Navegando por Autor "Nunes, Emerson Arcoverde"
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TCC Análise do cortisol salivar ao despertar, em homens e mulheres, com depressão: biomarcador da depressão maior(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2016-11-29) Lira, Rodolfo Aragão de; Coelho, Nicole Leite Galvão; Coelho, Nicole Leite Galvão; Nunes, Emerson Arcoverde; Sousa, Maria Bernadete Cordeiro deA depressão é um transtorno de alta prevalência que atinge cerca de 17 % da população mundial ao longo da vida. Fundamentalmente se caracterizada, dentre outros, pela presença de humor deprimido e/ou anedonia por período mínimo de duas semanas. Sua alta incidência, em parte, se deve à dificuldade de diagnóstico, o que por sua vez passa pela ausência de biomarcadores específicos para essa doença. Atualmente o diagnostico é feito pelos médicos de maneira subjetiva, através de entrevistas, ou com auxilio de escalas, o que pode gerar sub ou supra diagnósticos. Dessa forma, enorme esforço tem sido feito para delinear biomarcadores a fim de auxiliar e dá robustez ao diagnóstico da depressão maior. Fundamentados em fortes evidências da literatura nos inclinamos a analisar a resposta do cortisol salivar ao despertar em indivíduos com depressão maior e observamos uma hiporresponsividade deste hormônio em mulheres com depressão melancólica que não foi vista em mulheres com depressão atípica e controles saudáveis. Também não foi observado diferenças estatísticas no cortisol ao despertar de homens com depressão melancólica e controles saudáveis. Especula-se a que hipocortisolemia decorra da cronicidade da patologia e que essa resposta inicialmente protetora, frente à alta gravidade e refratariedade de seus casos, falha após o sistema de auto-ajuste não funcionar adequadamente, mantendo os níveis de cortisol baixos cronicamente, o que induz também efeitos deletérios.Dissertação Análise in silico para predição da interação RNam-miRNas relacionados ao transtorno bipolar(2019-03-28) Pinheiro, Marília Gabriella de Oliveira; Luchessi, André Ducati; ; ; Nunes, Emerson Arcoverde; ; Bortolin, Raul Hernandes;O transtorno bipolar (TB) é uma doença psiquiátrica conhecida por suas altas taxas de morbidade influenciadas por um diagnóstico clínico tardio e impreciso. Neste contexto, biomoléculas como miRNAs e RNAm têm sido estudados para elucidar a patogênese de muitas doenças, levando ao desenvolvimento de técnicas para obter um diagnóstico precoce ou garantir um tratamento individualizado. Este estudo utilizou análise integrativa in silico de dados de expressão de miRNAs e RNAm diferencialmente regulados em amostras de sangue total de pacientes com TB, com o objetivo de elucidar possíveis interações destas biomoleculas no TB. Portanto, interações de miRNA-RNAm em TB foram investigadas por meio de ferramentas de bioinformática usando dados de microarray e revisão bibliográfica. Foi feita uma lista de 81 RNAm diferencialmente expressos em pacientes com TB quando comparados a controles de dois conjuntos de dados disponíveis (GSE46416 e GSE23848) e miRNAs. Estes dados foram utilizados no programa de análise Ingenuity Pathways Analysis 6 (IPA). Concluída a análise in silico foi feita a casuística clínica, composta por dois grupos: um de pacientes com TB (n=30) e outro de voluntários controles (n=30). Houve a análise dos dados gerais e clínicos dos voluntários da pesquisa, além da análise dos prontuários dos pacientes com TB. Os resultados in silico mostraram 34 predições de interação entre miRNA-RNAm, quando foram realizadas análises de miRNA-RNAm diretamente envolvidas no TB, 9 miRNAs e 28 RNAm foram interconectados, em destaque a ligação encontrada para o TB foram mi140-3p com o gene COX6C, e destes com o COX7B. Os três estão relacionados com a mitocôndria, organela que em estudos sugerem que pode ser prejudicada no TB. Quanto a etapa clínica foram encontradas diferenças significativas na obesidade, dislipidemia e histórico familiar de transtornos mentais, em pacientes com TB quando comparados com controles. Em conclusão, esses resultados direcionam os futuros estudos experimentais para alguns miRNAs e RNAm que podem estar envolvidos direta ou indiretamente na fisiopatologia do TB e poderiam ser potenciais biomarcadores circulantes para serem usados na detecção precoce do TB.Dissertação Depressão no período periparto: rastreio em mulheres primíparas de alto risco - análise de fatores hormonais, clínicos e epidemiológicos(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-07-13) Nascimento Filho, José Medeiros do; Sousa, Maria Bernardete Cordeiro de; ; ; Nunes, Emerson Arcoverde; ; Coutinho, Maria da Penha de Lima;O transtorno depressivo maior (TDM) configura-se atualmente como um problema de saúde pública, acometendo mais de 300 milhões de pessoas no mundo. Essa situação reveste-se de importante gravidade no período puerperal, quando mulheres podem desenvolver sintomas depressivos atrelados às variações dos hormônios sexuais e do eixo hipotálamo-hipófiseadrenal relacionadas tanto ao estado gestacional, como ao periparto, com consequências negativas para a mãe, o recém-nascido, ou ambos. Alguns estudos têm demonstrado que os hormônios esteroides e peptídeos possuem efeitos modulatórios em circuitos neurais associados ao cuidado parental, comportamento este que também é influenciado por fatores genéticos, socioambientais e econômicos. Deste modo, a intercorrência de depressão no pós-parto deve ser investigada de maneira mais ampla de modo a contemplar estes aspectos. Os objetivos deste estudo foram (1) descrever as características de uma amostra de parturientes primigestas em termos dos aspectos socioeconômicos e epidemiologia do pré-natal, e (2) modelar o risco de depressão nesta amostra. O desenho experimental constou de um estudo transversal e quantitativo onde foram entrevistadas 116 mulheres maiores de 18 anos, com fetos nascidos vivos, em até 48 horas após o parto. Foram utilizados questionários socioepidemiológico e de qualidade do pré-natal, e duas escalas de rastreio para depressão: Pacient Health Questionnaire 9 (PHQ9, ponto de corte 10) e Escala de Depressão Puerperal de Edimburgo (EPDS, ponto de corte 10). No dia seguinte à aplicação dos questionários foi realizada coleta de sangue para dosagem do cortisol matinal. A análise estatística evidenciou que a idade média das participantes foi de 24,37 anos (61,26%; n= 71) e que estas tinham, na sua maioria, renda familiar de até 1 salário mínimo (75%; n= 84) e união estável (72,41%; n=84), declarando receber muito ou muitíssimo apoio do parceiro. A média geral do número de consultas de prénatal foi 8,65 (+ 3,19) com início das consultas em torno de 9,34 (+ 4,42) semanas. Oitenta mulheres (68,96%) afirmaram não ter sido indagadas sobre seu humor durante o pré-natal. Apenas 13,80% (n=16) relataram problemas psiquiátricos prévios. Desse total, 23,28% (n= 27) positivaram na EPDS e 52,59% (n= 61) positivaram na PHQ9. Foi possível coletar amostras para análise do cortisol de 107 mulheres. Do total das parturientes foram selecionadas 46 com renda de até 1 salário mínimo distribuídas em dois grupos: 21 participantes que apresentaram rastreio positivo em EPDS e outras 25 participantes com os dois rastreios negativos (EPDS e PHQ9). Considerando o conjunto das 46 participantes dos dois grupos, a modelagem do risco de depressão no periparto foi realizada por meio de um modelo de regressão logística (Modelo I). Os fatores de risco encontrados foram menor idade, menores níveis de cortisol, presença de história psiquiátrica prévia e apoio do pai. Um outro, utilizando as 116 participantes (Modelo II) buscou identificar a predição para rastreio positivo. Nesta análise os fatores preditivos positivos foram a renda familiar de até um salário mínimo, morar na capital do estado e ter histórico psiquiátrico prévio. A partir dos resultados obtidos serão propostas adequações ao programa do pré-natal de alto risco da maternidade estudada e recomendações para rastreio de depressão no pós-parto imediato, utilizando o questionário PHQ2, de modo a permitir, uma intervenção nas mulheres potencialmente deprimidas.Tese Diagnóstico diferencial baseado em variáveis autonômicas e estrutura do discurso entre transtornos neuropsiquiátricos utilizando aprendizagem de máquina(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-01-23) Rebouças, Gleidson Mendes; Sousa, Maria Bernardete Cordeiro de; ; http://lattes.cnpq.br/8488760386226790; ; http://lattes.cnpq.br/0946274743230243; Nunes, Emerson Arcoverde; ; http://lattes.cnpq.br/6535963043198482; Cavalcanti, José Rodolfo Lopes de Paiva; ; http://lattes.cnpq.br/3433564869429006; Miguel, Mario André Leocadio; ; http://lattes.cnpq.br/9973095281534917; Galdino, Melyssa Kellyane Cavalcanti; ; http://lattes.cnpq.br/6286409609641742; Ribeiro, Sidarta Tollendal Gomes; ; http://lattes.cnpq.br/0649912135067700O estudo da natureza adaptativa da resposta ao estresse evidencia a participação principal de mecanismos fisiológicos associados ao eixo endócrino hipotálamo-pituitária-adrenal e do Sistema Nervoso Autônomo (SNA), nas suas divisões simpática e parassimpática, bem como do sistema imune. Indivíduos com diferentes transtornos neuropsiquiátricos apresentam sinais e sintomas que sugerem desregulação do SNA (disautonomia) e na expressão ou forma do discurso oral. Estas ocorrências se apresentam em outros transtornos que fazem parte do espectro psicofisiológico que inclui o Transtorno de Estresse Pós-traumático (TEPT) o Transtorno de Ansiedade (TA) e o Transtorno obsessivo compulsivo (TOC). Neste contexto, o objetivo deste estudo foi desenvolver um modelo matemático classificador de diagnóstico para o TEPT, baseado na análise de variáveis autonômicas e estrutura do discurso. Foram investigados 298 indivíduos do sexo masculino com idades entre 22 e 48 anos alocados em quatro grupos: TEPT (n = 76), TA (n = 77), TOC (n = 73) e Controle (n = 72). Os questionários PCL-5, BAI e YBOCS foram utilizados para obter os dados psicométricos relacionadas respectivamente ao TEPT, TA e TOC. O software SpeechGraphs® foi empregado para analisar a representação da trajetória de palavras e caracterizar quantitativamente a complexificação do discurso. Um sinal de ECG (ADInstruments modelo PowerLab®) foi utilizado para análise da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) e da condutância de pele (RGP). Técnicas de machine learning (Decision Tree e Naive Bayes) foram empregadas para se obter o modelo matemático. O modelo gerado para classificação do TEPT baseado em medidas da VFC apresentou acurácia de 92,3% (p < 0,0001) e índice Kappa de 89,7% com a geração de um algoritmo de decisão utilizando medidas do eixo parassimpático (SDNN e RMSSD) e simpático (LF). O modelo gerado para classificação do TEPT baseado em medidas autonômicas de condutância de pele (μS) apresentou acurácia de 96,6% (p < 0,0001) e índice Kappa de 95,4% com a geração de um algoritmo de decisão utilizando medidas verificadas no segundo um e 180 da janela de cinco minutos. O modelo gerado para classificação do TEPT baseado em medidas de trajetória do discurso apresentou acurácia de 80,9% (p < 0,0001) e índice Kappa de 71,4% com a geração de um algoritmo de decisão utilizando medidas de diversidade lexical (Nodes), recorrência (RE, PE) e conectividade (LSC, LCC e L3). A classificação em níveis de severidade do transtorno permitiu a identificação, pelo método k-means, de 3 classes (graus) de elevação para cada variável. Os modelos gerados com medidas autonômicas apresentaram melhor precisão para a classificação do TEPT e apresentam o potencial de serem utilizados como um método mais eficiente para diagnóstico, futuras investigações sobre estratificação de risco, categorização da gravidade e acompanhamento da evolução clínica deste transtorno.TCC Diferenças entre sexos no tratamento do Transtorno Bipolar em um hospital geral(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-12-15) Cunha, Rayane Ribeiro da; Simoni, Ana Carolina Rios; https://orcid.org/0000-0001-9805-6966; http://lattes.cnpq.br/7427786733929741; https://orcid.org/0000-0001-8980-941X; http://lattes.cnpq.br/1245642788326781; Dimenstein, Magda Diniz Bezerra; https://orcid.org/0000-0002-5000-2915; http://lattes.cnpq.br/9681334300604531; Nunes, Emerson Arcoverde; http://lattes.cnpq.br/6535963043198482O transtorno bipolar é uma condição caracterizada pela presença de acentuada labilidade do humor que pode alternar entre episódios de depressão, mania ou hipomania, causando prejuízos no ambiente social dos indivíduos. Observa-se que existe uma ampla variabilidade clínica do transtorno bipolar, marcada tanto por desequilíbrios fisiológicos, como por processos psicossociais. Por sua natureza multifatorial, faz-se necessário um olhar abrangente sobre as variáveis intervenientes, dentre elas o sexo. Diante disso, esse estudo se propôs analisar as relações entre as variáveis sexo e diagnóstico, a partir da prevalência e dos tratamentos prescritos aos usuários diagnosticados com transtorno bipolar em um hospital universitário, através de dados sociodemográficos e clínicos disponibilizados nos prontuários. Os resultados da pesquisa demonstraram que o grupo feminino mostrou mais chances de apresentarem comorbidades clínicas e psiquiátricas, além de possibilidades diminuídas na ocorrência de reinternações e de fazerem uso de carbonato de lítio. Quanto à procedência, tanto o grupo feminino quanto o masculino são majoritariamente oriundos da zona norte e oeste de Natal, setores com maiores concentrações de vulnerabilidade da cidade. Os achados nos comunicam não somente o perfil de qual população mais acessa o serviço, mas qual população tem apresentado maior grau de vulnerabilidade no contexto analisado, indicando a necessidade de realização de outros estudos que tomem por objeto as relações entre os processos de vulnerabilidade e adoecimento mental na cidade de Natal na perspectiva da determinação social da saúde.TCC Estimulação não invasiva do nervo vago como uma alternativa de tratamento da hiperatividade simpática em pacientes com Transtorno de Estresse Pós-Traumático: uma revisão narrativa(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-09-14) Souza, Martony Guerra Borges de; Sousa, Maria Bernardete Cordeiro de; http://lattes.cnpq.br/8488760386226790; http://lattes.cnpq.br/6655382452111371; Nunes, Emerson Arcoverde; http://lattes.cnpq.br/6535963043198482; Rebouças, Gleidson Mendes; http://lattes.cnpq.br/0946274743230243Transtornos neuropsiquiátricos relacionados ao estresse, entre eles o Transtorno de Estresse Pós-traumático (TEPT), apresentam uma resposta autonômica exacerbada, levando a um quadro de desregulação do Sistema Nervoso Autônomo (SNA), caracterizado por uma hiperativação simpática e diminuição do tônus parassimpático em repouso. As formas de tratamento atuais possuem limitações e boa parte dos pacientes não conseguem alcançar a remissão completa dos sintomas. Neste cenário, a estimulação do nervo vago (VNS) representa uma modalidade terapêutica promissora no campo da neuromodulação em psiquiatria clínica. No momento, há duas formas disponíveis. A forma invasiva tem a desvantagem de ter um custo elevado e necessitar de procedimento cirúrgico, fazendo com que muitos pacientes sejam resistentes a optar por esse tipo de intervenção médica. A segunda forma de VNS é de natureza não invasiva (nVNS) e surgiu buscando superar tais dificuldades, por meio de dispositivos transcutâneos (tVNS). Estudos tem demonstrado que tVNS tem efeitos no tônus autonômico, função cardiovascular e áreas centrais do cérebro envolvidas na modulação da emoção, o que a torna particularmente aplicável a pacientes com TEPT. Atualmente existem duas formas de VNS transcutânea: (1) auricular (taVNS) e (2) cervical (tcVNS). Ambas são seguras e eficazes em seres humanos, possuem praticidade de manuseio e menor custo. Tanto a taVNS quanto a tcVNS representam metodologias promissoras para o tratamento de pacientes com transtornos psiquiátricos relacionados ao estresse e, nesta perspectiva, este estudo analisa os mecanismos subjacentes da resposta ao estresse no TEPT, a fisiologia do nervo vago e suas formas de estimulação (invasiva e não invasiva), apresentando as características dos dispositivos utilizados, os parâmetros de estimulação, efeitos adversos, segurança e eficácia.TCC Evidências de validade da OMS-HC em profissionais residentes em saúde(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-01-16) Tavares, Antonia Andrelandia Jácome de Oliveira; Silva, Fábio Henrique Vieira de Cristo e; https://orcid.org/0000-0001-5188-0376; http://lattes.cnpq.br/5538481123174916; https://orcid.org/0000-0002-2270-0687; http://lattes.cnpq.br/9160156776322052; Carvalho, Maria Fernanda de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/5907115974180876; Nunes, Emerson Arcoverde; https://orcid.org/0000-0002-2001-4536; http://lattes.cnpq.br/6535963043198482O estigma é um fenômeno social caracterizado por atitudes, crenças e estereótipos negativos direcionado ao sujeito ou grupos sociais, e pode provocar a discriminação, exclusão social e vergonha. No campo da saúde mental, o estigma contribui para produção de patologias ou agravo de transtornos já existentes. O outsider (aquele que se desvia das regras do grupo dominante) sofre estigma e violência, no qual impacta a saúde gerando sofrimento. Os profissionais de saúde assim como o público em geral, pode apresentar comportamentos estigmatizantes relacionados às pessoas com transtornos mentais, pois são expostos a crenças, cultura e socialização que reforçam a internalização do estigma. Dessa forma, esta pesquisa objetiva investigar evidências de validade da versão adaptada no Brasil da “Escala Opening Minds para Profissionais de Saúde” (OMS - HC) em amostra de residentes em saúde. Especificamente, os objetivos são: a) Descrever o perfil sociodemográfico dos participantes; b) Examinar a validade da OMS - HC por meio da análise da sua estrutura interna; c) Verificar a precisão da OMS - HC por meio do exame da consistência interna; d) Verificar possíveis relações estatísticas entre a percepção sobre a existência de estigma na instituição e a idade e o tempo de formação. e) Caracterizar possíveis diferenças sociodemográficas entre os participantes em relação à percepção sobre a existência de estigma na instituição (gênero, categoria profissional do residente, programa de residência, instituição de saúde, estado que realiza a residência). A pesquisa tem caráter exploratório com abordagem quantitativa. Participaram 108 profissionais residentes. Os instrumentos utilizados na coleta dos dados foi um questionário contendo perguntas sociodemográfico e a escala OMS-HC composta de 20 itens, cada item variando entre 1 = discordo plenamente e 5 = concordo totalmente. Os dados foram analisados por meio do programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), no qual foi realizado análises descritivas e inferenciais, além do software FACTOR para a realização de análise fatorial exploratória (AFE) e avaliação dos indicadores de precisão a partir do alfa de Cronbach e ômega de McDonald. A maioria dos participantes (77,8%) é do gênero feminino, com uma média de idade de 26,86 anos (DP = 2,91). As categorias profissionais mais representadas foram enfermeiros (24,1%), médicos (20,4%) e psicólogos (16,7%). A maioria era residente multiprofissional (73,1%) e 54,6% estavam no primeiro ano de residência. A análise fatorial exploratória revelou um único fator para o estigma, com bons índices de consistência interna (Alfa de Cronbach = 0,79; Ômega de McDonald = 0,87). Este estudo encontrou uma correlação negativa significativa, embora fraca, entre o tempo de formação e a percepção de estigma. Além disso foram encontradas variações na categoria profissional, programa de residência e instituição de saúde que indicaram um impacto relevante, embora sem significância estatística. A escala OMS-HC, criada no Canadá e validada no Brasil, mostrou-se evidências adicionais de sua qualidade psicométrica de validade de construto e de precisão na medição do estigma entre profissionais de saúde em relação a pessoas com transtornos mentais. A pesquisa reforça a compreensão do estigma no contexto atual e favorece o uso da escala em outras instituições de saúde. Limitações e implicações práticas desses resultados são discutidosDissertação Exame da constitucionalidade da internação psiquiátrica forçada em pessoa com transtorno mental a partir do critério da proporcionalidade(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-09-04) Vieira, Patrício Jorge Lobo; Martins, Leonardo; ; http://lattes.cnpq.br/6963079630876141; ; http://lattes.cnpq.br/4952392110469948; Nunes, Emerson Arcoverde; ; http://lattes.cnpq.br/6535963043198482; Sarlet, Ingo Wolfgang; ; http://lattes.cnpq.br/7185324846597616; Goes, Ricardo Tinoco de; ; http://lattes.cnpq.br/7090788895861365A Lei da Reforma Psiquiátrica alterou toda a sistemática da política de tratamento da pessoa com transtorno mental ao reconhecer a dinâmica inclusiva e a primazia dos serviços extrahospitalares. O Estatuto da Pessoa com Deficiência incorporou preceitos da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência quando alterou o sistema das capacidades e, assim, reconheceu a autonomia do ser humano como valor fundante em relação a tratamentos e hospitalização, excepcionando medidas emergenciais. A mente humana possui especificidades, e pessoas podem não dispor da autodeterminação necessária à realização de atos na vida civil, inclusive no âmbito da consciência em relação à necessidade de tratamento para preservação da própria vida, afigurando-se indispensável a interface com outros saberes, sobretudo a psiquiatria. Nessa correlação, a dissertação trata do problema da violação da liberdade e da dignidade em detrimento da lei da reforma psiquiátrica e do dilema acerca do tratamento não consentido como meio necessário à preservação da saúde, da vida e da própria dignidade diante do dever estatal de proteção inerente à dimensão objetiva dos direitos fundamentais, impondo-se o tratamento como medida de proteção e resgate da própria autodeterminação da pessoa com transtorno mental em situação de crise e estado de vulnerabilidade. Nesse sentido, será traçado um panorama do transtorno mental e a problemática nacional e mundial. Abordar-se-á a história da loucura e dos manicômios, a regulação dos direitos das pessoas com transtorno mental, inclusive no direito comparado, delineando-se os conflitos na saúde mental no contexto jurídico e interdisciplinar. Discorrerse-á sobre a autodeterminação como direito fundamental e elemento da dignidade humana, volvendo-se ao consentimento informado e às limitações humanas, como também aos dilemas atinentes à liberdade e ao dever estatal de proteção, no âmbito da restrição dos direitos. Por fim, proceder-se-á à análise da constitucionalidade da Lei nº 10.216 de acordo com a proporcionalidade, com abordagem de decisões judiciais de âmbito nacional, regional e local, atentando-se para a necessidade ou não de autorização constitucional expressa para a restrição de direitos fundamentais, sobremodo no âmbito da autodeterminação do ser humano, com ênfase na justificação constitucional da intervenção estatal, mediante averiguação da licitude do propósito e do meio, da adequação e da necessidade diante do propósito da norma, apresentando-se, ao final, proposições construtivas em relação à temática. Para isso, o estudo, de natureza exploratória e descritiva, com abordagem qualitativa e método dedutivo, por meio de pesquisa bibliográfica, destina-se à avaliação da constitucionalidade formal e material das internações psiquiátricas forçadas sob o viés da proporcionalidade como critério metodológico legitimador do ônus da justificação estatal na intervenção nos direitos fundamentais das pessoas com transtorno mental.TCC A influência de uma técnica de respiração de yoga no tratamento da depressão maior: associações com o devaneio mental e a interocepção(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-07-14) Galvão, Gisele Tavares Mollick; Coelho, Nicole Leite Galvão; 0000-0002-4887-8635; http://lattes.cnpq.br/9256395169042054; 0009-0004-2703-4267; https://lattes.cnpq.br/3683398468987895; Soares, Bruno Lobão; 0000-0003-4564-2288; http://lattes.cnpq.br/3124118595692286; Nunes, Emerson Arcoverde; 0000-0002-2001-4536; http://lattes.cnpq.br/6535963043198482A depressão maior é um transtorno psiquiátrico que atinge mais de 320 milhões de pessoas ao redor do mundo e, embora existam diversos medicamentos para induzir a redução da sintomatologia da doença, parte dos pacientes não se adequam à monoterapia medicamentosa e, aproximadamente, um terço dos pacientes não respondem ao tratamento farmacológico. Dessa forma, outras opções de tratamento devem ser consideradas. Apesar dos estudos apontarem para os benefícios do yoga na redução dos sintomas depressivos, esta prática ainda não foi incluída nas diretrizes para o manejo da DM. Diante disso, o objetivo deste trabalho é avaliar a resposta antidepressiva mediada pela execução de um protocolo on-line e home-based da respiração yóguica Ujjayi, em universitários com DM, e as possíveis correlações entre tal resposta, a interocepção e o devaneio mental. O tratamento teve duração de 12 semanas, sendo uma sessão semanal de 1h de intervenção guiada por uma yogaterapeuta e 3 sessões semanais de 20 minutos por meio de vídeos, totalizando 2h de terapia semanal. Pacientes com DM de severidade moderada à grave também foram tratados com antidepressivo. Foi observado uma redução dos sintomas depressivos independentemente do uso do antidepressivo, o qual foi correlacionado com a diminuição do devaneio mental e com o aumento da interocepção. Estudos anteriores mostram que o yoga pode ser uma alternativa adjuvante para o tratamento da DM, por promover a redução dos sintomas depressivos e da ruminação, um tipo de devaneio mental. Porém, são poucas as investigações relatando o uso de protocolos específicos de técnicas de respiração yóguica em indivíduos com DM e ainda, relacionando a resposta clínica com a interocepção e o devaneio mental. Diante do exposto, apesar do tamanho da amostra do presente estudo ter sido pequena, ele possui boas contribuições e resultados favoráveis ao uso do pranayama Ujjayi como terapia complementar para o tratamento da DM, evidenciando a importância do aumento da interocepção e da redução do devaneio mental para a melhora clínica.Artigo Moderators of ayahuasca’s biological antidepressant action(Frontiers Media SA, 2022-12) Sousa Júnior, Geovan Menezes de; Tavares, Vagner Deuel de Oliveira; Galvão, Ana Cecília de Menezes; Almeida, Raíssa Nóbrega de; Fontes, Fernanda Palhano Xavier de; Soares, Bruno Lobão; Freire, Fúlvio Aurélio de Morais; Nunes, Emerson Arcoverde; Oliveira, João Paulo Maia de; Perkins, Daniel; Sarris, Jerome; Araujo, Draulio Barros de; Coelho, Nicole Leite GalvãoIntroduction: The understanding of biological responses to psychedelics with antidepressant potential is imperative. Here we report how a set of acute parameters, namely emotional (depressive symptoms), cognitive (psychedelic experience), and physiological (salivary cortisol), recorded during an ayahuasca dosing session, modulated serum brain-derived neurotrophic factor (BDNF), serum cortisol (SC), serum interleukin 6 (IL-6), plasma C-reactive protein (CRP), and salivary cortisol awakening response (CAR). Methods: Results were analyzed 2 days after the psychedelic intervention (ayahuasca) versus placebo in both patients with treatment-resistant depression and healthy volunteers. These measures were assessed as part of a randomized double-blinded, placebo-controlled trial (n = 72). Results: Results revealed that larger reductions of depressive symptoms during the dosing session significantly moderated higher levels of SC in patients. Whereas lesser changes in salivary cortisol levels during the ayahuasca intervention were related to higher BDNF levels in patients with a larger clinical response in the reduction in depressive symptoms. No moderator was found for patient's CAR, IL-6, and CRP responses to ayahuasca and for all biomarker responses to ayahuasca in healthy controls and in the placebo group. Discussion: In summary, some specific emotional and physiological parameters during experimental ayahuasca session were revealed as critical moderators of the improvement of major depression biomarkers, mainly BDNF and SC two days after ayahuasca intake. These findings contribute to paving the way for future studies investigating the biological antidepressant response to psychedelic therapyArtigo Pathophysiology of major depression by clinical stages(Frontiers Media SA, 2021-08-05) Galvão, Ana Cecília de Menezes; Almeida, Raíssa Nobrega; Sousa Júnior, Geovan Menezes de; Miguel, Mario André Leocadio; Fontes, Fernanda Palhano Xavier de; Araujo, Draulio Barros de; Soares, Bruno Lobão; Oliveira, João Paulo Maia de; Nunes, Emerson Arcoverde; Hallak, Jaime Eduardo Cecilio; Schuch, Felipe Barreto; Sarris, Jerome; Galvão-Coelho, Nicole LeiteThe comprehension of the pathophysiology of the major depressive disorder (MDD) is essential to the strengthening of precision psychiatry. In order to determine the relationship between the pathophysiology of the MDD and its clinical progression, analyzed by severity of the depressive symptoms and sleep quality, we conducted a study assessing different peripheral molecular biomarkers, including the levels of plasma C-reactive protein (CRP), serum mature brain-derived neurotrophic factor (mBDNF), serum cortisol (SC), and salivary cortisol awakening response (CAR), of patients with MDD (n = 58) and a control group of healthy volunteers (n = 62). Patients with the first episode of MDD (n = 30) had significantly higher levels of CAR and SC than controls (n = 32) and similar levels of mBDNF of controls. Patients with treatment-resistant depression (TRD, n = 28) presented significantly lower levels of SC and CAR, and higher levels of mBDNF and CRP than controls (n = 30). An increased severity of depressive symptoms and worse sleep quality were correlated with levels low of SC and CAR, and with high levels of mBDNF. These results point out a strong relationship between the stages clinical of MDD and changes in a range of relevant biological markers. This can assist in the development of precision psychiatry and future research on the biological tests for depressionArtigo Potential biomarkers of major depression diagnosis and chronicity(2021-09-29) Galvão, Ana Cecília de Menezes; Almeida, Raissa Nobrega; Sousa Júnior, Geovan Menezes de; Leocadio-Miguel, Mário André; Fontes, Fernanda Palhano Xavier de; Araujo, Draulio Barros de; Lobão-Soares, Bruno; Maia-de-Oliveira, João Paulo; Nunes, Emerson Arcoverde; Hallak, Jaime Eduardo Cecilio; Sarris, Jerome; Galvão-Coelho, Nicole LeiteMolecular biomarkers are promising tools to be routinely used in clinical psychiatry. Among psychiatric diseases, major depression disorder (MDD) has gotten attention due to its growing prevalence and morbidity. We tested some peripheral molecular parameters such as serum mature Brain-Derived Neurotrophic Factor (mBDNF), plasma C-Reactive Protein (CRP), serum cortisol (SC), and the salivary Cortisol Awakening Response (CAR), as well as the Pittsburgh sleep quality inventory (PSQI), as part of a multibiomarker panel for potential use in MDD diagnosis and evaluation of disease’s chronicity using regression models, and ROC curve. For diagnosis model, two groups were analyzed: patients in the first episode of major depression (MD: n = 30) and a healthy control (CG: n = 32). None of those diagnosis models tested had greater power than Hamilton Depression Rating Scale-6. For MDD chronicity, a group of patients with treatment-resistant major depression (TRD: n = 28) was tested across the MD group. The best chronicity model (p < 0.05) that discriminated between MD and TRD included four parameters, namely PSQI, CAR, SC, and mBDNF (AUC ROC = 0.99), with 96% of sensitivity and 93% of specificity. These results indicate that changes in specific biomarkers (CAR, SC, mBDNF and PSQI) have potential on the evaluation of MDD chronicity, but not for its diagnosis. Therefore, these findings can contribute for further studies aiming the development of a stronger model to be commercially available and used in psychiatry clinical practiceTCC Predição de suicídio em hospitais gerais: uma revisão bibliográfica(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2018) Ferreira, Pablo Ivo Borges; Nunes, Emerson Arcoverde; Rocha, Keyla Borges Ferreira; Nunes, Emerson Arcoverde; Macedo, Adailson; Tavares, JulianaA cada quarenta segundos uma pessoa comete suicídio no mundo. Estima-se que até 2.020, esse valor possa aumentar para uma morte a cada vinte segundos. No Brasil, a taxa de suicídio aumentou para 21% entre o ano de 1985 a 2005. O estudo objetivou avaliar as evidências disponíveis na literatura sobre a predição de suicídio em hospital geral em mundo no ano de 2012 a 2017 e descrever os artigos inerentes ao tema que compõe a matriz de síntese do presente artigo. Trata-se de uma revisão bibliográfica utilizando a Biblioteca Virtual em Saúde para selecionar artigos inerentes ao tema proposto, na busca comprovou-se a predição de suicídio em 15 artigos (100%) selecionados na base de dados Medline 7 (46,66%) suicídios cometidos na América Latina, 5 (33,33%) foram na América do Norte, 2 (13,33%) foram na Oceania e 1 (6,66%) foi na Europa. Compreende-se que a predição de suicídio em hospital geral nesses países precisa de uma intervenção urgente. Resultados: em pesquisa mais recente avaliaram em 50 pacientes que tentaram 96% (n=48) a variabilidade do sono como um sinal de alerta agudo de ideação suicida em uma avaliação longitudinal de jovens adultos com alto risco de suicídio e obtiveram através de um histórico de tentativa de suicídio os seguintes valores médios da actigrafia revelaram parâmetros do sono objetivamente alterados; 78% (n=39) e 36% (n=18) endossaram insônia e pesadelos clinicamente significativos, respectivamente e quando os resultados foram controlados para os sintomas depressivos suicidas e depressivo, os parâmetros actigráficos e subjetivos do sono previram escores de mudança residual na ideação suicida nos acompanhamentos de 7 e 21 dias (P<0,001). Espera-se que este artigo proporcione conhecimento e seja incentivador de novas pesquisas no Brasil com ênfase na utilização sistemática de escalas e questionários por hospitais gerais para predizer o risco de suicídio de uma forma mais rápida e eficiente, diminuindo o final da cadeia de eventos do suicídio.Artigo Psychotropics in different causes of itch: systematic review with controlled studies(Sociedade Brasileira de Dermatologia, 2016-12) Brasileiro, Lízie Emanuelle Eulalio; Barreto, Dayanna Patrícia de Carvalho; Nunes, Emerson ArcoverdeAmong the wide range of symptoms neglected or resistant to conventional treatments in clinical practice, itch is emerging gradually as a theme to be studied. Itch complaints and the negative effects in the quality of life are observed in several medical fields. Although the partially obscure pathophysiology, some researchers decided to check and test the use of psychotropic drugs in resistant itch to conventional topical treatments and antihistamines. The objective of this study was to evaluate scientific evidence in psychotropic use in the treatment of itch of various causes. This is a systematic review of scientific literature. The following databases were used: PubMed, Web of Science, Scopus and Scielo. Randomized controlled trials that should focus on treatment with psychotropic drugs of pruritus of various causes were the inclusion criteria. All articles were analyzed by the authors, and the consensus was reached in cases of disagreement. Fifteen articles were included after analysis and selection in databases, with the majority of clinical trials focusing on psychopharmacological treatment of itch on account of chronic kidney disease. Clinical trials with psychotropic drugs mostly indicated significant improvement in the itching. In most trials of chronic kidney disease as basal disease for itch, greater effectiveness was observed with the use of psychotropic drugs compared with placebo or other antipruritic. However, the small amount of controlled trials conducted precludes the generalization that psychiatric drugs are effective for itch of various causesTese Triagem e tratamento somático do transtorno de estresse pós-traumático em população adulta exposta a experiências traumáticas(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-06-02) Almeida, Ana Kelly de; Sousa, Maria Bernardete Cordeiro de; ; ; Rodrigues Netto, Liana; ; Fuzikawa, Cíntia Satiko; ; Nunes, Emerson Arcoverde; ; Galdino, Melyssa Kellyane Cavalcanti; ; Borba, Paula Adriana;O Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) se caracteriza essencialmente pelo desenvolvimento de sintomas clínicos de natureza psicológica, fisiológica e comportamental após a exposição a um ou mais eventos traumáticos que podem variar entre os diferentes indivíduos, apresentando diferentes combinações de padrões sintomáticos incluídos nos critérios diagnósticos da doença no Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais (DSM-IV). O estresse fisiológico é a forma pela qual o organismo responde aos eventos traumáticos, os quais têm se tornado cada vez mais comuns com a crescente violência dos centros urbanos, sendo demonstrado pela frequente ocorrência de assaltos ou roubos seguidos de morte, levando ao desencadeamento do TEPT, com agravo no impacto na saúde mental. Atualmente, evidências a partir de estudos sobre a neurobiologia do TEPT demonstraram sistemas neurais particularmente envolvidos na sua fisiopatologia e diferentes tipos de abordagens para tratamento. Como por exemplo, abordagens e métodos terapêuticos de natureza somática, entre elas o método SE™ – Somatic Experiencing® (Experiência Somática), centradas na melhora dos sintomas de estresse crônico e estresse pós-traumático. Nesse contexto, os objetivos deste estudo envolvem 3 aspectos relacionados ao TEPT: (1) Investigar o estado da arte no uso de terapias somáticas, particularmente do método da SETM, aplicadas ao tratamento do TEPT; (2) Avaliar o efeito do SETM em homens vítimas de assalto na cidade de Natal, medicados e não medicados, com diagnóstico clínico de TEPT; (3) Validar um questionário para triagem de TEPT construído com base no Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais (DSM-5). No primeiro estudo foi realizada uma revisão de literatura sobre abordagens somáticas demonstrando que técnicas e métodos como Ioga, Mindfulness, Brainspotting e SETM apresentaram resultados positivos na redução dos sintomas do TEPT com atendimentos individuais, em grupo e de casais. No entanto, apesar da eficácia desses tratamentos, constatou-se uma baixa produção acadêmica, particularmente da SETM, com pesquisas apenas em cenários internacionais e na sua maioria desenvolvidas com indivíduos do sexo masculino. No segundo estudo foi utilizada uma amostra composta por 23 participantes, sendo que seis faziam uso (grupo GM) e 17 não faziam de medicação (grupo GS) para o TEPT, para investigar a eficácia do tratamento usando o método SETM. Os resultados evidenciaram uma diminuição significativa dos sintomas do TEPT nas escalas psicométricas, sendo observado também aumento significativo nos escores de afeto positivo e percepção do bem estar e, esta última avaliada 3 meses após a terapia. O método se mostrou eficaz tanto para o GM quanto para o GS, sendo que os graus leve e moderado do TEPT foram os mais beneficiados. Não houve diferenças significativas quando foi considerada a classificação do TEPT em agudo e crônico. Ambos os grupos apresentaram respostas discretas em relação ao cortisol. Por outro lado, o DHEA apresentou uma diminuição significativa, sugerindo um papel neuroprotetor, além de associar-se positivamente com a PCR antes do tratamento, onde ambos marcadores encontravam-se aumentados. Pode ser sugerido que a eficácia do SETM foi significativa uma vez que tanto pacientes medicados como não medicados se beneficiaram igualmente. Logo, o uso do SETM mostrou-se como tratamento complementar que pode ser melhor utilizado por profissionais que trabalham com o TEPT. O estudo 3 teve como objetivo validar um instrumento baseado no DSM-5 para triagem e verificação de sintomas do TEPT. A escala proposta, foi construída com 41 itens e respondida por 408 participantes (254 mulheres e 154 homens), resultando em quatro fatores empíricos, agrupando itens de diferentes critérios sintomáticos do TEPT. A análise fatorial exploratória, abrangendo a análise das cargas fatoriais, indicou um construto unidimensional na escala. Os quatro fatores (Hiperestimulação, Dificuldades de cognição e humor, Intrusão e Evitação) apresentaram valores de consistência interna calculadas pelo teste Alfa de Cronbach iguais a 0,94, 0,83, 0,94 e 0,70, respectivamente. As médias obtidas a partir dos quatro fatores dos grupos de sujeitos diagnosticados (n = 152) e não diagnosticados com TEPT (n = 249) foi significativamente diferente (p= 0,000). Nesse sentido, foi possível demonstrar uma correlação fortemente significativa entre os fatores e a pontuação da Escala de Impacto de Evento. Esse estudo acrescenta resultados dentro de um campo de pesquisa relativamente novo e emergente a partir de um cenário onde predominam estudos estruturais e funcionais de neuroimagem, bem como de modelos neurobiológicos do trauma e do TEPT com base em redes neurais.