Navegando por Autor "Nagashima, Yasmin Guerreiro"
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Dissertação Influência dos padrões alimentares no risco de câncer de tireoide: uma revisão sistemática(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-02-27) Nagashima, Yasmin Guerreiro; Brandão Neto, José; Lopes, Márcia Marilia Gomes Dantas; http://lattes.cnpq.br/6905360146925949; Serquiz, Alexandre Coelho; Piuvezam, Grasiela; https://orcid.org/0000-0002-2343-7251; http://lattes.cnpq.br/0391780760729166; Bezerra, Ingrid Wilza LealA incidência de casos de câncer de tireoide (CT) no mundo vem aumentando, e não se pode atribuir esse crescimento contínuo somente a uma detecção mais meticulosa dos nódulos da tireoide e a técnicas diagnósticas mais precisas. Interações entre nutrição e estilo de vida podem ter um papel no risco de CT. Estudos apontam a possível relação entre padrões alimentares e o risco de CT, contudo, atualmente algumas evidências são inconclusivas. Diante disso, um entendimento mais aprofundado dos mecanismos biológicos que relacionam os padrões alimentares ao risco de CT pode contribuir para a identificação de fatores de risco modificáveis. A presente dissertação teve o objetivo de investigar a associação entre padrão alimentar e risco de CT, através de uma revisão sistemática das evidências disponíveis, realizada no período de setembro 2023 a janeiro 2025. Para isso, foram consultadas as bases de dados PubMed/Medline, Embase, Scopus, Web of Science e LILACS, sem restrição de idioma ou ano de publicação. Três revisores imparciais participaram da seleção e extração dos dados de publicações originais dos estudos observacionais. A Escala de Avaliação de Qualidade Newcastle-Ottawa (NOS) avaliou o risco de viés, a maioria dos estudos apresentou boa qualidade. No total, foram incluídos 45 estudos – 2 transversais, 13 coorte e 30 caso-controle. Destes, 40 apresentaram associação de consumo do padrão a posteriori e 5 de padrão a priori com o risco de CT. Achados significativos para padrões alimentares a posteriori mostraram que aqueles ricos em alimentos à base de vegetais e frutas, bem como peixes, carne com baixo teor de gordura, laticínios e gordura insaturada foram associados à redução do risco de CT. Por outro lado, o alto consumo de alimentos rico em amido, em frutos do mar, em algas marinhas, em carnes processadas, em alimentos instantâneos, em fast food, e a adesão ao padrão ocidental elevaram o risco de CT. Em relação aos padrões alimentares a priori, uma dieta com maior potencial inflamatório foi positivamente associada ao risco de CT. É possível perceber ligações importantes entre dieta, ambiente, metabolismo e carcinogênese da tireoide, porém estudos mais robustos e esclarecedores, com controle rigoroso das variáveis de confusão e amostras mais uniformes são necessários para uma compreensão mais profunda desses mecanismos.