Navegando por Autor "Mendonça Júnior, Jorge Witt de"
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Tese A ordem arcaica da lavoura: uma leitura dialógica da dinâmica entre o sagrado e o profano em Lavoura Arcaica(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-02-24) Mendonça Júnior, Jorge Witt de; Araújo, Rosanne Bezerra de; https://orcid.org/0000-0003-4308-3881; http://lattes.cnpq.br/7328556088478313; http://lattes.cnpq.br/2898085665802634; Alves, Alexandre Bezerra; Barbosa, Márcio Venicio; https://orcid.org/0000-0003-2363-1326; http://lattes.cnpq.br/5996363930384781; Melo Júnior, Orison Marden Bandeira de; Ferreira Júnior, Tito MatiasO romance Lavoura Arcaica, escrito por Raduan Nassar, narra a trajetória do personagem André enquanto ele retorna ao convívio da sua família após fugir de casa e permanecer um tempo afastado. A obra apresenta sua relação conflituosa com seus familiares, especialmente seu pai, com o qual André mantém uma complexa tensão ideológica. Em sua abordagem do gênero romanesco, Mikhail Bakhtin apresenta algumas de suas características, entre as quais, podemos apontar: a diversidade de linguagens. Nos propomos principalmente a identificar em meio a essas linguagens as vozes e valores que atuam na narrativa e como estas influenciam a formação do personagem André na dinâmica entre o sagrado e o profano. Para isso, apresentamos alguns apontamentos metodológicos de análise situando a literatura no seu diálogo com o campo da cultura, bem como o conceito bakhtiniano de heterodiscurso. Na sequência, apresentamos uma análise de trechos do romance na qual buscamos tanto a presença de diferentes vozes e linguagens como a tensão dialógica entre elas no espectro do sagrado e do profano. Ao longo da pesquisa, foi possível observar que a formação do personagem acontece em meio a tensão dos valores, sob a ordem de um discurso autoritário sagrado e uma tentativa profana de posicionar-se no diálogo por meio de uma carnavalização e transgressão dos valores. Temos também a ocorrência de diferentes vozes e valores sociais nessas construções - como, por exemplo, nos diálogos entre André e seus familiares; ou ainda no conflito apresentado entre valores como o sagrado e o profano. Concluímos que a relação entre André e seu pai se apresenta de modo a construir um discurso autoritário e a obra se revela como uma metáfora de retorno ao sagrado.Dissertação O tempo do artista em A portrait of the artist as a young man(2018-02-06) Mendonça Júnior, Jorge Witt de; Araújo, Rosanne Bezerra de; ; ; Oliveira, Andrey Pereira de; ; Ponte, Charles Albuquerque;A obra de James Joyce (1882-1941) que trabalhamos nessa pesquisa, A Portrait of the Artist as a Young Man, publicada em 1916, narra a história de Stephen Dedalus no período que vai da sua infância até o início da idade adulta. É a partir dessa perspectiva da evolução do texto juntamente com o personagem que propomos um estudo do romance enquanto gênero diferenciado no tratamento da categoria do tempo. Partimos com o objetivo de analisar de que maneira a linguagem desenvolvida pelo autor possibilita a criação de uma camada linguística para o desenvolvimento do personagem e do tempo ao longo da narrativa, possibilitando o compartilhamento de uma experiência temporal a partir da linguagem. Analisaremos como a linguagem é utilizada para desenvolver a temática da rebeldia do personagem, inserida na estrutura linguística da obra. Desenvolvemos essa pesquisa em A Portrait a partir do estudo de autores como Ricoeur (1995), Bakhtin (2010), Benjamin (2011), Lukács (2007), Mendilow (1972), Genette (1995), entre outros. Discutimos também a questão da interação narradorpersonagem e sua influência na evolução da narrativa, partindo de Candido (2007) e Auerbach (2002). Nossa proposta desenvolve primeiramente um estudo sobre as características romanescas que fazem da temática do tempo um elemento essencial à forma do romance. Abordamos, na sequência, a forma como a linguagem desenvolve uma reconfiguração da experiência temporal na estrutura linguística do romance. Chegamos à conclusão de que para configurar o tempo por meio da linguagem, o autor utiliza de recursos literários como, por exemplo, a relação entre o narrador e personagem observada na manipulação do ponto de vista, a possibilidade de unir o discurso do narrador às palavras do personagem por meio de uma linguagem híbrida, o uso de ferramentas como a repetição ou a exploração dos níveis da consciência do personagem pela sua linguagem, além da adaptação de estilos e padrões narrativos correspondentes a cada etapa da vida do personagem fazendo com que a sua evolução seja sentida, não apenas declarada, na própria experiência linguística da leitura.