Navegando por Autor "Lyra, Clelia de Oliveira"
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Artigo Adherence to the EAT-Lancet dietary recommendations for a healthy and sustainable diet: the case of the brazuca natal study(Sustainability, 2023-12) Lyra, Clelia de Oliveira; Oliveira Neta, Rosa Sá de; Lima, Severina Carla Vieira Cunha; Medeiros, Maria Fernanda Araújo de; Arruda Neta, Adélia da Costa Pereira de; Jacob, Michelle Cristine Medeiros; Marchioni, Dirce Maria Lobo; Oliveira, Angelo Giuseppe Roncalli da CostaBackground: The “EAT-Lancet Commission Summary Report” commission remodeled the concept of healthy and sustainable diets by proposing a “diet for the Anthropocene”, encouraging the development of indices that measure adherence to sustainable diets with a planetary scope. We aimed to report the adherence of adults and elderly people in a northeastern Brazilian capital to the EAT-Lancet recommendations. Methods: We used data from 411 participants in the populationbased study. The dietary data were collected with Globodiet, over a standardized 24 h. The diet sustainability data were verified using the Planetary Health Diet Index (PHDI). A Pearson correlation test verified the correlation between the PHDI and the independent variables. We conducted linear regression models that were adjusted for potential confounding variables to examine the correlation between the adherence to the PHDI and the independent variables. Results: The mean total score for the adherence to the PHDI was 29.4 points in a score with a possible range from 0 to 150. Regarding the component scores, the highest scores in the adequacy component were for fruits, followed by legumes and vegetables, while the lowest scores in the moderation group were for animal fat and red meat. We observed, in the final model, that the explanatory variables for the PHDI were being male and not consuming alcohol, which were directly related to the PHDI, while having 1 to 9 years of study and being food insecure were indirectly related to the score. Conclusions: Our results showed a low adherence to a sustainable eating pattern, far from the EAT-Lancet recommendationsDissertação Alimentação saudável com adolescentes por meio de tecnologia da informação e comunicação: revisão de escopo(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-03-31) Oliveira, Fellipe Batista de; Gondim, Grácia Maria de Miranda; http://lattes.cnpq.br/7327301114814143; Lyra, Clelia de Oliveira; https://orcid.org/0000-0002-1474-3812; http://lattes.cnpq.br/4264395963141865; Cavalcante, Regina Márcia SoaresA adolescência é caracterizada pelo período compreendido entre os 10 a 19 anos de idade. Essa é uma fase para que ocorra intervenções relacionadas à adoção de estilo de vida saudável, bem como sua importância e repercussão na saúde ao longo da vida. A tecnologia educacional em saúde torna-se uma das alternativas para se trabalhar com adolescentes, uma vez que possibilita a interação entre eles para promover hábitos saudáveis. Portanto, o presente estudo teve por objetivo mapear a produção científica nacional e internacional sobre alimentação saudável com adolescentes, mediada pelas Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC). Trata-se de uma revisão de literatura do tipo escopo, estruturada na metodologia recomendada pelo Instituto Joanna Briggs e PRISMA-ScR. Com isso, foram adotadas as seguintes etapas: formulação de questões de pesquisa, definição dos critérios de inclusão e exclusão, definição da estratégia de pesquisa, seleção de estudos/fontes de evidência, extração e codificação de dados, análise e interpretação de resultados. As bases de dados consultadas foram: Medline/Pubmed, Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature (CINAHL), Scopus, Embase e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). Todo o processo de seleção de estudos também ocorreu em duplicata, de maneira independente. A pesquisa na base de dados resultou em 12.990 trabalhos, após a aplicação dos filtros iniciais e remoção das duplicatas, resultou em 7.898 documentos. Ao final, a amostra resultou em 20 artigos publicados em periódicos. Foi possível verificar que a maior parte da produção científica ocorreu em âmbito internacional, com destaque para estudos realizados no Estados Unidos da América e Canadá, sendo apenas um estudo conduzido em nível nacional. Além disso, a revisão apontou que as TIC são ferramentas que podem auxiliar a promoção de hábitos saudáveis, especialmente voltadas para o campo da alimentação. Apesar disso, é necessária uma visão crítica sobre o emprego dessas tecnologias, principalmente em relação ao conteúdo abordados. Assim, a partir desse estudo almeja-se contribuir com a construção de conhecimentos em relação ao uso de TIC voltadas para promoção da alimentação saudável com adolescentes.Tese Ambiente alimentar e sua relação com insegurança alimentar e condições socioeconômicas(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-07-18) Bezerra, Mariana Silva; Lyra, Clelia de Oliveira; Lima, Severina Carla Vieira Cunha; https://orcid.org/0000-0001-8268-1986; http://lattes.cnpq.br/8818927353248941; https://orcid.org/0000-0002-1474-3812; http://lattes.cnpq.br/4264395963141865; Duran, Ana Clara da Fonseca Leitão; Souza, Dyego Leandro Bezerra de; Araújo, Fábio Resende de; Loures, Larissa MendesIntrodução: O ambiente alimentar é o contexto físico, econômico, político e sociocultural em que cada consumidor se envolve com o sistema alimentar para adquirir, preparar e consumir alimentos. Esse ambiente envolve a disponibilidade, acessibilidade, conveniência, promoção, qualidade e sustentabilidade dos alimentos. O comprometimento desse acesso e disponibilidade aos alimentos saudáveis, em quantidades suficientes, caracteriza a insegurança alimentar. Objetivo: Analisar o ambiente alimentar e sua relação com a ocorrência de insegurança alimentar no domicílio e condições socioeconômicas. Método: Trata-se de um estudo de diferentes métodos. 1) Revisão sistemática sobre a relação entre ambientes alimentares e a insegurança alimentar, a partir de uma busca sistemática na literatura nas bases de dados PubMed, Web of Science, Science Direct, EMBASE e LILACS em janeiro de 2023. 2) Estudo ecológico com setores censitários da cidade de Natal-RN, a partir da identificação dos estabelecimentos de aquisição de alimentos, agrupados nas categorias de in natura ou minimamente processados, ultraprocessados ou mistos. Os desertos alimentares foram calculados pela densidade de estabelecimentos saudáveis dividido por 10 mil habitantes e classificados menor ou igual ao percentil 25. Os pântanos alimentares foram determinados a partir da densidade de estabelecimentos de aquisição de ultraprocessados por 10 mil habitantes e classificados com percentil maior que 25. Utilizamos dados socioeconômicos do Censo 2010. Regressão múltipla de Poisson foi utilizada para observar a relação da existência de desertos e pântanos alimentares com infraestrutura social. 3) Trata-se de um estudo transversal, de base populacional com dados individuais demográficos, socioeconômicos e de insegurança alimentar do Estudo Brazuca Natal e relação com os setores censitários classificados em desertos alimentares, pântanos alimentares, condições de socioeconômicas do setor e do domicílio. Resultados: Na revisão sistemática 22 artigos foram incluídos, 18 deles encontraram associação entre ambientes alimentares e a (in)segurança alimentar, sendo a maioria em países desenvolvidos, do Norte global. No estudo ecológico, foi identificado que 51,45% dos estabelecimentos de aquisição de alimentos da cidade eram do tipo ultraprocessados. Houve maior densidade de estabelecimentos de alimentos nas regiões com melhor condição socioeconômica. Os setores censitários classificados como deserto alimentar, foram associados com condições do domicílio e pior infraestrutura do setor. Enquanto os setores identificados como pântano alimentar, com uma melhor infraestrutura do setor. No estudo transversal, a insegurança alimentar foi encontrada em 42,3% dos entrevistados, associada a variáveis demográficas e socioeconômicas individuais e do setor. Os desertos e pântanos alimentares não apresentaram um padrão de distribuição espacial e não foram associados à insegurança alimentar. Conclusão: Existem iniquidades na distribuição dos diferentes estabelecimentos de aquisição de alimentos da cidade de Natal/RN, com predominância de pântanos alimentares. Dessa forma, são necessárias ações de melhoria de infraestrutura dos setores, descentralização no abastecimento de alimentos saudáveis e limitar a venda de alimentos ultraprocessados, com vistas a garantir escolhas alimentares saudáveis. É importante que novos estudos avaliem as diferentes dimensões do ambiente alimentar, para permitir uma melhor identificação dos fatores associados à insegurança alimentar em diferentes contextos socioeconômicos.Artigo Anthropometric and dietary indicators applied in population-based surveys: a systematic review(Research, Society and Development, 2022-01) Lyra, Clelia de Oliveira; Cabral, Natália Louise de Araújo; Pequeno, Nila Patrícia Freire; Silva, David Franciole de Oliveira; Crispim, Sandra Patrícia; Marchioni, Dirce Maria Lobo; Lima, Severina Carla Vieira CunhaAim: To identify population-based health and nutrition surveys, conducted with adults and the elderly, and performed in the Americas, Europe, and Oceania, to investigate the more common anthropometric and food consumption methods used, their applicability, and their limitations. Methods: Electronic databases (LILACS, PubMed, and SCOPUS) were systematically searched for studies published between 1997 and 2017 in Portuguese, English, or Spanish. 48 studies (45.8% carried out in the Americas) met the eligibility criteria and were included in the review. The data were analyzed in 2018. Results: The methodological quality of most of the studies (64.4%) was classified as moderate, according to the Agency for Healthcare Research and Quality checklist for cross-sectional studies and the Newcastle-Ottawa scale for cohort studies. 35.4% of the articles evaluated only food consumption, 29.2% just anthropometry, while 35.4% evaluated food consumption and anthropometric measurements. The most used food survey methods were food record (31% of studies) and the 24-hour dietary recall (22% of studies). Body mass index (BMI) was the most used indicator for anthropometric nutritional status assessment. Although most of the studies used the World Health Organization classification criteria, these studies did not adopt the different cut-off points for BMI classification for adults and the elderly. Conclusion: BMI and methods that record current consumption, such as the food record and the 24-hour dietary recall, were the main methods of assessing nutritional status, taking into consideration the easy application, low cost, and good reproducibilityDissertação Associação do índice inflamatório da dieta e fatores sociodemográficos com o risco cardiovascular: estudo Brazuca Natal(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-09-26) Rocha, Anna Luisa Moura Alencar; Lyra, Clelia de Oliveira; Evangelista, Karine Cavalcanti Mauricio de Sena; https://orcid.org/0000-0001-9729-1243; http://lattes.cnpq.br/2628723272728505; https://orcid.org/0000-0002-1474-3812; http://lattes.cnpq.br/4264395963141865; https://orcid.org/0000-0001-8121-6986; http://lattes.cnpq.br/8980185222927441; Lopes, Marcia Marilia Gomes Dantas; Arruda, Soraia Pinheiro MachadoO índice inflamatório da dieta (IID) avalia o potencial inflamatório da alimentação, que pode estar relacionado ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares (DCV). O objetivo deste estudo foi analisar a associação entre o IID e os fatores sociodemográficos com o risco cardiovascular em adultos e idosos participantes do Brazilian Usual Consumption Assessment – (Brazuca) Natal. O estudo de delineamento transversal foi realizado com 411 adultos e idosos, de ambos os sexos, domiciliados na cidade de Natal/RN. O consumo alimentar foi avaliado por meio de dois recordatórios de 24 horas, utilizando o software GloboDiet®, sendo o primeiro por entrevista presencial e o segundo por inquérito telefônico. O potencial pró ou anti-inflamatório da dieta foi avaliado por meio IID. As variáveis sociodemográficas e de estilo de vida avaliadas foram: sexo, fase da vida, raça ou cor, estado civil, escolaridade, renda per capita domiciliar, tabagismo, consumo de álcool e nível de atividade física. O risco cardiovascular foi identificado considerando uma análise de cluster que incluiu as medidas de Pressão arterial sistólica (PAS) (Hg/mm), Pressão arterial diastólica (PAD) (Hg/mm), Índice de massa corporal (IMC) (kg/m2) e Perímetro da cintura (PC) (cm). A estatística incluiu uma análise descritiva conforme a natureza das variáveis, e as estimativas foram ponderadas com base na Amostra Complexa. O teste de Mann-Whitney foi utilizado para comparar os valores de IID geral e componentes do IID entre os cluster de menor e maior risco cardiovascular. Razões de prevalência brutas e ajustadas a partir de modelos de Regressão de Poisson, foram calculadas para avaliar a associação entre os clusters de risco cardiovascular, o IID, e as variáveis sociodemográficas e de estilo de vida. Evidenciamos que a maior parte dos participantes (79,6%) consumiam uma dieta pró-inflamatória. Os resultados da análise de cluster, resultaram em dois agrupamentos. No cluster 1, denominado cluster de menor risco cardiovascular, foram observados os seguintes valores dos centros em desvios-padrão: PAS (-0,580), PAD (-0,507), IMC (-0,519), PC (-0,473). Para o cluster 2, que foi denominado cluster de maior risco cardiovascular, identificouse os seguintes valores de centros em desvios- padrão: PAS (0,665), PAD (0,605), IMC (0,568), PC (0,587). Observou-se que os valores de IID geral foi maior no cluster 2, de maior risco cardiovascular (p=0,007). Na análise múltipla foi verificado que indivíduos com 1 a 9 anos de estudo apresentaram 53% maior probabilidade de pertencer ao cluster de maior risco cardiovascular (RP=1,53, p=0,018) Conclui-se que os indivíduos com maior risco cardiovascular apresentaram dieta potencialmente mais inflamatória. Evidenciamos que a dieta da população estudada tem um alto potencial inflamatório e que pessoas com baixa escolaridade apresentam maior prevalência de fatores de risco para DCV.Artigo Associação entre hipertensão arterial sistêmica e indicadores antropométricos em idosos do estudo brazuca(Revista Ciência Plural, 2023-04) Lyra, Clelia de Oliveira; Nascimento, Lorena Lima do; Bezerra, Mariana Silva; Barbosa, Suamy Sales; Oliveira, Glenda Laetitia Ribeiro de; Marchioni, Dirce Maria Lobo; Roncalli, Ângelo Giuseppe; Lima, Severina Carla Vieira CunhaIntrodução: A Hipertensão Arterial Sistêmica é uma doença crônica que acomete a maior parte idosos brasileiros, sendo uma das principais causas de mortes prematuras e incapacidades funcionais que causam complicações cardiovasculares e cerebrais, as quais podem estar associadas a diversos fatores predisponentes como a obesidade. Objetivo: Avaliar a associação entre hipertensão arterial sistêmica e indicadores antropométricos em idosos do estudo Brazuca Natal. Metodologia: Estudo transversal de base populacional com 191 idosos do município Natal-RN. Foram coletados dados sociodemográficos, econômicos e antropométricos (peso, estatura, perímetro da cintura e perímetro do quadril) e cálculo do Índice de Massa Corporal, Razão CinturaEstatura e Razão Cintura Quadril. A hipertensão arterial foi auto referida. Os dados foram analisados pelo software SPSS versão 20.0. Teste t de Student foi utilizado para avaliar as diferenças entre médias das variáveis de acordo com o sexo e presença de hipertensão arterial. A associação entre a presença da doença e as variáveis foi realizada pela Regressão de Poisson, com as razões de prevalência brutas e ajustadas e seus intervalos de confiança (95%). Resultados: A maioria dos idosos eram do sexo feminino (55%), com média de idade 69,48 anos (DP=7,38) e índice de massa corporal de 28,46 (DP=5,25), 59,4% possuíam excesso de peso e 60,1% hipertensão. Ao comparar os sexos, registramos maiores médias de índice de massa corporal, perímetro do quadril e relação cintura estatura nas mulheres (p<0,05). Observamos maiores médias de idade e indicadores antropométricos entre os idosos com hipertensão (p<0,05). Constatamos que a presença de hipertensão estava associada a perímetro da cintura e índice de massa corporal no modelo bruto, mantendo-se apenas o perímetro da cintura no modelo ajustado. Conclusões: Indicadores antropométricos de fácil aplicação e baixo custo como o perímetro da cintura pode ser eficientes para a detecção precoce da hipertensão arterial em idososTese Avaliação do acesso às ações assistenciais no período neonatal(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-03-10) Pinheiro, Josilene Maria Ferreira; Andrade, Fabia Barbosa de; ; http://lattes.cnpq.br/0315846984480655; ; http://lattes.cnpq.br/9315807777347329; Lyra, Clelia de Oliveira; ; http://lattes.cnpq.br/4264395963141865; Santos, Flávia Andreia Pereira Soares dos; ; http://lattes.cnpq.br/9993128048836468; Silva, Kenya de Lima; ; http://lattes.cnpq.br/4011454387093577; Vianna, Rodrigo Pinheiro de Toledo; ; http://lattes.cnpq.br/3915051035089861O período neonatal requer uma atenção qualificada, dada a susceptibilidade do recém-nascido às adversidades. Este estudo objetivou avaliar o acesso e a implementação das ações assistenciais preconizadas pelo Ministério da Saúde para o período neonatal e suas associações com as características institucionais e sócios demográficas. Realizou-se um estudo de coorte em quatro maternidades públicas da cidade de Natal/RN, Brasil. Constituiu a amostra 415 binômios mãe/filho, sendo recém-nascidos a termo, peso ≥ 2,5kg e Apgar ≥ 7,0. A coleta de dados foi realizada 48h após o nascimento (presencial), com sete dias e 28 dias de vida (por ligação telefônica). A partir dos dados obtidos foram desenvolvidos cinco estudos, sendo três transversais, um longitudinal, e face ao contexto atual da Covid-19, uma revisão narrativa. Os estudos abordaram questões referentes às ações assistenciais ao recém-nascido e a continuidade do cuidado no período neonatal, à prevalência da realização dos cinco testes de triagem neonatal, aos determinantes da oferta de complemento ao leite materno nas primeiras 48 horas de vida, às práticas alimentares no período neonatal, e aos desafios para manter o aleitamento materno exclusivo diante da pandemia da Covid-19. A análise estatística incluiu frequências absolutas e relativas, e a regressão múltipla de Poisson, com Intervalo de Confiança (IC) de 95%. Dos 415 binômios inicialmente avaliados, houve uma perda de 13,7% no segundo período e de 16,6% no terceiro período. As mães, majoritariamente, encontravam-se na faixa etária de 20 a 29 anos (46,5%), eram casadas ou viviam em união estável (79,0%) e possuíam ensino médio ou superior (65,3%). Quanto ao recém-nascido, a maioria (52,5%) era do sexo masculino, com média da idade gestacional de 39,2 ± 1,3 semanas e peso ao nascer de 3.310 ± 478,6g. Destacam-se como principais resultados: Das 40 ações realizadas na maternidade e na Atenção Primária em Saúde, 20% foram classificadas em satisfatórias, 50% parcial e 30% insatisfatórias. A adequação de indicadores compostos da assistência esteve associada às mulheres submetidas ao parto vaginal, multípara, e às maternidades de risco habitual. Dentre essas ações, a prevalência da realização dos cinco testes foi de 36,6%, estando associada às mães residentes na capital do estado (RP=1,36; IC95%=1,18-1,56) e àquelas que receberam orientações antes da alta (RP=1,30; IC95%=1,08-1,67). A oferta de complemento ao leite materno aconteceu para 51,3% dos recém-nascidos, sendo 57,6% na primeira hora de vida e 92% com fórmula artificial, estando associado a idade materna ≤ 20 anos (RP=0,64; IC95%=0,47-0,86), primiparidade (RP=1,37; IC95%=1,11-1,60) e cesárea (RP=1,2; IC95%=1,00-1,45). O desmame precoce ocorreu em 8,4% dos recém-nascidos na primeira semana e em 16,2% ao final dos 28 dias, estando associado à ausência de apoio paterno (RR:4,98; IC:2,54-9,79) e ao uso de chupeta (RR= 3,2, IC:1,63-6,32) aos sete dias, e somente ao uso de chupeta (RR=2,48, IC:1,53-4,02) aos 28 dias. A pandemia do novo coronavírus ainda é uma questão controversa que, dadas as incertezas, pode comprometer a interação equipe/família/mãe/recém-nascido, e o aleitamento materno nas primeiras horas de vida. Os resultados apontam fragilidades e a necessidade de reestruturação da assistência e readequação de boas práticas que favoreçam o cuidado integral e longitudinal ao neonato.Artigo Care actions for newborns and factors associated with longitudinality in the follow-up care in the neonatal period: care actions for the newborn(Medicine, 2022-11) Lyra, Clelia de Oliveira; Pinheiro, Josilene Maria Ferreira; Costa, Ketyllem Tayanne da Silva; Santos, Flavia Andreia Pereira Soares dos; Vianna, Rodrigo Pinheiro de Toledo; Silva, Kenya de Lima; Andrade, Fábia Barbosa deAs newborns are highly vulnerable, they require essential care for adequate child development. This study aimed to assess the care provided to newborns during the first 28 days of life and identify factors associated with adequate care. This was a longitudinal study conducted with 415 mothers and full-term newborns from 4 public maternity hospitals in Natal, Brazil, in 2019. Assistance, socioeconomic, and demographic data were collected 3 times: 48 hours, 7 days, and 28 days after birth. Pearson’s chi-square and Poisson regression tests were used with a confidence interval of 95%. Most mothers were between 20 and 29 years old (46.5%), had a high school or higher education (65.3%), a partner (79%), an income of ≤ 1 minimum wage (64, 6%), and were multiparous (62.9%). A total of 29 actions performed in maternity hospitals and 11 in primary healthcare were evaluated. Among the first, 8 (27.6%) were satisfactory; 11 (37.9%), partially satisfactory; and 10 (34.5%), unsatisfactory. In primary care, 2 actions (18.2%) were considered satisfactory; 3 (27.3%) partially satisfactory; and 6 (54.5%) unsatisfactory. In the multivariate analysis of the composite indicators related to adequacy of care, women undergoing vaginal delivery, those who are multiparous, and maternity hospitals at usual risk were associated with better adequacy of care indicators (P ≤ .05). Maternity hospitals accredited to the Baby-Friendly Hospital Initiative had lower chances of the adequacy of promotion to exclusive breastfeeding. The sample loss rate was 13.7% in the first week and 16.6% at the end of the study period. There was inadequacy in the performance of care actions for newborns regarding access and comprehensiveness of care. These weaknesses highlight the need for reassessing skills and coordinating actions in the child’s healthcare networkArtigo Chronic diseases and emotional disorders are associated with low perception of quality of life in food insecurity/security(Frontiers in Public Health, 2022-07) Lyra, Clelia de Oliveira; Pequeno, Nila Patrícia Freire; Cabral, Natália Louise de Araújo; Oliveira, Ângelo Giuseppe Roncalli Costa; Crispim, Sandra Patrícia; Rocha, Cecília; Marchioni, Dirce Maria; Lima, Severina Carla Vieira CunhaUnderstanding individual perception of Quality of Life (QoL) can help combat social and health inequalities. We aimed to identify factors associated with Low Perceived Quality of Life (LPQoL) in 295 adults and older adults with food security and food insecurity, in the city of Natal, Brazil. A cross-sectional study was conducted from June to December 2019, with collection of data on socioeconomic demographic status, lifestyle information, non-communicable diseases (NCDs) and risk factors, emotional disorders, food (in) security and quality of life. To assess food insecurity, the Brazilian Scale of Food Insecurity—EBIA was used, and the WHOQOL-Bref questionnaire was used to assess quality of life. Poisson's Regression was used to verify associations between variables and LPQoL, stratifying the sample into food secure (FS) and food insecure (FI) groups. In the FI group, being overweight, older adult, having no partner, drinking alcoholic beverages twice a week or more, and not having daily availability of water were associated with LPQoL, and in the FS group, having diabetes, monthly family income in the 1st and 2nd tertiles, and never having studied was associated with LPQoL. Reporting emotional disorders and sleeping < 7 h/day were associated with LPQoL in both FI and FS groups. LPQoL was associated with the occurrence of NCDs and risk factors, and emotional disorders, regardless of the food security measure. However, the lack of adequate access to water highlights the social vulnerability of the FI groupTCC Cobertura dos dados do SISVAN em crianças menores de 5 anos do nordeste do Brasil: tendência temporal do período de 2017 a 2021(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-12-12) Rogas, Allana Rebeca da Silva; Lyra, Clelia de Oliveira; https://orcid.org/0000-0002-8000-4321; https://wwws.cnpq.br/cvlattesweb/PKG_MENU.menu?f_cod=2D7425ED3E906CB5535067FB847889C2#; Lyra, Clelia de Oliveira; Bezerra, Ricardo Andrade; Oliveira, Genykléa Silva deO Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional é uma ferramenta tecnológica de informação que permite o monitoramento das condições nutricionais da população e dos programas de intervenção em alimentação e nutrição. A partir desse sistema, o diagnóstico da situação de saúde e nutrição de uma população específica pode ser fornecido e utilizado como base para a verificação da efetividade de políticas públicas. Nesse sentido, o presente estudo teve como objetivo avaliar a tendência temporal da cobertura dos dados do estado nutricional e dos marcadores do consumo alimentar em crianças menores de 5 anos, na região Nordeste. Trata-se de um estudo ecológico de série temporal, sobre os registros do SISVAN acerca do estado nutricional e do consumo alimentar de crianças menores de 5 anos de idade. Analisou-se a tendência temporal da cobertura desses dados, levando em consideração os dados de crianças menores de 5 anos registradas no SISVAN e de crianças menores de 5 anos que frequentam os serviços públicos de saúde, obtidos pelo censo IBGE 2010 e pela Agência Nacional de Saúde Suplementar. A cobertura média dos dados antropométricos foi de 59,78% e a dos dados de marcadores de consumo alimentar foi de 3,01%, no período de 2017 a 2021. Observou-se uma tendência crescente no número de registros de crianças menores de 5 anos em 2017-2019, ao passo que em 2020-2021 esse padrão é alterado. Nesse sentido, houve um aumento da cobertura dos marcadores do consumo alimentar de 2,85% entre 2017-2021 (1,11%-3,96%). A cobertura dos dados do estado nutricional antropométrico apresentou uma diminuição de 1,5% no decorrer dos anos avaliados (59,2%- 57,7%). Apesar da tendência crescente nos marcadores do consumo alimentar, ainda há um baixo percentual de cobertura, considerando os dois indicadores, resultando em desafios para o monitoramento, elaboração e ajustes de políticas públicas voltadas para a saúde e nutrição.Artigo Compra de alimentos da agricultura familiar para a alimentação escolar: a situação do Rio Grande do Norte(Saúde em Debate, 2022-06) Lyra, Clelia de Oliveira; Silva, Leticia Gabriella Souza da; Oliveira, Genykléa Silva de; Pinheiro, Liana Galvão Bacurau; Neves, Renata Alexandra Moreira das; Ferreira, Maria Angela FernandesObjetivou-se caracterizar o cenário da aquisição dos alimentos provenientes da Agricultura Familiar (AF) para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) nos municípios do Rio Grande do Norte. Pesquisa avaliativa com delineamento ecológico, utilizando dados do Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição Escolar da Universidade Federal do Rio Grande do Norte em 2017 e 2018. Avaliaram-se 31 municípios, analisando o percentual de aquisição de alimentos da AF para a alimentação escolar, além das possíveis dificuldades nesse processo, utilizando variáveis relacionadas com governança e gestão, estabilidade e disponibilidade de alimentos. Dos municípios avaliados, mais de 50% adquiriram alimentos da AF no ano anterior e afirmaram a compra no ano atual. Todos relataram empregar o modelo de gestão centralizada, 29% declararam aquisição menor que 30%, 9,7%, aquisição acima de 30%, e 61,3% não souberam informar. Quanto às principais dificuldades relacionadas com governança e gestão, a articulação intersetorial e o edital de chamada pública ganharam destaque. Sobre a estabilidade de alimentos, destacaram-se as condições higienicossanitárias necessárias, e em relação à disponibilidade de alimentos, a aquisição de alimentos orgânicos mostrou-se como uma dificuldade elencada por 80,6% dos municípiosDissertação Compra de alimentos da agricultura familiar para o PNAE em municípios do Rio Grande do Norte acompanhados pelo CECANE nos anos de 2017 e 2018(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-07-27) Silva, Letícia Gabriella Souza da; Ferreira, Maria Ângela Fernandes; ; http://lattes.cnpq.br/4036539286429296; ; http://lattes.cnpq.br/9570460525643934; Lyra, Clelia de Oliveira; ; http://lattes.cnpq.br/4264395963141865; Araújo, Richard Medeiros de; ; http://lattes.cnpq.br/6158536331515084Introdução: O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) é um dos programas mais antigos e abrangentes relacionado a Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) de escolares e por meio da Lei nº 11. 947/2009 foi instituída a obrigatoriedade da compra de no mínimo 30% de gêneros alimentícios provenientes diretamente da agricultura familiar. Mediante a Portaria Interministerial 1.010 de 2006, o FNDE firmou parcerias com Instituições de Ensino Superior, no âmbito do PNAE, para o desenvolvimento de ações de ensino, pesquisa e extensão junto as entidades executoras, com o objetivo de colaborar e avaliar a execução do programa. Objetivo: Caracterizar o cenário da aquisição dos alimentos provenientes da agricultura familiar no âmbito do PNAE nos municípios do estado do Rio Grande do Norte acompanhados pelo Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição Escolar (CECANE/UFRN) nos anos de 2017 e 2018. Método: Trata-se de uma pesquisa avaliativa com delineamento ecológico, cujas informações foram analisadas segundo dados do (CECANE) vinculado a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) dos anos de 2017 e 2018. A amostra foi composta por 31 municípios onde foi analisado o percentual de aquisição de alimentos da agricultura familiar para o PNAE nos anos de 2017 e 2018, bem como as possíveis dificuldades frente a esse processo, tendo sido utilizado variáveis relacionadas a governança e gestão, estabilidade e disponibilidade de alimentos. Resultados: Verificou-se que os munícipios que receberam o monitoramento e assessoria do CECANE nos anos de 2017 e 2018, mais de 50% referiram ter adquirido alimentos da agricultura familiar no ano anterior e afirmaram está comprando no ano atual. Todos os municípios relataram empregar o modelo de gestão centralizada, 29% declararam aquisição menor que 30%, 9,7% referiram aquisição acima de 30% e 61,3% não souberam informar o percentual nesse período. Relacionado a governança e gestão, observouse que a articulação intersetorial e o edital de chamada pública foram considerados dificultadores no processo de compra e venda desses alimentos. Sobre a estabilidade de alimentos, as condições higiênico-sanitárias necessárias a regularização do agricultor como apto ao fornecimento mostrou-se um ponto que pode impactar no percentual de compra, e no que concerne a disponibilidade de alimentos, a aquisição de alimentos orgânicos e/ou agroecológicos mostrou-se como uma grande dificuldade, elencada por 80,6% dos municípios. Conclusão: Considera-se que o número de municípios em conformidade com as exigências do programa relacionado a agricultura familiar ainda é relativamente baixo, e dentre os fatores associados, demandas relacionadas a governança e gestão do programa, a estabilidade e a disponibilidade de alimentos parecem estar envolvidas frente ao percentual de aquisição desses alimentos para o PNAE. Nesta concepção, a atuação dos CECANES surge como um forte aliado na avaliação do programa, qualificação profissional e estímulo a adequada execução.Tese Consumo alimentar em indivíduos com Esclerose Lateral Amiotrófica(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-11-29) Barros, Acsa Nara de Araújo Brito; Pedrosa, Lúcia de Fátima Campos; Lais, Lúcia Leite; https://orcid.org/0000-0002-8061-7048; http://lattes.cnpq.br/7939303011096805; https://orcid.org/0000-0002-5436-5115; http://lattes.cnpq.br/1863589790139155; http://lattes.cnpq.br/0488083888826546; Lyra, Clelia de Oliveira; Crispim, Sandra Patrícia; Lima, Severina Carla Vieira Cunha; Silva, Thays de Ataide eA esclerose lateral amiotrófica (ELA) é uma doença neurodegenerativa rara caracterizada pela degeneração dos neurônios motores e atrofia muscular. O comprometimento dos músculos da deglutição, a baixa ingestão alimentar e o hipermetabolismo são as principais causas da desnutrição nessa população. A desnutrição diminui a sobrevida e a qualidade de vida dos indivíduos com ELA, portanto, abordar perguntas de pesquisa sobre o consumo alimentar em variadas dimensões, representa uma contribuição para o cuidado nutricional desta população. Avaliar a ingestão de micronutrientes e sua relação com a gravidade da ELA, além de investigar a aplicabilidade de um QFA nesta população. Para isso, a tese apresentada reúne três estudos. O Estudo 1, observacional transversal, avaliou a prevalência de inadequação da ingestão de energia, macronutrientes e micronutrientes em indivíduos com ELA e verificou a associação entre a ingestão de nutrientes e a severidade da doença. O Estudo 2, uma revisão de escopo, mapeou os questionários de frequência alimentar (QFA) desenvolvidos e validados no Brasil. No Estudo 3 tipo transversal, foi desenvolvido um QFA curto quantitativo e avaliada a validade e reprodutibilidade para avaliar a ingestão de energia e proteínas em indivíduos com ELA. O Estudo 1 foi realizado com dados de prontuários de 69 indivíduos. A avaliação da gravidade da ELA foi determinada pela Escala Funcional da ELA revisada (ALSFRS-R). A prevalência de inadequação da ingestão de micronutrientes foi estimada usando a Estimated Average Requirements (EAR) como ponto de corte. Para a revisão de escopo (Estudo 2) foram incluídos estudos de desenvolvimento e validação do QFA realizados no Brasil. A revisão foi conduzida de acordo com a metodologia do Joanna Briggs Institute para revisões de escopo. Os bancos de dados de pesquisa incluíram PubMed/MEDLINE, LILACS, Embase, Web of Science (ISI), Scopus e Google Scholar. O Estudo 3 foi conduzido com dados de Recordatórios de 24 horas (R24h) de prontuários de 69 indivíduos com ELA. A escolha dos itens alimentares que compuseram a lista de alimentos ocorreu mediante seleção dos alimentos que contribuíram em até 90% para o consumo de energia e proteínas. O estudo de validação e reprodutibilidade foi conduzido com 39 indivíduos com ELA e utilizado o R24h como método referência. A validade e reprodutibilidade foram avaliadas por meio dos coeficientes de correlação, comparação de médias e análise de Bland Altman. No Estudo 1 a prevalência de inadequação da ingestão de vitamina D, E, riboflavina, piridoxina, folato, cobalamina, cálcio, zinco e magnésio foi considerada grave. Indivíduos com menor ALSFRS-R score apresentaram ingestão mais baixa de vitamina E (p<0,001), niacina (p=0.033), ácido pantotênico (p=0,037), piridoxina (p=0,008), folato (p=0.009) e selênio (p=0.001). No Estudo 2 (revisão de escopo) foram identificados 102 artigos desde o final da década de 1990, abrangendo diversas regiões do Brasil: Sudeste (n=55), Sul (n=16), Nordeste (n=14), Centro-Oeste (n=8), Norte (n=1) e duas ou mais regiões ou populações (n=8). Nos últimos dez anos, foram identificados 32 estudos de validação de QFAs, com foco em crianças e adolescentes (n=8), adultos (n=10), adultos e idosos (n=7) e gestantes (n=7). No Estudo 3 foi construído e validado um QFA curto semiquantitativo autoadministrável, contendo 21 itens alimentares e registro fotográfico para cada um dos itens. O QFA foi delineado com sete categorias de frequência de ingestão e período de avaliação da ingestão de energia e proteínas de um mês pregresso. O QFA curto foi considerado reprodutível para estimar a ingestão de energia (CCI=0,553), entretanto, não foi considerado válido para estimar a ingestão de energia e proteínas em indivíduos com ELA. Os achados dos estudos enfatizam a importância do monitoramento do consumo alimentar de indivíduos com ELA. Uma vez que não foi constatado na literatura algum QFA desenvolvido e validado para indivíduos com ELA, o produto desenvolvido neste projeto de doutorado contribui para adicionar opção inovadora neste contexto. Após adequações deste instrumento, visando melhorar os índices de validade, o mesmo poderá ser usado tanto na avaliação nutricional, como em pesquisas científicas.Dissertação Desenvolvimento de um questionário quantitativo de frequência alimentar para adultos no nordeste brasileiro(2018-07-27) Motta, Virginia Williane de Lima; Lyra, Clelia de Oliveira; Lima, Severina Carla Vieira Cunha; ; ; ; Medeiros, Anna Cecilia Queiroz de; ; Crispim, Sandra Patrícia;Entre os diversos métodos de inquéritos alimentares destaca-se o Questionário de Frequência Alimentar (QFA), um instrumento comumente utilizado em estudos epidemiológicos, no intuito de avaliar a relação dieta e doença. Dado a importância da avaliação do consumo alimentar das populações para compreensão da relação exposição e desfecho, o trabalho propõe desenvolver um questionário quantitativo de frequência alimentar para identificar a frequência do consumo de alimentos considerados de proteção e risco para doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). O desenvolvimento do QFA foi realizado com os microdados do módulo sobre consumo alimentar individual e dados dos moradores da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009, em uma amostra da população do nordeste brasileiro entre 20 e 59 anos de idade (n=7.516). O banco de dados final contou com 421 alimentos. Estes itens alimentares foram utilizados para a construção das listas de alimentos, primeira etapa para o desenvolvimento do QFA. Para tanto, optouse pela metodologia de contribuição relativa do item, na qual foram identificados os itens alimentares com maior contribuição relativa para energia, macronutrientes, fibra, gordura saturada, gordura trans, sódio e potássio. Foi construída também uma lista para calorias. Para compor a lista de alimentos foram considerados aqueles responsáveis por até 90% de contribuição do nutriente, ou ainda aqueles que são considerados fontes de um dos nutrientes de interesse. A lista das calorias apontou um consumo de alimentos minimamente processados como arroz (11,41%) e feijão (8,44%) entre os principais contribuintes. Na lista da fibra se destacou a baixa variedade de consumo de frutas regionais, e a baixa presença de verduras e preparações contendo verduras. A fruta de maior contribuição foi a banana (2,14%) e apenas o item salada ou verdura crua (0,64%) apareceu na lista representando legumes e verduras. As listas de alimentos dos nutrientes foram utilizadas para a composição da lista final do QFA, que contou com 83 alimentos que foram agrupados segundo seu nível de processamento, de acordo com o sistema NOVA de classificação de alimentos em: in natura ou minimamente processados, ingredientes culinários e alimentos processados, e alimentos ultraprocessados. Para o cálculo do tamanho das porções foram estabelecidos os percentis 25, 50, 75 e 95 para cada um dos alimentos da lista final. A unidade de tempo considerada foi o ano anterior. Ainda, foram elaboradas instruções, escritas por nutricionista, que apontam o adequado preenchimento do instrumento. Ao final do QFA, um total de cinco perguntas extras foram adicionadas. O desenvolvimento do QFA representa um avanço na área da epidemiologia nutricional regional, visto que a construção desse tipo de instrumento nessa região é um fato inédito, e levando em conta o novo panorama de debates sobre alimentação e nutrição, tem como inovação a classificação dos alimentos por seu tipo de processamento.Tese Desigualdades na mortalidade e no estádio ao diagnóstico do câncer de pulmão no Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-01-28) Lima, Kálya Yasmine Nunes de; Souza, Dyego Leandro Bezerra de; https://orcid.org/0000-0001-8426-3120; http://lattes.cnpq.br/9953301230987878; https://orcid.org/0000-0003-3519-0994; http://lattes.cnpq.br/3478672804691678; Santos, Arn Migowski Rocha dos; Lyra, Clelia de Oliveira; https://orcid.org/0000-0002-1474-3812; http://lattes.cnpq.br/4264395963141865; Nascimento, Cristiane Murta Ramalho; Mirabal, Isabelle Ribeiro Barbosa; https://orcid.org/0000-0002-1385-2849; http://lattes.cnpq.br/0211762022010569Objetivou-se analisar a distribuição espacial, ocorrência de mortalidade e estádio clínico tumoral ao diagnóstico de câncer de pulmão e sua relação com fatores socioeconômicos e de oferta de serviços de saúde no Brasil. Trata-se de um estudo ecológico e transversal. Os óbitos (CID-10:C33-34) foram coletados do Sistema de Informações sobre Mortalidade para o período de 2011 a 2015. Os dados individuais foram extraídos do Integrador dos Registros Hospitalares de Câncer para o período de 2006 a 2015 e as variáveis contextuais foram coletadas no Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde e na Agência Nacional de Saúde Suplementar. Para análise da mortalidade e do diagnóstico avançado do câncer de pulmão, aplicou-se o teste de qui-quadrado e a regressão de poisson com variância robusta para um nível de confiança de 95%. A dependência espacial das taxas de mortalidade e da Proporção de Diagnóstico em Estádio Avançado (PDEA) foi verificada pelo índice de Moran global e o indicador local de associação espacial. O diagnóstico precoce foi analisado pelo teste de qui-quadrado de Pearson e regressão de Poisson multinível. A taxa média de mortalidade ajustada pela idade, entre 2011 e 2015, foi de 12,8 (DP 5,12) mortes por 100.000 habitantes. As altas taxas de mortalidade por câncer pulmonar estavam significativamente associadas com a densidade de médicos generalistas (RP 1,68; IC 95% 1,04- 2,72), estabelecimentos habilitados em oncologia (RP 1,49; IC 95% 1,01-2,20) e inversamente associadas a proporção de pessoas com baixa renda (RP 1,73; IC 95% 1,11-2,68) e, apresentaram autocorrelação espacial (Moran’s I 0,50). O modelo espacial multivariado foi constituído pelas variáveis estabelecimentos habilitados em oncologia, renda e cobertura de planos de saúde. A PDEA foi de 85,28% (IC 95% 83,31-87,10), com baixa autocorrelação espacial (Moran’s I 0,37), e correlação positiva com taxa de envelhecimento (Moran’s I 0,10), renda (Moran’s I 0,05) e negativa com Gini (Moran’s I -0,15). De 2006 a 2015, 87,71% dos casos de câncer pulmonar foram diagnosticados em estádio avançado. A faixa etária de 50 a 59 anos (RP 1,04; IC 95% 1,03-1,05), sexo masculino (RP 1,02; IC 95% 1,01-1,03), raça/cor não branca (RP 1,02; IC 95% 1,01-1,03), ensino fundamental incompleto (RP 1,05; IC 95% 1,03- 1,08) e os tumores de células pequenas (RP 1,08; IC 95% 1,06-1,09) estiveram associados ao diagnóstico em estádio avançado. Na análise multinível, o estadiamento precoce esteve associado a fatores individuais e a menor densidade de estratégia saúde da família. Conclui-se que os contextos socioeconômico e de oferta de serviços de saúde são determinantes das desigualdades na distribuição das taxas de mortalidade por câncer de pulmão. Por outro lado, o estádio do câncer no diagnóstico está mais associado aos fatores individuais socioeconômicos e do próprio do tumor. Os resultados sinalizam a importância das medidas de prevenção primária, em especial o controle do tabagismo. Estratégias que reduzam as desigualdades sociais também devem ser reforçadas de modo que as condições socioeconômicas não potencializem as dificuldades relacionadas ao diagnóstico.Tese Desigualdades no diagnóstico e mortalidade por câncer de mama e colo do útero no Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-09-25) Oliveira, Nayara Priscila Dantas de; Souza, Dyego Leandro Bezerra de; Cancela, Marianna de Camargo; ; ; Santos, Arn Migowski Rocha dos; ; Lyra, Clelia de Oliveira; ; Godoy, Gustavo Pina; ; Rosendo, Tatyana Maria Silva de Souza;Os cânceres de mama e colo do útero destacam-se entre os tipos oncológicos femininos com elevadas taxas de incidência e mortalidade, que apresentam consideráveis diferenças regionais. A discussão sobre as desigualdades no diagnóstico e morte por câncer de mama e colo do útero possibilita a compreensão destas doenças a nível individual e populacional. A presente tese teve o objetivo de analisar o estadiamento e a mortalidade por câncer de mama e colo do útero e sua relação com o contexto socioeconômico e de oferta de serviços de saúde no Brasil. Foram desenvolvidos cinco estudos observacionais, sendo um do tipo ecológico clássico, dois estudos transversais e dois do tipo ecológico de análise espacial. Os dados sobre mortalidade foram coletados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). Os dados individuais relacionados ao diagnóstico do câncer foram obtidos do Integrador dos Registros Hospitalares de Câncer (RHC). As variáveis socioeconômicas contextuais foram coletadas no Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, e os dados sobre a oferta de serviços de saúde no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), no Sistema de Informações Ambulatoriais de Saúde (SIA-SUS) e na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A análise da mortalidade foi realizada por meio da Regressão de Poisson com variância robusta. Para análise do estadiamento avançado foi realizado o modelo de Regressão de Poisson Multinível, com intercepto aleatório. Na análise espacial foi utilizado o índice de Moran Global e Indicador Local de Associação Espacial (LISA) e os modelos com efeitos espaciais globais. Os principais resultados foram: (1) A taxa média de mortalidade por câncer do colo do útero foi de 5,95 (±3,97) e a taxa média de mortalidade por câncer de mama foi de 10,65 (± 3,12) por 100.000 mulheres. A alta taxa de mortalidade por câncer de mama apresentou associação com maior densidade de médicos generalistas e maior oferta de serviços de saúde em oncologia. A alta taxa de mortalidade por câncer do colo uterino apresentou associação com maiores índices de desigualdade social local e menores níveis de desenvolvimento humano das regiões avaliadas. (2) A proporção de estadiamento avançado do câncer de mama foi de 40,0%. O estadiamento avançado apresentou associação com fatores individuais e contextuais relacionados ao acesso público aos serviços de saúde e à baixa densidade de mamógrafos. (3) Em 32,4% dos casos de câncer de colo uterino, o estadiamento estava ausente, associado significativamente a fatores individuais e contextuais de oferta de serviços de saúde. A proporção de estadiamento avançado foi de 48,4%, com associação a fatores individuais e contextuais de acesso público aos serviços de saúde e à baixa proporção de exames citopatológicos. (4) O estadiamento avançado do câncer de mama apresentou correlação espacial positiva com o Índice de Gini e negativa com a densidade de ginecologistas. As taxas de mortalidade apresentaram correlação espacial positiva com o IDH e com a densidade de médicos ginecologistas. (5) O estadiamento avançado do câncer de colo uterino apresentou correlação espacial positiva com o Índice de Gini e negativa com a proporção de beneficiários de planos privados de saúde. As taxas de mortalidade apresentaram correlação espacial positiva com o Índice de Gini e negativa com a densidade de médicos ginecologistas. O estudo sinaliza as desigualdades sociais envolvidas no diagnóstico e na mortalidade por câncer de mama e colo do útero no Brasil. Destaca-se a importância da estruturação e da equidade no acesso aos serviços e tecnologias de saúde no território brasileiro. A reorientação de políticas públicas de saúde possibilitaria otimizar o controle, prevenção e tratamento oportuno do câncer de mama e colo do útero no país.Artigo Determinantes sociais em saúde associados à vivência da fome entre adolescentes do Brasil(Ciência & Saúde Coletiva, 2022-07) Lyra, Clelia de Oliveira; Vale, Diôgo; Santos, Thais Teixeira dos; Dantas, Rebekka Fernandes; Cabral, Natália Louise de Araújo; Oliveira, Angelo Giuseppe Roncalli da CostaObjetivou-se identificar determinantes sociais em saúde associados à vivência da fome entre adolescentes escolares brasileiros. Foi realizado um estudo transversal com microdados de 16.526 adolescentes da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar 2015. A vivência da fome foi estimada considerando a frequência com que o adolescente havia ficado com fome por não ter comida suficiente em casa no mês anterior à pesquisa. Para a análise dos determinantes sociais em saúde foi realizada Regressão de Poisson com variância robusta. Verificou-se, no Brasil, que a vivência da fome foi de 22,8% (IC95%: 21,9-23,7) entre adolescentes. Essa associou-se diretamente ao sexo masculino (RP=1,12; IC95%: 1,07-1,16), a não ter excesso de peso (RP=1,08; IC95%: 1,04-1,13), ao consumo irregular de feijão (RP=1,20; IC95%: 1,13- 1,26), de legumes e verduras (RP=1,16; IC95%: 1,09-1,22) e de frutas (RP=1,19; IC95%: 1,13- 1,24), à insatisfação corporal (RP=1,26; IC95%: 1,18-1,35) e ao consumo irregular de almoço ou jantar com os responsáveis (RP=1,41; IC95%: 1,32-1,52); e inversamente ao gradiente de escolaridade materna, e às macrorregiões do complexo Centro-Sul. Os resultados indicam a coexistência da fome, comportamentos alimentares de risco nutricional, insatisfação corporal e condições de iniquidade social entre adolescentes brasileirosArtigo Development and validation of predictive workable weight equations for Brazilian older adult residents in long-term care institutions(Plos One, 2023-01) Lyra, Clelia de Oliveira; Lima, Marcos Felipe Silva de; Cabral, Natália Louise de Araújo; Oliveira, Larissa Praça de; Liberalino, Laura Camila Pereira; Lima, Severina Carla Vieira Cunha; Pedrosa, Lucia de Fátima Campos; Lima, Kenio Costa deBackground: Weight measurement is important in the nutritional anthropometric monitoring of older adults. When this measurement is not possible, estimates may be used. Aim: Developing and validating weight predictive equations for older adult residents in long-term care institutions in Brazil. Subjects and methods: The sample comprised 393 older adult residents in long-term care institutions. Data were collected in two stages, with 315 older adults in the first and 78 in the second. We have measured the arm, calf, and waist circumferences, as well as the triceps and subscapular skinfold and knee height. Multiple linear regression was used to develop the equations, which were evaluated through the coefficient of determination, standard error of estimation, Akaike information criterion, intraclass correlation coefficient (ICC), and Bland-Altmann plot. Results: Five models with different anthropometric measurements were developed, (1) arm circumference as a discriminant variable (ICC: 0.842); (2) best statistical fit for men and women (ICC: 0.874) and its stratification by sex (3) (ICC: 0.876); (4) easy-to-perform measurement for men and women (ICC: 0.842) and its stratification by sex (5) (ICC: 0.828). Conclusion: Five models for estimating the weight of older adult residents in long-term care institutions were developed and validated. The choice to use the models should be based on the physical capacity of the older adults to be evaluatedArtigo Diet quality and associated factors in brazilian undergraduates during the COVID-19 pandemic(Frontiers in Nutrition, 2023-05) Maciel, Bruna Leal Lima; Galvão, Liana Letícia Paulino; Santos, Thanise; Slater, Betzabeth; Lyra, Clelia de Oliveira; Rolim, Priscilla Moura; Ramalho, Alanderson; Dalamaria, Tatiane; Martins, Fernanda Andrade; Höfelmann, Doroteia Aparecida; Crispim, Sandra; Gorgulho, Bartira; Rodrigues, Paulo; Marchioni, Dirce MariaBackground: Diet quality is associated with psychobiological, psychological, biological, and physiological factors of individuals, and in the context of prolonged stress, such as the COVID-19 pandemic, it can lead to a worsening of the quality of food for undergraduates. This study aimed to analyze diet quality and associated factors in Brazilian undergraduates. Methods: Data were collected from 4,799 undergraduate students from all Brazilian regions, from August 2020 to February 2021. The online questionnaire contained socioeconomic variables, the ESQUADA scale to assess diet quality, self-referred changes in weight, the Brazilian food insecurity scale (EBIA), sleep assessment and the perceived stress scale. Unconditional multiple logistic regression analysis was performed to study variables associated with poor and very poor diet quality. Results: Most of participants presented a good diet quality (51.7%), while 9.8% had a poor or very poor diet quality and only 1.1% had an excellent diet quality. 58.2% of undergraduates reported to have an increase in weight during the pandemic and 74.3% of the students presented elevated stress during the pandemic. Logistic regressions showed students who gained weight during the pandemic presented the highest AOR = 1.56 (95% CI = 1.12–2.20) for poor or very poor diet quality. The elevated perceived stress was also associated with a higher AOR = 2.85 (95% CI = 1.71–4.74) for poor or very poor diet quality. Conclusion: Most of the studied undergraduates presented a good diet quality. Nevertheless, poor/very poor diet quality was associated with higher perceived stress and weight gain. Our study indicated that policies should beaimed at the socioeconomically most vulnerable undergraduates, those in a situation of food and nutritional insecurity, high perceived stress, and who gained weight during the pandemicArtigo Dietary and nutritional profiles among Brazilian adolescents(Nutrients, 2022-10) Lyra, Clelia de Oliveira; Vale, Diôgo; Dantas, Natalie Marinho; Andrade, Maria Eduarda da Costa; Oliveira, Angelo Giuseppe Roncalli da CostaBackground: The present study analyzed the prevalence of dietary and nutritional profiles among Brazilian adolescents and their associations with social determinants of health. Methods: A population-based survey was administered to 16,409 adolescents assessed by the 2015 National School Health Survey. A multivariate model of dietary and nutritional profiles was estimated from correspondence analysis. Results: The dietary and nutritional profiles more prevalent among Brazilian adolescents were “lower nutritional risk dietary pattern and eutrophic” (42.6%), “lower nutritional risk dietary pattern and overweight” (6.8%), and “higher nutritional risk dietary pattern and overweight” (6.0%). Healthier profiles were associated with less urbanized territories, healthpromoting behaviors, and families with worse material circumstances. The less healthy profiles were associated with more urbanized environments, health risk behaviors, and families with better material circumstances. Brazilian adolescents have different dietary and nutritional profiles that are characterized by sociopolitical and economic contexts, family material and school circumstances, and the behavioral and psychosocial health factors of the individuals. All of this points to the social determination of these health problems among adolescents in Brazil
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