativas efetivas a partir da garantia do cuidado e saúde integral para a população carcerária, tendo como perspectiva o abolicionismo penal.Dissertação Cumprimento de pena e ressocialização: novos caminhos para homens autores de violência de gênero e a Lei Maria da Penha(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-08-31) Ferreira, Priscila Vieira; Fortes, Lore; ; http://lattes.cnpq.br/4596655243422487; ; http://lattes.cnpq.br/5624111554613925; Porto, Rozeli Maria; ; http://lattes.cnpq.br/2743599189433997; Barbosa, Anna Christina Freire; ; http://lattes.cnpq.br/2380258918998637A violência é um fenômeno histórico e cultural presente em todo o ordenamento social, conseqüência dos processos de socialização e da ineficiência das instituições modernas. Compreendida como meio para resolução de conflitos, tanto na esfera pública por meio dos órgãos e agentes do Estado, quanto na esfera privada no contexto da violência de gênero, a violência apresenta altos índices em todo o país, sendo possível defini-la como um fenômeno complexo e de difícil análise e interpretação. Este trabalho constitui uma reflexão sobre a violência utilizando como base teórico-conceitual as categorias analíticas de gênero e masculinidade, entendidas a partir das práticas sociais, das representações sociais e dos discursos adquiridos individual e socialmente. A pesquisa parte da análise de casos de homens autores de violência de gênero que cumpriram pena no Centro de Detenção Provisória de Apodi/RN. Os estudos do campo de gênero destacam que os marcadores de gênero são os primeiros a serem internalizados através dos processos de socialização e definem as performances de gênero de cada indivíduo. Como reflexo de uma sociedade construída nas bases ideológicas e culturais do patriarcado, os marcadores de gênero acabam por privilegiar os homens e subalternizar as mulheres, resultando em práticas violentas que legitimam o comportamento masculino, visto muitas vezes como natural. A criação e aplicação da Lei 11.340/2006, conhecida como Lei Maria da Penha, trouxe importantes inovações quanto à proteção e assistência das mulheres, mas também trouxe mudanças quanto à aplicação da punição para os homens. Entre as inovações propostas pela lei está a possibilidade de criação de programas de educação e ressocialização para os homens, com o objetivo de evitar a reincidência e buscar a transformação do comportamento violento. Sabe-se que o sistema penal brasileiro não tem garantindo a diminuição de práticas criminosas e também é ineficiente quanto à recuperação dos condenados, de modo que a aplicação de penas alternativas surge na doutrina penal como opção para o sistema penitenciário. Através da utilização da técnica do Discurso do Sujeito Coletivo, foram realizadas entrevistas com homens e mulheres em situação de violência na cidade de Apodi/RN, entre os anos de 2016 e 2017. A partir dos dados coletados foi possível construir o perfil dos entrevistados e realizar a análise do Discurso do Sujeito Coletivo, utilizando os métodos qualitativos e quantitativos de pesquisa, buscando conhecer as representações sociais que definem o habitus dominante na atuação dos papéis sociais atribuídos a homens e mulheres envolvidos nas ocorrências. Os resultados obtidos revelaram que não há programas de educação para homens condenados por crimes no âmbito da violência de gênero em Apodi/RN, e destacou o uso de bebida alcoólica como elemento presente em todas as situações, bem como apontou para o crescimento de agressões cometidas em via pública. Chamou a atenção o fato de que entre os homens entrevistados não houve reincidência, no entanto, o motivo seria o medo de voltar a ser preso e não o arrependimento ou tomada de consciência quanto à necessidade de transformação quanto ao comportamento violento.TCC "Direito de morte e poder sobre a vida": uma narrativa sobre o atendimento ao aborto na Maternidade Escola Januário Cicco Natal/ RN(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2010-12-16) Galvão, Fabiana Damasceno; Dantas, Alexsandro Galeno Araújo; Porto, Rozeli Maria; Lopes Junior, EdmilsonExplora a interrupção da gestação na Maternidade Escola Januário Cicco. Explana o que representa a interrupção da gestação para algumas sociedades desde a antiguidade até os dias atuais. Constrói, ainda, uma investigação sobre o aborto no campo do feminismo, das ciências médicas e no campo religioso. É feita uma abordagem sobre o Aborto na tentativa de aliar literatura feminista, teoria sociológica e direitos humanos explorando o exercício dos profissionais da área médica a partir de suas falas conflitantes entre o que diz a norma e o que realizam na prática cotidiana. Para tanto, utiliza-se de entrevistas estruturadas, pesquisa de bibliografia sobre o tema e observação participante para a construção de um diário de campo, na perspectiva de fazer uma fotografia do espaço destinado ao serviço do aborto em Natal. A pesquisa revela que no ano de 2010 foram realizados mensalmente em torno de 400 procedimentos relacionados ao aborto/pós-aborto nas maternidades de Natal, dos quais cerca de 250 ocorrem na Maternidade Escola Januário Cicco; 100 na maternidade do Hospital Santa Catarina e 50 na Maternidade Leide Moraes.Dissertação Do outro lado do Atlântico Sul: negociações identitárias de estudantes de origem africana da UFRN(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-12-02) Varela, Gabriely Nascimento; Navia, Ângela Mercedes Facundo; https://orcid.org/0000-0001-9552-5763; http://lattes.cnpq.br/9174852118966092; http://lattes.cnpq.br/9863162128342401; Coradini, Lisabete; http://lattes.cnpq.br/3559843462349247; Porto, Rozeli Maria; Moreira, Stephanie Campos PaivaEssa dissertação é fruto de uma pesquisa realizada através de diálogos viabilizados por meio de vídeos chamada com 9 estudantes de origem africana, que estudam ou estudaram na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, mais precisamente na cidade de Natal. Esses diálogos foram mediados por dois questionários semiestruturados, tendo como objetivo principal investigar como se dão as construções e negociações identitárias desses sujeitos a partir da sua chegada ao Brasil. Assim como indagar pelos efeitos desses deslocamentos geográficos em sua autopercepção, em termos sociais, culturais e subjetivos fora de seus países de origem. Os interlocutores da pesquisa são oriundos de diversos países do continente africano, jovens que possuem entre 21 e 32 anos de idade e que escolheram o Brasil para realizar sua capacitação profissional, dando início ou continuidade à vida acadêmica. Busco refletir sobre como acontece o processo de se perceberem enquanto negras/os em um país marcado por quase quatrocentos anos de escravidão e que se estrutura na base no racismo: sendo a cor da pele e os traços corporais uma das principais marcas que propiciam exclusões, desigualdades econômicas/sociais e de maneira geral tratamentos diferenciados pelo conjunto da sociedade. Assim, esse trabalho busca contribuir com reflexões acerca da temática das identidades, compreendendo que elas são construções sociais mediadas por tensionamentos e conflitos, que utilizam recursos da história, da linguagem e da cultura para a produção daquilo que nos tornamos. Sem essencializações, mas de maneira estratégica e posicional.Tese "É uma educação diferente": sentidos e significados de experiências educacionais a partir de um curso pré-vestibular LGBT(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-09-14) Braga, José Ricardo Marques; Schwade, Elisete; http://lattes.cnpq.br/7195821721383755; http://lattes.cnpq.br/4373044480769300; Galan, José Ignácio Pichardo; Paiva, Irene Alves de; http://lattes.cnpq.br/7842254018559167; Lopes, Paulo Victor Leite; http://lattes.cnpq.br/7595515282110283; Porto, Rozeli Maria; Nascimento, Silvana de SouzaEsta investigação social tem por objetivo a compreensão das experiências tecidas por indivíduos, em sua grande maioria LGBT, no contexto de um curso pré-vestibular LGBT - ofertado no interior de um coletivo - da cidade de Fortaleza. Tal empreendimento, que é também um programa de extensão na Universidade Estadual do Ceará, fundado entre os anos de 2015 e 2016, possui como finalidade o combate à transfobia e demais preconceitos, sobretudo nos espaços escolares, mas em toda a estrutura social. Entendendo que a educação é tomada como pilar fundamental na atuação deste coletivo, como forma de luta contra a transfobia e demais preconceitos, ofertando cursinho preparatório para vestibulares e para o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), formação profissionalizante, cursos de idiomas, cursos de extensão e outras capacitações educacionais, visando possibilitar o acesso a espaços como as universidades para segmentos historicamente alijados desses ambientes (como travestis e pessoas trans), busco analisar os significados das experiências pedagógicas (e não propriamente pedagógicas) que se engendram nas atividades deste coletivo, especificamente no curso pré-vestibular. Metodologicamente, parto de um viés etnográfico, elegendo a observação participante como cerne, utilizando ainda de entrevistas, de conversas informais e observação participante no ciberespaço, tendo em vista o contexto da pandemia do novo coronavírus que atravessa esta pesquisa e a direciona aos ambientes virtuais. Observa-se, inicialmente, que a compreensão do que significa “viver o/no curso pré-vestibular”, assim como os sentidos de traçar um itinerário educativo nas formações propiciadas, remete-nos às memórias das experiências escolares pregressas, tomadas, via de regra, pelo sofrimento e pelo “bullying”, em contraste relativo com a vivência pedagógica presente, classificada como uma “educação diferente”, já que pensada, construída e vivida entre e por LGBT’s (em sua imensa maioria), demarcando, em certo grau, diferenciações entre vivências escolares deste curso pré-vestibular e outras experiências educacionais pregressas. Ainda que possamos afirmar uma relativa similaridade entre os sujeitos participantes, é preciso destacar que os significados produzidos nas experiências escolares são plurais e heterogêneos, bem como são os sentidos que motivam o engajamento e a participação em tal coletivo. É a compreensão desses agenciamentos, processos de significação e reelaborações de si e de seus itinerários educativos que busquei analisar, observando a heterogeneidade que recobre as experiências estudadas, mesmo no contexto pandêmico onde os processos pedagógicos se deram no ciberespaço e onde se observam especificidades próprias do fazer educativo.Dissertação Emoções, documentos e subjetivação na construção de transexualidades em João Pessoa/PB(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-10-06) Alexandre, Juliana Ribeiro; Valle, Carlos Guilherme Octaviano do; ; http://lattes.cnpq.br/7578005376543804; ; http://lattes.cnpq.br/7918895363398999; Schwade, Elisete; ; http://lattes.cnpq.br/7195821721383755; Moutinho, Laura; ; http://lattes.cnpq.br/9156992025883151; Porto, Rozeli Maria; ; http://lattes.cnpq.br/2743599189433997Esta pesquisa tem como objetivo compreender de que forma os componentes afetivos envolvidos na relação de transexuais com os documentos constituem modos específicos através dos quais essas pessoas se reconhecem e constroem seus corpos e suas trajetórias, seus projetos de vida e sua relação com os outros. Entendemos que os documentos, sejam os de identificação pessoal sejam os produzidos pelos movimentos sociais, atores jurídicos e da saúde e pelo Estado, são experienciados pelas pessoas trans para além da função administrativa de que são inicialmente pensados, mas também comportam uma série de experiências emocionais que marcam seus processos de subjetivação, na forma como essas pessoas produzem a si mesmas e se projetam no mundo em suas redes de socialidade. Elegemos como campo de pesquisa duas instituições localizadas na cidade de João Pessoa (PB), observando o intenso movimento institucional, político, social em favor dos direitos à transexuais que vem ocorrendo nessa cidade nos últimos anos. Dessa forma, o Centro de Referência dos Direitos dos LGBT e Combate à Homofobia (Espaço LGBT) e o Ambulatório de Saúde de Travestis e Transexuais foram os espaços onde encontramos nossos interlocutores e analisamos suas experiências com os documentos observando dois aspectos centrais: a busca pela alteração de prenome no registro civil e a relação das pessoas trans com os documentos produzidos pelas políticas e serviços de saúde tais como os protocolos, os prontuários, as receitas e os laudos psiquiátricos. Percebemos que, embora haja divergências quanto a percepção que os nossos interlocutores têm sobre a documentação que regulamenta os serviços de saúde, todos relataram experimentar constrangimento nas situações de interação social quando tem quem fazer uso de uma documentação que não está coerente com a performance e “fachada social” que assumem. Além dos relatos de constrangimento, vimos que a argumentação do sofrimento social e do trauma tem embasado as plataformas dos movimentos sociais, das políticas públicas, os processos jurídicos e se convertem em “narrativas de dor”, que apresentam forte potencial micropolítico na demanda por direitos para as “pessoas trans”.Dissertação Enquanto espera: o acolhimento institucional de crianças e adolescentes na Casa de Passagem III. Cuidado, controle ou proteção?(2013-10-07) Correia, Danielma dos Santos; Schwade, Elisete; ; http://lattes.cnpq.br/7195821721383755; ; http://lattes.cnpq.br/3822809040042354; Valle, Carlos Guilherme Octaviano do; ; http://lattes.cnpq.br/7578005376543804; Porto, Rozeli Maria; ; http://lattes.cnpq.br/2743599189433997; Longhi, Marcia Reis; ; http://lattes.cnpq.br/6213186075424256Diante da pesquisa de campo realizada na Casa de Passagem III, localizada na cidade de Natal/RN com crianças e adolescentes em situação de acolhimento institucional no período de março de 2012 a abril de 2013, foi possível conhecer algumas significações construídas sobre família e acolhimento institucional por parte daqueles que vivenciam e/ou vivenciaram o acolhimento institucional na Casa de Passagem observada. O acolhimento institucional faz parte das formas atuais de proteção legalmente existentes no Brasil aplicadas em caso de violação dos direitos à crianças e adolescentes. Esta forma de intervenção do Estado é feita através de entidades de atendimento a criança e ao adolescente espalhadas por todo o Brasil, que são de acordo com o artigo 90 do ECA e a Lei 12.010 de 03 de agosto de 2009, responsáveis pelo planejamento e execução de programas de proteção e sócio-educativos destinados as crianças e aos adolescentes. Dentre estas entidades de atendimento existentes na legislação brasileira, as que funcionam em regime de acolhimento institucional, podem ser divididas em três modalidades: Abrigo Institucional para Pequenos Grupos, Casa-lar e Casa de Passagem. O objetivo desta dissertação é pensar este espaço como um lugar produtor e reprodutor de significados sobre o que venha a ser família, acolhimento institucional, cuidado/proteção/controle para as crianças e adolescentes abrigados na Casa de Passagem III.Tese Família, emoções e biosocialidade: a mobilização de pessoas com uma doença rara no Rio Grande do Norte - a síndrome de Berardinelli(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-12-18) Nóbrega, Jociara Alves; Valle, Carlos Guilherme Octaviano do; http://lattes.cnpq.br/7578005376543804; http://lattes.cnpq.br/0588425389135557; Navia, Ângela Mercedes Facundo; http://lattes.cnpq.br/9174852118966092; Fonseca, Claudia Lee Williams; http://lattes.cnpq.br/8620249965221608; Cavignac, Julie Antoinette; http://lattes.cnpq.br/2111200163433960; Porto, Rozeli Maria; http://lattes.cnpq.br/2743599189433997; Aureliano, Waleska de Araújo; http://lattes.cnpq.br/6921083969355653Esta tese aborda a mobilização social na região do Sertão do Seridó do Rio Grande do Norte, bem como as relações de “biosocialidade” em espaços diversos, incluindo os ambientes virtuais da internet, de pessoas vivendo com uma doença muito rara e estigmatizante, a síndrome de Berardinelli. Responsável por prolongar e melhorar a qualidade de vida das pessoas acometidas pela enfermidade, a mobilização emergiu através do ativismo das mães de crianças que nasceram com a doença genética (conhecida regionalmente como doença dos magros) e das parcerias que foram estabelecidas entre elas e geneticistas. Com a fundação de uma ONG - a ASPOSBERN-, o associativismo entre as famílias produziu contextos de “biosocialidade” estruturados por diferentes níveis de proximidade e diálogo dos sujeitos com o conhecimento científico especializado, mas também por emoções e moralidades. Este trabalho tem como objetivo central analisar antropologicamente as formas de organização social e política em torno dessa doença rara no Rio Grande do Norte – mas que envolve também pessoas de outros estados - em prol de tratamentos, reconhecimento biossocial, direitos e cidadania, considerando o ativismo das mães e outros agentes e setores sociais. A pesquisa de campo que possibilitou a sua produção baseou-se no método etnográfico e sistematizou-se por observação participante dos momentos coletivos da associação, conversas informais e entrevistas abertas e semiestruturadas, feitas com pessoas com síndrome de Berardinelli, suas famílias, pesquisadores médicos e agentes públicos. Além disso, foram analisadas as dinâmicas estabelecidas em um grupo e em uma página voltados à síndrome na rede social Facebook.
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