Navegando por Autor "Peixoto, Vanessa Giffoni de Medeiros Nunes Pinheiro"
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Dissertação Comunicação de más notícias na formação médica: aprimoramento desta habilidade a partir de um protocolo adaptado para casos de demência(2018-05-25) Peixoto, Vanessa Giffoni de Medeiros Nunes Pinheiro; Godeiro Júnior, Clécio de Oliveira; Diniz, Rosiane Viana Zuza; ; ; ; Pereira, Mauricio Galvão; ; Medeiros, Paulo José de; ; Braga Neto, Pedro; ; Moreira, Simone da Nóbrega Tomaz;CONTEXTO: As demências são doenças incapacitantes, incuráveis e estigmatizantes, ocasionando impacto devastador à identidade pessoal do paciente e seus cuidadores. Constitui-se um dos diagnósticos mais temidos na atualidade. Existem muitos entraves para a adequada comunicação deste diagnóstico ao paciente, entre os quais o medo de reações psicológicas, a incerteza do médico quanto ao diagnóstico e a objeção dos familiares, além de escassos treinamentos em habilidades de comunicação nos cursos de graduação. É crucial a implementação de estratégias que formem no estudante de Medicina as múltiplas habilidades para uma apropriada relação entre o médico, o indivíduo com demência e seus familiares, inclusive na comunicação do diagnóstico. O protocolo SPIKES é uma ferramenta didática para comunicar más notícias e tem sido utilizada em várias situações clínicas. Entretanto, o comprometimento cognitivo inerente às síndromes demenciais requer adaptações neste modelo, que foram realizadas após revisão da literatura. OBJETIVO: Desenvolver uma atividade educacional para aprimorar as habilidades de comunicação do estudante de Medicina, a partir de um protocolo de comunicação de más notícias adaptado a demências. METODOLOGIA: Estudo intervencionista, seccional, randomizado, realizado com os estudantes do 3º. ano do curso de Medicina da Universidade federal do Rio Grande do Norte, nos semestres 2016.2 e 2017.1. Um total de 86 alunos participaram, sendo divididos em GI (34 alunos treinaram o protocolo antes das aulas sobre demências), GII (36 alunos treinados após o referencial teórico) e GIII (16 alunos não submetidos ao treinamento). Os alunos dos grupos GI e GII foram submetidos, além do treinamento, a duas OSCEs (Objective Structured Clinical Examination). Os alunos do GIII realizaram apenas a 2a. OSCE. RESULTADOS: A participação no treinamento resultou em melhor desempenho na 2a. OSCE nos grupos GI e GII, quando comparados ao GIII (GI:7,56±1,22, GII: 7,47±1,09, GIII: 6,42±1,68, p<0,001). Os alunos do GI mostraram melhor desempenho nesta avaliação em comparação aos alunos do GII (p<0,001). Os grupos GI e GII apresentaram ganho de desempenho ao longo das duas avaliações (GI OSCE1: 6,38±1,34, GI OSCE2: 7,56±1,22, p<0,001; GII OSCE1: 5,31± 1,36, GII OSCE2: 7,47± 1,09, p<0,001). Os resultados mostram ganho de habilidade de comunicação nos estudantes que participaram do treinamento, que foi independente da exposição prévia aos conteúdos teóricos sobre as síndromes demenciais. Houve crescente desempenho na OSCE à medida que os alunos repetiram a prática da simulação. O treinamento foi bem aceito pelos estudantes de Medicina e a maioria deles (98%) concorda que é importante para a futura prática profissional participar de um treinamento sobre a comunicação do diagnóstico de demência. CONCLUSÃO: As adaptações sugeridas ao protocolo SPIKES parecem seguir as diretrizes atuais sobre a comunicação do diagnóstico de demências, mantendo sua abordagem didática. O treinamento em comunicação de más notícias adaptado à indivíduos com demência promoveu melhoria na habilidade de comunicação dos estudantes do quinto período do curso de Medicina foi bem aceito pelos mesmos. O modelo de treinamento, assim como o protocolo adaptado, podem representar estratégias replicáveis em outros componentes curriculares como forma de aprimoramento da habilidade de comunicação dos cursos da saúde.Tese Impacto da infecção pelo vírus SARS-COV-2 na cognição de idosos(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-09-09) Peixoto, Vanessa Giffoni de Medeiros Nunes Pinheiro; Almondes, Katie Moraes de; http://lattes.cnpq.br/6914402826291062; https://orcid.org/0000-0003-3835-558X; http://lattes.cnpq.br/7772048641780317; Godeiro Júnior, Clecio de Oliveira; Yassuda, Mônica Sanches; Alves, Gilberto Sousa; Caixeta, Leonardo FerreiraINTRODUÇÃO: Uma gama de sequelas é atribuída à infecção pelo SARS-CoV-2, destacando-se efeitos de médio e longo prazo na saúde mental. Entre 30 e 80% dos pacientes apresentam dificuldades cognitivas nos primeiros meses após a COVID-19, persistindo em aproximadamente um terço deles após 2 anos da doença aguda. Disfunções cognitivas pós-COVID, tais como declínio na atenção, disfunção executiva, memória e velocidade de processamento mental, foram reiteradamente demonstrados na literatura. Todavia, a evidência atual advém de estudos direcionados a populações mais jovens. Sabendo que os idosos são os mais predispostos a declínio cognitivo e considerando o impacto global da pandemia da COVID-19, é necessária a compreensão do perfil neuropsicológico da disfunção cognitiva pós-COVID, bem como possíveis fatores modificadores desta condição. METODOLOGIA: Estudo quantitativo, observacional, tipo coorte prospectivo, entre os anos de 2021 e 2023, realizado com idosos entre 60 e 80 anos, sem declínio cognitivo prévio, residentes no município de Natal, RN. O estudo foi dividido em dois grupos, sendo 70 expostos à infecção pelo SARS-CoV-2 antes da vacinação (grupo COVID) e 153 no grupo controle. Os critérios de exclusão incluíram escolaridade ≦ 4 anos, diagnóstico prévio de declínio cognitivo, doenças psiquiátricas descompensadas e antecedentes de fenômenos cerebrovasculares e cardiovasculares maiores em 2020. Os participantes foram submetidos a 03 avaliações seriadas de suas funções cognitivas, capacidade funcional, humor e qualidade de sono, com intervalos de 6 meses, até 20 meses após a infecção. A análise estatística utilizou regressão linear de efeitos mistos, excluindo indivíduos com escolaridade inferior ao ensino médio, visando homogeneizar a amostra. Uma nova regressão analisou a influência de fatores prognósticos nos desfechos cognitivos. RESULTADOS: A idade média foi de 66,97±4,64 anos. Os grupos COVID e controle mostraram diferenças de evolução longitudinal no funcionamento executivo (Bateria de Avaliação Frontal, p-interação=0,051), com pior desempenho no grupo COVID em controle inibitório, flexibilidade cognitiva e memória operacional. Casados (p-interação=0,065) e envolvidos em atividades mentalmente estimulantes (p-interação=0,069) tiveram proteção contra o declínio executivo. Sobrepeso/obesidade, ansiedade e artralgia impactaram negativamente os resultados cognitivos. CONCLUSÃO: O SARS-CoV-2 compromete a cognição de idosos a longo prazo, especialmente as funções executivas, independentemente da gravidade da infecção inicial. Fatores que aumentam a reserva cognitiva parecem conferir resiliência contra a COVID-19. Dada a importância do funcionamento executivo para a autonomia e independência ao longo do envelhecimento, é crucial implementar estratégias de reabilitação cognitiva para idosos.Artigo SPIKES-D: a proposal to adapt the SPIKES protocol to deliver the diagnosis of dementia(SciELO, 2020-12) Godeiro Junior, Clécio de Oliveira; Peixoto, Vanessa Giffoni de Medeiros Nunes Pinheiro; Diniz, Rosiane Viana Zuza; 0000-0002-4312-1633A demência é uma condição incurável e estigmatizada, com impacto devastador na identidade pessoal do paciente e seus cuidadores. Existem muitas barreiras para uma adequada comunicação do diagnóstico às pessoas com demência, incluindo medo de causar estresse psicológico, incerteza do diagnóstico, objeção dos cuidadores e falta de treinamento em habilidades de comunicação nas escolas de medicina. Embora alguns artigos sobre como auxiliar a equipe médica a comunicar um diagnóstico de demência tenham sido publicados, nenhum protocolo específico foi publicado até o presente momento. O protocolo SPIKES é uma abordagem didática desenvolvida para auxiliar a comunicação de más notícias relacionadas ao câncer, mas tem sido utilizado em todo o mundo e nos mais diversos contextos clínicos, inclusive no ensino de habilidades de comunicação para estudantes e residentes de medicina. Entretanto, é sabido que o declínio cognitivo inerente à doença de Alzheimer e outras demências pode limitar a compreensão da complexidade do diagnóstico, tendo sido realizadas, portanto, algumas adaptações nesse protocolo após revisão da literatura acerca da comunicação do diagnóstico das demências. O protocolo SPIKES-D aqui sugerido parece englobar as diretrizes atuais sobre a comunicação do diagnóstico de demências, preservando seu caráter didático na comunicação de más notícias e auxiliando no preenchimento das lacunas neste tópico.