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Dissertação Alice e Ela: aproximações sob uma perspectiva pós-moderna entre a obra literária Alice no País das Maravilhas (2002) de Lewis Carroll e a obra fílmica Ela (2014) de Spike Jonze(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-07-21) Dantas, Jocylena Bandeira; Lima, Samuel Anderson de Oliveira; ; ; http://lattes.cnpq.br/4558994462014302; Melo Júnior, Orison Marden Bandeira de; ; Bezerra Filho, Feliciano José;A pós-modernidade emerge no século XX como uma condição social contemporânea inicialmente apontada por François Lyotard na filosofia. Essa condição trouxe rupturas com os pilares sociais e crenças que antes sustentavam a sociedade no período anterior, permeada pela legitimação do saber, avanço científico, individualismo e revolução industrial e tecnológica. Para basear esta discussão foram utilizados Lyotard (1998), Linda Hutcheon (1991), Steven Connor (2004), Terry Eagleton (2006-2016), Gilles Deleuze (2000-2012), Gilles Lipovestky (2005-2014) e Sigmund Bauman (2001), iremos analisar através de método investigativo, de forma qualitativa, como as obras escolhidas para a visitação desta pesquisa representaram ficcionalmente estas características na literatura e no cinema. Nesse contexto, essa pesquisa desenvolve o objetivo de analisar as principais características da estética pós-moderna especificamente na obra Alice no país das maravilhas (2000) de Lewis Carroll e no filme Ela (2014), originalmente Her (2013), de Spike Jonze. Apontadas como Homologias conceituadas por Umberto Eco (2015-2016), as semelhanças estruturais entre cinema e literatura, diante da perspectiva pós-moderna, nas obras do corpus encontrou-se características aproximadoras tais quais o individualismo exacerbado, a crise de identidade, apoiados em Freud, Hall e Bauman; ausência de elementos de religiosidade como visto em Eagleton e, por fim, desterritorialização como rota de fuga, apoiados em Deleuze & Guattari (1997); Augé (1994) conceituando o não-lugar; como trânsito, analisado o deslocamento como rota de fuga para o fantástico no conceito de Todorov (1981) e virtual baseado em Lévy (1996), confirmando aproximações pela ótica da pós-modernidade presentes nos dois componentes do corpus.Tese Atravessando a noite do Brasil: as canções do Clube da Esquina no contexto da ditadura militar(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-08-29) Rocha, Hudson Lima Bezerra; Barbosa, Marcio Venicio; https://orcid.org/0000-0003-2363-1326; http://lattes.cnpq.br/5996363930384781; http://lattes.cnpq.br/7692412782522191; Batista, Astreia Soares; Junqueira, Humberto; Valença, Márcio Moraes; http://lattes.cnpq.br/7057449448661416; Lima, Samuel Anderson de Oliveira; https://orcid.org/0000-0001-7525-5997; http://lattes.cnpq.br/4097533367851915Clube da Esquina é como ficou reconhecido um agrupamento artístico composto por Milton Nascimento e diversos parceiros que se mostrou como uma das principais vias de resistência no contexto da ditadura militar brasileira. Em algumas ocasiões, entretanto, o discurso opositivo entre esses compositores e a ditadura é colocado em xeque, sobretudo em leituras que os inserem em uma disputa com o movimento tropicalista na busca por uma legitimidade de engajamento. O que há, na verdade, e que por vezes não foi bem compreendido ou estudado, é uma linguagem estética própria dos compositores do clube, assim, ao mesmo tempo que sua obra se revela como produto de um contexto histórico, também o transcende. Esta pesquisa consiste precisamente no esforço de compreensão mais concreta dessa poética diferenciada do Clube da Esquina, como elaboração de um discurso politizado sob circunstâncias nas quais as canções de protesto eram censuradas. Para tanto, o estudo faz uma análise mais focada na linguagem e no arranjo interno das narrativas presentes nas letras das canções. Como corpus, adota seis canções que além de resumirem bem a poética do Clube da Esquina em suas variadas etapas criativas, também dialogam entre si. São elas: “Beco do Mota” (Milton, 1969), “Clube da Esquina n° 1” (Milton, 1970), “Para Lennon e McCartney” (Milton, 1970), “Trem de Doido” (Lô..., 1972), “O Que Foi Feito Devera” (Clube..., 1978) e “Sol de Primavera” (Sol..., 1979). No intuito de atender uma demanda da canção como gênero particular, utiliza o suporte teórico da perspectiva semiótica de Luiz Tatit (1997, 2001, 2002, 2007, 2008). Ao final desse processo analítico, o estudo almeja compreender e definir uma estética de resistência presente nas canções sob a forma de uma travessia alegórica, desvelada, muitas vezes, nas letras a partir de uma transição entre o anoitecer e o amanhecer. Tal noção também pode ser tomada como representação de todo um percurso artístico do Clube da Esquina, estendendo-se basicamente da instauração do golpe militar até os primeiros sinais de reabertura política, marcada historicamente pela Lei de Anistia Federal (1979).Dissertação Os autorretratos de Frida Kahlo & La Invención de Morel, de Adolfo Bioy Casares: enlace na morte e imortalidade(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-04-30) Araújo, Josué Flor de; Lima, Samuel Anderson de Oliveira; https://orcid.org/0000-0001-7525-5997; http://lattes.cnpq.br/4097533367851915; Silva, Regina Simon da; https://orcid.org/0000-0002-0376-5231; http://lattes.cnpq.br/5077246071578353; Tabosa, Leila Maria de AraújoA afinidade entre o texto literário e as imagens, postos em diálogo, durante a leitura da narrativa La invención de Morel, de Adolfo Bioy Casares, serve de eixo para a presença do insólito. As possibilidades desse efeito também recaem sobre os autorretratos fragmentados de Frida Kahlo que, por meio do espelho, abordam na pintura seus vários “eus”, suas dores física e emocional. Imerso nesses contextos, esta dissertação tem como objetivo fazer um estudo comparado entre o romance La invención de Morel, publicado em 1940, e dois autorretratos de Frida Kahlo, As duas Fridas e O sonho (A cama), pintados em 1939 e 1940, respectivamente. Nessa comparação, pretende-se verificar que efeitos o insólito e o duplo desencadeiam na dualidade da vida e na imortalidade. Pesquisa de teor qualitativo e bibliográfico tem como base teóricometodológica os textos de Michel Foucault (1992, 2001), Tzvetan Todorov (2017), Remo Ceserani (2006), David Roas (2014), entre outros, assim como as biografias escritas por Hayden Herrera (2011) e Andrea Kettenmann (2001). Neste estudo foi possível realizar uma análise inovadora do insólito e do duplo nas obras da artista mexicana e do escritor portenho, investigando como esses elementos impactam a temática da morte e da imortalidade. Através da intersecção entre palavras e imagens nos autorretratos, diários e simulacros, buscando desvendar como a arte transcende os limites da realidade, confrontando o real com o imaginário.Tese Barroco, emblemática e matemática: Sor Juan Inés de la cruz e Neptuno Alegórico(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2014-11-03) Tabosa, Leila Maria de Araújo; Silva, Francisco Ivan da; ; http://lattes.cnpq.br/9835038564106860; ; http://lattes.cnpq.br/8137656322322185; Barbosa, Márcio Venício; ; http://lattes.cnpq.br/5996363930384781; Lima, Samuel Anderson de Oliveira; ; http://lattes.cnpq.br/4097533367851915A realidade científica do século XVII, na Nueva España, é uma seta que aponta para o vislumbre da obra de arte barroca produzida no México dos seiscentos. Nessa cena cultural, circulam livros não religiosos, ideias, teses, tratados e estudos de homens de ciência como Nicolau Copérnico (1473-1543), Johannes Kepler (1574-1630), Atanasius Kircher (1601-1680), Juan Caramuel (1606-1682) e Sebastián Izquierdo (1601-1681). O barroco seiscentista, na América, assimila essa realidade científica e reverbera suas variadas formas de expressão artística por meio de monumentos luxuosos em forma de poesia experimental. A poética de Sor Juana Inés de la Cruz (1648-1695) é realizada dentro desse contexto festivo de descobertas, expansões e experimentações científicas. Neptuno Alegórico - o arco laudatório arquitetônico, a prosa, a descrição emblemática, a poética, o espelho de príncipe - é afinado com esse discurso científico-cultural novohispano que ultrapassa fronteiras utilitárias, geográficas e temporais. Para uma leitura da obra Neptuno Alegórico, esta pesquisa funda-se em três linhas teóricas de investigação que observam a obra em suas variadas formas de escrita e de estética. A primeira linha investigativa aborda o barroco e suas teorias desde as mais antigas, como a de Heinrich Wölfflin (1888), às mais contemporâneas, como as de José Antonio Maravall (1997), Severo Sarduy (1989), Eugênio d’Ors (1990), Gilles Deleuze (1991), Lezama Lima (1988), Walter Benjamin (1984) e Fernando Rodríguez de la Flor (2002), para aproximá-las do fazer poético barroco experimental-científico da monja erudita na América do Século de Ouro. A segunda linha teórica de estudo visa a perceber a emblemática em Neptuno Alegórico a partir das ideias teóricas de Andrea Alciato (1531) e de sua revisitação teórica na contemporaneidade por meio dos estudos de Mário Praz (1963) e Fernando Rodríguez de la Flor (1995), buscando, com essa proposta analítica, uma leitura emblemática das descrições artísticas para telas-quadros-lienzos elaborados por Sor Juana Inés de la Cruz. Por fim, um terceiro caminho de investigação aponta para a busca do entendimento da obra Neptuno Alegórico em aproximação com a análise combinatória matemática de Sebastián Izquierdo (1659), relacionando-a com outros estudos contemporâneos dedicados a aproximar arte e ciência.Dissertação A coletividade em "Fuenteovejuna" e "Bacurau"(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-07-30) Gameleira, Sandra Magalí da Silva; Lima, Samuel Anderson de Oliveira; https://orcid.org/0000-0001-7525-5997; http://lattes.cnpq.br/4097533367851915; http://lattes.cnpq.br/1251856377672048; Barbosa, Márcio Venicio; Araújo, Wellington Medeiros deO teatro barroco e o cinema convergem para um ponto em comum nesta pesquisa: a coletividade. A peça Fuenteovejuna (1619), do escritor espanhol Lope de Vega, e o filme brasileiro Bacurau (2019), de Kleber de Mendonça Vasconcellos Filho e Juliano Dornelles de Faria Neves, configuram o corpus deste trabalho que objetiva analisá-lo à luz do conceito de coletividade. Este estudo, através de uma pesquisa bibliográfica, observa a reação coletiva e unificada utilizada em ambos os contextos como estratégia de defesa contra os abusos de seus governantes. Com essa análise, o trabalho estabelece uma correlação das principais personagens próprias do teatro barroco do século XVII com o corpus. Portanto, conclui-se que o paralelo das convergências e similitudes percebidas nas coletividades de ambas as peças resultou na descoberta de que, apesar de as histórias serem escritas e situadas em ambientes e épocas longínquos e distintos um do outro, retratam sofrimentos parecidos e desfechos semelhantes. Por fim, além de as narrativas conterem personagens reivindicadores que podem inspirar a população, é notória a colaboração que essas obras trouxeram para os universos teatrais e cinematográficos de suas épocas.Tese Dar a ver Sertão e Sevilha: matizes hispânicas na poética de João Cabral de Melo Neto(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-03-31) Santiago, Lenise dos Santos; Barbosa, Márcio Venício; http://lattes.cnpq.br/9593556410405792; ; http://lattes.cnpq.br/5996363930384781; ; http://lattes.cnpq.br/9593556410405792; Amorim, Marcelo da Silva; ; http://lattes.cnpq.br/4995000816782449; Lima, Samuel Anderson de Oliveira; ; http://lattes.cnpq.br/4097533367851915; Barreto, Lais Karla da Silva; ; http://lattes.cnpq.br/2003796585005455; Gondim Filho, Raimundo Leontino Leite; ; http://lattes.cnpq.br/9732825376645502Dar a ver Sertão e Sevilha: matizes hispânicas na poética de João Cabral de Melo Neto é um estudo sobre as possibilidades de leitura lírica da poesia cabralina, a partir das obras do poeta pernambucano, que evidenciam o diálogo intercultural e a vertente poética espanhola absorvida por João Cabral de Melo Neto, em sua convivência andaluza. As interfaces hispânicas assimiladas pela poesia cabralina, por meio da literatura ou pelo contato direto com a cultura, estão registradas nos 133 poemas que têm a Espanha como tema, nos quais podemos observar que a matriz da tradição hispânica, rica na sua diversidade, foi elemento preponderante para o poeta João Cabral descobrir o cerne da sua lírica às avessas. A partir do corpus hispânico, será explorada a assimilação estética da poesia espanhola na obra de João Cabral de Melo Neto, com o objetivo de desmistificar as questões da aridez lírica e da antimusicalidade na poética cabralina em que, a partir da apropriação dos elementos hispânicos investigados como signo de lírica e musicalidade, concebe-se uma leitura desvinculada do signo construtivista, tessitura evidenciada pelo crítico Antonio Candido desde o surgimento da poesia de João Cabral com o poema Pedra do sono (1942). A referida estética foi adotada posteriormente pela crítica literária que a denominou “poesia cerebral” por sua configuração hermética, tessitura do rigor, concretude da linguagem e métrica retesada. Os resultados obtidos a partir deste estudo visam provocar uma leitura que favoreça a acústica lírica da poesia cabralina no sentido de amenizar os aspectos da construção árida.Artigo O desregramento barroco de Gregório de Matos(Revista Contexto, 2017-01-21) Lima, Samuel Anderson de OliveiraA poética barroca de Gregório de Matos tem motivado, ao longo dos anos, muitos estudos sobre os diversos temas de sua composição: paixões, desavenças, festas, desregramentos, impunidade, hipocrisia, entre outros. Neste artigo, buscamos apresentar um extrato desse rol temático, com especial atenção à sátira barroca de Gregório de Matos, provocadora do riso antropofágico. Para isso, fizemos um percurso temporal do Barroco, desde a gênese aos dias atuais, a fim de melhor situar nosso poeta no mundo barroco-moderno, culminando na análise de poemas que exemplificam o desregramento barroco de Gregório de Matos. Tudo isso com o aporte teórico de Haroldo de Campos, Oswald de Andrade, Affonso Ávila, Omar Calabrese, entre outros.Dissertação A dialética entre mística e poesia no Cántico Espiritual B de San Juan de la Cruz(2018-03-28) Gama, Cyro Leandro Morais; Lima, Samuel Anderson de Oliveira; ; ; Marcolino, Francisco Fábio Vieira; ; Morais Neto, João Batista de;A poesia, ao longo da história, foi um instrumento eficaz na propagação de mensagens de cunho religioso. Um exemplo concreto são os salmos bíblicos, que foram escritos por volta de 1000 a 333 a.C. e, com isso, já evidenciavam a poeticidade presente nos textos religiosos. Mas, foi no século XVI, no reinado de Felipe II, em meio a uma Espanha comprometida com a Contrarreforma, que essa relação entre poesia e religião parece mais intrínseca, uma vez que surge a chamada literatura ascética e mística, que tinha por finalidade descrever experiências espirituais com o sagrado. Entre os principais colaboradores desse tipo de escritura, destacouse o místico e poeta San Juan de la Cruz (1542-1591). A partir dos estudos realizados sobre mística e poesia nas obras de San Juan, por autores renomados como Alonso (1942), Guillén (1969), entre outros, o presente trabalho tem por objetivo apresentar o diálogo que ocorre entre duas áreas distintas, a mística e a poesia, conforme está posto nos textos de Baralt (1978), Duque (1990) e Gallardo (1992). E para que se obtenha um resultado satisfatório, foi escolhido como corpus o poema Cántico Espiritual B, dado que o mesmo é uma das obras mais relevantes do autor. Portanto, neste estudo, por meio da análise do corpus, evidenciaremos, assim, as possibilidades de diálogo entre mística e poesia.Livro Edifício de palavras: Gregório de Matos e seu corpus espanhol(Editora da UFRN, 2017-06-05) Lima, Samuel Anderson de OliveiraEntretanto, a linguagem de sua poesia transcendeu esses significados para se firmar em um espaço verbal em que a forma da expressão substitui os meros conteúdos ideológicos, obrigando o leitor a participar da construção da composição do poema e de sua metalinguagem. Deixemos, por fim, esses velhos preconceitos. É o que faz o autor deste livro sobre a poesia de Gregório de Matos. Significativo é o título livro: Edifício de Palavras: Gregório de Matos e seu corpus espanhol. Nele, organiza Samuel Anderson uma pequena antologia com os poemas de nosso poeta barroco, escritos em espanhol, proporcionando-nos o prazer de saborearmos os poemas gregorianos em língua espanhola neste tempo e espaço de estio no campo da poesia. Junto a Don Luís de Góngora, Quevedo, Sor Juana Inés de la Cruz, Gregório de Matos é uma das grandes vozes do século XVII; uma das grandes expressões do Barroco, no Brasil, e no espaço literário hispano seiscentista. A poesia culta era uma só na esfera do mundo hispânico. Nesse período travava nosso poeta contato com os poetas do Século de Ouro espanhol. [Trecho retirado do prefácio da obra, escrito por Francisco Ivan]Dissertação Entre lo temporal y lo eterno: Augusto Roa Bastos e sua narrativa (neo)barroca(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-08-27) Pereira, Inês Virginia Caballero da Silva; Lima, Samuel Anderson de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/4097533367851915; http://lattes.cnpq.br/4110059603246548; Morais Neto, João Batista de; http://lattes.cnpq.br/2497394614720284; Silva, Regina Simon da; http://lattes.cnpq.br/5077246071578353No âmbito da literatura paraguaia, surge uma figura de destaque, tanto do ponto de vista da voz literária quanto do da política, que, por meio de sua narrativa, consegue emergir a dor do povo paraguaio, as muitas guerras que assolaram o país, a quase escravidão a que os agricultores das plantações de erva mate se submetiam e a violência sofrida pelo povo, vítima do sistema político de um país que permaneceu por muitos anos sob a ditadura. Essa voz é a de Augusto Roa Bastos. Esta dissertação tem por objetivo pesquisar a obra El Trueno entre las hojas, composta por 17 contos e precedida de uma epígrafe indígena que conduz as narrativas, tecendo-as de tal forma que os contos se ligam por meio de seus personagens e de suas histórias. Com esta investigação busca-se analisar e constatar a articulação da história com a literatura, observando que a vida, a obra e a história do Paraguai se ligam por meio do discurso narrativo de Roa Bastos. Além disso, esta pesquisa pretende também observar as características (neo)barrocas contidas nas linhas do corpus escolhido, de forma que essas se tornem evidentes, principalmente, no processo de assimilação do barroco num retorno “doloroso”, expressando o “luto cultural” dos negros e índios da América Latina. Por meio de uma metodologia de cunho bibliográfico, esta dissertação tem como aporte teórico as reflexões de Irlemar Chiampi, Severo Sarduy, Lezama Lima, Rafael Barrett, Hugo RodríguezAlcalá, Josefina Plá, Bartolomeu Meliá, entre outros.Dissertação A formação virgiliana de O Guesa de Sousândrade(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-06-28) Silva, Daniel Bruno Miranda da; Lima, Samuel Anderson de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/4097533367851915; http://lattes.cnpq.br/3358804559211390; Gonçalves, Marta Aparecida Garcia; http://lattes.cnpq.br/1240776467735498; Ramalho, Christina Bielinski; http://lattes.cnpq.br/8101223822887992Além da escola literária, um ponto importante para analisar uma obra poética é a relação que o texto guarda com produções do mesmo gênero. Tendo em vista essa relação, este trabalho estuda as relações entre duas epopeias: a Eneida, de Virgílio, e O Guesa, de Sousândrade. Para tanto, empreende uma revisão do gênero, analisando sua origem, seu desenvolvimento e seus componentes. Depois, descreve a Eneida, detalhando os mitos e eventos históricos que a compõem, descrevendo a ação e o caráter de seu herói e pesando o valor de seu legado para a constituição do gênero épico na cultura ocidental. Por fim, demonstra como Sousândrade reelaborou o modelo épico virgiliano, apontando os pontos nos quais o poeta maranhense seguiu essa referência clássica e os pontos nos quais ele se distanciou dela. Este trabalho toma como principal referência a semiotização épica do discurso, de Anazildo Vasconcelos da Silva (2017). Outras referências importantes para esta obra são Ramalho (2013), Moisés (1984), King (2009), Johns-Putra (2006), Highet (2015), Bowra (1962) e Toohey (1992).Tese A geração de 27 e o barroco: la mirada exuberante(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-04-27) Maldonado, Reny Gomes; Silva, Francisco Ivan da; ; http://lattes.cnpq.br/9835038564106860; ; http://lattes.cnpq.br/4085048832593221; Morais Neto, João Batista de; ; http://lattes.cnpq.br/2497394614720284; Tabosa, Leila Maria de Araújo; ; http://lattes.cnpq.br/8137656322322185; Lima, Samuel Anderson de Oliveira; ; http://lattes.cnpq.br/4097533367851915; Erickson, Sandra Sassetti Fernandes; ; http://lattes.cnpq.br/1247909974583983Do contexto de criação da licenciatura do Curso de Letras-Espanhol na UFRN, veio a motivação para esta pesquisa, que apresenta um estudo literário do grupo de poetas conhecidos como Generación del 27, surgido na Espanha dos anos de 1920. Muitos aspectos deste estudo são temas das diversas disciplinas da licenciatura (Literatura Espanhola II, Literatura Ibero-americana, Cultura Espanhola, Tradução em Língua Espanhola). Também servirá este trabalho como inspiração para novas reflexões e propostas de tradução como travessia entre a língua de partida e de chegada, é a tradução como negociação da compreensão entre as línguas, é o decir casi lo mismo aqui em forma de poema (ECO, 2007), na tentativa de perfazer novas aprendizagens, que serão compartilhadas com alunos da graduação e da pós-graduação, seja na modalidade de ensino, extensão ou de novas pesquisas. Para contextualizar o estudo dessa geração, elegeram-se as antologias organizadas por Gerardo Diego, sob o título Poesía Española (Antologías), publicada em 2007, pelas Ediciones Cátedras, e a Antología comentada de La Generación del 27, de Víctor García de la Concha, publicada em 2006, pela Editorial Espasa Calpe. A pesquisa fez da Geração de 27 seu objeto de estudo e – a partir de diversas leituras críticas sobre a poesia feita por esses jovens poetas, sua vocação criativa de estética e vanguarda – buscou-se compreender o contexto da criação literária desses poetas del 27. Construímos o nosso alicerce nas contribuições de Antonio Maravall (2009), Eugenio D‘ors (s.d.), Severo Sarduy (1999), Lezama Lima (2011), Alfonso Reyes (1958) e Deleuze (2005) dentre outros que aportaram a compreensão da linguagem barroca, dando ênfase ao movimento pluridirecional, desconstruindo sua linearidade, criando outras novas formas, como voltas, círculos, espirais favorecendo encontros, distanciamentos ou iguais pontos de partida e chegada. Assim, os poetas del 27 aproximaram o barroco do seiscentos numa releitura, e fizeram da celebração do terceiro centenário da morte de Góngora a mirada exuberante para a volta do espírito barroco. Alfonso Reyes e Rubén Darío disseram que verdadeiros faróis iluminaram os rumos dessa geração de poetas: a luz que desdobra cintila em García Lorca, Jorge Guillén, Dámaso Alonso, Gerardo Diego e o toureiro Ignacio Sánchez Mejías, poetas que manifestaram homenagens em grande estilo ao autor das Soledades, nos cafés de Madrid e de toda a Espanha.Artigo Gregório de Matos, nosso primeiro antropófago(Revista Anuário de Literatura, 2016-04) Lima, Samuel Anderson de OliveiraA figura exponencial de Gregório de Matos tem sido, ao longo dos anos, motivo de muitas discussões teóricas. Nesse panorama, ainda existem dois lados antagônicos quando se trata da poesia de Gregório de Matos, os que o defendem e os que o acusam. Os primeiros defendem a posição de que o poeta baiano foi a primeira voz literária no Brasil alçada sob as bases do Barroco, e os outros o acusam de ser ele um mero imitador dos poetas espanhóis do século XVII, sem, portanto, ter contribuído significativamente para a formação da Literatura Brasileira. Este artigo, que é fruto de uma pesquisa de doutoramento, segue o pensamento daqueles que defendem o poeta como barroco-antropofágico, devorador de culturas, com participação ativa no processo de formação da nossa identidade cultural e literária. Ancorado pelo pensamento crítico dos irmãos Campos, nosso trabalho busca observar e discutir a hipótese de que Gregório de Matos foi nosso primeiro antropófago, sendo possível enxergar em seus poemas as características intrínsecas do movimento antropofágico, idealizado por Oswald de Andrade no século XX.Livro Gregório de Matos: do barroco à antropofagia(2017-02-14) Lima, Samuel Anderson de OliveiraEste livro, fruto de uma tese de doutoramento sob o mesmo título, segue o pensamento daqueles que defendem Gregório de Matos como barroco-antropofágico, devorador de culturas, com participação ativa no processo de formação da nossa identidade cultural e literária. A fim de defender a hipótese de que o poeta foi nosso primeiro antropófago, a obra observa como seus poemas revelam as características intrínsecas do Barroco e da Antropofagia, com evidência na sua vertente carnavalizante.Tese Gregório de Matos: do barroco à antropofagia(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2013-04-05) Lima, Samuel Anderson de Oliveira; Silva, Francisco Ivan da; ; http://lattes.cnpq.br/9835038564106860; ; http://lattes.cnpq.br/4097533367851915; Araújo, Humberto Hermenegildo de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766896J7; Erickson, Sandra Sassetti Fernandes; ; http://lattes.cnpq.br/1247909974583983; Morais Neto, João Batista de; ; http://lattes.cnpq.br/2497394614720284; Gondim Filho, Raimundo Leontino Leite; ; http://lattes.cnpq.br/9732825376645502A figura exponencial de Gregório de Matos e Guerra tem sido motivo de muitas discussões teóricas ao longo dos anos, desde o seu aparecimento em praça pública, no século XIX, e ainda mais, no século XX, quando foi resgatado pela vanguarda modernista. Resultado disso, ainda existem dois lados antagônicos quando se trata de Gregório de Matos, os que o defendem e os que o acusam. Os primeiros defendem a posição de que o poeta baiano foi a primeira voz literária no Brasil, alçada sob as bases do Barroco, e os outros o acusam de ser ele um mero imitador dos poetas espanhóis do século XVII, sem, portanto, ter contribuído significativamente para a formação da Literatura Brasileira. Esta tese, por sua vez, segue o pensamento daqueles que defendem o poeta como barroco-antropofágico, devorador de culturas, com participação ativa no processo de formação da nossa identidade cultural e literária. Para esse fim, foi feito um rastreamento das biografias do poeta a fim de que muitas das descrições românticas ali presentes fossem desromantizadas dando ênfase aos aspectos biográficos mais científicos que contribuíssem para compor o perfil do poeta barroco. Nesse mesmo sentido, foi discutido o olhar da História da Literatura sobre o poeta mazombo, especificamente observando a posição dos historiadores sobre a poesia gregoriana no cenário da formação da Literatura Brasileira. A fim de defender a hipótese de que Gregório de Matos foi nosso primeiro antropófago, este trabalho procurou observar como seus poemas revelam as características intrínsecas do Barroco e da Antropofagia, com evidência na sua vertente carnavalizante, expondo ao mundo, satiricamente, os interstícios da vida humana. E nesse percurso, a análise do corpus em espanhol é um dos pontos altos da tese porque, além de ser inédita, contribui para a compreensão da antropofagia como mecanismo teórico que explica a formação da nossa identidade literário-cultural. Assim, são convidados para compor a cena teórica Augusto de Campos (1968; 1978; 1984; 1986; 1988), Haroldo de Campos (1976; 2010a; 2010b; 2011), Severo Sarduy ([1988?]), Oswald de Andrade (1945; 1978; 2006), Mikhail Bakhtin (2010), Octavio Paz (1979), Segismundo Spina (1980; 1995; 2008), Afrânio Coutinho (1986a; 1986b; 1994), Affonso Ávila (1994; 1997; 2004; 2008), entre outros. A poesia gregoriana, sob esse aspecto, contribuiu para a composição do cenário barrocoantropofágico em solo brasileiro, com sentido especial para o caráter transtemporal que lhe é dado, uma vez que não está só no Seiscentos, nas amarras da historiografia, mas também está presente hoje na atualidade de seus temas, ancorados pela eterna dúvida do homem barrocoTese Haroldo de Campos e o barroco: a criatura de ou(t)ro - ensaios para um guia das Galáxias(2016-02-25) Prazeres, Armando Sérgio dos; Silva, Francisco Ivan da; ; http://lattes.cnpq.br/5505816853188766; ; http://lattes.cnpq.br/0247178304805979; Lima, Samuel Anderson de Oliveira; ; http://lattes.cnpq.br/4097533367851915; Maldonado, Reny Gomes; ; http://lattes.cnpq.br/4085048832593221; Tabosa, Leila Maria de Araújo; ; http://lattes.cnpq.br/8137656322322185; Ferro, Manuel Geraldo Simplício;Esta pesquisa consiste na realização de uma espécie de roteiro de leitura do livro Galáxias, de autoria do poeta, crítico e tradutor brasileiro Haroldo de Campos, com base nos pressupostos conceituais do barroco histórico e trans-histórico. Propõe-se, deste modo, um possível mapeamento das referências que engendram pequenas estórias em rotação pelas páginas galáticas, visando proporcionar ao leitor uma modalidade de guia que possa incitar tanto mais a fruição da referida obra. Para tal empresa, buscou-se assinalar as marcas expressivas que definem a poética haroldiana como singular prática barroca na modernidade, investigando em sua obra as conexões tecidas com o Barroco, a fim de verificar os modos operacionais empregados pelo Poeta no seu exercício de tradução das tradições literárias. Galáxias, a nosso ver, constitui este projeto poético de alta voltagem barroca, amálgama de recursos criativos içados da mais rica tradição literária, nacional e estrangeira, e processados antropofagicamente nas sendas da produção artístico-literária contemporânea. Publicado pela primeira vez em 1984, contendo cinquenta páginas-fragmentos, o livro de Haroldo de Campos surge para, dentre outros fins, suscitar o entrecruzar de gêneros literários, como a prosa e a poesia; dissolver as fronteiras entre a cor local e a dicção alheia; transfundir tradição e modernidade; fundir arte e ideologia; mixar fato e fantasia; remixar forma e conteúdo, superpor significado e significante. Todos estes procedimentos literários, intersemiotizados, promovem uma caleidoscópica tessitura verbal que empreende, nas palavras do autor, “a viagem como livro e o livro como viagem” (CAMPOS, 2004, p. 119). Viagem esta, urdida por uma rede intertextual e paródica, dada a ver através de inventivos recursos fono-prosódicos, donde sobressaltam aliterações, anagramas, paronomásias e trocadilhos, desenhando no curso galático sibilantes e sinuosas imagens que reivindicam a lúdica co-participação do leitor para a fruição plena da leitura. Isto posto, nosso roteiro de leitura empenha-se sobretudo na tentativa de amplificar os ecos das construções épicas e epifânicas que transitam pelas páginas da obra, que ora velam, ora revelam pequenas estórias que, por um instante apreendidas, podem descortinar outras tantas estórias e, com isso, tornar a leitura ainda mais prazerosa. O fim primeiro das Galáxias, assim entendemos, não terá sido outro senão o da fecundação do gosto pela leitura. Daí, nosso roteiro de leitura: fecundar no leitor o gosto pelas leituras galáticas, tal qual a leitura das Galáxias de Haroldo de Campos.Tese A imagem barroca de Carmen Miranda no cenário da modernidade(2017-05-31) Carvalho, Francisco Israel de; Silva, Francisco Ivan da; ; ; Lima, Samuel Anderson de Oliveira; ; Maldonado, Reny Gomes; ; Prazeres, Armando Sérgio dos; ; Morais Neto, João Batista de;A proposta deste trabalho teve como objetivo enfocar a imagem artística de Carmen Miranda, cantora, atriz e comediante luso-brasileira, enquanto representação simbólica da identidade nacional, desde o início de sua carreira, no Rio de Janeiro, no ano de 1929 e representações da América Latina nos Estados Unidos, a partir de 1939. Procuramos inseri-la no contexto da modernidade, quando as expressões populares e afro-brasileiras se uniam, para a consolidação da “invenção do samba” como patrimônio cultural do Brasil. Carmen Miranda foi a figura feminina principal que contribuiu na construção desses agenciamentos, para o surgimento do que viria a ser a música popular brasileira. Dando voz aos sambas e marchinhas produzidas pelos compositores do morro e compositores brancos, como também, sendo uma das principais estrelas dos primeiros filmes sonoros brasileiros, chamados carnavalescos. A essência deste trabalho é por em relevo a “performance barroca” de Carmen Miranda, tendo como suporte, teóricos como: Afonso Ávila (1997), Afranio Coutinho (1994), Eugênio D´Ors (1990), Gilles Deleuze (1995, 2005), Irlemar Chiampi (1998), José Antonio Maravall (2009), Lezama Lima (1988), Omar Calabrese (1987), Severo Sarduy (1979. 1999), além de estudiosos de música brasileira, como José Ramos Tinhorão, Tárik de Souza, entre outros. A partir dessas premissas, concluímos a pesquisa, comprovando que Carmen, através da sua baiana internacional, cria novos signos simbólicos sobre o conceito de nação e da identidade latino-americana, transformando essa fantasia, reciclando, juntando na sua performance artística, elementos da cultura popular, do Barroco, redimensionados pelo o excesso, a caricatura, o desperdício, o luxo e a estilização. Personagem catalisadora de opiniões da unanimidade e da divergência, a respeito do título de “Embaixatriz do Samba”, ela apropria-se antropofagicamente, da cultura brasileira (interna) e americana (externa), trazendo uma performance nova, original, única, neobarroca, sendo responsável pela barroquização dessas culturas e influenciando toda uma geração posterior.Dissertação A invenção barroca de Jorge de Lima: uma leitura da obra Invenção de Orfeu(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-03-10) Silva, Fábio Rodrigo Barbosa da; Silva, Francisco Ivan da; ; http://lattes.cnpq.br/9835038564106860; ; http://lattes.cnpq.br/6048556229474761; Tabosa, Leila Maria de Araújo; ; http://lattes.cnpq.br/8137656322322185; Lima, Samuel Anderson de Oliveira; ; http://lattes.cnpq.br/4097533367851915Nesta dissertação, examinamos algumas das questões fundamentais para a compreensão da obra Invenção de Orfeu do poeta alagoano Jorge de Lima. Para isso, optamos por analisar a natureza barroca do poema, evidenciando algumas das suas principais características: a estética do paradoxo; o gênero híbrido (épico-lírico); a síntese entre o mito antigo de Orfeu e o mito cristão da Queda em alegorias aproximadas; e a poesia como realização de uma utopia. Para realizar os diálogos propostos com o objeto de estudo, lançamos mão dos instrumentais teóricos de Walter Benjamim (1984), Eugênio D’Ors (s.d), Severo Sarduy (1989[?]), Oswald de Andrade (2011).Artigo La dualidad sagrado/profano en Gonzalo de Berceo(Revista Signum, 2018) Lima, Samuel Anderson de OliveiraGonzalo de Berceo fue un apasionado por la figura de María, tanto que una de sus obras más emblemáticas es “Los Milagros de Nuestra Señora”. Desde el Monasterio de San Millán, en la Rioja, en el siglo XIII, el clérigo y poeta Gonzalo de Berceo, con función al mismo tiempo religiosa e intelectual, trae al público lector una obra cargada de rasgos propios de su época. Este texto tiene como objetivo principal analizar los rasgos que identifiquen lo sagrado y lo profano en los relatos “El ladrón devoto” e “La boda y la Virgen”. En ellos, la Señora a veces tiene características de una mujer con sentimientos mundanos, otras, se comporta como la Virgen Madre (la santa) que hace milagros para salvar a los hombres. Afirmamos, además, que el juego dialéctico sagrado/profano era muy común en la Edad Media y tendrá influencia significativa muchos siglos después en el Barroco.Tese Lima Barreto: o escritor do nomadismo(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-08-22) Oliveira, Francisco Humberlan Arruda de; Camargo, Katia Aily Franco de; https://orcid.org/0000-0001-6463-8976; http://lattes.cnpq.br/7604250240615901; https://orcid.org/0000-0003-3351-8562; http://lattes.cnpq.br/4647512175596019; Simões Júnior, Alvaro Santos; Souza, Arivaldo Sacramento de; Rodrigues, Manoel Freire; Lima, Samuel Anderson de Oliveira; https://orcid.org/0000-0001-7525-5997; http://lattes.cnpq.br/4097533367851915Esta tese de doutoramento tem como objeto de estudo os contos do escritor carioca Afonso Henriques de Lima Barreto por meio de análise literária sob uma nova perspectiva teórica, o nomadismo. Por mais que os estudos acadêmicos tenham, na atualidade, a preferência pela produção contemporânea, é salutar que a escrita de Lima Barreto seja presente na academia. Contudo, desde a segunda metade do século XX, é dispensada a ela um tratamento por meio de critérios mais sociológicos do que literários, isto é, as pesquisas em torno das suas obras têm focalizado aspectos temáticos, em especial, os da contemporaneidade como a questão racial, social, cultural e de representatividade. Nesse sentido, o objetivo principal dessa tese é identificar, por meio do gênero textual conto, que não é possível entender a produção de Lima Barreto como engajada com temáticas específicas, mas como uma escrita em permanente trânsito, situada no entrelugar, ou ainda, caracterizada por uma escrita nômade. No que se refere à problemática do nomadismo, usamos os preceitos conceituais de Flusser (2003, 2007); em relação à fortuna crítica e teórica sobre as obras de Lima Barreto utilizamos, como principais proposições discursivas, Barbosa (2002), Oakley (2011), Schwarcz (2017), e Figueiredo (2017); quanto à especificidade do gênero textual este trabalho tem como aporte teórico Pratt (1994), O’Connor (2004) e Cortázar (2006). Em relação à narrativa, o suporte teórico tem base em Candido (2000; 2004), sobre a função da literatura, e Adorno (2012), sobre o artista como representante. A pesquisa é de ordem qualitativa já que se detém na análise das categorias estéticas – como os tipos de discursos e linguagem empregada – e culturais, como a experiência da subjetividade e da função do escritor, que permeiam os textos selecionados. Os contos utilizados foram publicados entre 1915 e 1922, época de maior produção e participação de Lima Barreto em revistas, jornais e livros. Os contos foram produzidos sob o contexto político, social e cultural da belle époque carioca e apresentam leitmotiv de temas em que é possível comparálos para evidenciar em que medida há o engajamento com a arte – que seria próprio do gesto nômade – ou com as demandas sociais. A hipótese desta tese é de que a escrita de Lima Barreto se encontra em movimento, isto é, ela rompe com o habitual como forma de crítica, ao mesmo tempo que tenta fazer parte daquilo que é objeto de sua crítica. Esse movimento paradoxal se explica pelo nomadismo de Flusser que parte da premissa de que não há valores eternos na humanidade, mas sim funções mutáveis. E isso Barreto vai realizando ao longo da sua produção, seja para entrar na Academia Brasileira de Letras ou, ainda, para viver da glória das letras, como o escritor dizia. Porém, Lima Barreto faz isso de forma consciente e norteado pela idealização que fazia da função do escritor e da literatura, em que acreditava que só por intermédio da arte era possível superar as limitações impostas pelos diversos preconceitos.
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