Navegando por Autor "Miller, Francisca de Souza"
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Dissertação Agroindústria canavieira e unidade de conservação: Impactos Sociais na comunidade de pescadores de Baía Formosa (RN)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2014-02-27) Govindin, Julienne Louise dos Santos; Miller, Francisca de Souza; ; http://lattes.cnpq.br/6834637163914977; ; http://lattes.cnpq.br/2691064980856323; Morais, Ione Rodrigues Diniz; ; http://lattes.cnpq.br/9233980341514642; Andrade, Maristela Oliveira de; ; http://lattes.cnpq.br/7202471430678926As unidades de conservação surgiram em resposta aos danos ambientais. Na Mata Atlântica do Nordeste brasileiro, os maiores danos são oriundos da agroindústria canavieira, sobretudo através do desmatamento para introdução dos canaviais e instalação do aparato industrial. Além dos danos a biodiversidade, há também sérios problemas sociais que afetam as comunidades que sobrevivem direta ou indiretamente do bioma da Mata Atlântica. O objetivo dessa pesquisa é analisar os impactos sociais na comunidade de pescadores de Baía Formosa/RN, gerados pelas mudanças e transformações socioambientais ocorridas a partir da instalação de uma usina sucroalcooleira e a criação de uma unidade de conservação no município de Baía Formosa/RN. A pesquisa fundamenta-se numa abordagem de natureza qualitativa e perspectiva diacrônica, para tanto, empregou-se o método da história oral em conjunto com a pesquisa bibliográfica e algumas técnicas e instrumentos de pesquisa como a observação direta, entrevista, registros de imagens e gravações. Os resultados apontam que as práticas sociais e simbólicas da comunidade na unidade de conservação Mata Estrela no passado se apresentavam mais fortemente. Hoje os recursos naturais são menos utilizados, devido a fatores como limite do acesso a mata e desaparecimento de alguns recursos naturais pelo desmatamento. Acredita-se que a perda do livre acesso ao espaço pela comunidade é o impacto negativo mais significativo, pois promoveu mudanças na relação da comunidade com a Mata Estrela que contribuíram para o esmaecimento das suas práticas sociais e simbólicas. A perda do livre acesso ocasionou o declínio da prática da agricultura, o que resultou na perda de um dos meios de reprodução social dessa comunidadeDissertação O amor à negritude como ferramenta de resistência/descolonização no campo do jornalismo: as vivências e atravessamentos de jornalistas negras/os na atuação-prática do jornalismo antirracista(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-02-07) Silva, Amanda Veríssimo da; Böschemeier, Ana Gretel Echazú; https://orcid.org/0000-0003-0792-1307; http://lattes.cnpq.br/2727813198531300; https://orcid.org/0000-0001-8898-9711; http://lattes.cnpq.br/1703575079707008; Miller, Francisca de Souza; http://lattes.cnpq.br/6834637163914977; Melo, Juliana Gonçalves; Queiroz, Tobias ArrudaO presente estudo tem como principal objetivo compreender como o amor à negritude opera enquanto ferramenta de descolonização no campo do jornalismo. Considero por amor o que Maturana e Varela (1995) atribuem como a possibilidade, socialmente construída, de olhar o outro como um igual. A partir de bell hooks (2019), compreendo, também, que o amor à negritude é uma ferramenta de resistência política que transforma nossas formas de ver e ser e, portanto, cria as condições necessárias para que nos movamos contra as forças de dominação e morte que tomam as vidas negras no Brasil. Fundamentada nestas abordagens, e na compreensão social apontada por bell hooks (2019) de que o racismo estabelece-se como uma forma sistemática de negar o valor e formas de ver o mundo das pessoas negras, busco abordar: como se dá os atravessamentos afetivos, conflitivos e morais causados pelas vivências de racismo das/os jornalistas negras/os entrevistadas/os; como a negritude foi incorporada na vivência destas/os que me auxiliam enquanto parceiras/os de campo, analisando de que forma esse sentimento se materializou e se potencializou na vida e cotidiano destas/es. Para tanto, utilizei a história de vida tópica (SALTALAMACCHIA, 1992; BONI e QUARESMA, 2005; NOGUEIRA et al., 2017) e a entrevista semi-estruturada (BONI e QUARESMA, 2005) como técnicas etnográficas (PEIRANO, 1995; MATTOS, 2011), junto com a netnografia (KOZINETS, 2010), que analisa etnograficamente o mundo online e suas mídias. Através dessas metodologias, a prática do jornalismo antirracista revelou - naquelas/es que a executam - uma conduta pedagógica utilizada para relatar determinado acontecimento, considerando o caráter de aprendizado que a informação jornalística concede a seu público e a ética do ser humano, conforme pode ser encontrado nas obras de Paulo Freire (1978). Esta conduta se encontra a partir de práticas como a escuta ativa e sensível de vozes e vivências negras por parte das/os profissionais; e pelo letramento racial antirracista (VIEIRA, 2022) sobre autoras/es negras/os/antirracistas e espaços afrocentrados. Ao longo da pesquisa, foi observado que, nesse processo, a/o própria/o profissional encara de forma ativa a vivência de tornar-se negra/o colocando em prática, de forma implícita ou explícita, diferentes estratégias descolonizadoras de si, do contexto e de amor à negritude. Assim, a mídia antirracista pode ser definida como uma prática sistemática e estratégica de produção e promoção do amor à negritude, gerando esse amor por meio de sua capacidade pedagógica de ensinar através da informação, quando humaniza as pessoas negras e dita estes como também dignos de amor, incluindo-as na sociedade, e assim possibilitando a socialização interracial.Dissertação Antro o quê? Problematizando o conhecimento antropológico no contexto de uma audiência pública no Senado Federal(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-04-30) Cortes, Fernanda da Costa; Miller, Francisca de Souza; ; http://lattes.cnpq.br/6834637163914977; ; http://lattes.cnpq.br/2233514880032612; Vieira, José Glebson; ; http://lattes.cnpq.br/0513632032515079; Cavignac, Julie Antoinette; ; http://lattes.cnpq.br/2111200163433960; Pereira, Edmundo Marcelo Mendes; ; http://lattes.cnpq.br/6628113763709058Este trabalho tem como objetivo problematizar o papel do conhecimento antropológico no âmbito do debate realizado em uma audiência pública deflagrada em virtude de uma reportagem publicada pela revista Veja em maio de 2010, denominada "A Farra da Antropologia Oportunista". O objetivo é compreender de que forma a antropologia está sendo percebida no atual cenário brasileiro de investimento em políticas de reconhecimento étnico e inclusão social. Como ela vem atuando? Quais as dificuldades encontradas para a aplicação deste conhecimento frente às demandas reais que lhe diz respeito? O que se constatou como resultado da análise estabelecida neste trabalho foi uma tentativa de invalidação do saber antropológico na medida em que este opera como facilitador na garantia de direitos, especialmente os que dizem respeito ao acesso à terra por minorias étnicas.Por este motivo, também é argumentado a antropologia como ciência e os parâmetros utilizados por ela para estabelecer suas análises.Dissertação Aqui é o lugar que toda mulher trabalha: uma etnografia sobre o trabalho feminino na comunidade quilombola de Capoeiras - Macaíba/RN(2015-09-08) Lima, Ivanildo Antônio de; Miller, Francisca de Souza; http://lattes.cnpq.br/6834637163914977; http://lattes.cnpq.br/5813740731658316; Schwade, Elisete; http://lattes.cnpq.br/7195821721383755; Porto, Rozeli Maria; http://lattes.cnpq.br/2743599189433997; Woortmann, Ellen Fensterseifer; http://lattes.cnpq.br/4541295766782905Este trabalho de cunho etnográfico tem interesse em refletir e fazer uma descrição sobre o processo de inserção das mulheres de Capoeiras no mercado de trabalho, localizada no município de Macaíba (RN). Observamos no decorrer da pesquisa que desde o final dos anos 50 as mulheres da comunidade estão em constante movimento entre o rural e o urbano e desenvolvendo atividades de trabalho dentro e fora da comunidade. Dessa forma, com o emprego de técnicas e métodos etnográficos – entrevistas, pesquisa de campo e uso de instrumentos áudio visuais - procura-se dar visibilidade ao processo histórico, trajetórias, negociações e mudanças engendradas na vida da mulher, da família e da comunidade. Em suma, este estudo pretende compreender qual é o espaço da mulher que exerce atividade de trabalho e discutir como essas novas dinâmicas são negociadas e pensadas no contexto da família e pela comunidade estudada.Dissertação "Aqui se faz Gostoso”: uma etnografia do turismo em São Miguel do Gostoso (RN)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2014-03-28) Almeida Filho, Paulo Gomes de; Miller, Francisca de Souza; ; http://lattes.cnpq.br/6834637163914977; ; http://lattes.cnpq.br/8286972492150577; Rodrigues, Lea Carvalho; ; http://lattes.cnpq.br/8758840770361071; Freire, Maria José Alfaro; ; http://lattes.cnpq.br/8892792689697679Este trabalho se constitui em uma descrição etnográfica sobre um fenômeno social ai nda em vigor, o processo de turistificação do município de São Miguel do Gostoso."Gostoso" - como é localmente conhecido - teve origem a partir de uma antiga vila de pescadores no litoral nordeste do Rio Grande do Norte. A partir dos anos de 1990, em São Miguel do Gostoso, deu-se início às primeiras iniciativas que vieram a transformar o município em um dos principais destinos turísticos do Rio Grande do Norte. As adoções de práticas turísticas engendraram mudanças na configuração do espaço e nas práticas cotidianas, descaracterizando a localidade dos ares de vila pesqueira. O município se promove, enquanto "atrativo turístico" através de seus recursos naturais - turismo de sol e praia, e também através do regime de ventos que propiciam à pratica de alguns esportes náuticos. Nesta pesquisa qualitativa, empenhamos-nos no emprego metodológico de técnicas etnográficas - pesquisa bibliográfica e de campo, observação participante, entrevistas abertas e estruturadas registradas através de gravação ou no caderno de campo, registros fotográficos e através de desenhos. Fizemos ainda o uso de instrumentos mediadores ligados ao turismo local. Desta forma, esta etnografia versa sobre as mudanças e seus impactos sobre a comunidade aqui tratada, levando em consideração as vozes dos atores envolvidos nesta trama social: o processo de turistificação de um antigo núcleo pesqueiro.Dissertação Avaliação do risco ocupacional de trabalhadores expostos a agrotóxicos no município de Touros/Rio grande do Norte(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2013-02-26) Nagem, Ana Flávia de Santana Resende; Amaral, Viviane Souza do; ; http://lattes.cnpq.br/4440806451383783; ; http://lattes.cnpq.br/2855909567661456; Miller, Francisca de Souza; ; http://lattes.cnpq.br/6834637163914977; Sinigaglia, Marialva; ; http://lattes.cnpq.br/5450809564180533O uso de agrotóxicos esta sendo usado de maneira intensiva com graves consequências para os agricultores expostos. O presente estudo teve como objetivo descrever os perfis de saúde e socioeconômico de 60 agricultores no Município de Touros/RN através do questionário recomendado por: (International Commission for Protection against Environmental Mutagens and Carcinogens (ICPEMC). As análises desses dados permitiu comprovar a importância do conhecimento do perfil socioeconômico e de saúde de agricultores rurais como forma de entender a realidade dessa população, que pela falta de conhecimentos e condições encontram-se vulneráveis a exposição de agrotóxicos. Com objetivo de analisar a frequência de micronúcleos (MN) e outras anormalidade nucleares em células da mucosa oral de 54 agricultores que trabalham no Município de Touros/RN aplicou-se o Teste de micronúcleo (MN) em mucosa bucal. Os nossos resultados mostraram uma frequência aumentada de MN e outras anormalidades nucleares relacionados com a exposição e efeitos dos defensivos agrícolas na saúde. A partir dos resultados obtidos, fica notório que os agricultores estão aplicando os agrotóxicos de maneira errônea e comprometendo a sua saúde. Como estratégia socioeducativas foi desenvolvido um Cordel baseado no texto e nos resultados encontrados no presente estudo. Desta forma este estudo alerta para a necessidade de profundas mudanças sociais, culturais e no âmbito da saúde para diminuir os riscos a saúde tanto para as pessoas quanto para o ambienteTCC Beirada, Surubajá, Georgino... História Local e ensino de História nos anos iniciais do Ensino Fundamental no município de Senado Georgino Avelino/RN(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2018-12-14) Silva, Piedade Beatriz Ferreira de Almeida; Andrade, João Maria Valença de Andrade; Miller, Francisca de Souza; Paiva, Marlúcia Menezes deO presente estudo tem como objeto o ensino de História local e como objetivos refletir sobre concepções e práticas de ensino da História e da História local, desenvolvidas por professores que lecionam nos anos iniciais do Ensino Fundamental em escolas da rede municipal de Senador Georgino Avelino/RN. Almeja, também verificar se a História Local integra os conhecimentos históricos nos Anos Iniciais, explicitar as definições de História e História Local dos professores colaboradores e quais os recursos e métodos usados no ensino de História e da História local. Para tratamos da História Local, nos apoiamos em Fagundes (2006). A construção dos dados se deu por meio de entrevistas semiestruturadas. Os sujeitos da pesquisa foram um professor e uma professora, cada qual atuando em uma das escolas de Ensino Fundamental de do citado município. Colaboraram também antigos moradores do município, cujas memórias foram organizadas por meio do método da História Oral. A metodologia para análise dos dados inspirou-se nas pesquisas qualitativas. Para isso, foram definimos os seguintes critérios: Concepções de História; Planejamento das aulas de História; Contribuições da História Local na formação de alunos e alunas e Conteúdos ou temáticas e métodos nas aulas de História local. Constatamos que os professores trabalham com seus alunos conceitos e temáticas da História Local, utilizando metodologias para aproximar os alunos do patrimônio cultural do município.Dissertação O conflito socioambiental na chapada do Apodi/RN: uma disputa entre o agronegócio e a agricultura familiar(2018-02-19) Pinto, Maria do Socorro Diógenes; Miller, Francisca de Souza; ; ; Souza, Cimone Rozendo de; ; Valença, Daniel Araújo;A pesquisa apresentada nessa dissertação aborda o conflito socioambiental desenvolvido na Chapada do Apodi, estado do Rio Grande do Norte. O referido conflito surge a partir da resistência dos agricultores da Chapada do Apodi contra a implantação do Perímetro Irrigado Santa Cruz do Apodi, através do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca – DNOCS. Desse modo, tem como objetivo geral analisar o conflito socioambiental desenvolvido na Chapada do Apodi/RN e suas consequências. Para tanto, parte dos seguintes objetivos específicos: investigar os fatores que contribuíram para o desenvolvimento desse conflito socioambiental; identificar os atores sociais e recursos ambientais envolvidos; identificar os interesses e reivindicações do Movimento de Resistência com relação aos recursos naturais e ao território; verificar se houve alguma violação aos direitos dos agricultores e ao meio ambiente, em virtude da implantação do perímetro irrigado. Os procedimentos metodológicos utilizados foram a pesquisa documental, por meio da qual foram analisados documentos referentes ao perímetro irrigado e ao Movimento de Resistência, e a pesquisa de campo, através de entrevistas, abertas e semiestruturadas, por amostragem, com os atores sociais envolvidos. A análise de dados demonstrou que esse conflito socioambiental possui dimensões políticas, sociais, jurídicas e ambientais, e que além de representar uma disputa entre dois modelos de produção agrícola, a agricultura familiar de base agroecologia e o agronegócio, compreende também uma luta pela defesa daquele território e a garantia do direito à agua, algo que acaba gerando reflexos em âmbito estadual, tendo em vista os fins a que são destinados os recursos hídricos da Barragem de Santa Cruz e do Aquífero Jandaíra. Além disso, evidenciou a necessidade de se iniciar uma discussão sobre o direito ao território social, ou seja, o direito dos povos e comunidades que mantém relações de afetividade com o espaço onde vivem, de permanecerem nesse ambiente biofísico, haja vista a simbologia, tradição e memória coletiva que esse lugar possui. Nesse sentido, percebeu-se que a implantação de grandes projetos tende a ocasionar conflitos e violações de direitos, que poderiam a vir ser, pelo menos, minimizados a partir da consulta prévia e participação social.Livro A crise da pesca artesanal no Rio Grande do Norte(Museu Câmara Cascudo, 1988) Miller Junior, Tom Oliver; Miller, Francisca de Souza; Silva, Daniel Augusto da; Câmara Neto, ClementinoTrabalho sobre pesca artesanal no Rio Grande do Norte, oriundo de pesquisas de campo entre o Museu Câmara Cascudo e o Departamento de Oceanografia e LimnologiaDissertação Cultura como desenvolvimento entre os Paresi Kozarini(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2011-10-04) Silveira, Ema Maria dos Santos; Pereira, Edmundo Marcelo Mendes; ; http://lattes.cnpq.br/6628113763709058; ; http://lattes.cnpq.br/6419231669571983; Athias, Renato Monteiro; ; http://lattes.cnpq.br/3820775754333816; Miller, Francisca de Souza; ; http://lattes.cnpq.br/6834637163914977; Vale, Carlos Guilherme Octaviano do; ; http://lattes.cnpq.br/7578005376543804A proposta deste estudo é conhecer e analisar a construção da noção de cultura entre o grupo Paresi Kozarini no contexto do etnodesenvolvimento. Nosso enfoque principal é estudo etnográfico, onde descreveremos a Aldeia Rio Verde (Terra Indígena Paresi), entendendo-a como síntese dos processos históricos, que traduzem o atual momento do grupo Indígena Paresi. Com a utilização dessa metodologia, foram focalizados os processos e relações sociais engendradas ao longo da trajetória de contato desse grupo com a cultura regional-nacional, e no modo como isso repercute no presente. As questões de pesquisa que nortearam este estudo referem-se aos processos de identificação dos sujeitos pesquisados sobre si mesmos e em relação aos outros. Nessa linha de pesquisa, na medida em que a quase totalidade do grupo indígena que conhecemos, usualmente, como Paresi se autoreconhece como Kozarini, atenta-se para o modo como se veem e como se diferenciam perante aos demais grupos Paresi, os não índios e outros grupos indígenas; e quais os sentidos do prefixo etno- (quais elementos da cultura) que elegeram para se representarem e administrarem as questões externas a sua cultura e sociedade, no contexto das discussões sobre o etnodesenvolvimentoDissertação Do mato ao reinado: uma etnografia da interação humano-caprino no Cariri Paraibano(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-02-09) Melo Júnior, Mauricio Guedes de; Miller, Francisca de Souza; http://lattes.cnpq.br/6834637163914977; http://lattes.cnpq.br/7398108510680871; Echazu, Ana Gretel; https://orcid.org/0000-0003-0792-1307; http://lattes.cnpq.br/2727813198531300; Sarandy, Andrea Barbosa Osorio; Lopes, Paulo Victor Leite; http://lattes.cnpq.br/7595515282110283O campo dos estudos acerca das relações humano-animal na antropologia remonta aos cânones da ciência. Antropólogos e antropólogas como E.E.Evans-Pritchard, Claude Lèvi-Strauss e Mary Douglas trazem em suas reflexões a figura animal numa perspectiva exterior a vida humana, contemplados como “outros” nas relações sociais. Com a virada ontológica, ou virada animal, nos anos de 1970, surge para a antropologia uma nova perspectiva que se propõe a romper com a dicotomia natureza-cultura. Partindo dessa premissa, a presente dissertação descreve a interação existente entre humanos e caprinos, demonstrando como ambas as espécies contribuem para a construção social e para a diluição de uma concepção dualista imposta pela modernidade. Desse modo, o trabalho responde como um animal, que por muitos anos, foi considerado pelos locais como animal de mato e passa a ser homenageado e coroado na Festa do Bode Rei, maior festividade nacional, criada no Cariri na década de 90. A pesquisa objetiva averiguar a inserção do animal ao contexto paraibano, descrever a coroação do bode, investigar sobre a personificação do animal não-humano, compreender o animal não-humano como um ser que possui agência casual, além de percorrer os atravessamentos para a coleta de dados no campo. Para a realização da dissertação foi empregado o método etnográfico, com suas diversas técnicas, observação participante, entrevistas abertas, registros fotográficos e registro de dados no diário de campo, no período de janeiro a março de 2021, no município de Cabaceira, no Estado da Paraíba. Por conseguinte, elaboro, conforme a percepção local, como o animal não-humano, torna-se agente social central, contribuindo para a dinâmica social, cultural e administrativa do município.Dissertação "É assobio de Matinta", é presságio de visagem: notas sobre memórias e mitos em um estudo etnográfico no bairro do Guamá - Belém/PA(2019-08-19) Pinho, Rudá Silva de; Miller, Francisca de Souza; Barros, Flávio Bezerra; Melo, Juliana Gonçalves; Coradini, LisabeteEsta pesquisa tem como objetivo a análise do imaginário diante do sobrenatural, principalmente com o mito da Matinta Perera, a partir de crenças e memórias de moradores do bairro do Guamá, em Belém do Pará, utilizando um exame das percepções desses moradores sobre o espaço em que vivem, a partir de suas memórias e experiências. Para tanto, é importante percorrer os processos de urbanização e estrutura nesse bairro, para melhor entendimento do espaço paisagístico e suas transformações. Torna-se necessário também, a argumentação sobre processos migratórios do interior do estado do Pará e de outros estados, para a cidade de Belém, a fim de inserir a discussão um debate sobre a interface entre o rural e o urbano no contexto amazônico, construindo uma análise da ideia de espaços ressignificados; e a articulação dos elementos da fauna e flora local nos mitos sobrenaturais, para o debate relacional entre paisagem, memória, sujeitos e espaço. Para isso, utilizo-me do método etnográfico, com visitas às duas associações de moradores do bairro do Guamá, AMI (Associação da Melhor Idade dos Moradores do Guamá) e ECNB (Espaço Cultural Nossa Biblioteca). Para as conversas com os participantes dessas associações, optei pela realização de entrevistas abertas e semi-abertas. A pesquisa em campo foi realizada durante os meses de janeiro e fevereiro de 2018, com retorno em outubro do mesmo ano. Como principal consideração a partir do fim desta pesquisa, há a compreensão de que as lendas presentes no imaginário popular de parte da população foi, em grande medida, influenciada e influenciadora da formação dos espaços experienciados por essa população. Este mesmo imaginário transformou-se ao longo dos anos por meio de novas informações e experiências, bem como de novos conhecimentos e desenvolvimentos de crenças religiosas e que a mesma cidade que outrora foi palco para aparições de seres encantados e visagens no espaço público, muito por causa de sua intensa urbanização, deixa de apresentar tais personagens que parecem “voltar” aos seus pontos de origem: pequenos municípios do interior do estado.Dissertação Ecologia humana e ecologia cultural: um estudo comparativo entre Portugal e Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-03-09) Santos, Welson Aialon Alcaniz dos; Miller, Francisca de Souza; ; ; http://lattes.cnpq.br/1324305625703058; Pessoa, Zoraide Souza; ; Andrade, Maristela Oliveira de;Após a crise do petróleo na década de 1970, o crescimento da demanda por fontes de energias renováveis por todo o mundo se configurou como uma oportunidade em atenuar os efeitos nocivos do uso de combustíveis fósseis. Atualmente as políticas internacionais de estímulo as fontes renováveis proporcionam aos países europeus expandir as principais tecnologias no que se refere a este setor, assim, direcionando suas ações para ampliar o mercado produtivo aos demais continentes com a venda de tecnologias associadas a esse segmento. Seguindo a tendência internacional, o Brasil passa a protagonizar um cenário de incentivos à indústria renovável, em especial a eólica, a partir de políticas setoriais que possibilitou a inserção de mecanismos de fomento como o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas - PROINFA. O Nordeste brasileiro é hoje o principal alvo dos empreendimentos eólio-elétricos. De acordo com os dados abertos da Empresa de Pesquisa Energética nacional (EPE, 2019), essa porção do território brasileiro contempla 424 empreendimentos em operação comercial, 141 projetos eólicos em construção e 122 em processo de outorga e licenciamento ambiental. Esse grandioso volume de projetos corrobora a nossa avaliação quanto ao quadro industrial do setor eólico em um ambiente cujas atividades humanas em relação ao seu meio ambiente são, de fato, pouco estudadas e merecem total atenção. Diante desse breve preâmbulo, levantamos as seguintes hipóteses: as atividades do setor energético de matriz eólica, baseadas em um modelo industrial europeu, decorre em impactos socioambientais positivos e/ou negativos? Se sim, quais as alterações desencadeadas no ambiente natural e humano? Quais as implicações que tal atividade pode trazer a comunidades tradicionais locais com diferentes características sociais, culturais, econômicas e ambientais? O objetivo da dissertação é realizar uma análise comparativa dos propensos impactos socioambientais do setor da energia eólica entre municípios produtores, a partir de dois métodos: a Ecologia Humana (MORÁN, 1990) e a Ecologia Cultural (STEWARD, 1955). A análise comparativa entre esses métodos foi aplicada em dois países cuja a atividade eólica vem sendo promovida, Portugal e Brasil. O município português escolhido como área-modelo para esse estudo foi o Concelho de Torres Vedras, uma vez que o setor eólico já se encontra consolidado e em pleno funcionamento desde o ano 2000; e o município de Jandaíra, no Brasil, em que a atividade energética ainda está em plena expansão comercial e territorial. A metodologia da pesquisa tem um caráter exploratório e descritivo, e foi desenvolvida a partir de informações documentais e de campo. O primeiro capítulo da dissertação intitulado “Energia eólica e a Ecologia Humana no município de Torres Vedras, Portugal”, representa a primeira etapa dessa investigação, já o segundo capítulo “Ecologia Cultural em Jandaíra, Rio Grande do Norte: uma abordagem a partida da Etno-história” apresenta uma investigação da organização social do município de Jandaíra mediante o método da Ecologia Cultural, a partir da leitura das narrativas e história deste município. Os resultados do método da Ecologia Humana aplicados em Torres Vedras determinaram que as formas de utilização, exploração e adaptação ao ambiente natural e humano no neste local, assim como o modelo de organização social, foram determinados pela sua formação histórica, cultural e econômica que possibilitaram a fixação e a permanência dessa população ao longo de tempo e os impactos socioambientais vinculados ao setor eólico são provenientes de dois fatores: a necessidade energética de Portugal como forma de suprir as demandas humanas e econômicas e pela percepção subjetiva das transformações da paisagem local a partir da introdução dos aerogeradores. O método nos possibilitou verificar, também, que esse setor produtivo se configura como uma prática econômica que atenua a escassez energética desse território, contudo, não é uma atividade que se superpõe as demais existentes. A energia eólica é, na verdade, uma complementação às necessidades básicas locais. Quando ao método da Ecologia Cultural, a partir dos documentos e entrevistas foi possível averiguar que a formação da cidade de Jandaíra teve como principais agentes a atuação dos tropeiros das cidades vizinhas (Lajes e Angicos, principalmente) que utilizavam esse povoado como área de descanso e que devido a disponibilidade e abundância do mel, passou a comercializá-lo com os demais municípios da região. Os relatos orais concedidos pelos moradores mais antigos também atestaram tal informação e acrescentaram a importância da perfuração de poços do DENOCS, no início do século XX, como outro elemento que permitiu a fixação humana no que viria a ser Jandaíra. O método da Ecologia Cultural também proporcionou descobrir nessa localidade uma forte relação ecológica na organização social mediante as atividades dos meleiros e meliponicultores, que desempenharam um papel de agentes protetores do ecossistema e da preservação da abelha-sem-ferrão. A observação das características atinentes a cultura Jandairense, cujos elementos do ecossistema possuem uma estreita relação com as atividades humanas tradicionais, permitiu desenvolver uma crítica ao que chamamos de novos processos ecológicos e culturais da atividade do setor energético eólico. Em nossa ponderação sobre essa seara, reforçamos a perspectiva de que os impactos socioambientais dessa atividade energética podem vir a se sobrepor aos demais elementos da cultura material e imaterial já existentes, pois esses estão sendo perdidos e subvalorizados, sobretudo a cultura oral dos moradores mais antigos, uma vez que essa fonte de renda engendra nos novos moradores uma possibilidade de emprego formal na cadeia produtiva energética. Ao fim, avaliamos que a aplicação do método da Ecologia Humana teve pontos positivos que permitiram a análise do ambiente natural em detrimento das atividades humanas para o recorte espacial que foi utilizado. Entretanto, para analisar os impactos pontuais é necessário que se utilizem outras variáveis ao método como, por exemplo, um maior detalhamento dos aspectos físicos constituintes da paisagem, da fisiografia e de dados quantitativos que somados a uma leitura etnográfica, ampliariam as percepções dos impactos estudados. O método da Ecologia Cultural também se mostrou satisfatório no estudo das relações ecológicas com a cultura local, possibilitou verificar como a população local compreende a sua cultura a partir dos elementos da natureza, possibilitado pela metodologia da Etno-história.Tese Etnobiologia como ferramenta para gestão dos recursos naturais em reserva de desenvolvimento sustentável(2015-02-27) Silva, Edilma Fernandes da; Oliveira, Jorge Eduardo Lins; Schiavetti, Alexandre; ; ; ; Silva, Edson Vicente da; ; Miller, Francisca de Souza; ; Cândido, Gesinaldo Ataíde; ; Viana, Graco Aurelio Camara de Melo;Esta tese foi desenvolvida em três comunidades de pescadores artesanais: Barreiras, Diogo Lopes e Sertãozinho, inseridas na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Estadual Ponta do Tubarão, localizada no município de Macau, litoral Norte do Estado do Rio Grande do Norte, nordeste do Brasil e teve como objetivo analisar por meio de levantamento etnobiológico e análise sistêmica as interações dos pescadores com os recursos pesqueiros, bem como a diversidade de uso dos peixes, visando entender os aspectos ambientais e culturais da interação homem-meio ambiente. A coleta dos dados etnobiológicos foi realizada através de entrevistas com o auxílio de questionários semiestruturados e fotos de espécies de peixes da região. Foram coletados, fixados e identificados exemplares da ictiofauna presente nos desembarques acompanhados e registrados durante a realização da pesquisa. Participaram desta pesquisa 38 pescadores da comunidade de Barreiras, 38 de Diogo Lopes e 34 pescadores de Sertãozinho, totalizando 110 entrevistas de etnoictiologia. Os dados etnobiológicos foram analisados através da comparação com as informações científicas da literatura ictiológica, utilizando-se também do índice de diversidade e teste t. Informações sobre ecologia (alimentação, hábitat, predação e formação de cardumes) dos peixes apresentaram elevada concordância com a literatura científica. De acordo com o conhecimento dos pescadores foi produzida uma listagem etnotaxonômica a partir do Uso dos Recursos composta por 44 taxons utilizados principalmente para consumo, comercialização, bem como uso medicinal. As espécies com maior valor de uso foram: a tainha, adultos de Mugil spp. (n=100) o cavalo marinho, Hipocampus spp, (n=83), a sauna jovens de Mugil spp, a carapeba Diapterus spp, (n=73), a sardinha laje, Opisthonema oglinum (n=69) e o voador, Hirundichthys afinis (n=63). O índice de diversidade variou entre 1,20 a 1.33. As comunidades que compõem a RDSEPT possuem diversidade de conhecimento sobre utilização dos recursos pesqueiros e os mesmos conseguem identificar espécies que estão sofrendo pressão na área da Reserva. O ultimo capítulo dessa obra, compreendeu a identificação dos conflitos existentes nas comunidades da RDSEPT segundo a percepção dos pescadores com estratégias para subsidiar o plano de pesca e o ordenamento dos recursos pesqueiros da Reserva. Os resultados da pesquisa evidenciaram a importância de envolver os pescadores artesanais no ordenamento e conservação dos recursos naturais.Dissertação Etnobotânica e percepção ambiental de pescadores e coletoras tradicionais submetidos à escassez de recursos vegetais silvestres(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2016-01-29) Freire, André Luiz Bezerra Falcão; Miller, Francisca de Souza; ; ; http://lattes.cnpq.br/9313390250905670; Alves, Daniel Durante Pereira; ; http://lattes.cnpq.br/0105245515649663; Celestino, Edivania Duarte; ; http://lattes.cnpq.br/3665785511223200Pescadores tradicionais relacionam-se intensamente com seu ambiente e utilizamrecursos vegetais, sobretudo os silvestres, para diversos fins. No entanto, os processos deurbanização e as ações de desflorestamento tem tornado cada vez mais escassos algumasplantas em determinados lugares. A dependência desses recursos para a autonomia culturaldesses pescadores ameaçada pela carência de recursos, por um lado, e a capacidade deadaptação desses grupos humanos às novas circunstâncias, por outro, passaram a ser umaproblemática cada vez mais presente nos estudos dessas populações tradicionais. Em nossoprimeiro capítulo registramos a percepção dos pescadores e das coletoras de Patané sobre aausência das matas locais, coletamos uma lista de espécies consideradas localmente como deuso estratégico, registramos o etnoconhecimento associado a elas e identificamos quais dessasplantas já são percebidas como escassas na região. No segundo capítulo, estudamos asespécies de plantas conhecidas pela comunidade de pescadores e coletoras de Patané,registrando os saberes associados, os diversos usos dados e relacionando os resultados obtidoscom o fato de aquela população estar submetida a uma crescente urbanização e umescasseamento recente de diversos desses recursos florestais.Para isso realizaramseentrevistasindividuais,formais e semiestruturadas, aplicadas consecutivamente ainformantes amostrados não probabilisticamente por bola de neve.Foram coletados dadossocioeconômicos dos informantes. Um teste de adequação foi realizado a partir daconcordância dos entrevistados com as interpretações e induções do pesquisador. Passeiosguiados foram realizados para colher fotografias e amostras testemunhas das plantas, todasidentificadas pelos métodos usuais da botânica. Trechos das entrevistas sobre percepção sãoapresentados procurando-se evidenciar as informações consensuais. Alguns dados foramapresentados por estatística descritiva. Montaram-se duas listas de plantas, uma com as de usoestratégico e outra com todas as espécies citadas no estudo. Em ambas constam termosetnotaxonômicos, nomenclatura botânica e usos múltiplos locais. Evidenciou-se que oconhecimento a respeito das plantas se mantém naquelas pessoas mesmo para os casos derecursos florestais os quais já não estão disponíveis, mas que o direito ao uso deve sermantido como forma de manutenção e controle autonômico do etnoconhecimento, e, porextensão da cultura daquelas pessoas.Dissertação Etnoconhecimento sobre plantas medicinais e inter-relações com o meio ambiente na comunidade do Catu, Canguaretama (RN, Brasil)(2018-02-21) Silva, Amanda Stefanie Sérgio da; Miller, Francisca de Souza; ; ; Silva, Dany Geraldo Kramer Cavalcanti e; ; Andrade, Maristela Oliveira de;Os estudos sobre os etnoconhecimentos são importantes para a compreensão e a valorização das culturas, formas de agir, viver e conviver com o meio ambiente. As plantas medicinais são recursos naturais com propriedades capazes de provocar reações benéficas no organismo, utilizadas na recuperação e manutenção do bem-estar. A busca pelo conhecimento sobre plantas e relações ecológicas têm sido realizada desde tempos antigos. Devido a importância dos saberes locais e do manejo dos recursos ambientais para a conservação, o presente trabalho tem como objetivo analisar o sistema de etnoconhecimento sobre plantas medicinais, e discutir aspectos e implicações da inter-relação com o meio ambiente biofísico e social de uma população do nordeste brasileiro, como forma de valorização da cultura e da riqueza vegetal local. Foram realizadas entrevistas abertas e semiestruturadas, seguindo o método Bola de Neve. Buscou-se um equilíbrio entre as perspectivas êmica e ética. O objetivo foi proporcionar uma hibridização entre os conhecimentos do entrevistado e do pesquisador, gerando intercientificidade. Amostras das plantas foram coletadas para auxiliar na identificação das espécies. As coletas foram realizadas com o auxílio do método Turnê Guiada, com amostragem aleatória. A abordagem etnoecológica utilizada foi baseada no método da análise do Complexo Kosmus-Corpus-Praxis. Partindo do método de Análise de Conteúdo, os dados quantificáveis foram analisados por meio de porcentagem simples, e os dados qualitativos selecionando-se trechos dos discursos para conclusões indutivas. Foram relatadas 68 espécies de plantas, com porcentagem semelhante entre nativas e exóticas. As famílias mais representativas foram Fabaceae e Lamiaceae. As espécies que se destacaram com maior número de citação foram Rosmarinus officinalis L., Cymbopogon citratus (DC.) Stapf., Lippia alba (Mill.) N.E.Brown e Periandra mediterranea (Vell.) Taub. As folhas foram as partes mais utilizadas, consumidas nas formas de chás e garrafadas, principalmente no tratamento de doenças do aparelho respiratório. Os especialistas locais da comunidade do Catu, possuem um grande conhecimento sobre as plantas medicinais e as interações ecológicas que as envolve. Possuem inter-relações com questões de fé, espiritualidade e respeito à natureza. O cultivo de plantas medicinais nos quintais auxiliam no acesso a esses recursos em momentos de emergência. A economia é baseada na subsistência e existem relações sociais que ajudam na obtenção das plantas medicinais. Os resultados desta pesquisa são importantes para a valorização da cultura local e evidenciam a riqueza de plantas com potencial medicinal. Isto pode revelar um resgate dos costumes tradicionais de uso das plantas, para a manipulação caseira de remédios de baixo custo financeiro para toda a comunidade estudada.Dissertação Etnografia visual das mangabeiras nas matas do tabuleiro costeiro.(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2009-08-17) Fernandes, Henrique José Cocentino; Coradini, Lisabete; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785895Z8; ; http://lattes.cnpq.br/5441257818527382; Miller, Francisca de Souza; ; http://lattes.cnpq.br/6834637163914977; Mendonça, João Martinho Braga; ; http://lattes.cnpq.br/2286031848010519O presente trabalho trata de uma pesquisa etnográfica realizada com mulheres coletoras de Mangaba da Vila de Ponta Negra em Natal - RN. As mulheres/mangabeiras reproduzem uma prática aprendida com seus antepassados de coleta deste fruto nas matas de tabuleiros costeiros e o comercializam na capital potiguar. Utilizando as metodologias de história oral e da antropologia visual com a apresentação em pranchas das imagens coletadas. Pretende-se destacar os aspectos botânicos e ambientais da planta Mangabeira, o seu ecossistema, aspectos territoriais, econômicos, históricos e os saberes e fazeres desta prática extrativista de nossa cultura imaterial.Dissertação A experiência de construção e organização da educação (escolar) indígena entre os Jenipapo-Kanindé, Aquiraz/Ceará(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-01-11) Santos, Vilyvia Carla Marques dos; Miller, Francisca de Souza; http://lattes.cnpq.br/6834637163914977; https://orcid.org/0000-0002-8342-6722; http://lattes.cnpq.br/9754451982136480; Lopes, Paulo Victor Leite; http://lattes.cnpq.br/7595515282110283; Nascimento, Rita Gomes do; Silva, Rosalia de Fátima e; http://lattes.cnpq.br/2560174506689869As Escolas Indígenas, no Brasil, emergiram a partir da luta do movimento indígena em prol da Terra, Saúde e Educação que atendessem às suas especificidades e respeitassem a sua cultura local. Criou-se assim a modalidade de educação escolar indígena na educação brasileira, assegurada pela Constituição Federal de 1988, já que, por longas décadas, a educação foi utilizada como forma de dominação e integração nacional, negando-lhes até mesmo o direito às suas identidades, crenças, línguas, costumes e culturas. Diante disso, a presente pesquisa busca compreender a experiência de educação escolar indígena entre o povo Jenipapo-Kanindé (JK), que habita a Terra Indígena (TI) Lagoa Encantada, no município de Aquiraz – Ceará. Para isso, buscamos contextualizar de que forma vem ocorrendo o processo de escolarização não indígena e indígena no Ceará e entre os JK. Com isso, esta investigação apresenta a experiência de educação escolar na Escola Indígena Jenipapo-Kanindé (EIJK) em seus diversos contextos, incluindo a experiência de ensino remoto/híbrido e as fronteiras educacionais existentes no local. O recorte temporal compreende o período que vai de 2018 a 2021 através de visitas de campo esporádicas para as investigações iniciais, levantamento bibliográfico, acompanhamento das redes sociais da EIJK, entrevistas não presenciais (on-line) e presenciais, além de imersão no campo de caráter etnográfico, buscando contribuir com os debates no campo da antropologia e educação.Dissertação Os forrós da Serra da Gameleira (São Tomé/RN) : etnicidade, festa e sociabilidade(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2009-07-20) Ferreira, Flavio Rodrigo Freire; Cavignac, Julie Antoinette; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4768171A6; ; http://lattes.cnpq.br/5928776388071995; Miller, Francisca de Souza; ; http://lattes.cnpq.br/6834637163914977; Lima Filho, Manuel Ferreira; ; http://lattes.cnpq.br/9114125597206149; Macedo, Muirakytan Kennedy de; ; http://lattes.cnpq.br/6234766321259493O presente trabalho objetiva descrever e analisar as festas de forró que acontecem na Serra da Gameleira, em São Tomé/RN. A Serra é um espaço social dividido: grupos de diferentes origens étnicas convivem em Gameleira de Baixo, Salgadinho (ou Gameleira de Cima) e Chaves Belas. São aproximadamente duzentas famílias que vivem exclusivamente da agricultura. Busca-se compreender como as festas informam sobre a organização social, a composição étnica das famílias em presença e o passado da Serra, através da genealogia dos tocadores de forró. Na discussão, identifica-se os lugares festivos: ao todo, contam-se cinco casas de forró que funcionam com regularidade dentre elas, uma foi descrita. Nelas, os espaços públicos e privados estão intimamente relacionados, com limites entre a casa de forró e a casa residência bastante tênues. Cada casa de forró tem seu dono, que regularmente realiza as festas, mobilizando grande parte dos moradores, o que provoca o estreitamento das relações sociais. Assim, ao observar a sociabilidade festiva entre os diferentes segmentos sociais, o forró aparece como elemento minimizador dos conflitos sociais, propiciando novas formas de associação e cooperação no espaço da Serra da Gameleira. Para a coleta de dados, utiliza-se o método etnográfico, através da observação direta, realização de entrevistas e pesquisa documental. A história local é recontada seguindo os caminhos da memória oral e da análise de documentos históricos. Ao final da análise, revela-se que música e festa são elementos que agregam os diferentes grupos que residem no local e determinam formas de expressão de uma cultura vista como tradicionalDissertação A inclusão produtiva do plano Brasil sem miséria: análise dos aspectos sociais, econômicos e ambientais no território do Mato Grande/RN(2017-02-17) Santos, Edna Guilherme dos; Miller, Francisca de Souza; ; http://lattes.cnpq.br/6834637163914977; ; http://lattes.cnpq.br/6601883239018078; Alves, Daniel Durante Pereira; ; http://lattes.cnpq.br/0105245515649663; Celestino, Edivania Duarte; ; http://lattes.cnpq.br/3665785511223200Considerada um fenômeno de inúmeras características e de complexa resolução, a pobreza tem feito com que inúmeros indivíduos conviva em condições inadequadas, necessitando de serviços básicos como saúde, educação, saneamento ambiental, ou seja, a pobreza os priva de direitos essenciais, onde sua oferta é um dever do poder público, cabendo a sociedade o poder de reivindicação. No Brasil, os índices de pobreza ainda são altos e preocupantes, a desigualdade na distribuição de renda é discrepante, e como medidas de enfrentamento a situação de pobreza, as ações dos governos encaminham para formulações de políticas públicas que proporcionem a autonomia econômica dos indivíduos, apostando principalmente em programas de transferência de renda. Assim, em 02 de junho de 2011 por meio do Decreto nº 7.492, criou-se o Plano Brasil Sem Miséria (PBSM) com o objetivo desafiador de superar a extrema pobreza até o final de 2014. Dessa forma, o PBSM passa a atuar no Território do Mato Grande/RN, cuja realidade de pobreza, principalmente no meio rural, é tangível e carente de alternativas de resolução. Logo, a pesquisa objetiva identificar, a partir da percepção dos beneficiários do PBSM no Território do Mato Grande se realmente houve mudança nas vidas dessas pessoas, especialmente no que se refere ao eixo de Inclusão Produtiva, analisando assim, sua direta intervenção nas dimensões social, econômica e ambiental. Para isso, foram realizadas 38 entrevistas com as famílias beneficiárias do PBSM das comunidades de Serrote de São Bento/João Câmara, Baixos de São Miguel/Poço Branco e Ingá/Taipu, primeiramente para o reconhecimento do perfil socioeconômico dessas famílias, por fim, para uma análise etnográfica da percepção que os mesmo têm a respeito das ações do PBSM, sendo assim um mecanismo de avaliação do referido Plano, visto que são impressões de indivíduos que vivenciaram cada uma das ações. Dentre os resultados, observou-se que as famílias beneficiárias do PBSM atendem a grande parte dos requisitos para inserção nessa política pública, são famílias com baixos níveis de renda e escolaridade, precário acesso aos serviços de saúde e educação, e no tocante a Inclusão Produtiva pode-se então dizer que o recebimento do fomento e inicial investimento numa atividade produtiva, atingiu o objetivo de amenizar a pobreza, porém esses mesmos beneficiários deixaram claro em seus depoimentos que essas ações foram apenas paleativas. Portanto, as políticas públicas de enfrentamento à situação de pobreza existem, mas é necessário ampliá-las, assim como é necessário que os beneficiários empoderem-se, dessa forma serão indivíduos cientes de suas atitudes em prol da manutenção de seus direitos.
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