Navegando por Autor "Nascimento, Maria Eduarda Gomes do"
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TCC Modelação de formas de onda de um terremoto de fonte profunda (596 km) na região de Santiago de Estero, Norte da Argentina(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-12-15) Nascimento, Maria Eduarda Gomes do; Casas, Jordi Julià; Leite Neto, Gilberto da Silva; 0000-0001-9925-1587; http://lattes.cnpq.br/8005306262785305; http://lattes.cnpq.br/0012168139768170; http://lattes.cnpq.br/8234915824693264; Dantas, Renato Ramos da Silva; http://lattes.cnpq.br/2776684362386943; Ramos, Gilsijane Vieira; http://lattes.cnpq.br/7110486253679005O mecanismo focal descreve de forma gráfica o processo de falhamento que gerou o terremoto através do diagrama de bola de praia ou como também é chamado estereograma, auxiliando assim, a compreensão do contexto tectônico em que esses eventos foram gerados. No caso dos terremotos de foco profundo (d > 300 km), eles ocorrem sob elevadas condições de pressão e temperatura, nas quais o processo de ruptura como conhecemos em superfície é inviabilizado, conferindo a esses uma natureza paradoxal. Com o intuito de investigar a origem dos terremotos de foco profundo, esse trabalho utilizou fases de ondas sísmicas (P e S) de um evento sísmico que ocorreu no dia 20/01/2023 na região de Santiago del Estero, norte da Argentina, de magnitude 6.8 Mw e profundidade de 596 km, segundo o United States Geological Survey (USGS). O estudo consistiu em gerar dados sintéticos a partir de um modelo de velocidade de referência (AK135-F) para diferentes profundidades, entre 500 e 700 km, de modo a obter o mecanismo focal do terremoto e sua profundidade de centróide, por meio da inversão de formas de onda. Para a inversão, foi empregada a abordagem Cut-and-Paste (CAP), que permite a inversão individual de segmentos P e S, além de fazer uso de correlação cruzada para melhorar o alinhamento entre sismogramas observados e sintéticos durante. Como resultado, foi obtido um mecanismo de falha normal (strike: 10o, dip: 20o, rake: -50o), justificando o terremoto com uma profundidade de centróide de 660 km e momento sísmico de 2.24x10^19 N.m (Mw 6.9). Esse resultado concorda com o publicado previamente pelo USGS mostrando-se consistente com um regime de campo de esforços do tipo Down-Dip Compression (DDC) na placa subduzida. A essas profundidades o DDC é esperado na placa subduzida, podendo ser atribuído ao peso da placa em subducção e à resistência enfrentada por ela ao penetrar o manto inferior. Dessa forma, o mecanismo focal do tipo normal estilo down-dip justifica a ocorrência os terremotos profundos na região.