Navegando por Autor "Lima, Túlio Sales Souza"
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Tese Os argumentos transcendentais: Kant e o problema de Hume(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2010-05-11) Lima, Túlio Sales Souza; Bonaccini, Juan Adolfo; ; http://lattes.cnpq.br/1832122126753450; ; http://lattes.cnpq.br/3913710050478082; Faggion, Andréa Luisa Bucchile; ; http://lattes.cnpq.br/1145199922457791; Assis Neto, Fernando Raul de; ; http://lattes.cnpq.br/2343862670428432; Alves, Daniel Durante Pereira; ; http://lattes.cnpq.br/0105245515649663; Perez, Daniel Omar; ; http://lattes.cnpq.br/3161542255903404O presente trabalho - Os argumentos transcendentais: Kant e o problema de Hume -, tem como seu objetivo geral interpretar a resposta de Kant ao problema de Hume à luz da conjunção das temáticas de causalidade e indução o que equivale a uma leitura cético-naturalista deste. Neste sentido, tal iniciativa complementa o tratamento anterior visto em nossa dissertação de mestrado, onde a mesma temática fora examinada a partir de uma leitura meramente cética que Kant fez do pensamento humeano e onde foi analisada apenas a causalidade. Dentre os objetivos específicos, listamos os seguintes: a) a filosofia crítica cumpre três funções básicas, uma fundante, uma negativa e uma que defenderia o uso prático da razão, aqui nomeada de defensiva; b) a solução kantiana do problema de Hume na primeira crítica cumpriria as funções fundante e negativa da crítica da razão; c) o tratamento kantiano da temática da indução nas demais críticas cumpriria a função defensiva da crítica da razão; d) que as provas da resposta de Kant ao problema de Hume são mais consistentes quando se consideram cumpridas estas três funções ou momentos da crítica. A estrutura básica do trabalho comporta três partes: na primeira - A gênese do problema de Hume -, nossa pretensão é reconstituir o problema de Hume, analisando-o sob a ótica das duas definições de causa, onde a diluição da primeira definição na segunda corresponde à redução psicológica do conhecimento à probabilidade, do que se segue a chamada naturalização das relações causais; na segunda - Legalidade e Causalidade -, menciona-se que quando se considera Hume na opção cético-naturalista, Kant não está habilitado a lhe responder através do argumento transcendental AB; A⊢B da segunda Analogia, prova que está embasada na posição de pensadores contemporâneos como Strawson e Allison; na terceira parte - Finalidade e Indução -, admite-se que Kant responde a Hume no nível do uso regulativo da razão, embora o desenvolvimento dessa prova exceda os limites da função fundante da crítica. E isto fica articulado tanto na Introdução quanto nas Considerações Finais, através do cumprimento da função defensiva [e negativa] da crítica. Neste contexto, com base no recurso aos ditos argumentos transcendentais que se projetam por toda a trilogia crítica, procuramos estabelecer solução para uma questão recorrente que reaparece em várias passagens de nossa apresentação e que diz respeito a existência e/ou a necessidade das leis causais empíricas . Diante disso, nossa tese é que os argumentos transcendentais somente constituem uma solução apodítica para o problema cético-naturalista de Hume quando está em pauta um projeto prático em que o interesse da razão esteja assegurado, conforme será, enfim, provado em nossas Considerações Finais