Navegando por Autor "Oliveira, Flávia Romênia Cortez de"
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Dissertação Reconstrução de uma feição "original": estratégias projetuais de intervenção em ruínas do Brasil e o caso da Capela do Engenho Cunhaú, RN(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-01-15) Oliveira, Flávia Romênia Cortez de; Dantas, George Alexandre Ferreira; https://orcid.org/0000-0002-8352-7590; http://lattes.cnpq.br/9782385817332156; http://lattes.cnpq.br/3498794449212897; Araújo, Natalia Miranda Vieira de; Assunção, Gabriela de Andrade Lira Mota; Pessôa, José Simões de BelmontNa fase pioneira da atuação do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Sphan), atualmente Iphan, foram traçadas as diretrizes basilares de salvaguarda e intervenção dos bens culturais brasileiros. Nesse período, tornou-se comum no país a preservação de edificações em estilo colonial e a adoção de uma prática comum de restauração, que resultava na reconstrução de um estado “original” dos monumentos tombados pelo órgão federal. Nesse sentido, o objetivo geral deste trabalho é compreender as estratégias projetuais de intervenção na Capela do Engenho do Cunhaú, a fim de contribuir para a discussão conceitual e teórica sobre a relação entre o projeto de restauração e os bens em ruínas. O caso de ruína definido para análise foi a Capela de Nossa Senhora das Candeias, mais conhecida como Capela do Cunhaú, localizada no município de Canguaretama, no Rio Grande do Norte. Os documentos da ermida mostraram-se mais relevantes para a análise que se pretende construir, pois apresentam discussões dos arquitetos do Sphan acerca das estratégias projetuais a serem adotadas no projeto. As principais fontes primárias que compõem a pesquisa são os processos de tombamento e de intervenção, juntamente com seu respectivo acervo iconográfico, disponibilizados pelo Arquivo Central do Iphan (ACI-RJ). Para subsidiar a análise das estratégias de projeto, consideramos como princípios teóricos as teorias preservacionistas, as informações sobre o tombamento e a intervenção, e a trajetória acadêmica e profissional dos arquitetos envolvidos nos projetos de restauração. Dessa maneira, a pesquisa buscou contribuir para o debate contemporâneo sobre os projetos de intervenção em ruínas, ao considerar na discussão tanto os aspectos materiais, no que diz respeito à forma e à função social desses monumentos, quanto os aspectos imateriais, que dizem respeito, neste trabalho, ao contexto ambiental onde estes bens estão inseridos.TCC Ruínas que reluzem ao tempo: valor e patrimônio das ruínas no Brasil (o caso da Capela do Engenho do Cunhaú, RN, 1947-1984)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-02-16) Oliveira, Flávia Romênia Cortez de; Dantas, George Alexandre Ferreira; Julianelli, Anna Rachel Baracho Eduardo; 0000-0001-7217-7401; http://lattes.cnpq.br/1171820374307734; 0000-0002-8352-7590; http://lattes.cnpq.br/9782385817332156; http://lattes.cnpq.br/3498794449212897; Rodrigues, Angela Rosch; 0000-0002-8057-1369; http://lattes.cnpq.br/8560649742117473; Nascimento, José Clewton do; 0000-0002-9723-9207; http://lattes.cnpq.br/3481803473530409A Capela de Nossa Senhoras das Candeias está localizada em uma área que compunha o antigo Engenho do Cunhaú, em Canguaretama, no Rio Grande do Norte. Construído em 1614, foi a primeira unidade de cultivo e produção de açúcar e o segundo núcleo de povoação da Capitania do Rio Grande. Em decorrência da exiguidade de edificações religiosas na época, a Capela do Cunhaú exerceu grande influência na região, favorecendo o processo de ocupação do litoral oriental do Estado. O arruinamento da igreja iniciou-se no século XVII por meio de diversos conflitos entre os holandeses e portugueses, a exemplo do Massacre de 1645 que ocorreu no interior da edificação. Destarte, o objetivo deste trabalho é compreender o processo de patrimonialização e os valores atribuídos às ruínas da Capela do Cunhaú, que foi reconhecida como bem cultural brasileiro, em 1964, com sua inscrição no Livro do Tombo Histórico. As fontes primárias provêm do processo de tombamento nº 666-T-62, disponibilizado pelo Arquivo Central do IPHAN-RJ, e dos periódicos nacionais consultados na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional. Ao se analisar os autos do caso estudado, os resultados apontam que a abertura do processo foi iniciada, em 1947, devido ao alto grau de arruinamento da capela e da necessidade de restauração, ocasionando a princípio a inconveniência da inscrição nos Livros do Tombo por falta de registros documentais satisfatórios. Todavia, o bem foi tombado pelo seu valor histórico como testemunho dos acontecimentos e das causas de sua destruição, a exemplo da invasão holandesa no Rio Grande do Norte e dos atentados ao local. Por fim, discutem-se como a própria condição de ruína e a leitura do entorno (ou da ambiência) foram problematizadas como variáveis na construção e institucionalização do patrimônio no Brasil.