Navegando por Autor "Maciel, Álvaro Campos Cavalcanti"
Agora exibindo 1 - 20 de 33
- Resultados por página
- Opções de Ordenação
TCC Achados radiológicos por ressonância magnética em pilotos da aviação de caça: um estudo transversal(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-09-10) Costa, Lidiane Delgado Oliveira da; Brasileiro, Jamilson Simões; Mendes, Priscilla Rique Furtado; Brasileiro, Jamilson Simões; Lucena, Gildáso Lucas de; Maciel, Álvaro Campos CavalcantiBackground: pilotos da aviação de caça é uma população frequentemente acometida por dores na coluna cervical e lombar, o que prejudica seu desempenho durante o voo e induz a afastamentos. Também é frequente possuírem alterações estruturais observadas nos exames de imagem. Objetivo: descrever os principais achados radiológicos encontrados por meio de exames de Ressonância Magnética (RM), na coluna de pilotos de caça da Força Aérea Brasileira (FAB), bem como avaliar o potencial deste exame na avaliação e monitoramento destes indivíduos. Métodos: este é um estudo observacional, analítico e transversal, onde vinte e cinco pilotos tiveram suas colunas cervical e lombar analisadas através da RM, além de preencherem uma ficha com informações pessoais, sobre o trabalho, atividade física e dor na coluna. Resultados: foi observado que 100% dos pilotos possuíam alguma alteração na coluna lombar, sendo o edema ligamentar por sobrecarga o achado mais prevalente (84%). Cerca de metade dos pilotos (52%) apresentaram discopatias na coluna cervical e 24% na região lombar. A queixa de dor lombar nos últimos três meses foi relatada por 88% dos pilotos, enquanto 68% apontaram dor na região cervical. Conclusão: Os altos índices de dor e de alterações encontradas pela RM apontam para a importância deste exame na avaliação e sugere a implementação imediatas de terapêuticas adequadas para a prevenção e o tratamento dos problemas musculoesqueléticos nos aviadores de caça da FAB.Tese Aspectos psicométricos e biológicos da fragilidade e massa muscular em idosos comunitários: resultados do estudo PRO-EVA(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-06-28) Gonçalves, Rafaella Silva dos Santos Aguiar; Maciel, Álvaro Campos Cavalcanti; http://lattes.cnpq.br/9441132413428495; https://orcid.org/0000-0003-1536-7617; http://lattes.cnpq.br/9587970008336944; Pereira, Daniele Sirineu; Barreto, Philipe de Souto; Guerra, Ricardo Oliveira; https://orcid.org/0000-0003-3824-3713; http://lattes.cnpq.br/4265185619165890; Câmara, Saionara Maria Aires da; https://orcid.org/0000-0002-3054-7213; http://lattes.cnpq.br/9021377225085393Introdução: Fragilidade é uma síndrome biológica caracterizada pelo aumento da vulnerabilidade física e psicológica e redução da resistência a estressores, reservas fisiológicas e da capacidade intrínseca de um indivíduo. O desenvolvimento dessa condição parece estar, em parte, associado aos mecanismos biológicos envolvidos no processo de envelhecimento, o que torna essencial conhecer a interação entre a biologia do envelhecimento e a biologia da fragilidade. Uma das características da fragilidade física é a diminuição da massa muscular corporal, a qual reflete em consequências físicas e sociais. O uso de instrumentos de baixo custo e fácil aplicabilidade para o rastreio da fragilidade e da baixa massa muscular em idosos é factível na atenção primária em saúde, uma vez que os seus diagnósticos são complexos e requerem uso de tecnologias de alto custo. Objetivo: Analisar os aspectos biológicos da fragilidade e da baixa massa muscular, além de fomentar o rastreio de ambas as condições por meio de medidas psicométricas. Métodos: Essa tese compreende uma revisão narrativa e dois estudos transversais compostos por 786 (artigo 1) e 700 (artigo 2) idosos comunitários residentes em Parnamirim (Rio Grande do Norte), com idade igual ou superior a 60 anos. Foram coletados dados sociodemográficos, antropométricos, de composição corporal e de desempenho físico. Foi avaliada a acurácia diagnóstica do Short Physical Performance Battery (SPPB) para rastrear fragilidade e pré-fragilidade. Para o rastreio da baixa massa muscular, foram realizadas análises com árvore de regressão para identificação de um algoritmo. Para a revisão narrativa, foram reunidas informações acerca da associação entre marcadores do envelhecimento proposto por López-Otín et al. (2013) e fragilidade. Resultados: Artigo 1: Os pontos de corte identificados para a pontuação total do SPPB, tempo de caminhada e tempo de sentar e levantar da cadeira foram ≤9 pontos (acurácia de 72,6%), ≤5 segundos e ≤13 segundos, respectivamente para rastreio de fragilidade e ≤11 pontos (acurácia de 58,7 %), ≤4 segundos e ≤10 segundos, respectivamente para rastreio de pré-fragilidade. Artigo 2: Para o rastreio da baixa massa muscular, foi desenvolvido um algoritmo com alta acurácia, baseado nos fatores de Índice de Massa Corporal (IMC) (valores ≤ 22,7 kg/m² para homens e ≤ 24,9 kg/m² para mulheres), sexo (feminino) e perímetro de panturrilha (valores ≤ 31,7 cm para mulheres com IMC ≤ 24,9 kg/m²). Artigo 3: Foram identificados os principais biomarcadores do envelhecimento associados à fragilidade: número de cópias do DNA mitocondrial, tamanho dos telômeros, metilação global do DNA, Hsp70, Hsp72, IGF-1, SIRT1, GDF-15, porcentagem das células CD4+ e CD8+, células progenitoras osteogênicas circulantes, IL-6, PCR e TNF-alfa. Conclusões: A identificação de fragilidade é possível por meio do SPPB, uma vez que este apresenta boa acurácia diagnóstica para discriminar idosos não-frágeis de frágeis usando um ponto de corte de 9 pontos no escore total, sendo melhor para identificar aqueles indivíduos não-frágeis. O algoritmo desenvolvido no presente estudo para o rastreio de baixa massa muscular em idosos apresenta alta acurácia, sensibilidade e especificidade, com base nos fatores de IMC, sexo e perímetro de panturrilha. Além disso, o algoritmo apresentou associação com função e força muscular. Por fim, dentre os principais biomarcadores do envelhecimento associados à fragilidade, o IGF-1, SIRT1, GDF-15, IL-6, CRP e TNFalfa apresentaram evidências mais robustas, destacando a importância da inflamação e detecção de nutrientes em fragilidade.Dissertação Associação de diferentes volumes de atividade física moderada a vigorosa medida com acelerômetro e aptidão funcional em pessoas idosas residentes na comunidade(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-02-29) Oliveira, Daniel Cruz de; Costa, Eduardo Caldas; https://orcid.org/0000-0003-2807-7109; http://lattes.cnpq.br/1216441676725839; http://lattes.cnpq.br/8953180687904774; Maciel, Álvaro Campos Cavalcanti; https://orcid.org/0000-0002-8913-7868; http://lattes.cnpq.br/9441132413428495; Botton, Cíntia Ehlers; Dantas, Filipe Fernandes Oliveira; Elsangedy, Hassan MohamedObjetivo: Examinar a associação de diferentes volumes de atividade física moderada a vigorosa (AFMV) medida objetivamente com a aptidão funcional em pessoas idosas. Métodos: Estudo transversal envolvendo 242 pessoas idosas residentes na comunidade (71,9 % mulheres, idade: 66 ± 5 anos). A AFMV foi medida por acelerômetro durante sete dias consecutivos. Os participantes foram classificados com base nas recomendações de AFMV ( 150 min/sem): “inativo” (<33%: <50 min/sem), “um pouco ativo” (33-66%: 50-99 min/sem), “moderadamente ativo” (67-99%: 100-149 min/sem) e “ativo” (100%: 150-300 min/sem). A aptidão funcional foi avaliada usando a bateria de testes funcionais Senior Fitness Test (SFT), incluindo: teste de caminhada de seis minutos (TC6M), levantar e caminhar (TUG), sentar e levantar em 30 segundos (TSL30s), flexão de cotovelo em 30 segundos (TFC30s), sentar e alcançar (TSA) e alcançar as costas (TAC). Um escore composto de aptidão funcional foi calculado baseado em escore z. Modelos lineares generalizados foram utilizados para analisar as diferenças entre os grupos, considerando o grupo “muito inativo” como referência. Resultados: Os grupos “moderadamente ativo” e “ativo” apresentaram melhor desempenho no TC6M (β= 24,9 m; β= 42,9 m; respectivamente), TUG (β= -0,6 s; β= -0,4 s; respectivamente), TSL30s (β= 1,7 rep; β= 1,1 rep; respectivamente), TFC30s (β= 0,8 rep; β= 1 rep; respectivamente), TSA (β= 3,1 cm; β= 4 cm; respectivamente), TAC (β= 1,3 cm; β= 1,7 cm; respectivamente) e no escore geral de aptidão funcional (β= 2,2; β= 2,2; respectivamente) comparado ao grupo referência (p<0,05). Conclusão: Pessoas idosas com maiores volumes de AFMV possuem melhor aptidão funcional em termos de quantidade de componentes. Entretanto, volumes de AFMV abaixo do recomendado também foram associados com melhor aptidão funcional dos membros inferiores.Dissertação Associação entre a idade da menopausa e a funcionalidade de mulheres idosas: uma análise da pesquisa nacional de saúde(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-04-19) Salustiano, Maithê Avelino; Câmara, Saionara Maria Aires da; https://orcid.org/0000-0002-3054-7213; http://lattes.cnpq.br/9021377225085393; http://lattes.cnpq.br/3747909036794318; Maciel, Álvaro Campos Cavalcanti; http://lattes.cnpq.br/9441132413428495; Lima, Maria do Carmo PintoIntrodução: a menopausa marca o fim do período reprodutivo da mulher e ocorre em média entre os 48 e 52 anos. Ela pode ser classificada como precoce antes dos 45 anos e tardia após os 55 anos. Estudos anteriores têm sugerido que a menopausa precoce está associada a pior funcionalidade em mulheres pós-menopausadas, porém resultados divergentes têm sido relatados. Objetivo: este estudo teve o objetivo de investigar a associação entre a idade da menopausa e a funcionalidade de mulheres idosas a partir dos dados da Pesquisa Nacional em Saúde. Métodos: tratou-se de um estudo transversal com uma amostra de 5.148 mulheres com 60 anos ou mais. As participantes foram classificadas de acordo com a idade da menopausa (menos de 45 anos, 45 e 49 anos, 50 e 54 anos e 55 anos ou mais) e quanto à presença de dificuldade em realizar as Atividades de Vida Diária (AVD) (tomar banho, deitar-levantar, sentar-levantar, andar e sair sozinho). As mulheres também foram avaliadas quanto aos dados socioeconômicos, hábitos de vida e presença de doenças crônicas. A associação entre a idade da menopausa e a dificuldade nas AVD foi avaliada por meio de regressão logística binária com o ajuste pelas covariáveis (idade, escolaridade, renda, raça/cor, tabagismo, consumo alcoólico, prática de exercícios físicos, diagnóstico de doença crônica e terapia de reposição hormonal). Foi realizada uma análise de subgrupo dividindo as participantes de acordo com a idade no momento da avaliação (60-74 anos e 75 anos ou mais). Os dados foram analisados ajustando os pesos amostrais decorrentes de amostras complexas sendo considerado p<0,05. Resultados: não houve associação entre a idade da menopausa e a dificuldade nas AVD considerando a amostra completa ou apenas das idosas mais jovens. Considerando a amostra acima dos 74 anos, aquelas com menopausa antes dos 45 anos e entre 45 e 49 anos apresentaram maior chance de dificuldade nas AVD comparadas ao grupo de referência (menopausa entre 50 e 54 anos) (OR=1,85; IC95%= 1,10-3,10 e OR=1,54; IC95%= 1,12-2,13, respectivamente). Conclusão: o presente estudo indica necessidade de maior atenção à saúde funcional de mulheres que param de menstruar mais jovens, bem como o incentivo a hábitos saudáveis que possam contribuir para a manutenção da independência por mais tempo.Dissertação Associação entre polifarmácia, atividade física e tempo sedentário em pessoas idosas residentes na comunidade: um estudo transversal(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-02-22) Souza, Isabela Karoliny Calixto de; Costa, Eduardo Caldas; https://orcid.org/0000-0003-2807-7109; http://lattes.cnpq.br/1216441676725839; http://lattes.cnpq.br/1859181325595565; Maciel, Álvaro Campos Cavalcanti; https://orcid.org/0000-0002-8913-7868; http://lattes.cnpq.br/9441132413428495; Dantas, Filipe Fernandes Oliveira; Elsangedy, Hassan Mohamed; Dias, Raphael Mendes RittiObjetivo: Investigar a associação entre polifarmácia, atividade física e tempo sedentário em pessoas idosas residentes na comunidade. Métodos: Estudo transversal, envolvendo pessoas idosas jovens (60-80 anos) sem doenças cardiovasculares e limitação de mobilidade residentes em Natal-RN. A polifarmácia foi definida como o uso de cinco medicamentos diários. As análises incluíram 453 participantes com medidas auto reportadas de atividade física e tempo sedentário e 258 com medidas de acelerometria. O modelo linear generalizado foi utilizado para análises dos dados. Resultados: A prevalência de polifarmácia foi de 13%, a idade de 65,4 ± 4,7 e a maioria era do sexo feminino 79,7%. Nas medidas autorreportadas, a polifarmácia não foi associada ao tempo sedentário (β = -0,8 h/d, IC95% -1,7, 0,1; p = 0,094), atividade física leve (β = -0,1 h/d, IC 95% -0,4, 0,2; p = 0,407) e atividade física moderada-vigorosa (β = 55,7 min /sem, IC 95%, -269,8; 375,1; p = 0,748). Da mesma forma, as medidas objetivas do tempo sedentário (β = -0,3 h/d, IC 95%,-0,8, 0,3; p = 0,338), atividade física leve (β =0,3 h/d, IC 95%,-0,3, 0,8; p = 0,348), atividade física moderada-vigorosa (β = 6,5 min/sem, IC 95%, -49,1, 62,1; p = 0,817), passos diários (β = 377,5 passos/dia, IC 95%, -606,7, 1361,8; p = 0,451) e cadência pico de 30 minutos (β =3.6 passos/min, IC 95%,-4,1; 11,3; p = 0,355) não foram associados à polifarmácia. Conclusões: Em pessoas idosas jovens sem doenças cardiovasculares e limitações de mobilidade, nossos dados sugerem que a polifarmácia não está associada a menor nível de atividade física e maior tempo sedentário.TCC Avaliação da vulnerabilidade em homens e mulheres idosos comunitários: resultados transversais do Estudo PRO-EVA(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-12-09) Costa, Laura Beatriz Alves; Maciel, Álvaro Campos Cavalcanti; Macêdo, Sabrina Gabrielle Gomes Fernandes; http://orcid.org/0000-0001-5876-655X; https://lattes.cnpq.br/7641040853005616; https://orcid.org/0000-0002-8913-7868; http://lattes.cnpq.br/9441132413428495; http://lattes.cnpq.br/8557169407854889; Sales, Weslley Barbosa; https://orcid.org/0000-0002-6553-6266; http://lattes.cnpq.br/0223548345454939; Macêdo, Pedro Rafael de Souza; https://orcid.org/0000-0002-4150-0453; http://lattes.cnpq.br/2301894629894269Introdução: O aumento da população idosa no Brasil é um fenômeno crescente, com projeções indicando que até 2050, 23,8% da população será composta por pessoas idosas. A feminização da velhice, com maior número de mulheres idosas, tem gerado desafios específicos em relação à saúde e à vulnerabilidade, a qual abrange aspectos físicos, sociais e psicossociais. Dessa forma, instrumentos como o VES-13 (Instrumento de Identificação do Idoso Vulnerável) têm sido utilizados para identificar idosos em risco no contexto da APS (Atenção Primária à Saúde). Objetivo: Analisar a vulnerabilidade, e seus fatores de risco associados, entre os sexos, por meio do VES-13, em pessoas idosas comunitárias residentes em Parnamirim/RN. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, conduzido por meio das recomendações do Strengthening the Reporting of OBservational studies in Epidemiology (STROBE), sendo realizado em oito Unidades Básicas de Saúde (UBS) da cidade de Parnamirim-RN. Foram avaliados indivíduos acima de 60 anos, de ambos os sexos. Foi realizada a análise bivariada e de regressão logística binária para avaliação da associação entre covariáveis como escolaridade, situação conjugal, polifarmácia, doenças crônicas, entre outras e vulnerabilidade a partir do VES-13 que está presente na Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa (CSPI). Resultados: Foram avaliados 1.205 idosos, dos quais 63.1% eram mulheres. Na avaliação a partir do questionário VES-13, os idosos foram classificados em Idoso robusto (72,5%) e Idoso vulnerável (27,5%) e foi possível notar que na avaliação do idoso vulnerável, o público feminino apresentou uma maior proporção quando comparadas aos homens (29,9% vs 23,4%). Variáveis como a Diabetes Mellitus (DM) (OR: 1,61) e quedas (OR: 1,85) se mostraram como um fator de risco para a vulnerabilidade, enquanto a atividade física (OR: 0,52) e escores mais altos na Prova Cognitiva de Leganés (OR: 0,83) se mostraram como um fator de proteção. Conclusão: Uma parcela dos idosos residentes no município de Parnamirim- RN, são considerados vulneráveis, com destaque para as mulheres. Variáveis como quedas, doenças crônicas, atividade física, polifarmácia, dor crônica tiveram associação com a vulnerabilidade, logo, o tema proposto mostra-se de suma relevância para o rastreio e acompanhamento do idoso vulnerável na APS.Tese Desempenho físico em idosos com diferenciados perfis epidemiológicos: análise do estudo IMIAS International Mobility in Aging Study sob a perspectiva do curso da vida e de biomarcadores da inflamação e do estresse(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-02-05) Sousa, Ana Carolina Patricio de Albuquerque; Guerra, Ricardo Oliveira; ; http://lattes.cnpq.br/4265185619165890; ; http://lattes.cnpq.br/3934508395223787; Maciel, Álvaro Campos Cavalcanti; ; http://lattes.cnpq.br/9441132413428495; Pereira, Daniele Sirineu; ; http://lattes.cnpq.br/2171027311100046; Pereira, Leani Souza Máximo; ; http://lattes.cnpq.br/2753210204183457; Bruno, Selma Sousa; ; http://lattes.cnpq.br/4056770607573210O crescimento demográfico de idosos é um fenômeno mundial e exerce influência sobre o desenvolvimento e funcionamento das sociedades. Fatores sociais, econômicos, ambientais, biológicos e culturais influenciam o processo de envelhecimento, que pode vir acompanhado de contínua perda na capacidade de adaptação do indivíduo ao meio ambiente, de maior vulnerabilidade ao estresse, limitações funcionais e diminuição da qualidade de vida do indivíduo. Todavia, ao longo do curso da vida, o indivíduo vivencia múltiplas exposições adversas à saúde, e o declínio da mobilidade surge como um dos primeiros sinais do envelhecimento, repercutindo na saúde física e mental do indivíduo. Para contribuir com o conhecimento sobre os desfechos relacionados ao envelhecimento e mobilidade, o estudo IMIAS investiga idosos em quatro países com diferentes perfis epidemiológicos. O presente estudo abordou os possíveis fatores associados ao declínio físico em idosos de distintas sociedades, sobre a perspectiva epidemiológica do curso da vida e dos biomarcadores da inflamação e do estresse. Objetivos: 1) Analisar as relações entre as adversidades sociais e econômicas, vivenciadas durante a infância, a fase adulta e a velhice, com o baixo desempenho físico em populações idosas, de diferentes contextos sociais, econômicos e culturais. 2) Verificar a associação entre os níveis elevados da proteína c-reativa (PCR) com o desempenho físico em idosos de diferentes populações. 3) Avaliar se a desregulação nos níveis de cortisol diurno exerce influência sobre o desempenho físico em idosos com distintos perfis epidemiológicos. Métodos: Foram utilizados dados da linha de base do IMIAS – Estudo Internacional de Mobilidade no Envelhecimento, composto por 1.995 indivíduos entre 65 e 74 anos de idade, residentes em comunidades de quatro países (Albânia, Brasil, Canadá, Colômbia). O desempenho físico foi avaliado através do Short Physical Performance Battery (SPPB) e da força de preensão manual. As adversidades durante o curso da vida foram estimadas a partir de eventos e exposições sociais, econômicas e culturais ocorridas durante a infância, fase adulta e velhice. Para avaliar o percurso biológico e suas associações com a mobilidade, a proteína c-reativa e o cortisol foram considerados como biomarcadores da inflamação e do estresse, respectivamente. No sentido de responder as questões de investigações, foram conduzidas análises de estatística descritiva, bivariada e multivariada, mediante técnicas de distribuição de frequências, teste qui-quadrado, odds ratio e regressões logística, linear e multinível. Resultados: O desempenho físico foi menor nos participantes que vivem na Colômbia, Brasil e Albânia do que nos que vivem no Canadá, mesmo quando ajustados por idade, sexo e adversidades durante o curso da vida. O baixo nível de desempenho físico (SPPB < 8) foi associado a ter sofrido adversidade social e econômica na infância, ter tido ocupação semiqualificada na fase adulta, morar sozinho e possuir renda insuficiente na velhice. A PCR esteve associada com a baixa força de preensão manual e com o SPPB<8. Entretanto, a associação entre a PCR e a força de preensão manual não se manteve quando ajustada por fatores socioeconômicos e hábitos de saúde. As associações negativas entre SPPB e PCR permaneceram significativas mesmo após ajustes por idade, sexo, escolaridade, local de pesquisa e condições de saúde. O baixo desempenho físico (SPPB ≤ 8) foi associado com uma significativa diminuição nos níveis de cortisol ao acordar, em comparação com os níveis de cortisol de idosos com bom desempenho físico (SPPB > 8), mesmo após modelos controlados por local de estudo, sexo, depressão, hábitos de saúde, uso de psicotrópicos e índice de massa corporal. Conclusões: Os resultados evidenciaram associação entre a inflamação, o estresse e as desigualdades sociais e econômicas na infância, sobre o desempenho físico de idosos com diferenciados perfis epidemiológicos. Enfatizamos que a promoção do envelhecimento saudável requer considerar políticas e práticas que favoreçam o bem-estar econômico e social para crianças, adultos e idosos.Tese Desempenho físico, composição corporal e incapacidade funcional em idosos de diferentes contextos epidemiológicos: resultados do estudo International Mobility in Aging Study (IMIAS)(2018-02-15) Barbosa, Juliana Fernandes de Souza; Guerra, Ricardo Oliveira; ; ; Monte, Aline do Nascimento Falcão Freire; ; Maciel, Álvaro Campos Cavalcanti; ; Sousa, Ana Carolina Patricio de Albuquerque; ; Pereira, Daniele Sirineu;Introdução: O envelhecimento é caracterizado por um acúmulo gradual de danos moleculares e celulares que resultam em comprometimento progressivo e generalizado em muitas funções corporais. Dentre as mudanças mais clinicamente significativas destacam-se o declínio na força e massa muscular (definido como sarcopenia) e o aumento da adiposidade corporal, que são relacionadas ao maior risco de incapacidades e deficiências, acarretando a perda da independência funcional do indivíduo. O estudo IMIAS, busca analisar as diferenças na mobilidade e fatores associados em idosos de diferentes contextos sociais, econômicos e culturais. Por conseguinte, fornece uma grande oportunidade de examinar os aspectos relacionados ao envelhecimento do sistema músculo esquelético, além de fatores relacionados a incapacidade funcional em populações de idosos tão distintas entre si. Objetivos: a) Estimar a capacidade de pontos de corte de força de preensão palmar para identificar a lentidão na velocidade da marcha em diferentes populações de idosos; b) Explorar quais das medidas de desempenho físico propostas para identificação de Sarcopenia prediz melhor a massa muscular em idosos comunitários após 4 anos de seguimento; c) Explorar a relação longitudinal entre obesidade abdominal com a incapacidade na mobilidade e nas atividades de vidas diárias (AVDS) relacionadas à mobilidade, controlando por desempenho físico e depressão, em idosos inicialmente livres de incapacidade. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo analítico, observacional de caráter longitudinal, no qual 2002 idosos foram acompanhados durante 4 anos. Os dados da linha de base foram coletados no ano de 2012. As reavaliações ocorreram com o intervalo de 2 anos entre si, nos anos de 2014 e 2016. As medidas de desempenho físico utilizadas foram a força de preensão palmar e velocidade da marcha. A massa muscular foi mensurada por meio da análise de bioimpedância elétrica. As medidas de incapacidade funcional foram realizadas a partir de auto relato das dificuldades quanto à mobilidade e atividades de vida diária relacionadas à mobilidade, a medida de obesidade foi definida pela circunferência de cintura. Análises de árvores decisão pelo método Classification and Regression Tree (CART), foram utilizadas para identificar pontos de corte para a força de preensão associada à lentidão na amostra do IMIAS e regressões logísticas multivariadas foram realizadas para verificar a capacidade dos pontos de corte estabelecidos pelo FNIH em identificar a lentidão de velocidade da marcha. Regressão linear múltipla foi utilizada para verificar quais medidas de desempenho físico na linha de base predisseram melhor o índice de massa muscular após 4 anos. Equações de estimativa generalizada foram utilizadas para modelar as associações longitudinais entre incapacidade de mobilidade e nas AVDs com obesidade abdominal, ajustada por sintomas depressivos e medidas de desempenho físico e outras covariáveis, por fim, regressão logística multinominal foi realizada para avaliar o valor preditivo da obesidade na linha de base para o status de incapacidade em 2016. Resultados: Os pontos de corte de força de preensão palmar < 26kg (para homens) e < 16 kg (para mulheres) foram capazes de identificar lentidão na velocidade da marcha na amostra de idosos participantes do IMIAS. Além disso, a força de preensão palmar medida na linha de base foi significantemente relacionada a massa muscular mensurada 4 anos depois (β.=0,003; p-valor < 0,05). E por fim, a presença de obesidade abdominal foi um fator de risco para a incapacidade na mobilidade (OR=1.47, 95% CI 1.01-2.15) no decorrer de 4 anos de seguimento, mas não foi associada ao risco de desenvolver incapacidade nas AVDS (OR: 1.40, 95% CI 0.90-2.18). Conclusões: Os pontos de corte propostos para força de preensão podem ser considerados uma ferramenta útil para rastrear idosos com risco de alterações funcionais. Ainda, a força de preensão palmar foi capaz de predizer a massa apendicular muscular após 4 anos de seguimento. Finalmente, a presença de obesidade abdominal é associada longitudinalmente e prediz o risco de incapacidade na mobilidade, mesmo em um curto período de tempo (4 anos) em idosos comunitários.Tese Desenvolvimento, validação e aplicabilidade clínica da plataforma sênior saúde móvel para análise da variabilidade de frequência cardíaca em idosos(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-06-30) Silva, Eujessika Katielly Rodrigues; Maciel, Álvaro Campos Cavalcanti; http://lattes.cnpq.br/9441132413428495; https://orcid.org/0000-0001-5742-6270; http://lattes.cnpq.br/5200792709177864; Mendonça, Karla Morganna Pereira Pinto de; https://orcid.org/0000-0001-5734-3707; http://lattes.cnpq.br/1736384836028397; Ferezini, Joceline Cassia; Dantas, Kezia de Vasconcelos Oliveira; Souto, Sabrina de FigueiredoINTRODUÇÃO: A variabilidade da frequência cardíaca (VFC) tem sido objeto de estudo dentro do campo da gerontologia nos últimos anos, tendo em vista que, diversas pesquisas sugerem a relação íntima entre alterações de VFC, idade e risco cardiovascular. Estudos apontam a necessidade do acompanhamento dos indivíduos por períodos prolongados, destacando que a identificação de risco cardiovascular é dependente do tempo de mensuração. Entretanto, diversos estudos utilizam apenas registros e mensurações de curto prazo para análise da VFC devido as dificuldades encontradas em submeter o indivíduo ao uso de aparelhos por 24 horas, tais como eletrocardiograma e o Holter. Por outro lado, esses curtos registros, muitas vezes, são incapazes de identificar riscos e desfechos adversos à saúde. Nesse contexto, dispositivos vestíveis, no formato de relógios inteligentes (smartwatch), têm sido incorporados como uma ferramenta dentro da perspectiva do monitoramento remoto, contínuo e longitudinal, podendo ser empregados como uma nova forma de aquisição de dados para análise da VCF. Porém, por utilizarem sensores de fotopletismografia para obtenção do dado de frequência cardíaca (FC), a série temporal obtida pelo sensor pode apresentar falhas e dados faltantes são frequentemente observados, sendo necessário o desenvolvimento de modelos inteligentes para criação dos índices de VFC. OBJETIVOS: #Artigo 01: Apresentar as estratégias adotadas para o desenvolvimento de uma solução de software, intitulada Sênior Saúde Móvel (SSM), para análise da VFC, com base em um sensor de fotopletismografia embarcado em um smartwatch comercial. #Artigo 02: Validar o software Sênior Saúde Móvel para análise da VFC através de um estudo realizado com 231 participantes. Além disso, o artigo tem como objetivo apresentar a arquitetura e principais funcionalidades da Sênior Saúde Móvel. #Artigo 03: Estabelecer os valores de referência de VFC em idosos brasileiros comunitários por meio da solução desenvolvida através de um smartwatch. MÉTODOS: #Artigo 01: Buscando desenvolver uma solução de software para análise da VFC para smartwatch, foram empregados, principalmente, as seguintes técnicas: (1) interpolação para o preenchimento do dado faltante na série temporal; (2) modelagem do algoritmo de VFC, para gerar a aproximação do dado obtido pelos relógios inteligentes com o dado obtido pelo padrão ouro (Polar H10) por meio de diversos modelos inteligentes; (3) métodos para remoção de artefatos e inconsistências da série; (4) testes estatísticos para análise da diferença entre os valores de VFC obtidos pela solução criada na presente pesquisa e os valores obtidos pelo padrão ouro. #Artigo 02: O segundo artigo apresenta o processo de validação da solução de software desenvolvida no artigo 1. Para isso, foram recrutados 231 indivíduos acima de 60 anos e solicitado que fizessem o uso de um smartwatch no braço não dominante durante 24h. A série temporal extraída do smartwatch foi analisada por meio da solução de software (SSM) desenvolvida e apresentada no artigo 01 e, também, pelo software Kubios®. Foram comparados os valores obtidos por meio das duas ferramentas e através do teste Wilcoxon observou-se a existência ou não de diferenças estatisticamente significativas, entre os SSM e Kubios, para cada um dos índices de VFC, estabelecendo o nível de significância de α 0,05. Em seguida, foram construídos gráficos de Bland-Altman para cálculo dos limites de concordância entre os dois métodos (SSM e o Kubios®). Por fim, para avaliar as métricas de VFC resultantes da SSM e medir o quão longe os valores previstos estavam do valor de referência, ou seja, aqueles gerados pelo Kubios, calculamos o MSE, definido como a média do quadrado da diferença entre valores reais e estimados. #Artigo 03: Estudo com 220 idosos comunitários que utilizaram um smartwatch durante 24h. A série temporal foi extraída e aplicado o algoritmo de VFC desenvolvido na presente tese para proposição de valores de referência de VFC em indivíduos acima de 60 anos, divididos em faixas etárias, por meio de um smartwatch. RESULTADOS: #Artigo 01: Para o preenchimento dos dados faltantes da série temporal foram aplicadas diversas técnicas e foi possível observar que Piecewise Cubic Hermite Interpolating Polynomial (PCHIP) apresentou menor erro mensurado pelo Root Mean Square Error (RMSE) quando comparado as outras diversas técnicas empregadas. Para o processo de modelagem do algoritmo de VFC com o objetivo de gerar a aproximação dos dados obtidos pela Fitbit com o dado do padrão ouro (Polar H10) foram aplicados diversos modelos inteligentes. O modelo inteligente que apresentou o menor RMSE foi a rede neural do tipo Long Short-Term Memory (LSTM), mostrando uma boa capacidade de aprendizagem em longo prazo. Para a remoção dos artefatos e inconsistências da série temporal criada foi aplicado o método Kamath, uma vez que este método forneceu os resultados mais semelhantes aos do Kubios®. Cada etapa do fluxo de trabalho foi validade de forma individual. E, por fim, a avaliação do processo como todo foi realizada através do teste t de Student pareado para determinar se as observações pareadas (software desenvolvido e dado obtido pelo software Kubios®) são significativamente diferentes entre si. Como resultado, foi possível observar que não existe diferença estatisticamente significativa entre os índices de VFC gerados pela solução desenvolvida na pesquisa e pelos índices gerados pelo Kubios®. #Artigo 02: Os resultados do teste de Wilcoxon mostraram que não houve diferença estatisticamente significativa entre os dados obtidos pelo software SSM desenvolvido nessa pesquisa e pelo dado gerado pelo software Kubios® para todos os índices de VFC (SDNN: p = 0.08; RMSSD: p = 0.59; pNN50: p = 0.53). Os resultados gráficos do teste de Bland Altman, para os três índices de VFC, mostraram as médias das diferenças próximas de zero e os limites estreitos, resultando assim, que os dados avaliados pelos dois métodos são essencialmente equivalentes. Finalizando o processo de validação, aplicamos o MSE para avaliarmos as diferenças entre os valores previstos pelo algoritmo e os valores reais gerados pelo Kubios®. O MSE obtido foi de 0,256 para SDNN, 0,211 para RMSSD e 0,191 para pNN50. Um pequeno valor de MSE indica que nosso modelo se ajustou adequadamente aos dados do padrão ouro. Em suma, os resultados encontrados sugerem que não há diferença significativa entre a plataforma SSM em comparação com o Kubios®. #Artigo 3: Os valores de referência de média e desvio padrão observados para os homens foram: SDNN 127(15), RMSSD 24(7.7) e pNN50 4.1(3.5); enquanto que as mulheres foram observados os seguintes valores: SDNN 111(36.6), RMSSD 19(6.8) e pNN50 .4(2.9). Nesse artigo foram observadas diferenças estatisticamente significativas nos índices de VFC entre homens e mulheres, tendo os homens apresentado maiores índices de VFC quando comparados as mulheres. Com relação a alteração da VFC ao longo da idade, as mulheres apresentaram um aumento significativo dos índices parassimpáticos na faixa etária de 70 a 79 anos. Por meio das análises de correlação, foi possível observar uma forte correlação entre frequência cardíaca de repouso e todos os índices de VFC nos homens e nas mulheres. Quando observada a correlação entre frequência cardíaca média e os índices de VFC, somente as mulheres mantem correlações fortes. Com relação as variáveis de atividade física, uma correlação forte e positiva foi encontrada entre números de passos e o SDNN entre os homens e uma correlação moderada e positiva para as mulheres. CONCLUSÕES: Conclui-se que: #Artigo1: A solução de software desenvolvida para VFC, através das técnicas e métodos adotados, não apresentou diferenças estatisticamente significativas com o Polar H10, aqui adotado como padrão ouro e valor real a ser alcançado. Assim, os valores previstos pela nossa solução apresentaram um bom ajuste com os valores alvos. #Artigo 2: A plataforma SSM pode fornecer resultados confiáveis associados às métricas de VFC e, portanto, os profissionais de saúde podem incorporar esta plataforma durante o processo de monitoramento remoto de seus pacientes para o acompanhamento da VFC. #Artigo 3: Foi observado o aumento dos valores de VFC nos índices parassimpáticos principalmente entre as mulheres na faixa etária de 70 a 79 anos, indicando que, nesse período, entre o gênero feminino, existe um aumento da atividade vagal, mecanismo cardioprotetor contra desfechos cardiovasculares. Destacamos também a forte correlação encontrada entre FCR e VFC tanto no homens como nas mulheres, porém, ao observar correlação entre FC média e VFC, a correlação torna-se fraca no grupo dos homens, entretanto, permanece forte no grupo das mulheres.Tese Distúrbios do sono na população brasileira: análise dos fatores associados às queixas de redução da função reparadora do sono, insônia, sonolência e suas implicações em morte e eventos cardio-cerebrovasculares(2017-07-27) Lopes, Johnnatas Mikael; https://orcid.org/0000-0001-5311-697X; http://lattes.cnpq.br/0023445563721084; https://orcid.org/0000-0002-9679-5287; http://lattes.cnpq.br/8630318476799146; Maciel, Álvaro Campos Cavalcanti; http://lattes.cnpq.br/9441132413428495; Dantas, Fábio Galvão; https://orcid.org/0000-0002-2923-9926; http://lattes.cnpq.br/6215211475800176; Piuvezam, Grasiela; https://orcid.org/0000-0002-2343-7251; http://lattes.cnpq.br/0391780760729166; Ataíde Júnior, Luiz; http://lattes.cnpq.br/9593736527968407Os distúrbios do sono são caracterizados por alterações no ciclo sono-vigília. Os estudos relativos às condições do sono e suas repercussões na população brasileira são em sua grande maioria de contexto clínico, reduzindo a representatividade dos achados. O objetivo do estudo foi identificar fatores biológicos/saúde, comportamentais e sociais associados com as queixas de redução da função reparadora do sono (FRS), insônia e sonolência excessiva diurna (SED) na população brasileira assim como os efeitos destas queixas na ocorrência de morte e eventos cardio-cerebrovasculares em idosos. O estudo foi desenvolvido em dois delineamentos. O primeiro foi uma análise de dados transversais oriundos da Pesquisa Nacional de Saúde de 2013. Neste delineamento visava-se estimar a ocorrência da redução da FRS, queixas de insônia e sonolência excessiva e suas associações. O segundo desenho trata-se de uma coorte prospectiva de idosos comunitários com linha base em 2009, dividida em grupo de expostos às queixas de insônia e sonolência e não expostos, para estimar seus efeitos sobre a mortalidade e eventos cardiovasculares, em oito anos de seguimento. As análises dos dados transversais ocorreram através de modelagem de Cox com a inclusão dos pesos amostrais no cálculo das estimativas e para os dados prospectivos aplicou-se modelagem de Poisson. Adotou-se um α≤0,05. O estudo foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Onofre Lopes, recebendo o parecer 2.048.708. Os resultados do primeiro estudo indicam que aproximadamente 28,2% (IC95%:27,4%-29,0%) dos adultos e 34,1% (IC95%:32,6%-35,7%) em idosos relatam queixas de insônia e sonolência. A FRS estava reduzida em 34,1% (IC95%:32,6%-35,7%) em adultos e 29,2% (IC95%:27,2%-30,6%) nos idosos. As queixas de insônia/SED foram relatadas em 28,2% (IC95%: 27,4%-29,0%) nos adultos e 34,1% (32,6%-35,7%) no idosos. Nos adultos, a redução da FRS associa-se com as mulheres (RPaj1=1,12; IC95%: 1,05-1,20/ RPajus2=1,22; IC95%:1,09-1,37), baixos estratos sociais DE (RPaj1=1,21;1,07-1,35, RPaj2=1,42;1,18-1,71) e C (RPaj1=1,30;1,12-1,50), sintomas depressivos (RPaj1=3,22;2,94-3,52/RPaj=3,29;2,83-3,83), oscilação comportamental (RPaj1=1,51;1,41-1,63/ RPaj2=1,66;1,46-1,89), má percepção de saúde geral (RPaj=1,32;1,20-1,38/ RPaj2=2,30;1,92-2,75), má percepção de saúde bucal (RPaj=1,11;1,04-1,19), ter condição crônica de saúde (RPaj1=1,23;1,15-1,31/ RPaj2=1,42;1,26-1,61), ter queixas de insônia/SED (RPaj1=2,47;2,28-2,67/ RPaj2=3,03;2,66-3,47), possuir atividade laboral (RPaj1=1,32;1,23-1,42/ RPaj2=1,27;1,13-1,44)e morar em zona urbana (RPaj2=1,31;1,10-1,55). Baixo peso (RPaj1=0,82;0,69-0,98), estilo de vida saudável (RPaj1=0,91;0,83-0,99/ RPaj2=0,74;0,64-0,87) e reduzido apoio social (RPaj1=0,88;0,80-0,96) são inversamente associados a redução da FRS em adultos. Em idosos, a redução da FRS associa-se com a raça/cor branca (RPaj2=1,18;1,01-1,39), dificuldade em atividades diárias (RPaj1=1,13;1,01-1,27/ RPaj2=1,36;1,12-1,65), usar computador/internet (RPaj1=1,14;1,01-1,30) e, assim como nos adultos, sintomas depressivos (RPaj1=3,37;2,87-3,97/ RPaj2=3,77;2,88-4,96), oscilação comportamental (RPaj1=1,75;1,53-1,99/ RPaj2=1,81;1,46-2,24), má percepção de saúde geral (RPaj1=1,50;1,23-1,82/ RPaj2=3,12;2,31-4,21), regular percepção de saúde bucal (RPaj=1,21;1,08-1,37), ter condição crônica de saúde (RPaj2=1,58;1,11-2,40), ter queixas de insônia/SED (RPaj1=2,45;2,14-2,79/ RPaj2=3,46;2,77-4,33), ter apoio social (RPaj1=1,14;1,01-1,30) e morar em zona urbana (RPaj2=1,32;1,02-1,72). O delineamento prospectivo revelou 40 (25,97%:19,04-32,89) mortes no período e 48 (30,76%:23,52-38,01) eventos cardio-cerebrovasculares. Os homens apresentaram maior risco (RR=1,88; 1,01-3,50) de morte. A depressão (RR=2,04;1,06-3,89), gravidade da insônia (RR=2,39;1,52-4,56) e latência do sono entre 16-30 minutos (RR=3,54;1,26-9,94) e 31-60 minutos (RR=2,23;1,12-4,47) aumentam o risco de morte independentemente em idosos comunitários. Os eventos cardio-cerebrovasculares foram preditos apenas por idosos hipertensos e/ou diabéticos (RR=8,30;1,98-34,82). As queixas de redução da FRS, insônia e sonolência atingem quase um terço da população brasileira e está intimamente relacionada às condições emocionais, cronicidade e urbanização. As queixas de gravidade da insônia e a dificuldade de iniciar o sono parecem aumentar a mortalidade em idosos, juntamente com sintomas depressivos.Tese Dor lombar em pilotos de caça da Força Aérea Brasileira: fatores correlacionados e efeitos de um protocolo de exercícios(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-09-09) Furtado, Priscilla Rique; Brasileiro, Jamilson Simões; http://lattes.cnpq.br/2238444079880883; http://lattes.cnpq.br/8010641952052292; Maciel, Álvaro Campos Cavalcanti; http://lattes.cnpq.br/9441132413428495; Santos, Dino Lincoln Figueiroa; Vieira, Edgar Ramos; Locks Neto, Franciscointrodução: A literatura internacional apresenta dados sobre a incidência ou fatores de risco associados à lombalgia em pilotos de caça, porém, no Brasil essa população ainda precisa ser estudada. Quanto ao tratamento, existem evidências que o treino de estabilização, força e resistência do core contribuem para diminuir a dor lombar na população geral. Contudo, não é do nosso conhecimento qual o efeito desses exercícios em pilotos da aviação de caça. Objetivos: Estudo I= Investigar os efeitos de um protocolo de exercícios sobre a dor lombar em pilotos de caça da Força Aérea Brasileira. Estudo II= Analisar a prevalência das alterações da coluna por meio da Ressonância Magnética (RM) e observar se a Área de Secção Transversa (AST) dos multífidos, a força e a resistência dos músculos de tronco, são fatores preditivos para a dor lombar. Materiais e métodos: Estudo I= Quatorze pilotos com lombalgia crônica foram randomizados em dois grupos: Grupo exercício de estabilização (GEE - n=7, exercícios duas vezes por semana, durante 12 semanas) e o Grupo exercícios de rotina (GER - n=7). As avaliações foram realizadas antes e após o período de treinamento. O desfecho primário foi a intensidade da dor lombar e os secundários foram dor cervical, incapacidade funcional, amplitude de movimento, força isométrica máxima e resistência dos músculos do tronco. Estudo II= Doze aspirantes da aviação de caça realizaram avaliações clínicas e de RM, no início e no fim do primeiro ano de treinamento. A RM foi utilizada para avaliar alterações musculoesqueléticas da coluna lombar e a AST dos músculos Multífidos esquerdo. Também foram coletados dados antropométricos, sobre o trabalho, rotina de exercício físico, a intensidade da dor lombar crônica e incapacidade. Resultados: Estudo I = O GEE teve significativa redução na dor lombar em comparação ao GER (diferença de 2.28 pontos, p=0.04) e menor índice de dor cervical (diferença de 2.5 pontos, p=0.01) ao final do protocolo. Também se observou nesse grupo a manutenção da força dos músculos do tronco ao longo do período, enquanto que o grupo controle obteve diminuição da força de flexão à direita (diferença: -3.71%, p=0.04). Não foram observadas diferenças nos índices de incapacidade, amplitude de movimento ou resistência à fadiga entre os grupos. Estudo II = Os pilotos com maior AST dos músculos multífidos obtiveram menor dor ao fim do ano de treinamento (r=-0.64, p=0.02). Houve alta prevalência de alterações na coluna pela RM no início do ano, especialmente, edema ligamentar por sobrecarga (83%). Houve queda na força e resistência de tronco para extensão ao final do treinamento, porém, a performance não foi um fator preditivo para lombalgia. Conclusão: Estudo I = O protocolo de exercícios específico para estabilização do core mostrou-se efetivo na redução da dor lombar em pilotos da aviação de caça. Estudo II = Os resultados sugerem que a AST dos músculos multífidos, é um fator preditivo para dor lombar no primeiro ano de voo de caça e pode ser um importante parâmetro para acompanhamento de saúde dos pilotos.Dissertação Efeito de um programa com exercícios supervisionados e não supervisionados em fatores de risco de queda em idosos residentes na comunidade: ensaio clínico randomizado controlado(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2012-01-30) Santos, Roberta Kelly Mendonça dos; Souza, Túlio Oliveira de; Maciel, Álvaro Campos Cavalcanti; http://lattes.cnpq.br/9441132413428495; Veras, Renato Peixoto; http://lattes.cnpq.br/9390281442853604; http://lattes.cnpq.br/8523738364469509; http://lattes.cnpq.br/0801438140037654Introdução: A elevada incidência de quedas em idosos, associada à alta morbimortalidade e o aumento dos custos econômicos para tratamento das lesões, tornam esse agravo um problema de saúde pública que determina forte necessidade de estratégias preventivas junto às políticas públicas de assistência à saúde. A despeito da consistência no que concerne à eficácia dos exercícios físicos na redução do risco de quedas, é necessário estudar como essa estratégia pode ser inserida na lógica da atenção básica junto à Estratégia de Saúde da Família, alcançando maior capilaridade na rede assistencial. Objetivo: O objetivo desta pesquisa é avaliar os efeitos de um programa com exercícios supervisionados e não supervisionados em fatores de risco de queda em idosos residentes na comunidade. Materiais e métodos: Trata-se de um ensaio clínico randomizado controlado, realizado com uma amostra de 35 indivíduos de ambos os sexos distribuídos aleatoriamente em três condições experimentais: grupo supervisionado (n= 13), grupo não supervisionado (n= 12) e grupo controle (n=10). Os mesmos foram submetidos a uma avaliação pré-intervenção que incluiu a coleta de dados sóciodemográficos, clínicos e Escala de Equilíbrio de Berg bem como as seguintes medidas para análise de desfecho: Teste de Apoio Unipodal; Timed Up and Go Test; Escala Internacional de Eficácia de Quedas-Brasil e velocidade da marcha. A intervenção constou de um programa de exercícios com 50 minutos de duração, realizado 2 vezes por semana por um período de 8 semanas. A análise dos dados foi realizada por meio do programa estatístico Statistical Package for Social Sciences (SPSS) 17.0, adotando-se o nível de significância de 5%. Resultados: Os resultados mostraram que a amostra foi composta em sua maioria por idosas com idade média de 71,54 anos (± 5,51). Nenhuma queda, no ano anterior a pesquisa, foi relatada por 25,7% dos voluntários, enquanto 34,3% referiram ter caído uma vez e 40% tiveram quedas recorrentes. Na comparação intra- grupos, após a intervenção houve melhora no equilíbrio funcional medido pela Escala de Equilíbrio de Berg nos grupos supervisionado (p= 0,00) e não supervisionado (p= 0,01), o que não ocorreu no grupo controle. A análise do equilíbrio estático pela aplicação do Teste de Apoio Unipodal mostrou melhora significativa no grupo supervisionado (p= 0,03). Não houve diferença significativa entre os grupos para nenhuma das variáveis estudadas. Conclusão: Na população de idosos ativos, independentes, residentes em comunidade, um programa com exercícios supervisionados ou não supervisionados pode ser efetivo em reduzir fatores relacionados ao risco de queda.Tese Exploração e comparação de pontos de corte para o rastreio da sarcopenia em idosos comunitários: resultado do estudo Pro-Eva(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-01-18) Macedo, Sabrina Gabrielle Gomes Fernandes; Maciel, Álvaro Campos Cavalcanti; http://lattes.cnpq.br/9441132413428495; http://lattes.cnpq.br/7641040853005616; Gomes, Cristiano dos Santos; http://lattes.cnpq.br/2307104834080116; Pereira, Daniele Sirineu; Barbosa, Juliana Fernandes de Souza; Moreira, Mayle AndradeINTRODUÇÃO: O tecido muscular esquelético é um componente importante para o estudo da condição de saúde e do estado nutricional dos idosos tem uma grande importância para atividades como deambulação, mobilidade e independência funcional. Identificar a redução da força e da massa muscular esquelética (MME) são essenciais para o estabelecimento do diagnóstico da sarcopenia, portanto, suas medições necessitam serem viáveis para a pesquisa e a prática clínica, principalmente no que diz respeito aos locais de baixa renda e com poucos recursos tecnológicos, como é o caso da população menos favorecida residentes no nordeste brasileiro. Tendo em vista isso, faz-se necessário compreender o que existe na literatura a respeito dos valores de pontos de corte disponíveis e quais outras estratégias de avaliação podem ser utilizadas, levando em consideração as diferenças de composição corporal e de contexto em que a população idosa está inserida. OBJETIVOS: #Artigo 01: Relatar a experiência de implantação e desenvolvimento do Estudo Pro-Eva e apresentar seus resultados preliminares, quanto à aplicação da Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa (CSPI); #Artigo 02: Analisar, através de uma Revisão Sistemática (RS), os diferentes valores de pontos para força de preensão palmar adotados para homens e mulheres no rastreio da sarcopenia; # Artigo 03: Desenvolver valores de pontos de corte para o rastreio da sarcopenia em idosos comunitários residentes no nordeste do Brasil e comparar a prevalência entre os valores definidos pelos consensos e os valores estabelecidos para a população estudada; #Artigo 04: Analisar a validade cruzada de cinco equações de predição para rastreio da MME em idosos comunitários. MÉTODOS: Essa tese compreende quatro artigos: O primeiro é um relato de experiência com dados preliminares de 996 idosos, avaliados através da Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa (CSPI). O segundo artigo é RS que realizou um levantamento sobre os valores de corte para a força de preensão manual (FPM) usada no rastreio da sarcopenia, e tiveram como critérios de inclusão estudos observacionais publicados nos últimos 10 anos que utilizaram a dinamometria como forma de rastreio da baixa força muscular no diagnóstico da sarcopenia. O artigo 03 tratase de estudo transversal (N=1290 idosos) que desenvolveu valores de corte para as variáveis de FPM, MME, velocidade da marcha e desempenho físico utilizando o percentil 20. O quarto estudo é um metodológico (N=682) composto por idosos comunitários residentes do município de Parnamirim/Rio Grande do Norte, com idade igual ou superior a 60 anos, que foram avaliados quanto a sua MME utilizando a bioimpedância elétrica (BIA) e cinco equações de predição e em seguida, foi realizado os teste de validação cruzada (teste t-pareado, correlação de Pearson (r) e regressão linear múltipla para calcular o erro padrão estimado (EPE) e coeficiente de determinação (R²)), em seguida, foi calculado a concordância entre as variáveis analisadas através do teste de Bland-Altman. Todos os estudos, com exceção da RS, foram aprovados pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (CEP/UFRN). RESULTADOS: No Artigo 01 foram avaliados 996 idosos, com média de idade de 70,3 anos, dentre eles, 61,3% eram mulheres. No que diz respeito à avaliação realizada pela CSPI pode-se destacar que condições crônicas como diabetes melitus (22,5%), hipertensão arterial (29,2%), acidente vascular cerebral (16,2%) e anemia (5,8%) foram as mais prevalentes. Na avaliação antropométrica, a média do índice de massa corporal (IMC) foi de 27,8 kg/m², refletindo a categoria sobrepeso e a prevalência de indivíduos com perímetro da panturrilha < 31 cm foi de 27,9% (baixa massa muscular). Para o Artigo 02 (RS) foram identificados inicialmente 19.730 referências, das quais 62 foram incluídas ao final. Todos os estudos analisados usaram algoritmos ou definições de sarcopenia já estabelecidos na literatura, dentre esses, 16 desenvolveram valores específicos de pontos de corte levando em consideração a população estudada. No Artigo 03, os idosos apresentavam uma média de idade de 69,5 anos e 62,5% eram mulheres. Quanto aos valores de pontos de corte desenvolvidos, considerando a população local, observou-se os seguintes valores: Força de Preensão=25,3 kg para homens e 16 kg para mulheres; MME= 7,88 kg/m² e 5,52 kg/m², para homens e mulheres, respectivamente. Para a velocidade da marcha, encontrou-se o valor de 0,71 m/s para homens e 0,63 m/s para mulheres. No que diz respeito a análise de prevalência para ambos os sexos, foi observado uma redução dos valores quando adotados os algoritmos dos consensos FNIH e IWGS e utilizado os pontos de corte desenvolvidos para a presente população. No Artigo 04, a amostra foi composta por idosos com média de idade de 70,06 (±7,06) anos e em sua maioria por mulheres (60,7%). Ao comparar as médias da medida critério (BIA) (6,7±1,1) e as equações antropométricas, foi visto que a Equação de Baumgartner apresentou uma maior média (12,7± 1,4) e uma maior diferença em relação à medida critério (-6,06kg). Quanto a análise da validade-cruzada, apenas a Equação de Visvanhatan 02 atendeu aos critérios de validade propostos por Lohman (p-valor > 0,05, EPE = 0,602 e R²= 0,74), além de apresentar um menor viés (0,04) e um menor intervalo entre os limites de concordância, ao analisar os resultados de Bland-Altman, quando comparado a bioimpedância (BIA). CONCLUSÃO: Conclui-se que: 1. O artigo apresenta uma proposta para o manejo da CSPI, trazendo de forma inovadora informações que podem subsidiar iniciativas similares que busquem fortalecer o uso da caderneta em ambientes de atenção básica à saúde; 2. Há uma diversidade de valores de pontos de corte disponíveis na literatura para definir a baixa força e baixa massa muscular, e essa heterogeneidade pode variar de acordo com o sexo e o local onde a população foi avaliada; 3. Os pontos de corte específicos para a população do nordeste brasileiros foram diferentes daqueles já estabelecidos na literatura, podendo influenciar assim na prevalência da sarcopenia, superestimando ou subestimando esse valor; 4. Apenas uma equação, que utiliza variáveis mais simples (sexo, peso e altura), mostrou uma boa validade quando comparado à medida-critério (BIA).Tese Fragilidade e desempenho físico de idosos de instituições de longa permanência: uma análise de sobrevida de cinco anos(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-09-29) Diniz, Cristina Marques de Almeida Holanda; Maciel, Álvaro Campos Cavalcanti; http://lattes.cnpq.br/9441132413428495; https://orcid.org/0000-0002-0605-2448; http://lattes.cnpq.br/5424675228608478; Guedes, Dimitri Taurino; https://orcid.org/0000-0002-1818-7665; http://lattes.cnpq.br/7575524707167845; Lopes, Johnnatas Mikael; Barbosa, Juliana Fernandes de Souza; Gama, Zenewton André da SilvaIntrodução: O envelhecimento populacional é um fenômeno global que atinge todos os países do mundo e traz repercussões na assistência e proteção social, bem como na organização dos sistemas de saúde. O envelhecimento populacional, a transição epidemiológica, a redução nas taxas de mortalidade, principalmente dos idosos acima de 80 anos, as mudanças nas estruturas da família e o aumento de idosos dependentes funcionalmente, exigem a necessidade de estabelecimento de cuidados de longa duração para as pessoas idosas. Neste cenário, observa-se um aumento crescente da demanda por Instituições de Longa Permanência para Idosos – ILPI, as quais apresentam alta prevalência para a fragilidade física e mortalidade. Objetivos: verificar se fragilidade física e desempenho físico são preditores de mortalidade em idosos de ILPI por meio de uma análise de sobrevida de cinco anos. Métodos: tratase de um estudo longitudinal de cinco anos, com a coleta inicial na linha de base de 133 idosos residentes de 14 ILPI no Estado da Paraíba – Brasil, entre 2014 e 2019. Além dos dados sobre fragilidade física (Fenótipo de Fragilidade proposto por Fried) e desempenho físico (Short Physical Performance Battery), foram coletadas informações sociodemográficas e condições de saúde. A relação entre fragilidade física e desempenho físico com mortalidade foram avaliadas por meio das Curvas de Sobrevida de Kaplan-Meier e modelos de Regressão de Risco Proporcional de Cox. Foi considerado um intervalo de confiança (IC) de 95% e um p< 0,05. Resultados: dos 133 participantes na linha de base, 114 foram avaliados durante o seguimento do estudo. Destes, 41,22% vieram à óbito até o final da coorte. Os principais resultados do Artigo 1, intitulado de “Como o fenótipo de fragilidade física prediz a mortalidade em idosos residentes de instituições de longa permanência? Um estudo de sobrevida de 5 anos” mostrou que a expectativa de vida entre os idosos não frágeis foi significativamente maior, com sobrevida média de 7,5 meses a mais em relação aos idosos frágeis (49,1%) (p = 0,01). Houve um aumento de 36% no risco de morrer (HR ajustado 1,36; 95% IC 1,02 – 1,68; p=0,03) para cada ponto adicional na contagem de fragilidade de Fried, e indivíduos frágeis tiveram um risco 2,1 vezes maior de morrer em comparação com indivíduos não frágeis (HR ajustado 2,01; 95% IC 1,11 – 3,62; p=0,02). Os principais resultados do Artigo 2, intitulado de “Desempenho físico como preditor de mortalidade em residentes de instituições de longa permanência: Uma análise de sobrevida em cinco anos”, encontraram que 61,40% dos participantes apresentaram baixo desempenho físico. Baixo desempenho físico aumentou a chance de morrer em 2,77 vezes (HR ajustado 2,77; 95% IC 1,38 – 4,83; p < 0,001). O baixo desempenho no teste de velocidade da marcha também representou um risco 2,58 vezes maior de morrer (HR ajustado 2,58; IC 95% 1,38 - 4,83; p < 0,01). O tempo de sobrevida dos idosos com baixo desempenho físico foi significativamente menor, com sobrevida média inferior a 12 meses em relação ao tempo médio de sobrevida dos idosos com melhor desempenho físico (p < 0,01). Conclusão: Os resultados deste estudo mostraram que tanto a fragilidade física quanto o baixo desempenho físico podem predizer a mortalidade de idosos residentes em ILPI ao longo de cinco anos.Artigo Frailty syndrome and associated factors in community-dwelling elderly in Northeast Brazil(Elsevier, 2011-09-17) Sousa, Ana Carolina Patrício de Albuquerque; Dias, Rosângela Correa; Maciel, Álvaro Campos Cavalcanti; Guerra, Ricardo OliveiraIntroduction: Frailty syndrome in the elderly, characterized by decreased physiological reserves, is associated with increased risk of disability and high vulnerability to morbidity and mortality. This study is part of a multicenter project on Frailty in Elderly Brazilians (REDE FIBRA). Aims: To investigate characteristics, prevalence and associated factors related to frailty. Methodology: A total of 391 randomly selected elderly patients aged 65 years were interviewed. Data collection was performed using a multidimensional questionnaire containing information about sociodemographic and clinical variables. Fried’s phenotype was used to characterize the frail elderly. Data were analyzed using descriptive statistics, bivariate analysis (x2) and binary logistic regression. Results: The prevalence of frailty was 17.1%. In the final multivariate analysis model, the following factors associated with frailty were obtained: advanced chronological age (p < 0.001), presence of comorbidity (p < 0.035), dependence in basic (p < 0.010) and instrumental (p < 0.003) activities of daily living and negative perception of health status (p < 0030). Conclusion: The factors associated with frailty suggest a predictive model that helps in understanding the syndrome, guiding actions that minimize adverse effects in the aging processTese Função física no envelhecimento feminino: o papel da menopausa e da terapia de reposição hormonal em diferentes contextos socioculturais(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-12-03) Macêdo, Pedro Rafael de Souza; Câmara, Saionara Maria Aires da; https://orcid.org/0000-0002-3054-7213; http://lattes.cnpq.br/9021377225085393; https://orcid.org/0000-0002-4150-0453; http://lattes.cnpq.br/2301894629894269; Maciel, Álvaro Campos Cavalcanti; https://orcid.org/0000-0002-8913-7868; http://lattes.cnpq.br/9441132413428495; Fernandes, Ana Tereza do Nascimento Sales Figueiredo; Dantas, Diego de Sousa; Micussi, Maria Thereza Albuquerque Barbosa CabralIntrodução: A função física representa um importante marcador de desfechos em saúde durante o processo de envelhecimento. Nas mulheres, ela parece sofrer influência das alterações hormonais que ocorrem durante a menopausa. No entanto, estudos que avaliam a associação da função física com o status menopausal ou com o uso de Terapia de Reposição Hormonal (TRH) apresentam resultados conflitantes. Entender essas relações é importante para planejar e direcionar práticas voltadas para a prevenção da incapacidade nesse público. Objetivo: Estudo 01: Avaliar a associação entre o status menopausal e a função física em mulheres idosas da comunidade por meio de uma revisão sistemática; Estudo 02: Examinar a associação entre a Terapia de Reposição Hormonal (TRH) e desempenho físico entre mulheres do estudo longitudinal canadense sobre envelhecimento CLSA; Estudo 3: Investigar a relação entre TRH e Atividades de Vida Diária (AVDs) entre idosas brasileiras. Métodos: O primeiro estudo trata-se de uma revisão sistemática sobre as associações entre o status da menopausa e função física de mulheres. Foram incluídos estudos de natureza observacional e que avaliaram o status da menopausa e a função física em diferentes contextos socioeconômicos. A revisão seguiu protocolo previamente elaborado e cadastrado na plataforma Prospective Register of Systematic Reviews. Metanálise foi conduzida por meio do software Revman. O segundo estudo se trata de uma pesquisa transversal utilizando dados do Canadian Longitudinal Study on Aging (CLSA), com 12.506 mulheres na pós-menopausa. As participantes que usam ou usaram TRH foram comparadas com as que nunca usaram em relação às medidas de força de preensão, velocidade da marcha, Timed Up and Go (TUG), sentar levantar e equilíbrio. Análises de regressão linear múltipla investigaram as relações com ajuste de covariáveis. O terceiro estudo foi uma análise da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) do ano 2019, com mulheres brasileiras de todas as regiões do país que estavam na pós-menopausa. Foram utilizados dados sobre o relato de uso de TRH e dificuldade de realização de AVDs. Os dados foram analisados por meio de Regressão Logística Binária. As análises dos estudos 2 e 3 levaram em consideração os pesos amostrais derivados de amostras complexas. Resultados: Estudo 01: O protocolo da revisão sistemática foi publicado na revista Plos One e o artigo com seus resultados encontra-se submetido à revista científica Climacteric. Foram incluídos 21 estudos. Os resultados indicam que mulheres na pós menopausa natural ou cirúrgica possuem pior função física comparada às mulheres na pré- e perimenopausa na maioria dos testes funcionais considerados. Os resultados são atenuados quando se considera ajuste para covariáveis como idade e peso corporal. Os resultados são semelhantes ao considerar os diferentes contextos socioeconômicos. Estudo 02: A TRH foi associada a melhor desempenho físico nos testes de velocidade da marcha e TUG na amostra canadense, sem diferença entre os grupos em relação aos demais testes. Em análise por subgrupo de idade, os resultaram permaneceram significativos apenas entre aquelas com mais de 65 anos. Estudo 03: Os resultados apontam que aquelas mulheres que nunca utilizaram TRH apresentam mais dificuldades em todas as atividades de vida diárias em comparação as que utilizaram. Ao considerar análises ajustadas envolvendo dados socioeconômicos, exercício físico, hábito de vida, doenças crônicas e idade da menopausa, usar TRH se mantem como fator de proteção para 2 das 5 atividades analisadas: dificuldade no banho e andar. Conclusão: A transição menopausal representa um período crítico durante o qual a função física tende a declinar, ressaltando a importância de implementar estratégias de saúde para mulheres durante esta fase. A TRH está associada a alguns marcadores de melhor função física, como a velocidade da marcha, o teste TUG e o relato de realização de AVDs. No entanto, para alguns desfechos, a diferença foi pequena e, portanto, a relevância clínica ainda precisa ser determinada. São necessários mais estudos prospectivos para confirmar se o uso de TRH leva a melhores resultados funcionais ao longo do tempo.Tese História reprodutiva, risco cardiovascular e desempenho físico em mulheres de meia-idade e idosas: um estudo transversal(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-02-27) Vieira, Mariana Carmem Apolinário; Maciel, Álvaro Campos Cavalcanti; ; http://lattes.cnpq.br/9441132413428495; ; http://lattes.cnpq.br/5780269491457494; Silva, Silvia Lanziotti Azevedo da; ; http://lattes.cnpq.br/5006674551853577; Viana, Elizabel de Souza Ramalho; ; http://lattes.cnpq.br/2081849934383112; Moreira, Mayle Andrade; ; http://lattes.cnpq.br/8653390674673160; Câmara, Saionara Maria Aires da; ; http://lattes.cnpq.br/9021377225085393Introdução: O processo de envelhecimento pode ser associado ao aumento do número de problemas de saúde, os quais podem estar relacionados a eventos do curso da vida, como a história reprodutiva. Dentre eles, destaca-se o aumento da prevalência das doenças cardiovasculares e a diminuição do desempenho físico que podem ser responsáveis pela redução da qualidade de vida e pelo aumento dos gastos com saúde. Objetivos: Analisar a relação entre história reprodutiva, risco cardiovascular e desempenho físico em mulheres de meiaidade e idosas. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo observacional, analítico, de caráter transversal e natureza epidemiológica. A população foi constituída por mulheres com idade entre 40 e 80 anos, residentes nos municípios de Parnamirim e Santa Cruz, Rio Grande do Norte. As variáveis de história reprodutiva (idade da menarca, idade materna no primeiro filho, paridade e situação menopausal) foram coletadas por meio do autorrelato. O desempenho físico foi mensurado pela Short Physical Performance Battery, teste de sentar e levantar e teste de equilíbrio unipodal de olhos abertos. O risco cardiovascular foi analisado por meio do Escore de Risco Cardiovascular de Framingham. Além disso, foram coletados dados sociodemográficos, socioeconômicos, índice de massa corpórea, parâmetros bioquímicos e informações sobre a prática de atividade física das participantes. Em relação às análises estatísticas, no primeiro artigo foi realizada a análise de regressão linear múltipla entre as variáveis que apresentaram p < 0,20 na análise bivariada e o Escore de Risco Cardiovascular Framingham. Para o segundo artigo foi realizada a análise de regressão linear múltipla para estimar a relação entre o Escore de Risco Cardiovascular de Framingham e as variáveis de desempenho físico, ajustada pelas covariáveis idade, anos de estudo e atividade física. Resultados: A amostra total do estudo foi composta por 623 mulheres com média de idade de 53,4 (±9,1) anos. Quanto aos resultados do primeiro artigo, 56,5% das mulheres estavam na pós-menopausa. A média da paridade, da idade da menarca e da idade materna no primeiro filho foram, respectivamente: 3,2 (±2,2) filhos, 13,2 (±1,6) anos e 22,0 (±5,5) anos. A média do Escore de Risco Cardiovascular de Framingham foi de 11,9 (±5,4) pontos. Após a análise de regressão linear, o número de filhos (β = 0,19, p = 0,01) e a pós-menopausa (β = -1,60, p = 0,002) foram associados ao Escore de Risco Cardiovascular de Framingham. No segundo artigo, 96 (15,2%) mulheres foram classificadas como alto risco cardiovascular. Após análise de regressão linear, o risco cardiovascular permaneceu estatisticamente significativo para todas as variáveis de desempenho, nos quais as mulheres classificadas em alto risco cardiovascular apresentaram piores escores na SPPB (β = -0,30, IC 95% -0,643 : - 0,007), no teste de sentar e levantar (β= 0,70, IC 95% 0,030 : 1,364) e no teste de equilíbrio unipodal de olhos abertos (β= -3,50, IC 95% -5,525 : -0,446), em relação àquelas classificadas em baixo risco cardiovascular. Conclusão: O presente estudo observou que as mulheres com maior paridade e que estavam na pósmenopausa apresentaram escores mais altos de risco cardiovascular. Além disso, aquelas com alto risco cardiovascular apresentaram pior desempenho físico. Dessa forma, reforça-se a necessidade de investigação destes fatores, por meio da implementação de novas estratégias para prevenção e reversão dos mesmos, buscando reduzir o comprometimento físico e a incapacidade em mulheres de meia-idade e idosas.Dissertação Influência do grau de independência, padrão e qualidade de sono com a incontinência urinária em idosos institucionalizados(2011-12-06) Lordão, Larissa Morais Villar; Viana, Elizabel de Souza Ramalho; ; http://lattes.cnpq.br/2081849934383112; ; http://lattes.cnpq.br/5910947208385795; Maciel, Álvaro Campos Cavalcanti; ; http://lattes.cnpq.br/9441132413428495; Driusso, Patricia; ; http://lattes.cnpq.br/8898319491890063Objetivo: Avaliar a influência do grau de independência, padrão e qualidade de sono nos sintomas urinários em indivíduos idosos institucionalizados nas principais Instituições de Longa Permanência (ILP’s) das cidades de Natal-RN e João Pessoa-PB. Metodologia: Este estudo foi de caráter transversal, realizado com 100 idosos a partir de 60 anos de idade, residentes em Instituições de Longa Permanência. Para coleta de dados, foram aplicados os seguintes instrumentos: Pittsburgh Sleep Quality Index –PSQI, Mini-Exame do Estado Mental, Índice de Katz, International Consultation on Incontinence Questionnaire – Short Form (ICIQ-SF) e uma ficha de identificação do idoso. O perfil da amostra foi descrito por meio de tabelas com valores de frequência absoluta e relativa das variáveis categóricas. Foram realizados os Testes Qui-Quadrado ou Exato de Fisher e a Análise de Regressão Linear Múltipla, utilizando como critério um p-valor de 5%. Resultados: Neste estudo, encontrou-se uma prevalência de 34% da incontinência urinária e ainda que houve uma associação significativa com a incontinência urinária e o tabagismo, a hipertensão, DPOC e independência funcional (p=0,01). Com relação aos componentes do PSQI, apenas a sonolência diurna (p= 0,009) e o uso de medicamentos para dormir (p= 0,057) apresentaram significância estatística. Conclusão: Os resultados encontrados mostram a importância de medidas preventivas e educacionais, que visem redução da IU, além de alterações estruturais nas instituições de longa permanência, que facilitem o acesso do idoso ao banheiro. Desta, forma, o fisioterapeuta pode atuar nestas instituições, ampliando as opções de tratamento, levando-se em consideração o idoso como um todo e considerando esta situação muitas vezes negligenciada.Tese Mapeamento e comparação de instrumentos para rastreio e estratificação da fragilidade em idosos comunitários(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-12-17) Andrade, Luiz Eduardo Lima de; Maciel, Álvaro Campos Cavalcanti; http://lattes.cnpq.br/9441132413428495; http://lattes.cnpq.br/8986005834614444; Pereira, Daniele Sirineu; http://lattes.cnpq.br/2171027311100046; Dantas, Diego de Sousa; http://lattes.cnpq.br/3974066542571962; Guedes, Dimitri Taurino; http://lattes.cnpq.br/7575524707167845; Câmara, Saionara Maria Aires da; http://lattes.cnpq.br/9021377225085393Introdução: A fragilidade em idosos representa um estado de vulnerabilidade fisiológica relacionada à idade, produzida pela diminuição da reserva homeostática e da capacidade do organismo de enfrentar um número variado de desfechos negativos de saúde. Reconhecer precocemente essa síndrome é importante, uma vez que identifica idosos com maior risco de desfechos desfavoráveis. Objetivo: Mapear na literatura instrumentos válidos para rastreio e estratificação do idoso comunitário frágil, além de compará-los para saber qual a melhor opção. Métodos: Artigo 1 - Trata-se de uma revisão de escopo realizada por meio da busca de instrumentos disponíveis na literatura para avaliação e estratificação da fragilidade em idosos comunitários. As pesquisas foram realizadas em 5 bases de dados Medline, LILACS, Scopus, Web of Science e CINAHL, com a seguinte estratégia de busca: frail OR frailty AND “independent living” OR “community dwelling” AND aging OR elderly AND “Observational Study”. Também foi realizada uma busca na literatura cinzenta a fim de identificar estudos adicionais relevantes. Os dados foram apresentados e analisados de forma descritiva. Artigo 2 – Trata-se de um estudo metodológico para avaliar a validade discriminativa dos instrumentos Vulnerable Elderly Survey-13 (VES-13) e Índice de Vulnerabilidade Clínico Funcional-20 (IVCF-20) comparado ao Fenótipo de Fragilidade. O estudo foi realizado com idosos comunitários com idade a partir de 60 anos, de ambos os sexos, residentes em Parnamirim, na região nordeste do Brasil. Os grupos frágil e não-frágil, identificados por meio do Fenótipo de Fragilidade, foram comparados por meio do teste t de Student e tamanho do efeito para cada escore dos instrumentos. Para averiguar a correlação entre os três instrumentos foi realizada a correlação de Pearson. A validade discriminativa foi testada por meio da análise da curva ROC, além do cálculo da acurácia dos instrumentos. Resultados: Artigo 1 - 55 estudos foram selecionados para análise final dessa pesquisa. Foram analisados 17 instrumentos, sendo o Fenótipo de Fragilidade de Fried o método mais utilizado, estando presente em 25 estudos (45,5%). Em relação aos domínios de avaliação, seis instrumentos avaliaram apenas questões físicas, quatro avaliaram dimensões físicas, psicológicas e sociais, e os demais instrumentos possuem mais de três domínios de avaliação da fragilidade. Artigo 2 - Foram avaliados 732 idosos, dentre os quais 17,1% apresentavam-se como frágeis segundo o Fenótipo de Fragilidade de Fried. A correlação de Pearson encontrada entre o Fenótipo de Fragilidade e o IVCF-20 foi r= 0,53 (p<0,001), já para o VES-13, esse valor foi de r=0,42 (p-valor<0,001). A diferença nas médias dos grupos frágil e nãofrágil nos escores do VES-13 e IVCF-20 com o Fenótipo foram estatisticamente significativas (p<0,001), com tamanho do efeito de 0,95 e 1,26 respectivamente. Os instrumentos se mostraram válidos para discriminar idosos frágeis de não frágeis (p<0.001), onde o IVFC-20 apresentou uma AUC de 0,81 e o VES-13 de 0,75. Conclusões: A avaliação da fragilidade em idosos comunitários pode ser realizada por diversos instrumentos. A revisão de escopo serve como guia norteador para os profissionais da área de geriatria, demonstrando 17 instrumentos aplicáveis ao contexto dos idosos comunitários, apontando vantagens e desvantagens na decisão sobre o instrumento a ser utilizado. Os instrumentos VES-13 e IVCF-20 apresentam boa validade discriminativa para avaliação da fragilidade em idosos comunitários, sendo melhores para identificar idosos frágeis do que não frágeis. Na comparação dessas ferramentas, o IVCF-20 demonstrou ser melhor que o VES-13.Artigo Medidas morfofuncionais do coração obtidas por ressonância magnética em brasileiros(2013) Macedo, Robson; Fernandes, Juliano Lara; Andrade, Solange Souza; Rochitte, Carlos Eduardo; Lima, Kenio Costa de; Maciel, Álvaro Campos Cavalcanti; Maciel, Fernanda Cunha; Alves, Geraldo Souza Pinho; Coelho, Otávio Rizzi; Diniz, Rosiane Viana ZuzaFUNDAMENTO: Medidas ainda hoje utilizadas como referência na ressonância magnética cardíaca foram obtidas principalmente de estudos realizados em populações norte-americanas e europeias. OBJETIVO: Obter medidas do diâmetro diastólico, diâmetro sistólico, volume diastólico final, volume sistólico final, fração de ejeção e massa miocárdica dos ventrículos esquerdo e direito em brasileiros. MÉTODOS: Foram submetidos à ressonância magnética cardíaca, utilizando técnica de precessão livre em estado de equilíbrio, 54 homens e 53 mulheres, com idade média de 43,4 ± 13,1 anos, assintomáticos, sem cardiopatias. RESULTADOS: As médias e os desvios padrão dos parâmetros do ventrículo esquerdo foram: diâmetro diastólico = 4,8 ± 0,5 cm; diâmetro sistólico = 3,0 ± 0,6 cm; volume diastólico final = 128,4 ± 29,6 mL; volume sistólico final = 45,2 ± 16,6 mL; fração de ejeção = 65,5 ± 6,3%; massa = 95,2 ± 30,8 g. Para o ventrículo direito, foram: diâmetro diastólico = 3,9 ± 1,3 cm; diâmetro sistólico = 2,5 ± 0,5 cm; volume diastólico final = 126,5 ± 30,7 mL; volume sistólico final = 53,6 ± 18,4 mL; fração de ejeção = 58,3 ± 8,0% e massa = 26,1 ± 6,1 g. As massas e os volumes foram significativamente maiores nos homens, exceto para o volume sistólico final do ventrículo esquerdo. A fração de ejeção do ventrículo direito foi significativamente maior nas mulheres. Houve correlação significativa e inversa do volume sistólico do volume direito com o aumento da idade. CONCLUSÃO: Este estudo descreveu, pela primeira vez, medidas cardíacas obtidas pela ressonância magnética cardíaca em brasileiros assintomáticos, sem cardiopatias, mostrando diferenças de acordo com o gênero e a idade.