Navegando por Autor "Liberato, Mariana Tavares Cavalcanti"
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Dissertação Análise arquegenealógica da Casa de Saúde Santa Teresa: abertura, manutenção e fechamento de um hospital psiquiátrico(2017-02-02) Gimbo, Lêda Mendes Pinheiro; Leite, Jader Ferreira; Dimenstein, Magda Diniz Bezerra; ; ; ; Araújo, Liége Uchôa Azevedo de; ; Liberato, Mariana Tavares Cavalcanti;A história da loucura no Brasil é indissociável da história dos hospitais psiquiátricos, uma vez que a organização das cidades e sua higiene, pautadas nos moldes franceses do século XIX dependiam dessas instituições para a manutenção da ordem social. As casas de internamento tinham o princípio de instituir organização à sociedade capitalista e burguesa nascente, dando abrigo a loucos, mendigos, prostitutas e todos aqueles que pusessem em risco o projeto de desenvolvimento em curso, atendendo também ao ideal caritativo, um dos pilares da sociedade da época. A região do Cariri cearense contou com a existência de um hospital psiquiátrico, a Casa de Saúde Santa Teresa, que funcionou desde a década de 1970 até o ano de 2016. Sua inauguração não foi uma aleatoriedade, mas fruto de formações discursivas específicas e relações de saber e poder que constituíram o alicerce para que o hospital abrisse suas portas na região, bem como para se manter em funcionamento até o ano de 2016. O objetivo desse trabalho é construir uma análise arquegenealógica da história da Casa de Saúde Santa Teresa. Para tanto propõe-se a trabalhar com análise de jornais, revistas e fotografias ilustrativas referentes à instituição, os quais possibilitam a preservação da memória de uma época e povo, mas especialmente o reconhecimento das forças de sustentação dessa instituição. Foram consultadas além de duas publicações jornalísticas importantes do Cariri cearense (jornal A Ação e revista Itaytera – de 1963 a 1990), os jornais O povo, Diário do Nordeste e Jornal do Cariri (1990 a 2016). As imagens foram divididas em três blocos de tempo, a saber: 1900 a 1970, quando da abertura do hospital; 1970-1990, anos de abastado funcionamento da Casa de Saúde e 1990-2016, período de tensões e fechamento do hospital. Nessas mesmas fontes documentais, buscou-se dados para a contextualização econômica, política e cultural do município do Crato, no intuito de articular a história e os discursos acerca do hospital com as produções políticas e culturais. O resultado consiste numa análise arquegenealógica da história de um hospital psiquiátrico localizado no sul do Ceará, contada através de notícias de jornais, revistas e fotografias ilustrativas, apontando as relações de saber e poder da lógica psiquiátrica manicomial como mecanismo de exclusão, bem como possibilitando análise da desconstrução do modelo hospitalocêntrico no Brasil enquanto resultado do movimento de Reforma Psiquiátrica.Tese A dimensão sociocultural da reforma psiquiátrica: articulando redes para a consolidação da estratégia de atenção psicossocial(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2011-12-12) Liberato, Mariana Tavares Cavalcanti; Dimenstein, Magda Diniz Bezerra; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763508E6; ; http://lattes.cnpq.br/3695805862483991; Amorim, Ana Karenina de Melo Arraes; ; http://lattes.cnpq.br/9847082748841264; Leite, Jáder Ferreira; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4700150A5&dataRevisao=null; Ximenes, Veronica Morais; ; http://lattes.cnpq.br/9185040042652952Essa tese tem como foco discutir acerca das articulações produzidas no campo sociocultural do processo de Reforma Psiquiátrica e sua pertinência para a consolidação da Estratégia de Atenção Psicossocial (EAPS) em Fortaleza/CE. Tal interesse justificou-se pela necessidade de promover não apenas a produção de tais redes, mas também interfaces que possibilitem estratégias de suporte e sociabilidade sob a ótica da desinstitucionalização da loucura. Inspirados na perspectiva cartográfica de Deleuze e Guattari, determinamos como objetivos: 1) debater a complexidade do processo de Reforma Psiquiátrica e analisar a EAPS como modelo para política atual de saúde mental do país; 2) mapear as estratégias socioculturais ligadas à rede de CAPS na cidade, examinando as experiências que já se constituem ou podem vir a se constituir como redes de suporte social cotidianas; 3) a partir deste mapeamento, definir e discutir eixos que convirjam para a concretização deste novo paradigma em saúde mental, esboçando uma cartografia das questões e movimentos em curso. O mapeamento, realizado em 2009, constituiu-se por entrevistas semiestruturadas com os coordenadores dos 14 CAPS existentes e com algumas pessoas relacionadas ao Colegiado de Saúde Mental. Além disso, durante todo o desenvolvimento do estudo, participamos de eventos públicos, que nos dessem pistas das conexões entre saúde mental e cultura. A partir do levantamento produzido, definimos três vetores de discussão (Arte, Trabalho e Parceria com Movimentos Sociais) que se sobressaíram como possibilidades efetivas de intervenção no campo sociocultural da Reforma em Fortaleza e indicaram caminhos relevantes no processo de efetivação de um novo modelo de atenção. Para cada um desses eixos, buscamos nos aproximar de um campo empírico de investigação (Projeto Arte e Saúde, COOPCAPS e MSMCBJ) no qual pudéssemos conhecer melhor suas potencialidades e dificuldades a partir de entrevistas abertas com alguns de seus atores e a produção de um diário de sensações no ano de 2010. Vimos que eles estão articulados com a proposta da EAPS, fazendo parte das preocupações da Política Nacional de Saúde Mental e também da gestão municipal. Contudo, percebemos ser necessário fomentar ainda mais tais dimensões, atentando para sua complexidade tanto no plano macro quanto micropolítico, no intuito de continuar pondo em movimento o processo de Reforma PsiquiátricaDissertação Encontros entre dança, subjetivação e saúde mental(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2007-12-10) Liberato, Mariana Tavares Cavalcanti; Dimenstein, Magda Diniz Bezerra; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763508E6; ; http://lattes.cnpq.br/3695805862483991; Nóbrega, Terezinha Petrucia da; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4792996P7; Lavrador, Maria Cristina Campello; ; http://lattes.cnpq.br/5508084483522992A partir do contato com a experiência de um grupo de expressão corporal em dança num Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) II em Fortaleza-CE, objetivamos investigar a relação entre o que denominamos dispositivo-dança e o processo de desinstitucionalização da loucura. Baseando-nos na filosofia da diferença e na perspectiva cartográfica, utilizamos o conceito de dispositivo no intuito de tornar visíveis as linhas que o compõem e a maneira como se enredam na produção de diferentes modos de subjetivação através de uma outra forma de expressão por meio do corpo. Acompanhamos duas turmas quinzenais do grupo de expressão corporal, registrando os momentos de conversa realizados no começo e no fim das atividades. Registramos também nossas conversas informais com o oficineiro, com o psiquiatra responsável pelo curso de formação dos artistas dos CAPS e com a coreógrafa que fez parte da formação artística do oficineiro no intuito de elucidarmos as concepções de corpo, dança e arte que norteavam tal trabalho. Por fim, entrevistamos alguns técnicos e participamos de uma reunião da equipe objetivando entender como tal atividade era percebida. Observamos que o uso de determinada concepção de dança no âmbito da saúde mental encontra-se em consonância com a Reforma Psiquiátrica, visto proporcionar uma outra forma de lidar com o corpo, distinta daquela produzida pela contenção e pelo disciplinamento. Todavia, vimos que existe o risco de, em alguns momentos, o grupo ser mais um local de normalização do que de experimentação de outras formas de se relacionar consigo e com outros. Notamos, ainda, que o dispositivo-dança aparece como um analisador importante das ligações estabelecidas no CAPS, indicando uma necessidade do serviço se abrir mais a produção de novas estratégias de cuidado e acolhimento, desconstruindo a lógica manicomial de encarceramento da vida que ainda persiste no cotidiano daquela instituição