Navegando por Autor "Pereira, Ilzamar Silva"
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Dissertação Famílias privadas de liberdade: a saga da violência vivenciada por adolescentes que trilham os áridos caminhos da criminalidade(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2004-02-06) Pereira, Ilzamar Silva; Carvalho, Denise Câmara de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788663D6&dataRevisao=null; ; http://lattes.cnpq.br/7904127288821038; Nicolau, Maria Célia Correia; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4767600T3&dataRevisao=null; Carvalho, Alba Maria Pinho de; ; http://lattes.cnpq.br/5941867047206757Este trabalho tem como eixo de análise a relação existente entre ato infracional e a problemática sócio-econômica das famílias dos adolescentes que cumprem medida sócio-educativa de privação de liberdade no CEDUC Pitimbu RN, constituindo-se um recorte na temática Criança e Adolescente, na tentativa de desvelar como essas famílias se reproduzem em nível sócio-econômico e político cultural. Busca, ainda, apreender quem são esses adolescentes e seus familiares em seu entorno social e como essas famílias enfrentam o seu cotidiano. O enfoque de Questão Social, Família, Adolescente, Ato Infracional, Exclusão/Inclusão, constituíram-se categorias de análise que possibilitaram desvelar mitos e realidade por detrás do ato infracional em nossa sociedade. A análise dos dados mostrou que as condições objetivas de vida dessas famílias são de indigência e pobreza. São famílias oriundas da classe subalternas, 62,5% vindas do interior e residindo na periferia da capital, vivendo ou sobrevivendo com renda per capita/dia de R$ 0,31 a R$ 8,31. Apresentam baixo nível de escolaridade, ausência de direitos de cidadania e nenhuma qualificação profissional. Questiona até que ponto o cruel e degradante quadro de exclusão social ou inclusão precarizada de milhões de brasileiros alijados dos processos sociais, políticos e econômicos do país tem favorecido a prática de atos infracionais? Como afirmar a incompetência das famílias, frente a vulnerabilização social? E ainda, até que ponto o poder público não vem secundarizando essa problemática? Será que as políticas públicas de atendimento à criança e ao adolescente estão de fato voltadas para o enfrentamento da problemática vivenciada por essas famílias? Percebemos, a partir de então, a necessidade de compreender a exclusão/inclusão precarizada não de forma imprecisa e vazia, mas entendida como processos de exclusão integrativa ou modos de marginalização, onde o excluído não é só aquele que se encontra em carência material, mas aquele que não é reconhecido como sujeito, que não se reconhece nem atua como tal. O desdobre do trabalho permitiu uma aproximação ao nosso objeto, e a apreensão de uma estreita relação entre ato infracional e o processo de exclusão ou inclusão precarizada a qual estão submetidas às famílias dos adolescentes privados de liberdade