Navegando por Autor "Oliveira Filho, Jethe Nunes de"
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Dissertação Anticorpos anti-trypanosoma cruzi como preditivos de infecção por leishmania infantum(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2013-02-01) Oliveira Filho, Jethe Nunes de; Ximenes, Maria de Fátima Freire de Melo; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786307T7&dataRevisao=null; ; http://lattes.cnpq.br/8122892811158486; Nascimento, Eliana Lúcia Tomaz do; ; http://lattes.cnpq.br/3995803872021711; Carvalho, Maria Goretti Freire de; ; http://lattes.cnpq.br/8934375314306198Leishmania infantum e Trypanosoma cruzi são tripanossomatídeos de importância médica e são, respectivamente, os agentes etiológicos da leishmaniose visceral (LV) e da doença de Chagas (DC) no Brasil. Pessoas infectadas por L. infantum ou por T. cruzi podem evoluir de forma assintomática, possibilitando a transmissão destes patógenos através de transfusão sanguínea e/ou órgãos. A avaliação da infecção por T. cruzi está contemplada entre os exames realizados para triagem de doadores no Brasil, no entanto, não há disponibilidade de exames para Leishmania. Os testes sorológicos para T. cruzi são muito sensíveis, mas não específicos, podendo apresentar reações cruzadas com outros microorganismos. Desta forma, o objetivo desse estudo foi determinar a prevalência da infecção por Leishmania em doadores de sangue e avaliar se os teste sorológicos para T. cruzi detectam L. infantum. Dentre as 300 amostras de sangue de doadores, descartadas em 2011, 61 eram T. cruzi positivas, 203 eram de doadores com outras infecções e 36 eram oriundas de bolsas com baixo volume de sangue, mas sem infecção. Foram também avaliadas 144 amostras de doadores sem infecções e aptos a doarem sangue, totalizando 444 voluntários. DNA foi extraído do sangue de todas as amostras para realizar PCR quantitativa (qPCR) a fim de detectar DNA de Leishmania. O creme leucocitário obtido de todas as amostras foi cultivado em meio Schneider e NNN suplementado. Todas as amostras foram avaliadas quanto a presença de anticorpo anti-Leishmania. Os resultados sorológicos apontam um percentual de 22% de infecção por Leishmania nas amostras de sangue obtidas das bolsas descartadas. Um total de 60% das amostras positivas no ELISA para T. cruzi foram negativas na RIFI, teste usado como confirmatório, ou seja, 60% falso positivos para Chagas. Dentre essas amostras falso positivas para Chagas, 72% foram positivas no ELISA para Leishmania caracterizando a ocorrência de reação cruzada entre os ensaios sorológicos. Do total de 300 culturas realizadas, 18 cresceram parasitas que foram tipados por isoenzimas e qPCR específica, sendo encontrada a espécie Leishmania infantum nas culturas. Dentre as 18 culturas, 4 foram provenientes de bolsas expurgadas por baixo volume e negativas em todas as sorologias do banco de sangue, demonstrando assim que há um risco real de transmissão de Leishmania por via transfusional. Conclui-se que em área endêmica para leishmanioses no Brasil, diagnósticos sorológicos realizados para detectar infecção por T. cruzi em doadores de sangue podem identificar a infecção por L. infantum e, apesar de ocasionar resultados falso positivos para Chagas, essa reatividade cruzada reduz o risco de infecção por Leishmania via transfusão sanguínea, visto que não são aplicados testes específicos detecção desse parasita. Desde modo, persiste a necessidade de se discutir a implementação de um teste de triagem sorológica específico para Leishmania em países endêmicos como o Brasil