Navegando por Autor "Medeiros, Vladimir Cruz de"
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Tese Arcabouço tectono-estrutural da Margem Equatorial Brasileira: uma abordagem baseada em dados de sensoriamento remoto e geofísicos potenciais(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-12-15) Lima, Francisco Gabriel Ferreira de; Jardim, Emanuel Ferraz; http://lattes.cnpq.br/4094827215552998; https://orcid.org/0000-0002-6513-3993; http://lattes.cnpq.br/6506556020822609; Silva, Fernando César Alves da; Silva, Carlos César Nascimento da; http://lattes.cnpq.br/5136096872133075; Araújo, Mário Neto Cavalcanti de; Medeiros, Vladimir Cruz deAo longo da Margem Equatorial Brasileira (MEB), se desenvolveram um conjunto de bacias sedimentares do Neobarremiano ao Albiano. Esta região tem despertado grande interesse devido às recentes descobertas de reservas de hidrocarbonetos nas margens continentais de Gana, na África, e Guianas/Suriname, na América do Sul. No entanto, a falta de exposições do rifte aptiano-albiano e a superposição de estruturas rúpteis relacionadas a este evento com outras mais antigas e/ou mais novas relacionadas ao rifte neocomiano-barremiano e à deformação intraplaca pós-campaniana, dificultam a correlação de estruturas mapeadas em superfície com os eventos tectônicos transtrativos/transpressivos relacionados à evolução do Atlântico Equatorial. Na porção onshore das margens equatoriais brasileira e africana, foi realizada uma análise da orientação e distribuição dos lineamentos rúpteis. Em maior detalhe, e considerando dados de campo, os trends associados a lineamentos rúpteis em superfície foram comparados com lineamentos magnéticos nas bacias Potiguar, São Luís, BragançaViseu, Grajaú e Barreirinhas. Os resultados indicam reflexos continentais da tectônica albiana até a porção sul da Bacia do Grajaú, apontando para uma transtração dextral da MEB durante o Albiano e controle da herança de zonas de cisalhamento brasilianas das faixas Gurupi e Araguaia, Província Borborema, e do Lineamento Transbrasiliano no desenvolvimento e reativação de estruturas rúpteis em diversos estágios de evolução da MEB. Além disso, foi conduzido um estudo da arquitetura crustal profunda na região offshore da MEB, em que foram integrados dados gravimétricos, magnéticos e sísmicos 2D de diferentes fontes. A MEB foi dividida em quatro domínios: proximal (PD), zona de necking (NZ), transição oceanocontinente (OCT) e crosta oceânica (OC). Esses domínios apresentam predominância de falhas normais e de rejeito oblíquo NW-SE do Aptiano ao Albiano, associadas a falhas de rejeito direcional e oblíquo E-W, além de dobras e empurrões NE-SW. As transições oceanocontinente podem variar de forma gradual a abrupta, dependendo da localização e do estilo estrutural predominante em cada segmento da margem. Os limites definidos proporcionaram um bom encaixe entre as crostas continentais da MEB e da Margem Equatorial Africana (MEA) durante o Cenomaniano. Este estudo tem como objetivo principal contribuir para uma melhor compreensão dos mecanismos de formação das bacias na MEB, abrindo perspectivas para exploração de seu potencial petrolífero em águas profundas e ultraprofundas.Dissertação Caracterização petrográfica e litoquímica do Stock Serra do Capuxu, SW do Domínio Rio Piranhas-Seridó, Província Borborema(2019-08-21) Fonseca, Gian Deyverson de Araújo; Galindo, Antonio Carlos; ; ; Nascimento, Marcos Antonio Leite do; ; Medeiros, Vladimir Cruz de;O Stock Serra do Capuxu (SSC) está situado na porção setentrional da Província Borborema, sudoeste do Domínio Rio Piranhas-Seridó. O stock intrude rochas gnáissicas do Complexo Caicó, dos quais guarda xenólitos, e trunca feições dúcteis prévias. Ocorrem enclaves tipo MME, localmente com feições de mistura de magmas (mixing e mingling); e schlierens do tipo múltiplos e complexos. O SSC caracteriza-se por rochas leucocráticas (∑Máficos=7,5-13%) de composição monzogranítica, textura equigranular, ocorrendo localmente fenocristais de K-feldspato (microclina). K-feldspato + plagioclásio + quartzo constituem mais de 85% modal; biotita é o principal máfico (6-10%); titanita, opacos, allanita e zircão são acessórios; e clorita, mica branca e carbonato ocorrem como produtos de transformações tardi-magmáticas. São rochas bastante evoluídas (SiO2=71,80 a 73,50%), com teores de álcalis elevados (Na2O+K2O=8,25-8,84%) e baixos teores de cálcio (CaO=1,17-1,69%). Os espectros de elementos terras raras (ETR’s) mostram enriquecimento dos ETR’s leves, em relação aos pesados, com pronunciada anomalia negativa de Európio (CeN/SmN=4,8-5,7; GdN/YbN=1,6-2,2; e Eu/Eu*=0,34-0,44). O índice de saturação em alumina do SSC revela um caráter transicional metaluminoso a peraluminoso (A/CNK=0,98-1,03). Diagramas discriminantes de séries magmáticas revelam, na sua maioria, afinidade química com rochas da série subalcalina (cálcio-alcalina de alto-K) e diagramas classificativos de ambiente tectônico associam o SSC a ambiente pós-colisional. Esses dados são corroborados pela idade U-Pb em zircão de 579 Ma encontrada para o stock, sugerindo um alojamento tardio (pós-tectônico) para o SSC. Postula-se uma fonte eminentemente crustal para o SSC, possivelmente fusão de gnaisses do embasamento (baixo grau de fusão, face seus elevados e pouco variados teores de SiO2) gerando um magma já de natureza cálcio-alcalina de alto-K. Rochas com assinaturas similares têm sido denominadas de “Granitos Tipo-I Fracionados”.Dissertação Condicionamento estrutural e relações estratigráficas do magmatismo eojurássico na porção centro-oeste da Bacia do Parnaíba(2019-08-30) Silva, Pedro Henrique Moura da; Jardim, Emanuel Ferraz; ; ; Galindo, Antonio Carlos; ; Medeiros, Vladimir Cruz de;O magmatismo básico eojurássico da Sinéclise do Parnaíba (Nordeste do Brasil), representado pela Suíte Mosquito, faz parte da importante Província Magmática do Atlântico Central (CAMP). A unidade é relativamente bem estudada dos pontos de vista petrológico e geoquímico, e possui um acervo de datações geocronológicas. Esse magmatismo é cartografado em escala regional, e descrito na superfície como dominado por derrames. Em subsuperfície, ele é caracterizado por um importante complexo de soleiras, evidenciado em dados magnetométricos, sísmicos e de poços. Além de exposições subordinadas na porção sul da bacia, a ocorrência principal das rochas (sub)vulcânicas desta suíte está localizada na porção centro-oeste da bacia, foco deste estudo. Os corpos magmáticos da unidade estão associados a um expressivo padrão de lineamentos, com direção E a ENE, também observado em mesetas sustentadas por essas rochas básicas e pelos arenitos eólicos da Formação Sambaíba, para a qual é assumida uma idade mesotriássica. Neste trabalho foram abordados o condicionamento estrutural e as relações estratigráficas da Suíte Magmática Mosquito. A metodologia envolveu a interpretação de produtos de imagens de sensores remotos orbitais (ópticos e de radar) e dados de levantamentos de campo, incluindo a caracterização de falhas e relações de contato dos corpos magmáticos com as unidades sedimentares. Em adição, estudos petrográficos foram realizados e informações de subsuperfície foram obtidas em perfis de poços. Como resultados, a área cartografada previamente como da Suíte Mosquito foi restringida, correspondendo na sua maior parte aos arenitos da Formação Sambaíba intrudidos por soleiras (além de corpos intrusivos alimentadores). Uma unidade mais jovem de arenitos foi nomeada como intervulcânica, exibindo clastos das rochas básicas. Ela ocorre intercalada com prováveis derrames e soleiras rasas, no topo das mesetas ou em cotas mais baixas, quando afetadas por falhas. A análise estrutural de macro e mesoescala caracterizou um evento deformacional eojurássico, com distensão NNW, que controlou o alojamento dos corpos magmáticos da Suíte Mosquito. Fraturas prévias também foram utilizadas no alojamento das intrusões. Diferentes tipos de interações entre as soleiras, corpos alimentadores e suas encaixantes sedimentares são descritos, variando de estilos não rúpteis (estruturas de regime parcialmente viscoso) a rúpteis. A geometria tabular sub-horizontal dos corpos (incluindo seções transversais com formas de degraus e dedos), xenólitos, auréolas de metamorfismo de contato, além da fluidização nas encaixantes, como mostrada pelas carapaças termais, peperitos e injeções de diques clásticos, atestam a dominância de soleiras na presente superfície. A deformação eojurássica, responsável pelo condicionamento desses corpos magmáticos, representa efeitos distais relacionados à abertura do Atlântico Central. O importante componente magmático nesta sinéclise certamente contribuiu para a sua história de subsidência e soerguimentos. Esse evento magmático tem implicações importantes para a formação de sistemas petrolíferos atípicos nesta bacia, que ainda é considerada como uma fronteira exploratória.Dissertação Estilo estrutural e contexto tectonoestratigráfico do Grupo Ubajara no NW do Ceará(2018-09-03) Souza, Roanny Assis de; Jardim, Emanuel Ferraz; ; ; Medeiros, Vladimir Cruz de; ; Souza, Zorano Sérgio de;O Grupo Ubajara é uma unidade metassedimentar neoproterozoica (ediacarana), de baixo grau metamórfico, que aflora adjacente ao Lineamento Transbrasiliano, no NW do Ceará. Esse lineamento corresponde a uma megazona de cisalhamento com direção NE, com rejeito direcional dextral. O Grupo Ubajara faz parte do Domínio Médio Coreaú, sendo totalmente delimitado por zonas de cisalhamento de média a baixa temperatura, seja com o Grupo Martinópole (também de idade neoproterozoica, criogeniano, deformado em grau metamórfico e de strain mais elevado) e terrenos gnáissico-migmatíticos (paleoproterozoicos a arqueanos). Na sua borda SE, o Grupo Ubajara está em contato por falha transcorrente dextral com o Grupo Jaibaras (ediacaranocambriano), que preenche o gráben homônimo. Os contatos essencialmente tectônicos dificultam a interpretação do contexto estratigráfico-estrutural do Grupo Ubajara e é evidente o contraste metamórfico-estrutural com o Grupo Martinópole e os terrenos gnáissico-migmatíticos. Em adição, a falta do registro de uma não-conformidade, na base do Grupo Ubajara, coloca a hipótese de expressiva aloctonia desta unidade, precedente à deposição do Grupo Jaibaras. O Grupo Ubajara está envolvido em um padrão deformacional complexo, com estruturas contracionais e transcorrentes relacionadas ao Ciclo Brasiliano. O presente trabalho foca o estilo estrutural e as relações tectonoestratigráficas do Grupo Ubajara com outras unidades adjacentes, através da interpretação de imagens de sensores remotos, dados estruturais de campo e de microescala. A análise geométrica e cinemática das macroestruturas (delineadas em imagens orbitais e mapas geológicos), e correlações meso e microscópicas, permitiu o reconhecimento de três fases deformacionais que afetaram o Grupo Ubajara. A fase D1 tem caráter dúctil e é caracterizada por empurrões com transporte para NW e dobras recumbentes a invertidas, com foliação (S1) de mergulho baixo, variando a dobras apertadas com foliação de trend NW-SE a W-E, de mergulho médio a alto. A segunda fase (D2) compreende estruturas dúcteis de regime transcorrente, com cinemática dextral, incluindo zonas de cisalhamento de mergulho forte e direção NE-SW, lineações de estiramento com rake baixo e dobras abertas a apertadas, com foliação (S2) de trend em torno de N-S a NNE. A forma em chifre do Granito Mucambo denota a atuação desta fase durante o alojamento do corpo. Finalmente, uma evolução (estágio tardio) a estruturas dúcteis-frágeis ou frágeis também partilha da mesma cinemática transcorrente dextral que caracteriza a fase D2 (sendo então referida como D2t). A mesma é expressa por falhas normais dextrais NE e normais (e juntas de distensão) E-W a ENE, sendo correlacionada à tectônica transtracional que controla o gráben pull-apart de Jaibaras. Em algumas faixas miloníticas observa-se a elevação do grau metamórfico, sendo que a principal delas produziu milonitização de diques graníticos originalmente com direção E-W, lateralmente alojados em juntas de distensão numa terminação distensional da zona, sendo considerados contemporâneos ao Plúton Meruoca. O expressivo contraste metamórficoestrutural do Grupo Ubajara, com respeito às unidades mais antigas, bem como a ausência do registro de uma não conformidade na sua base, apontam para expressiva aloctonia do grupo, combinando transporte tangencial (D1) e deslocamento transcorrente dextral (D2), este último associado ao LTB.Dissertação Evidências geofísicas de domeamento na estruturação profunda da porção central da Faixa Seridó (NE-Brasil)(2020-01-08) Domingos, Nitzschia Regina Rodrigues; Medeiros, Walter Eugênio de; ; ; Archanjo, Carlos José; ; Medeiros, Vladimir Cruz de;A Faixa Seridó (FS) é um cinturão de rochas metassedimentares localizado na Província Borborema (NE do Brasil). Ela foi deformada e metamorfizada no contexto da Orogênese Pan-Africana/Brasiliana. Neste evento tectônico, a crosta foi parcialmente fundida, particularmente na conexão da zona de cisalhamento Patos com a FS, alterando suas propriedades reológicas e, consequentemente, sua deformação. O domo anatético de Santa Luzia (~ 575 Ma) se destaca dentre as ocorrências de rochas associadas à fusão parcial. O mapa aeromagnético da FS mostra uma expressiva anomalia regional de longo comprimento de onda (> 25 km) em sua porção centro-sul. Esta anomalia apresenta forma sigmoidal e seu eixo central rotaciona de NNE-SSW para E-W próximo a zona de cisalhamento Patos. Anomalias de curto comprimento (< 25 km) e de grande amplitude (até 2.200 nT) se sobrepõem a anomalia regional. Os limites das anomalias magnéticas, frequentemente, coincidem com zonas de cisalhamento regionais, revelando que estas estruturas exercem importante controle tectono-estrutural sobre as fontes das anomalias. A comparação com dados gravimétricos evidencia que ambos os tipos de anomalias compartilham das mesmas fontes anômalas, sendo estas mais magnéticas e menos densas que a crosta circundante. Por outro lado, a correlação com a geologia de superfície mostra que as anomalias geofísicas muitas vezes ocorrem associadas com migmatitos e granitos ricos em magnetita. Nós realizamos duas abordagens de modelagem para os dados geofísicos: a primeira foi uma inversão automática 3D dos dados magnéticos e a segunda foi uma modelagem conjunta 2.5D, guiada pelo interprete, dos dados magnéticos e gravimétricos ao longo de três perfis. Como resultado da análise integrada dos dados geofísicos e geológicos e da modelagem, nós evidenciamos a existência de uma estrutura dômica regional na porção centro-sul da FS. Este domo gnáissico em grande escala é composto por quatro estruturas internas alongadas, geofisicamente modeladas como quatro corpos anômalos, além do material circundante. Em conjunto, eles formam uma estrutura crustal com eixo principal na direção NE-SW que rotaciona para E-W, seguindo a zona de cisalhamento Patos. O domo de Santa Luzia é apenas um domo local em pequena escala dessa estrutura. Os metassedimentos do Grupo Seridó ocorrem em sinformes em torno das estruturas que compõem o domo regional. Em particular, devido ao notável papel da zona de cisalhamento Patos na formação da grande estrutura crustal, é reforçada a concepção de que este lineamento foi um limite tectônico importante durante a Orogênese Pan-Africana/Brasiliana.TCC Evolução estrutural e metamórfica da porção sul do Domínio São José do Campestre, Província Borborema, NE do Brasil: do Arqueano ao Neoproterozoico(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2019-11-12) Ribeiro, Carlos Vinícius Alves; Souza, Zorano Sérgio de; Motta, Rafael Gonçalves da; Medeiros, Vladimir Cruz deLocalizado na Província Borborema, nordeste do Brasil, o Domínio São José do Campestre foi formado por uma longa história tectono-magmática. No seu interior encontra-se o Núcleo Arqueano São José do Campestre (NASJC), composto por ortognaisses e metasupracrustais arqueanas (~ 3,4 a 2,7 Ga). No entorno, ocorrem ortognaisses paleoproterozoicos (~2,3 a 2,0 Ga). Estas duas unidades compõem o embasamento da região, que sofreu diversas intrusões plutônicas durante o Neoproterozoico. Com base em sensores remotos, dados bibliográficos, produtos geofísicos, mapeamento geológico e análises petrográficas, o limite entre essas unidades foi estudado, bem como a sua evolução tectono-metamórfica e sua correlação com processos geodinâmicos. A litoestratigrafia do NASJC na área de estudo é composta pelas unidades: ortognaisses com biotita ou clinopiroxênio do Complexo Serra Caiada (~3,36 Ga), piroxenitos e serpentinitos do Complexo Riacho das Telhas (~3,1 a 3,06 Ga), biotita-granada paragnaisses (~3,0 Ga?), incluindo lentes de mármore dolomítico, hornblenda-sienogranito São José do Campestre (~2,7 Ga). No seu entorno, ocorrem ortognaisses paleoproterozoicos (~2,3 a 2,0 Ga), cortados por granitóides, dioritos e carbonatitos ediacaranos, além de diques basálticos mesozoicos de direção E-W. O arcabouço estrutural da região é marcado por cinco eventos deformacionais, que ocorreram do Arqueano ao Neoproterozoico. Os dois primeiros, restritos as unidades arqueanas, apresentam caráter tangencial de alta temperatura e são responsáveis pela formação de dobras recumbentes (Sn+1), que paralelizam Sn+1 a Sn. O terceiro evento (Dn+2), que ocorre também nas rochas paleoproterozoicas, é caracterizado por dobras recumbentes (Sn+2) formadas em temperaturas moderadas. O quarto evento deformacional, que possivelmente ocorreu no Ediacarano, é caracterizado por antiformes e sinformes com plano axial NW-SE (Sn+3). O último evento deformacional (Dn+4) é responsável por sinformes e antiforme suaves, com plano axial N-S subvertical (Sn+4). Foram identificados dois principais eventos metamórficos associados a estas deformações. O primeiro (Mn+1), associado a Dn+1, atingiu a fácies granulito de baixa pressão. É marcado pela presença de espinélio nos paragnaisses de Serra Caiada e nos mármores dolomíticos. O segundo evento identificado (Mn+3), associado a Dn+3, é marcado por sillimanita associada a zonas de cisalhamento no interior do NASJC e nas unidades paleoproterozoicas, atingindo a fácies anfibolito. O contexto tectônico da região, interpretado anteriormente como uma colisão continental paleoproterozoica, não é corroborado pelas condições metamórficas e deformacionais observadas. As informações apresentadas remontam a um contexto de movimentação de blocos crustais através de zonas de cisalhamento dextrógiras durante o Neoproterozoico.Tese Evolução geodinâmica e condicionamento estrutural dos terrenos Piancó-Alto Brígida e Alto Pajeú, domínio da zona transversal, NE do Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2004-11-30) Medeiros, Vladimir Cruz de; Sa, Emanuel Ferraz Jardim de; Amaro, Venerando Eustáquio; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783253A6; Silva, Fernando Cesar Alves da; ; http://lattes.cnpq.br/8572129314081197; ; http://lattes.cnpq.br/4094827215552998; ; http://lattes.cnpq.br/9369889068441214A presente tese procurou avançar no conhecimento geológico da região que abrange os terrenos Piancó-Alto Brígida (TPAB) e Alto pajeú (TAP) , no Domínio da Zona Transversal (Província Borborema, NE do Brasil), com o intuito principal de compreender a evolução geodinâmica e o condicionamento estrutural destas unidades. Para atingir este objetivo, além do trabalho de campo e da interpretação de fotografias aéreas tradicionais, foram utilizados outros produtos de sensoriamento remoto (imagens Landsat 7 ETM+, aeroradiométricas, aeromagnéticas e topográficas), análises litogeoquímicas (rocha total) e datações geocronológicas (U-Pb em zircão), além da integração com dados da literatura. Na região afloram várias unidades geológicas precambrianas, representadas no T AP pelos complexos paleoproterozóicos de Serra Talhada e Afogados da Ingazeira, Complexo Riacho Gravatá (seqüência metavulcanossedimentar de idade Esteniana-Toniana) e ortognaisses Cariris Velhos (Tonianos). No TPAB ocorrem as formações Santana do Garrote (unidade inferior) e Serra do Olho d'Água (unidade superior) do Grupo Cachoeirinha (Neoproterozóico III), além dos ortognaisses de Piancó e paragnaisses de Bom Jesus, estes dois últimos podendo constituir um bloco mais antigo (embasamento ?) e um equivalente de alto grau do Grupo Cachoeirinha (ou Grupo Seridó ?), respectivamente. Em ambos os terrenos ainda ocorrem vários corpos degranitóides brasilianos. Os dados aeromagnéticos permitiram estimar a continuidade, em profundidade, das principais zonas de cisalhamento cartografadas na região. As zonas de cisalhamento de Patos, Pernambuco, Boqueirão dos Cochos, Serra do Caboclo, Afogados da Ingazeira/Jabitacá e Congo-Cruzeiro do Nordeste atingem profundidades . superiores a 6-16 km. A assinatura aeromagnética de outras zonas de cisalhamento, tais como a de Juru, sugere que tais estruturas correspondem a feições crustais mais rasas. As imagens de satélite (Landsat 7 ETM+) e aerogamaespectrométricas permitiram individualizar unidades geológicas distintas, bem como esboçar a trama estrutural da região.A Zona de Cisalhamento Serra do Caboclo foi caracterizada como o limite/sutura entre o TPAB e TAP, tendo em vista ser uma estrutura marcante/penetrativa que separa unidades geológicas contrastantes, como o Grupo Cachoeirinha (Neoproterozóico III) no TPAB e o Complexo Riacho Gravatá (Esteniano-Toniano) e as metaplutônicas Cariris Velhos, do TAP. Embora mais jovem, o Grupo Cachoeirinha não exibe contatos em não conformidade sobre o Complexo Riacho Gravatá ou ortognaisses Cariris Velhos, indicando que aquelas unidades estavam distanciadas quando da sua deposição. Com relação ao evento Cariris Velhos (ca. 1,0 Ga), a presença do mesmo é indicada pelas metavulcânicas do Complexo Riacho Gravatá, augen gnaisses e ortognaisses intrusivos, todos com afinidade geoquímica de contextos de arco ou colisional. Todavia, o registro estrutural associado a este evento não foi identificado, o que foi interpretado em função de sua obliteração (constituíam estruturas de baixo grau/baixo strain) pelos eventos subseqüentes. O primeiro evento tectônico (01) observado nos litotipos de idade Cariris Velhos apresenta cinemática contracional com transporte para NW. Uma datação do Neoproterozóico III, obtida em granitóide tardi-D1, permite atribuir uma idade do início do brasiliano para este eventodeformacional. O segundo evento (D2) caracterizado na região corresponde à tectônica transcorrente Brasiliana, a qual é materializada por marcantes zonas de cisalhamento e corpos graníticos associados. Os dados geocronológicos obtidos (U-Pb em zircão) confirmaram a presença do magmatismo Cariris Velhos no âmbito do TAP, bem como a idade Neoproterozóica III para o Grupo Cachoeinha (TPAB) e para o evento tectônico D1. O TAP (Complexo Riacho Gravatá, augen gnaisses e ortognaisses) deve constituir um arco continental (provavelmente acrescido a um microcontinente) formado durante o evento Cariris Velhos (Esteniano-Toniano). Este terreno colidiu com o TPAB no inicio da orogênese brasiliana (deformação tangencial D1), sendo ambos os blocos afetados por retrabalhamento/cisalhamentos transcorrentes (evento D2) até o final do Ciclo BrasilianoDissertação Expressão estrutural do lineamento transbrasiliano na porção sul da Bacia do Parnaíba(2017-03-20) Santos, Carla Hemillay de Oliveira; Jardim, Emanuel Ferraz; ; http://lattes.cnpq.br/4094827215552998; ; http://lattes.cnpq.br/6796083342943701; Antunes, Alex Francisco; ; http://lattes.cnpq.br/1519973126832391; Medeiros, Vladimir Cruz de; ; http://lattes.cnpq.br/9369889068441214O Lineamento Transbrasiliano (LTB) apresenta direção NE-SW e extensão de mais de 2.700km em território brasileiro. Cerca de 900km do LTB ocorrem no substrato pré-cambriano da Bacia do Parnaíba (BPar), inferido a partir de dados geológicos e geofísicos como uma zona de cisalhamento plástica com cinemática transcorrente dextral, feição corroborada nas exposições do embasamento cristalino no NW do Ceará e leste do Tocantins. Na bacia propriamente dita, a reativação do LTB se expressa em superfície como feixes de lineamentos NE que correspondem a falhas ou fraturas, interceptando as unidades paleozoicas a triássicas da BPar. Este trabalho aborda a assinatura estrutural e idade de reativações do LTB na região sul da bacia, a leste de Palmas (região fronteiriça entre os estados do Tocantins, Maranhão e Piaui). No embasamento cristalino, a cinemática dextral do LTB envolve um estágio tardio com cinemática também dextral de baixa temperatura (dúctil-frágil), com provável idade ediacarana-cambriana, como observado no NW do Ceará. Nas unidades litoestratigráficas da BPar, são distinguidos eventos de reativação em regime frágil ou hidroplástico (fraturas e bandas de deformação). Nesta região de estudo, um evento mais antigo registra uma cinemática transcorrente sinistral expressa principalmente como bandas de deformação e falhas de escala meso a macroscópica, com direção NE, combinadas com estruturas oblíquas, dilatacionais (incluindo juntas e falhas normais) ou conjugadas/antitéticas de rejeito direcional ou oblíquo, com orientações que variam de NNE a NNW, observadas nos litotipos das formações Sambaíba, Pedra de Fogo e mais antigas. A SE de Alto Parnaíba (MA), são destacadas as estruturas em flor que envolvem feições de espessamento de camadas na Formação Pedra de Fogo, atestando atividade tectônica sindeposicional durante o Neopermiano. Um segundo conjunto de estruturas são falhas normais associadas a uma distensão N/NNE, impressas nos corpos básicos de idade eojurássica da Suíte Mosquito, e unidades mais antigas. Essa suíte magmática é capeada, a sul de Lizarda (TO), por arenitos e conglomerados com seixos das vulcânicas, correlacionados à Formação Corda. Um terceiro conjunto de estruturas, caracterizado por falhas normais ou normais oblíquas com direção NE, registra distensão NW também observada na borda leste/SE da BPar, sendo associada ao evento de rifteamento da Margem Leste brasileira, durante o Eocretáceo. Essas reativações do LTB não afetam o Grupo Urucuia, uma unidade da Bacia do Espigão Mestre que ocorre na região do Jalapão. Finalmente, um quarto evento, de ocorrência mais restrita, reflete distensão NE e está também registrado em arenitos correlacionados ao Grupo Urucuia, implicando para ambos uma idade máxima neocretácea.Dissertação Interpretação de lineamentos estruturais na borda sudeste da Bacia do Parnaíba(2016-08-09) Lima, Francisco Gabriel Ferreira de; Jardim, Emanuel Ferraz; ; http://lattes.cnpq.br/4094827215552998; ; http://lattes.cnpq.br/6506556020822609; Silva, Fernando Cesar Alves da; ; http://lattes.cnpq.br/8572129314081197; Medeiros, Vladimir Cruz de; ; http://lattes.cnpq.br/9369889068441214A borda sudeste da Bacia do Parnaíba (BPar), região fronteiriça aos estados do Piauí, Bahia e Pernambuco, é marcada por uma expressiva orientação NE-SW, paralela à do Lineamento Transbrasiliano, bem como pelo estreitamento das faixas aflorantes das formações silurodevonianas, em comparação ao observado na borda leste da bacia do Parnaíba (BPar). A evidência de controle estrutural nessa borda da bacia foi analisada com a interpretação de imagens de relevo sombreado, geradas a partir de imagens de radar. Foram destacados os fotolineamentos com direção preferencial NE-SW no embasamento cristalino e na cobertura sedimentar, bem como na região de contato entre esses domínios. Foi realizada uma análise integrada das estruturas observadas em macroescala (imagens de radar e multiespectrais) e em campo (mesoescala), resultando na caracterização de três eventos deformacionais, com base em critérios de orientação, cinemática e cronologia relativa. As estruturas da deformação Dn foram reconhecidas no embasamento cristalino e nas sequências molássicas das bacias de Araçá e São Julião, sendo correlacionadas ao contexto do Grupo Jaibaras, no NW do Ceará, com idade ediacaranacambriana. Esse evento deformacional está associado a uma etapa tardia, retrometamórfica e de caráter plástico-frágil, das zonas miloníticas brasilianas. A assinatura do mesmo inclui zonas de cisalhamento dextrais orientadas NE-SW, e veios ácidos preenchendo bandas C dilatacionais e juntas de distensão E-W. A deformação Dn+1 corresponde a uma nova etapa de movimentação dextral em estruturas NE-SW, acompanhada por falhas normais e juntas de distensão com orientação WNW a E-W, essencialmente de caráter frágil e também afetando as unidades silurodevonianas. A deformação Dn+2 é caracterizada por falhas normais, diques básicos (correlacionados à Suite Sardinha, eocretácea), veios silicosos (preenchendo descontinuidades nas rochas), todos com orientação NE-SW. As falhas NE-SW podem ocorrer no contato entre o embasamento e a cobertura sedimentar ou já no interior da bacia. Esse evento é resultado de uma distensão com orientação NW-SE, análoga àquela reconhecida mais a leste, nas Bacias Interiores do Nordeste do Brasil, associada ao rifteamento do Atlântico Sul.Dissertação Magmatismo granítico na porção central do domínio Rio Piranhas-Seridó, Província Borborema: geologia e petrologia do Stock Flores (RN)(2016-04-29) Souza, Viviane Oliveira de; Galindo, Antonio Carlos; ; http://lattes.cnpq.br/9747727150782125; ; http://lattes.cnpq.br/8553284173788108; Nascimento, Marcos Antonio Leite do; ; http://lattes.cnpq.br/5356037408083015; Vilalva, Frederico Castro Jobim; ; http://lattes.cnpq.br/6227637633613443; Medeiros, Vladimir Cruz de; ; http://lattes.cnpq.br/9369889068441214A fase final da orogenêse Brasiliana / Pan-Africana, na Província Borborema, NE do Brasil, é caracterizada por um intenso magmatismo granítico, dentro desse contexto granitogênico insere-se o stock granítico Flores. O presente trabalho tem como objetivo a caracterização geológica, petrográfica, geoquímica e petrológica do stock Flores. Para a efetivação do trabalho foram realizadas etapas de campo, preparação e descrição de secções delgadas bem como tratamento de amostras para análises químicas. O stock localiza-se próximo a cidade de Afonso Bezerra, na porção centro-norte do Rio Grande do Norte, geologicamente inserido no contexto do Domínio Rio Piranhas-Seridó, ocorre alongado na direção NW expondo uma área aflorante de 8 km2 . Sua morfologia é ressaltada por extensos paredões constituídos por conjunto de matacões, os quais compõem as bordas do stock, destacando-o facilmente do relevo regional. É intrusivo em rochas gnáissicas paleoproterozoicas, relacionadas ao Complexo Caicó, e augen gnaisses da suíte Poço da Cruz (borda Noroeste). As rochas do stock Flores são monzogranitos equigranulares hololeucocráticos, sendo possível distinguir duas fácies no plutão em função de seus aspectos texturais: Flores Tipo I, composta por rochas equigranulares média de coloração rosada, caracterizada pelos matacões; Flores Tipo II, com rochas equigranulares fina de coloração acinzentada a rosada, exibindo relevo arrasado na porção S/SE do stock. Localmente (na fácies Tipo II) ocorrem enclaves de rochas dioríticas exibindo feições de coexistência de magmas (mixing e migling), além de enclaves do tipo schlieren elipsoidais, sendo estes interpretados como estruturas magmáticas formadas por convecção magmática através de plumas termais. Os monzogranitos exibem paragênese essencial composta por quartzo, microclina e plagioclásio, que usualmente somam mais de 90% modal. Biotita é o máfico principal, ocorrendo ainda, titanita, allanita, apatita, zircão e opacos, e, como minerais tardios, fluorita, clorita, epídoto granular, mica branca e carbonato, estes relacionados a fluídos em estágio subsolidus. As análises geoquímicas evidenciam a natureza evoluída das rochas do stock bem como sua afinidade alcalina. Altos teores em SiO2 (71,43 - 74,87%), Na2O+K2O (8,26- 9,08%), Al2O3 (12,99-13,93%), além do empobrecimento em MgO (<0,5%), CaO (≤1,4%), Fe2O3 (<2,3%) e TiO2 (<0,4%) refletem o caráter peraluminoso e leucocrático das rochas, ii corroborado pelos baixos teores de máficos (< 6%). Diferentes diagramas discriminantes de séries/associações magmáticas atestam a afinidade alcalina das rochas do stock Flores, bem como sua analogia com granitos tipo-A. O espectro do diagrama de ERTs exibe um moderado grau de enriquecimento de ETRL em relação aos ETRP com razões LaN /YbN entre 4,59% - 30,85% e forte anomalia negativa de Eu, característico de rochas crustais e de granitos tipo-A. Finalmente diagramas geoquímicos discriminantes de ambiente tectônico sugerem que o stock Flores é um plutão de assinatura pós-colisional. Tais dados são coerentes com a idade U-Pb 553±4 Ma encontrada para o Flores, o colocando dentro do contexto tardi a pós-orogênico da orogênese Brasiliana / Pan-Africana, na Província Borborema.TCC Mapeamento geológico da Colina do Horto (Juazeiro do Norte, Ceará), com ênfase nas rochas ígneas(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-12-12) Alencar, Filipe Freire; Nascimento, Marcos Antonio Leite do; http://lattes.cnpq.br/5356037408083015; http://lattes.cnpq.br/4242233863823727; Vilalva, Frederico Castro Jobim; 0000-0003-3399-6863; http://lattes.cnpq.br/6227637633613443; Medeiros, Vladimir Cruz de; http://lattes.cnpq.br/9369889068441214A Colina do Horto é um importante cartão postal e geossítio da região do Cariri Cearense. Através de mapeamento de campo e estudos petrográficos/estruturais, foi possível identificar as unidades litoestratigráficas que compõem o seu arcabouço e levantar hipóteses sobre a sua evolução geológica, especialmente durante o neoproterozoico. Nesse trabalho são definidos os Plútons Logradouro e Santo Sepulcro, stocks diacrônicos que intrudem rochas metassedimentares e metavulcânicas de baixo grau metamórfico pertencentes à Formação Santana dos Garrotes, deformada durante um evento transpressivo dextral coevo ao primeiro Plúton, mas anterior ao segundo. Através da petrografia, foi possível classificar o Plúton Logradouro como formado por tonalitos, granodioritos, monzogranitos e dioritos com epidoto magmático, associados a muscovita trondhjemitos, à semelhança da Suíte Conceição regional; enquanto o Plúton Santo Sepulcro é constituído por monzogranitos e sienogranitos porfiríticos e equigranulares associados a leucogranitos aplíticos e pegmatíticos, que lembra a Suíte Itaporanga. Os granitos e metamorfitos são cobertos por um paleossolo cambro-ordoviciano, o qual por sua vez é sotoposto a rochas sedimentares siliciclásticas das Formações Cariri e Brejo Santo, Bacia do Araripe. Depósitos colúvio-aluvionares antigos e aluviões recentes compõem o restante do quadro litológico da área. Com base na estruturação da Colina, bem como comparação com outras formas de relevo no Vale do Cariri, sua epirogênese é interpretada como resultado de reativação neotectônica das falhas de borda da Bacia do Araripe, gerando uma série de altos estruturais ecalonados na região.Dissertação Mecanismo de colocação e auréola termal provocada pelo plutão ediacarano Catingueira, Zona Transversal, Província Borborema, Nordeste do Brasil(2018-02-22) Cunha, José Alexandre Paixão da; Souza, Zorano Sérgio de; ; ; Martins, Jaziel; ; Medeiros, Vladimir Cruz de;O plutão Catingueira, localizado no estado da Paraíba, Domínio Zona Transversal (DZT), Província Borborema (PB), é um granito peralcalino clássico da região com idade U-Pb em zircão de 573±14 Ma, intrusivo em metassedimentos da Formação Santana dos Garrotes (FSG), com área aflorante de aproximadamente 12 km2 . Observações de campo, petrografia, química de rocha total e mineral e propriedades petrofísicas (condutividade térmica, calor específico, difusividade térmica e densidade) permitiram delimitar e caracterizar os efeitos termais provocados pelo granito Catingueira na FSG. A paragênese estaurolita±granada±cordierita, coexistência de clorita e muscovita, rara sillimanita e inexistência de migmatização sugerem metamorfismo de baixa pressão e alta temperatura a distâncias <2,5 km do contato. Isso indica uma faixa de temperatura de 520 – 640°C e pressão <3 kbar no contato do granito. A temperatura inicial do magma, calculada pelo geotermômetro do zircônio, foi calculada com o valor médio de 771±19°C. A temperatura assumida no momento da intrusão, estimada pela saturação em Ti das biotitas do micaxisto com estaurolita, mostra um valor médio de 538±50°C, ligeiramente maior do que a temperatura para a estabilização de estaurolita com XMg≤0,2, calculada para 520°C (P<3 kbar). Modelagens numéricas considerando duas formas geométricas (um cilindro vertical e um paralelepípedo horizontal) foram feitas para o gradiente geotérmico variando de 30°C/km a 70°C/km. O tempo calculado para atingir o equilíbrio térmico sob tais condições acima descritas, foram de 265, 314, 552, 831 e 936 mil anos. O gradiente que permitiu atingir o melhor ajuste para o modelo foi de 70°C/km, o que é coerente com a isógrada da estaurolita, resultando em um tempo de 936 mil anos. Os resultados aqui obtidos em termos de dimensão, forma, profundidade e associações metamórficas são comparáveis a exemplos de outros corpos plutônicos descritos na Faixa Seridó e em outros continentes.Dissertação Petrografia e litoquímica de rochas ferríferas na região central do Estado do Rio Grande do Norte (Domínio Rio Piranhas – Seridó, NE da Província Borborema)(2017-02-10) Dantas, Alexandre Ranier; Nascimento, Marcos Antonio Leite do; ; http://lattes.cnpq.br/5356037408083015; ; http://lattes.cnpq.br/0680707753884627; Souza, Raquel Franco de; ; http://lattes.cnpq.br/5181465668193577; Medeiros, Vladimir Cruz de; ; http://lattes.cnpq.br/9369889068441214As ocorrências de rochas ferríferas na região central do Rio Grande do Norte correspondem essencialmente a pequenos depósitos que aparentemente não apresentam potencial econômico. Em contrapartida, nos últimos anos, pequenos jazimentos desse bem mineral tem sido explotados em algumas áreas do Estado, especialmente os inseridos na região do Domínio Rio Piranhas-Seridó. As formações ferríferas ocorrem como intercalações decimétricas a algumas dezenas de metros em gnaisses da Formação Jucurutu, na base da sequência metavulcanossedimentar do Grupo Seridó. Menos frequentemente estão associadas às rochas metamáficas encaixadas em gnaisses do Complexo Caicó. Mapeamentos sistemáticos na escala de 1:100.000 (folhas Lajes e Currais Novos) e levantamento de recursos minerais executados pela Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais identificaram uma quantidade significativa de ocorrências minerais (cadastro de 48 ocorrências de rochas ferríferas). Neste trabalho será realizado uma caracterização petrográfica macro e microscópica de lâminas delgadas e seções bipolidas e polidas de rochas ferríferas, além da discussão dos dados de litoquímica, através da análise dos elementos maiores, assinatura dos elementos traços e terras raras para definição de protólitos e ambiente tectônico, quando for o caso, bem como o uso de MEV-EDS para estudo da composição química qualitativa de magnetitas e anfibólios. Basicamente são rochas compostas de quartzo, óxidos e hidróxidos de ferro, anfibólios (da série cummingtonita-grunerita e actinolita-tremolita principalmente), de granulação fina a média e textura granonematoblástica, por vezes com bandamento composicional. Normalmente apresentam teores de Fe2O3 variando entre 46 e 59% e de SiO2 entre 33 e 50%. Petrograficamente identificou-se dois grupos distintos: rochas ferríferas granulares e rochas ferríferas bandadas, encaixadas respectivamente em rochas correlatas ao embasamento gnáissico-migmatítico (Complexo Caicó) e rochas supracrustais correlatas a Formação Jucurutu. A litoquímica permitiu concluir que os grupos de rochas ferríferas granulares e bandadas apresentam comportamentos ora semelhantes, ora distintos. São rochas bimodais, compostas essencialmente de Si e Fe, com pequena proporção de elementos traços e terras raras. Os parâmetros químicos indicam ambiente dominantemente oxidante e grupos de rochas em posições intermediárias a mais próximas das fontes hidrotermais oceânicas. Quanto a natureza da formação das rochas ferríferas, gráficos binários com as relações entre Th, Zr e Ti permitiram identificar que são rochas puras quimicamente, com poucos níveis de terrígenos. Enquanto diagramas binários de SiO2 e Al2O3 e ternários de Al-Fe-Mn indicam que a totalidade das amostras de formações ferríferas bandadas e granulares configuram sedimentos químico-exalativos hidrotermais. Diagramas específicos para identificação dos ambientes tectônicos para formação das rochas ferríferas granulares e bandadas estudadas na Faixa Seridó indicam principalmente cadeias oceânicas localizadas nas imediações de margens continentais ativas transicionais a arco de ilha. O estudo das formações ferríferas é importante não apenas por concentrarem a maior fonte econômica de ferro nas rochas, como também por serem particularmente essenciais para o entendimento da evolução atmosférica e a composição química dos oceanos no período de sua deposição.Dissertação Petrografia, litoquímica, química mineral e termobarometria de rochas cálcioalcalinas de alto K de textura porfirítica, ediacaranas, no extremo NE da Província Borborema (NE do Brasil)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2016-02-26) Campos, Benedita Cleide de Souza; Nascimento, Marcos Antonio Leite do; Vilalva, Frederico Castro Jobim; ; http://lattes.cnpq.br/6227637633613443; ; http://lattes.cnpq.br/5356037408083015; ; http://lattes.cnpq.br/1569493583324352; Mariano, Gorki; ; http://lattes.cnpq.br/9480872229631779; Medeiros, Vladimir Cruz de; ; http://lattes.cnpq.br/9369889068441214A química mineral de granitos, juntamente com revisão de dados químicos de rocha total e petrografia foram utilizados para determinar as condições de cristalização e as implicações na gênese de granitos Cálcio-alcalinos de alto K Porfiríticos. Seis corpos graníticos foram analisados: Monte das Gameleiras, Barcelona, Acari, Caraúbas, Tourão e Catolé do Rocha, localizados nos domínios Rio Piranhas-Seridó e São José de Campestre, NE do Brasil. Os plútons são representados por monzogranitos, texturalmente possuem fácies porfirítica compreendendo fenocristais de K-feldspato com tamanhos entre 5 a 15 cm. K-feldspato, plagioclásio e quartzo constituem a paragênese félsica e dominante; enquanto biotita e anfibólio representam os minerais máficos principais; titanita, minerais opacos, allanita, epídoto, apatita e zircão são os principais acessórios. Em relação ao índice de Shand o granito Monte das Gameleiras mostra-se mais metaluminoso, enquanto os outros seguem a transição metaluminoso a peraluminoso. Em diagramas discriminantes químicos estes se apresentam com caráter transicional (subalcalino). As análises de petrografia e química não expõe as diferenças dos granitos, porém os resultados de química mineral revelam as diferenças dos mesmos e podem ser divididos em dois grupos: a leste (Monte das Gameleiras, Barcelona e Acari) e a oeste (Caraúbas, Tourão e Catolé do Rocha). As razões Fe/(Fe+Mg) da biotita mostra um aumentam do grupo leste para oeste com valores de 0,48 a 0,64 e 0,66 a 0,92 respectivamente. As razões Mg/(Mg+Fe2) do anfibólio diminui nesse sentido com valores de 0,40 a 0,57 e 0,06 a 0,31. As condições de cristalizações para os granitos a leste (Monte das Gameleiras, Barcelona e Acari) mostram pressão entre 4.2 kbar a 5.8 kbar, com profundidades que variam de 15,9 km a 20,5 km a uma temperatura entre 710 ºC a 734ºC e a oeste (Caraúbas, Tourão e Catolé do Rocha) com pressões de 5,4 kbar a 7,1 kbar e profundidades que variam de 20 km a 23 km a uma temperatura entre 729 ºC - 753 °C. Ambas as áreas, tanto leste como oeste foram gerados a partir de magmas oxidados. As profundidades das intrusões graníticas podem estar relacionadas aos deslocamentos de falhas e ao alto conteúdo de água e voláteis que permitem que o magma de alguns plutons atinja níveis mais rasos em relação aos outros. Os resultados mostram um aumento sistemático de temperatura e pressão de cristalização dos plútons de leste para oeste sugerindo um espessamento crustal nessa direção nos dois domínios geológicos pesquisados.Dissertação Petrografia, química mineral e litoquímica do augen gnaisse Riacho Salgado (Lajes/RN), extremo nordeste da Província Borborema(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-12-15) Guerra, Derick Giordano Feitosa; Nascimento, Marcos Antônio Leite do; ; ; http://lattes.cnpq.br/7416933211460942; Motta, Rafael Gonçalves da; ; Medeiros, Vladimir Cruz de;O magmatismo paleoproterozoico na Província Borborema vem sendo estudado para melhor compreensão do período mais importante na formação de crosta terrestre. À luz deste contexto, o presente trabalho apresenta dados de petrografia, química mineral e litoquímica para rochas do augen gnaisse Riacho Salgado (AGRS), localizado nas proximidades do centro urbano de Lajes – RN, de idade paleoproterozoica (riaciana). Além disso, foi realizado um estado da arte sobre a textura tipo augen e a litologia em questão no Domínio Rio Piranhas-Seridó (DPS). Na região estudada são descritos três eventos metamórficos, enquanto no presente trabalho foi descrito somente dois, denominados M2 e M3, e por consequência a definição de diferentes gerações de minerais, como quartzo, K-feldspato e plagioclásio formados em três gerações. Biotita, anfibólio, titanita e minerais opacos ocorrem em duas gerações. Allanita, zircão e a apatita são considerados cristais do protólito. Epidoto, clorita, muscovita e carbonatos ocorrem como resultados de alterações. Os minerais opacos são classificados como magnetita, pirita e ilmenita. Por analises qualitativas da petrografia, infere-se um elevado grau metamórfico, em transição de fácies anfibolito superior à granulito. Em análises de Microscópio Eletrônico de Varredura, o zircão e titanita são indicativos de protólito granítico de crosta continental, enquanto as biotitas, ricas na molécula de annita, indicam natureza calcioalcalina. Os anfibólios classificados como pargasita a magnésio-hornblenda de natureza subalcalinos a alcalinos, já os plagioclásios são classificados como andesina. Na litoquímica, o AGRS corrobora o protólito ígneo e é classificado como rochas metaluminosas, cálcio-alcalina de alto-K (ou subalcalino), com anomalia positiva de Eu. Em termos geotectônicos sugere-se para o AGRS um ambiente de arco continental sin-subducção, com altos teores de Sr e Ba e caráter oxidante. Para os dados litoquímicos levantados da literatura, a classificação geoquímica e o ambiente geotectônico são semelhantes, fortificando a teoria da mesma gênese para os augen gnaisses observados no DPS, imersos na unidade metaplutônica do Complexo Caicó.Dissertação Petrologia e geocronologia U-Pb do plúton granítico Serra da Rajada, porção central do domínio Rio Piranhas - Seridó, Província Borborema, NE do Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-04-23) Costa, Alan Pereira da; Nascimento, Marcos Antonio Leite do; ; ; Vilalva, Frederico Castro Jobim; ; Medeiros, Vladimir Cruz de;A atividade plutônica ediacarana, relacionada a orogênese Brasiliana/Pan-Africana, constitui uma das mais importantes feições geológicas na Província Borborema, representada em sua extensão por inúmeros batólitos, stocks e diques. O Plúton Granítico Serra da Rajada (PGSR), principal objeto desse estudo, situado na porção central do Domínio Rio Piranhas-Seridó representa um exemplo dessa atividade, sendo objeto de estudos cartográfico, petrográfico, litogeoquímico e geocronológico. Suas rochas são individualizadas em duas fácies, sendo a fácies granítica descrita como monzogranitos constituídos por K-feldspato, plagioclásio (oligoclásico-An23-24%), quartzo e biotita (máfico principal), tendo como minerais acessórios opacos, titanita, allanita, apatita e zircão. Clorita, mica branca e carbonato são minerais de alteração. A fácies diorítica compreende rochas formadas por quartzo diorito contendo plagioclásio (fase mineral dominante), quartzo e K-feldspato. Biotita e anfibólio são os minerais máficos dominantes, e titanita, minerais opacos, allanita, zircão e apatita são os acessórios. Contudo, os trabalhos de cartografia geológica também identificaram na região a presença de outras unidades litoestratigráficas, descritas como gnaisses e migmatitos indiferenciados com lentes de anfibolitos relacionados ao Complexo Caicó (Paleoproterozoica) e rochas metassedimentares do Grupo Seridó (Neoproterozoico) compostos por paragnaisses com lentes de calciossilicáticas, muscovita quartzitos e biotita xistos (respectivamente formações Jucurutu, Equador e Seridó), os quais são as encaixantes para as rochas do PGSR. Ainda foram identificados diques de leucomicrogranito e de pegmatitos, ambos relacionados ao final do magmatismo Ediacarano, bem como depósitos colúvio-eluviais e aluvionares relacionados ao Neógeno e Quaternário, respectivamente. Dados litogeoquímicos, na fácies granítica do PGSR, evidenciam rochas bastante evoluídas (SiO2 69% a 75%), rica em álcalis (Na2O+K2O ≥ 8,0%), empobrecidas em MgO (≤ 0,45%), CaO (≤ 1,42%) e TiO2 (≤ 0,36%) e teores moderados de Fe2O3t (2,16 a 3,53%). Apresentam natureza transicional entre metaluminosa e peraluminosa (predomínio do último) e possuem afinidade subalcalina/monzonítica (cálcio-alcalina de alto K). Diagramas de Harker mostram correlações negativas em Fe2O3t, MgO e CaO, indicando fracionamento de máficos e plagioclásio. O espectro de ETR mostra enriquecimento dos ETR leves com relação aos ETR pesados (LaN/YbN = 23,70 a 0,23), com anomalia negativa no Eu (Eu/Eu* = 0,70 a 0,23), sugerindo fracionamento ou acumulação na fonte de feldspatos (plagioclásio). A integração dos dados permite correlacionar às rochas do PGSR àquelas referidas na literatura como Suíte Cálcio-Alcalina de Alto K Equigranular. Considerações sobre as condições de cristalização para as rochas do PGSR foram obtidas a partir da integração de dados petrográficos e litogeoquímicos, os quais indicaram atuação de condições moderadas a elevadas de ƒO2 (paragênese mineral titanita + magnetita + quartzo), magma progenitor saturado em H2O (cristalização precoce das biotitas), atuação de processos tardi-magmáticos de fluidos ricos em ƒCO2, H2O e O2 causando alterações em parte da assembleia mineral (carbonatação e saussuritização dos plagioclásio, cloritização das biotitas e esfenitização dos opacos). Condições de termobarométricas foram estimadas com base em parâmetros geoquímicos (Zr e P2O5), bem como por minerais normativos CIPW, com resultados mostrando temperatura mínima de liquidus da ordem de 800°C e temperatura de solidus da ordem de 700°C. As pressões final/mínima de cristalização sugerem ser da ordem de 3 a 5 Kbar. A presença de minerais zonados (plagioclásio e allanita) associadas a dados litogeoquímicos diagramas bi-log para Rb vs Ba e Rb vs Sr sugerem a atuação da cristalização fracionada como processo dominante na evolução magmática do PGSR. Estudos geocronológicos U-Pb e isotópicos Sm-Nd indicam, respectivamente, que o biotita monzogranito possui idade de cristalização de 557±13 Ma, com idade modelo TDM de 2,36 Ga, tendo valor de eNd para a idade de cristalização de -20,10, permitindo inferir fonte crustal paleoproterozoica para o magma.Dissertação Petrologia e geologia estrutural do plutão granítico Barcelona, província Borborema, NE do Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-01-30) Cavalcante, Rogério; Galindo, Antonio Carlos; Silva, Fernando Cesar Alves da; ; http://lattes.cnpq.br/8572129314081197; ; http://lattes.cnpq.br/9747727150782125; ; http://lattes.cnpq.br/2520024967102891; Martins, Jaziel; ; http://lattes.cnpq.br/2772507532078148; Medeiros, Vladimir Cruz de; ; http://lattes.cnpq.br/9369889068441214A presente dissertação procurou avançar no conhecimento geológico das rochas do Plúton Granítico Barcelona (PGB), corpo esse que está localizado na região que abrange o Domínio Rio Grande do Norte (DRN) na sua porção leste, no denominado Subdomínio São José do Campestre (SJC) (Província Borborema, NE do Brasil). O objetivo principal foi compreender a evolução geológica das rochas desse plúton, do ambiente de geração do magma até o ambiente em que o mesmo foi alojado. O Plúton Granítico Barcelona (PGB) localiza-se na porção oeste do Subdomínio São José do Campestre, porção leste do Domínio Rio Grande do Norte na Província Borborema, possui área aflorante de aproximadamente 260 km2, com idade Ediacarana presumida. O PGB é formado por três fácies petrográficas/texturais distintas: (a) granito porfirítico (biotita monzogranitos) dominante; (b) os diques e sheets de microgranitos (biotita granodioritos); e (c) rochas de composição máfica a intermediária (dioríticas a quartzo-dioríticas) que ocorrem essencialmente como enclaves. A fácies granito porfirítico possui plagioclásio (oligoclásio com An25-20%), K-feldspato (microclina pertítica) e quartzo compondo sempre mais de 70% modal. Biotita e anfibólio são os minerais máficos dominantes, epídoto, titanita, allanita, opacos, zircão e apatita, os acessórios. As rochas do PGB possuem as seguintes estruturas: (i) uma trama magmática (Smag) dominante com direção NE-SW e NW-SE, acompanhado por uma lineação magmática (Lmag) mergulhando suavemente para NE-SW e NW-SE, principalmente. Na porção sul do PGB, destaca-se padrão concêntrico desta foliação com caimento médio a alto, e (ii) a foliação de estado sólido (S3+) possui aspecto milonitizado, localizada principalmente na borda leste do corpo granítico, com direção NE-SW e caimento suave a moderado para W. A sugestão do modelo de alojamento das rochas do PGB foi baseada na combinação do estudo das medidas estruturais de afloramentos e em dados gravimétricos. O alojamento desse corpo granítico é controlado por sistemas de zonas de cisalhamento transcorrentes, denominadas de ZCLP (Zona de Cisalhamento Lajes Pintadas) e ZCSN (Zona de Cisalhamento Sítio Novo) ambas de cinemática dextrógira e deformação em regime transcorrente com a segunda estando relacionada a ascenção do mesmo. A química mineral mostra que os anfibólios da fácies porfirítico é a hastingsita com moderadas razões Mg/(Mg+Fe), indicando formação em ambiente com moderada a elevada ¦O2 e pressões de cristalização da ordem de 5,0-6,0kbar. As biotitas possuem composição com leve tendência para o pólo da annita (Fe), mostram um trend que partem do campo das biotitas primárias para o das biotitas primárias reequilibradas. Em diagramas discriminantes de séries magmáticas as biotitas se comportam como àquelas de afinidade subalcalina, coerentes com a afinidade geoquímica cálcio-alcalina potássica/subalcalina da rocha hospedeira (granitos porfiríticos). Os minerais opacos são essencialmente magnetitas, com alguns cristais martitizados para hematita, indicando condições relativamente oxidantes durante a evolução do magma que originou o PGB. Zonação em cristais de plagioclásio, K-feldspato e allanita, são indicativos que o processo de cristalização fracionada. A litogeoquímica mostra que as fácies granito porfirítico e microgranito plotam na maioria dos diagramas de campo e trend como rochas com afinidades transicionais entre subalcalina e cálcio-alcalina de alto K, e quanto ao índice de saturação em alumínio estão entre os campos meta a peraluminoso. Os dados de litogeoquímica sugerem que as fácies do PGB estudados tenham uma fonte magmática similar, mas com histórias evolutivas diferentes (co-magmáticos).Dissertação Propriedades físicas de rochas versus tipologias de granitóides ediacaranos no domínio Rio Grande do Norte, porção nordeste da Província Borborema(2016-02-05) Silva, Tércia Jaíres de Oliveira; Galindo, Antonio Carlos; ; http://lattes.cnpq.br/9747727150782125; ; http://lattes.cnpq.br/8582271884843259; Nascimento, Marcos Antonio Leite do; ; http://lattes.cnpq.br/5356037408083015; Medeiros, Vladimir Cruz de; ; http://lattes.cnpq.br/9369889068441214Este trabalho apresenta modelos de condutividade térmica para rochas plutônicas (dominantemente rochas graníticas), utilizados como parâmetro de classificação entre tipologias de granitóides. Os modelos de condutividade térmica foram aplicados em granitóides ediacaranos do Domínio Rio Grande do Norte-DRN, porção NE da Província Borborema, que tem sido objeto de várias propostas de classificação tipológica. Trabalhos recentes propõem até seis diferentes suítes magmáticas para o Domínio Rio Grande do Norte com base principalmente nas características geoquímicas de cada grupo, bem como nos aspectos texturais e petrográficos, e este artigo apresenta uma anologia entre a condutividade térmica e estas diferentes suítes/tipologias identificadas no DRN. A condutividade térmica foi obtida através da utilização de modelos teóricos, baseados em parâmetros como composição química e densidade, para as amostras cujos valores de condutividade térmica foram medidos experimentalmente. O modelo em série mostrou a melhor correlação entre as medidas calculadas e experimentais, considerando o erro de 10% que equivale a faixa de erro na medida experimental. A partir desse modelo estimouse as condutividades térmicas médias para as seis suítes magmáticas propostas na literatura para os granitoides ediacaranos do Domínio Rio Grande do Norte. Quatro destas suítes magmáticas puderam ser diferenciadas a partir da condutividade térmica.Dissertação Sismicidade em Pedra Preta-RN no período de 2013-2014(2016-08-31) Costa, Cristiane de Souza; Ferreira, Joaquim Mendes; ; http://lattes.cnpq.br/0807368274222975; ; http://lattes.cnpq.br/0650140926808669; Moreira, José Antonio de Morais; ; Medeiros, Vladimir Cruz de; ; http://lattes.cnpq.br/9369889068441214A atividade sísmica em Pedra Preta-RN teve início em dezembro de 2010. Antes disso, não havia registro de sismos nesta área, localizada no nordeste brasileiro, onde é registrada a maior sismicidade intraplaca do Brasil. Durante o ano de 2013 e início de 2014, a rede sismográfica de Pedra Preta-RN registrou 273 sismos locais em três ou mais estações. Todo o conjunto de dados foi analisado no software COMPASS. Através do diagrama Wadati, foram selecionados os 50 eventos com melhores leituras dos tempos de chegada das ondas sísmicas P e S. Com o auxílio do programa HYPO71 foi determinado o modelo de velocidades (Vp/Vs =1,72 e Vp = 5,90 km/s) e calculados os hipocentros. Para a determinação do mecanismo focal composto, realizou-se uma nova seleção de sismos obedecendo critérios mais restritos para os hipocentros (Gap < 180, RMS ≤ 0,01 s, Nº de observações ≥ 10, ERH < 0,1 Km, ERZ < 0,1 Km), selecionando 24 eventos. Os hipocentros destes sismos mostram que a falha sismogênica tem aproximadamente 3 km de extensão, com sismos entre 2,3 a 5,8 km de profundidade. Os parâmetros da falha sismogênica foram obtidos pela combinação do método dos mínimos quadrados e do programa FPFIT (strike = 254°, dip = 67° e o rake = -66°), caracterizando uma falha normal. Os epicentros e o mecanismo focal foram utilizados para verificar se havia ou não possíveis correlações com feições geológicas mapeadas na área de estudo. A conclusão é que não existem feições geológicas mapeadas que possam estar relacionadas diretamente com a atividade sísmica estudada.