Navegando por Autor "Monteiro, Joelma Dantas"
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Tese Chikungunya no Rio Grande do Norte: aspectos epidemiológicos e clínicos(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-12-19) Monteiro, Joelma Dantas; Jerônimo, Selma Maria Bezerra; Araújo, Josélio Maria Galvão de; https://orcid.org/0000-0003-3548-2786; http://lattes.cnpq.br/6430774978643765; http://lattes.cnpq.br/7120263570947836; http://lattes.cnpq.br/6995611205231659; Andrade, Marcelo Souza de; Nogueira, Fernanda de Bruycker; Salha, Daniella Regina Arantes Martins; Fernandes, José VeríssimoOriginário da África e isolado pela primeira vez em 1952, o vírus Chikungunya (CHIKV) pertence à família Togaviridae, gênero Alphavirus. Possui genoma de RNA de fita simples, polaridade positiva, com duas unidades de leitura aberta, envolvido por um capsídeo de simetria icosaédrica e por um envelope lipídico contendo espículas de glicoproteínas. É um arbovírus do grupo A que tem como principais vetores transmissores os mosquitos do gênero Aedes. A infecção pelo CHIKV é uma síndrome febril aguda e autolimitada, na maioria das vezes, que afeta pessoas de todas as faixas etárias, podendo causar diferentes sintomas que podem durar poucos dias ou até mesmo anos. O objetivo deste estudo foi descrever os aspectos epidemiológicos, imunológicos e clínicos da febre chikungunya durante a epidemia ocorrida no ano de 2016 no estado do Rio Grande do Norte, Brasil. Foram analisadas 284 amostras obtidas de casos suspeitos da infecção pelo CHIKV, empregando-se à técnica de qRT-PCR, das quais 125 foram positivos (44,4%). O maior número de casos positivos ocorreu no primeiro trimestre do ano, tendo o mês de março com maior representatividade, destacando-se 48 casos positivos. O município de Natal teve maior número de casos confirmados, totalizando 87 entre os casos positivos. A maior frequência foi em mulheres (52%) e 9,2% delas estavam grávidas. Os neonatos positivos representaram 5,6%. A média de idade de casos positivos foi de 34 anos e a faixa etária acima de 61 anos foi uma das mais afetadas pelo CHIKV. O maior número de casos detectados foi nas amostras de soro (41,2%). A maior carga viral ocorreu na fase aguda da infecção. O CHIKV foi detectado em dez pessoas até 23 dias após início dos sintomas. Amostras negativas para CHIKV foram testadas para detecção dos vírus DENV e ZIKV utilizando as técnicas de RT-PCR e qRT-PCR respectivamente. Além disso, para investigar a possibilidade de infecção por flavivírus, um total de 120 casos suspeitos de CHIKV com qRT-PCR negativos, foram utilizados para pesquisas de IgM anti-Flavivírus e anti-Chikungunya por meio do método de ELISA. IgM anti-Chikungunya foi detectado em 57(47,5%) dos casos. Entre as amostras IgM anti-Chikugunya negativas, 21(21,7%) apresentaram resultados positivos para IgM anti-Flavivirus e 54 amostras apresentaram positividade para IgM anti-Chikungunya e IgM anti-Flavivírus simultaneamente. Com relação às características clínicas dos casos positivos de CHIKV foi verificado que sintomas como febre, artralgia e conjuntivite foram os mais comuns, no qual a febre representou 91% dos casos. Bolhas na pele foi um sintoma encontrado em todos os sete neonatos estudados e positivos para CHIKV, no entanto, quatro adultos também apresentaram esse sintoma, porém apenas um foi positivo. Mialgia, artralgia febre e dores nas costas foram os sintomas mais relatados no primeiro dia de doença, porém a febre e artralgia permaneceram com maior constância após o quinto dia. Os resultados deste estudo visam contribuir para agregar conhecimentos sobre as características clínico-epidemiológicas da transmissão do CHIKV e para auxiliar no diagnóstico clínico da infecção.Dissertação Epidemiologia molecular dos vírus dengue e zika no estado do Rio Grande do Norte, no período de junho de 2014 a maio de 2015(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2016-01-26) Monteiro, Joelma Dantas; Araújo, Joselio Maria Galvão de; ; http://lattes.cnpq.br/6430774978643765; ; http://lattes.cnpq.br/6995611205231659; Fernandes, José Verissimo; ; http://lattes.cnpq.br/7078820975978056; Fernandes, Thales Allyrio Araújo de Medeiros; ; http://lattes.cnpq.br/5229478510326510A dengue e a febre da zika são doenças causadas por vírus RNA de fita simples, polaridade positiva, pertencentes à família Flaviviridae, gênero Flavivirus e são transmitidos ao homem através da picada de vetores artrópodes hematófagos do gênero Aedes. O Estado do Rio Grande do Norte (RN) convive com o aumento do número de casos da dengue há mais de duas décadas, porém, no que concerne à febre da zika, até os primeiros dias do mês de maio deste ano, o Ministério da Saúde não havia confirmado nenhum caso da doença no Brasil, tampouco no Rio Grande do Norte. Esse trabalho objetivou analisar o perfil epidemiológico dos vírus Dengue e Zika no Estado do Rio Grande do Norte, no período de junho de 2014 a maio de 2015. Foram estudadas 396 amostras provenientes de pacientes com casos suspeitos de dengue e/ou zika, das quais, 334 amostras foram analisadas para dengue através da RT-PCR, representando 8,08% (27/334) de positividade e 348 amostras foram estudadas para Zika por meio da qRT-PCR, onde o vírus foi confirmado em 20,98% (73/348) dos casos. Os sorotipos DENV-1, DENV-2 e DENV-4 cocircularam no RN, com predominância do último, detectado em 66,67% (18/27) dos casos positivos. Os municípios de Jandaíra, Natal e Ouro Branco foram os mais acometidos por dengue, com 18,52% (5/27), 22,22% (6/27) e 11,11% (3/27), respectivamente. No que se refere ao Zika, as cidades mais atingidas foram Guamaré, Natal, Nova Cruz e Parnamirim, com 13,70% (10/73), 30,14% (22/73), 9,59% (7/73) e 19,18% (14/73) de confirmações, respectivamente. Neste estudo, o primeiro município a ter um caso confirmado de dengue foi Jandaíra. Caiçara do Rio do Vento foi o primeiro a apresentar um caso de Zika, seguido de Galinhos. Junho foi o mês mais representativo para dengue com 44,44% (12/27) dos casos confirmados, enquanto Março foi o mais acometido por Zika com 23,29% (17/73). O gênero masculino e o feminino tiveram praticamente a mesma proporção de casos positivos para dengue, com 51,85% (14/27) e 48,15% (13/27), respectivamente, enquanto o Zika acometeu um maior número de mulheres, representando 57,53% (42/73). As faixas etárias mais acometidas por dengue foram a de 11-20 e 51-60 anos, cada uma com 18,52% (5/27). No que concerne ao vírus Zika, a faixa etária de 0-10 anos foi a mais acometida com 19,18% (14/73) dos casos confirmados, seguidas das faixas de 31-40 e 41-50 anos, onde cada uma destas representou 16,44% (12/73). Em decorrência da cocirculação desses flavivírus no RN, é fundamental compreender a prevalência e a dinâmica de circulação de ambos os vírus, no intuito de estabelecer medidas para controlar futuros surtos e epidemias no Estado. Este trabalho representa o maior estudo sobre o Zika vírus no Estado do RN.