Navegando por Autor "Leite, Tatiana Silva"
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Dissertação Análise da resiliência sócio-ecológica em unidades de conservação de uso sustentável: subsídios para o manejo da pesca artesanal no Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2012-05-17) Silva, Monalisa Rodrigues Oliveira da; Lopes, Priscila Fabiana Macedo; ; http://lattes.cnpq.br/0025274238475995; ; http://lattes.cnpq.br/1441709111286357; Leite, Tatiana Silva; ; http://lattes.cnpq.br/1003039770050759; Silvano, Renato Azevedo Matias; ; http://lattes.cnpq.br/8546785979905053O uso da biodiversidade pelo homem leva a alterações no funcionamento dos ecossistemas, podendo ainda levar a perda de resiliência. Pode-se definir resiliência como a capacidade de um sistema absorver um distúrbio e reorganizar-se, enquanto submetido a mudanças, mantendo a mesma estrutura e funcionamento. Em um sistema social, entende-se como a capacidade dos usuários de recursos naturais de enfrentar e adaptar-se as mudanças nas regras que regem o uso e acesso a estes. Alterações na resiliência, tanto ecológica quanto social, podem ser resultantes das ações de exploração e manejo destes recursos. Assim, torna-se essencial compreender como funcionam as estratégias de manejo e sua interação com a resiliência sócio-ecológica, permitindo a auto-avaliação das ações e possíveis modificações das mesmas. Neste projeto, propõe-se comparar a resiliência sócio-ecológica de três Unidades de Conservação (UCs) de uso sustentável: Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Ponta do Tubarão, localizada no estado do Rio Grande do Norte; e as Reservas Extrativistas do Batoque e Prainha do Canto Verde, ambas localizadas no estado do Ceará. Em cada área de estudo serão escolhidas comunidades pesqueiras, permitindo a comparação entre elas. A partir destas comunidades, alguns aspectos relacionados ao uso dos recursos serão analisados, como atividade pesqueira, dieta e modo de vida. Os dados serão coletados através de questionários semi-estruturados, contendo questões baseadas em aspectos sociais, econômicos e ecológicos. Os resultados obtidos servirão de indicadores para a resiliência ecológica (informações obtidas com base na atividade pesqueira) e social (informações obtidas com base no acompanhamento da dieta e análise do modo de vida). Apesar da similaridade ecológica entre as áreas de estudo, algumas estratégias de manejo distintas em função da categoria da UC podem apresentar diferentes resultados sobre a resiliência sócio-ecológica. Desta forma, compreender como a resiliência sócio-ecológica se comporta, dentro dos sistemas de manejo estudados, permitirá avaliar a influência destes dois tipos de UCs (RDS e RESEX) na promoção da sustentabilidade ecológica e/ou socialDissertação Avaliação da cobertura e monitoramento do branqueamento de corais nos recifes de Maracajaú/RN(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2012-06-18) Souza, Izabel Maria Matos de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790957P8; ; http://lattes.cnpq.br/4017744487972778; Ramos, Bárbara Segal; ; http://lattes.cnpq.br/4551050959304176; Leite, Tatiana Silva; ; http://lattes.cnpq.br/1003039770050759O branqueamento de corais tem sido o foco de um número crescente de estudos desde a década de 1980 quando foi verificado o aumento na frequência, intensidade e número de áreas atingidas. No Brasil o fenômeno tem sido registrado desde 1993, associado à elevação da temperatura das águas superficiais do mar decorrente de eventos de El-Niños e anomalias térmicas, conforme a maioria dos relatos em todo o mundo. No litoral do Rio Grande do Norte registrou-se branqueamento em massa de corais nos recifes da Área de Proteção Ambiental dos Recifes de Corais (APARC) em Março e Abril de 2010, quando a temperatura da água atingiu valor de 34◦C durante vários dias. Cerca de 80% dos corais do complexo recifal de Maracajaú exibiram branqueamento parcial ou total. Os objetivos deste trabalho foram verificar qual a representatividade do recobrimento de corais no Parracho de Maracajaú e como a dinâmica de branqueamento se desenvolve entre as espécies. A cobertura de corais foi estimada de acordo com o protocolo Reef Check Brasil associado ao método de quadrado, e o branqueamento foi avaliado a partir de censos visuais quinzenais em 80 colônias de Favia gravida, Porites astreoides, Siderastrea stellata e Millepora alcicornis. Ao mesmo tempo foram monitorados a temperatura da água, pH, salinidade e transparência horizontal, e a ocorrência de mortalidade e sintomas de doenças. Foram utilizadas a Análise de Variância e a Regressão Múltipla sob a perspectiva do conceito do time lag para avaliar a dinâmica de branqueamento entre as espécies e a relação da variação das médias com a variação dos fatores abióticos, respectivamente. As espécies apresentaram diferença significativa entre si quanto à variação das médias de branqueamento ao longo do tempo, mas a dinâmica de variação exibiu padrões semelhantesTCC Biótopos bentônicos no litoral setentrional do nordeste brasileiro, Macau – RN, Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-06-19) Batista, Diêgo de Oliveira; Leite, Tatiana Silva; Marina Gomes Viana; Vital, Helenice; Viana, Marina GomesOs ambientes encontrados na plataforma continental do Rio Grande do Norte, situado no nordeste brasileiro, são dotados de alta heterogeneidade, sendo importantes fornecedores de habitats que ajudam a compor uma rica biodiversidade. Assim, inserido no INCT AmbTropic, o objetivo do presente estudo foi caracterizar os biótopos bentônicos, mapeando sua distribuição em uma escala espacial e temporal em diferentes fundos marinhos inconsolidados da plataforma setentrional do nordeste brasileiro. As amostragens foram realizadas em maio/2014 (chuvoso) e dezembro/2014 (seco), em três ambientes: Oeste do Açú (OA), com areias bioclásticas; Vale do Açú (VA), com lamas terrígenas e; Leste do Açú (LA), com areias silicibioclásticas a biosiliciclásticas. Ao todo, 30 transectos foram realizados, sendo 5 em cada um dos ambientes (por períodos) através de arrasto de fundo com o auxílio de uma embarcação de pesca motorizada totalizando 1171,5 m². Toda fauna bentônica na superfície do sedimento marinho foi coletada e fixada em álcool 70% e identificados em nível de espécie. Os valores de densidade e biomassa foram testados através de ANOVA 2 vias e teste a posteriori de Ficher LSD, sendo elaborada uma matriz de dados a partir do índice de Bray-Curtis afim de avaliar a formação de grupos em relação à composição dos táxons com uma n-MDS, testados usando a ANOSIM. Os táxons mais contribuintes à formação dos grupos mostrados com SIMPER. Os grupos mais representativos foram Echinodermatas, Moluscos e Crustáceos nos dois períodos. A densidade variou significativamente ao longo dos períodos e das áreas (LA e OA, p<0,005), exceto em VA. Já a biomassa não apresentou diferença significativa entre os períodos dentro de LA e VA, porém houve diferença significativa entre chuvoso e seco dentro de OA, explicado pela grande concentração de moluscos P. imbricata dentro deste ambiente. As áreas mais ricas foram LA no chuvoso e OA no período seco. A análise de SIMPER mostrou que as espécies que mais contribuíram para a separação dos grupos foram: Leodia sexiesperforata (24%) e Encope grandis (12%) em LA; Amphipoda spp. (40%) e Pinctada imbricata (17%) em areias bioclásticas (OA) e Strombus pugilis (62%) em lamas terrígenas (VA), isto para o período chuvoso. No período seco, houve uma inversão dos grupos no LA, tendo Lytechinus variegatus (49%); Pinctada imbricata (74%) no ambiente bioclástico (OA) e, no ambiente com lamas terrígenas (VA) a espécie Callinectes ornatus com 50% foi a mais relevante, mostrando que a composição ou formação de assembleia dos organismos bentônicos depende da heterogeneidade e/ou complexidade de habitas. Desta forma, o presente estudo mostrou que o tipo de sedimento exerce um papel importante na estruturação das comunidades da epifauna na Plataforma Continental de Macau-RN, podendo ser utilizado como um fator importante na definição dos habitats destes organismos nos fundos inconsolidados.Tese Caracterização geomorfológica e sedimentar de uma plataforma tropical: área Pirangi (Nordeste do Brasil)(2015-10-09) Pierri, Guilherme Cherem Schwarz; Vital, Helenice; ; ; Gomes, Moab Praxedes; ; Leite, Tatiana Silva; ; Costa Neto, Leão Xavier da; ; Araújo, Tereza Cristina Medeiros de;O avanço das técnicas de investigação submarina vem motivando uma série de pesquisas para o reconhecimento detalhado das características de Plataformas Continentais em todo o mundo. A Plataforma Continental tropical brasileira, especificamente, carece de informações neste nível, apesar de sua relevância, tanto para exploração de recursos naturais, quanto para conservação marinha. Esta tese, desenvolvida na área Leste da Plataforma do Rio Grande do Norte, utiliza dados inéditos adquiridos a partir de métodos hidroacústicos (sondas mono, multifeixe e de varredura lateral) e amostras sedimentares, apresentando uma análise detalhada da paisagem submarina e das características da cobertura sedimentar. Integram às informações abióticas, padrões de distribuição biótica, que possibilitaram a caracterização de habitat para fundos consolidados na área de Pirangi. Este setor da plataforma, considerado raso e estreito, possui uma divisão nítida entre os sedimentos superficiais, que recobrem as zonas interna (terrígenos) e externa (biogênicos). Evidenciando as variações de nível do mar, antigas posições de linha de costa estão preservadas em quatro alinhamentos recifais, além de um paleo-canal formado em período de mar baixo, conservado ainda hoje pelo pequeno aporte sedimentar. A plataforma faminta por sedimentos apresenta ainda feições onduladas, pequenas dunas submersas compostas por cascalhos bioclásticos. A avaliação conjunta de parâmetros abióticos e do padrão de distribuição da cobertura bêntica, baseada em grupos foco, permitiu a individualização de habitat para as superfícies recifais, demonstrando uma sucessão de habitat desde os recifes praiais até os recifes fundos. Esta análise pode ser replicada para outras áreas de Plataforma Continental e contribuir para o delineamento de planos de gestão, para o necessário manejo sustentável de recursos naturais, bem como para a delimitação de propostas de conservação marinha.Artigo Cyclic alternation of quiet and active sleep states in the octopus(Elsevier BV, 2021-03-25) Medeiros, Sylvia Lima de Souza; Paiva, Mizziara Marlen Matias de; Lopes, Paulo Henrique; Blanco, Wilfredo; Lima, Françoise Dantas de; Oliveira, Jaime Bruno Cirne de; Medeiros, Inácio Gomes; Sequerra, Eduardo Bouth; Souza, Sandro José de; Leite, Tatiana Silva; Ribeiro, Sidarta Tollendal GomesPrevious observations suggest the existence of ‘Active sleep’ in cephalopods. To investigate in detail the behavioral structure of cephalopod sleep, we video-recorded four adult specimens of Octopus insularis and quantified their distinct states and transitions. Changes in skin color and texture and movements of eyes and mantle were assessed using automated image processing tools, and arousal threshold was measured using sensory stimulation. Two distinct states unresponsive to stimulation occurred in tandem. The first was a ‘Quiet sleep’ state with uniformly pale skin, closed pupils, and long episode durations (median 415.2 s). The second was an ‘Active sleep’ state with dynamic skin patterns of color and texture, rapid eye movements, and short episode durations (median 40.8 s). ‘Active sleep’ was periodic (60% of recurrences between 26 and 39 min) and occurred mostly after ‘Quiet sleep’ (82% of transitions). These results suggest that cephalopods have an ultradian sleep cycle analogous to that of amniotesTese Cyclical alternation between quiet and active sleep states in octopuses observed under controlled laboratory conditions and in the natural environment(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-09-19) Medeiros, Sylvia Lima de Souza; Ribeiro, Sidarta Tollendal Gomes; Leite, Tatiana Silva; http://lattes.cnpq.br/0649912135067700; http://lattes.cnpq.br/2782092994108733; Leão, Emelie Katarina Svahn; Soares, Bruno Lobão; Mather, Jennifer Ann; Baron, Jerome Paul Armand LaurentA alternância de longos episódios de sono quieto interrompidos ritmicamente por episódios curtos de sono ativo, padrão antes pensado ser exclusivo dos amniotas, foi recentemente relatado em alguns invertebrados, como drosófila (Insecta), aranha saltadora (Arachnida) e sépia (Cephalopoda). Porém, estudos que apontam a existência em invertebrados de um padrão cíclico com distintas fases do sono foram realizados apenas em animais cativos, em condições de laboratório. Isso deixa questões abertas sobre ciclo natural do sono dos invertebrados e como este é afetado por fatores ambientais. Para investigar detalhadamente a estrutura comportamental do sono em polvos, gravamos em laboratório vídeos ininterruptos por 12 horas, durante 4 dias consecutivos de quatro espécimes adultos de Octopus insularis, polvo dos recifes tropicais brasileiros. Os animais foram capturados em Pirangi (6°0’14.29”S, 35° 6’21.01”O) e mantidos em tanques de 1,0 x 0,7 x 0,6 metros, na cidade de Natal, RN, Brasil. Após aclimatação, quantificamos diversas variáveis durante cada um dos diferentes estados comportamentais, bem como durante as transições entre os estados. Mudanças na cor e textura da pele, bem como movimentos dos olhos e manto, foram avaliados usando ferramentas matemáticas para processamento de imagens, desenvolvidas para este fim. Para medir o limiar de alerta em cada estado, foi mensurada a latência da resposta comportamental a estímulos sensoriais. Foram identificados dois estados comportamentais distintos com ausência de reatividade à estimulação. O primeiro foi um estado de sono quieto caracterizado por pele uniformemente pálida, pupilas fechadas e episódios de longa duração (mediana 415,2 s). O segundo foi um estado de sono ativo caracterizado por padrões dinâmicos de cor e textura da pele, movimentos oculares rápidos e episódios de curta duração (mediana 40,8 s). Os episódios de sono ativo foram marcadamente periódicos (60% das recorrências entre 26-39 min) e ocorreram principalmente após episódios de sono quieto (82% das transições). Estes resultados mostram que O. insularis apresenta ciclo de sono ultradiano análogo ao dos amniotas. Para comparar esses resultados com o sono de animais em ambiente natural, estabelecemos uma colaboração para analisar dados já existentes sobre o comportamento de Octopus insularis, registrado de forma minimamente invasiva por câmeras remotas posicionadas nas entradas de tocas nas ilhas caribenhas Turks e Caicos (21.5112°N, 71.5190°O). Foram registrados 10 espécimes adultos durante o dia e a noite (total de 240 h). Estes vídeos foram avaliados utilizando as mesmas categorias comportamentais encontradas para os animais de laboratório. Todos os animais apresentaram padrão cíclico de sono semelhante ao observado em laboratório, com alternância periódica de episódios de sono quieto (mediana 643,2 s) e sono ativo (mediana 37,8 s), com episódios de sono quieto precedendo episódios de sono ativo 98% das vezes. Observamos ainda que os animais dormiram durante 44% do tempo amostrado, demonstrando que o sono ocupa uma fração substancial do tempo de vida em O. insularis. A documentação e quantificação do sono cíclico em espécimes de O. insularis, investigados tanto em laboratório quanto em ambiente natural, ajuda a compreender as pressões seletivas que impulsionaram a evolução do ciclo de sono nesta espécie e nos cefalópodes.Dissertação Distribuição e abundância da malacofauna epibentônica no Parracho de Maracajaú, RN, Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2008-03-03) Martinez, Aline Sbizera; Mendes, Liana de Figueiredo; Leite, Tatiana Silva; ; http://lattes.cnpq.br/1003039770050759; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790957P8; ; http://lattes.cnpq.br/4622328317588092; Vasconcellos, Alexandre; ; http://lattes.cnpq.br/8396727262741273; Matthews-cascon, Helena; ; http://lattes.cnpq.br/3164248161831196Os moluscos apresentam uma grande variedade de táxons e hábitos de vida nos recifes de coral mostrando-se bons indicadores ambientais. É importante conhecer sua istribuição e os fatores de influência a fim de auxiliar no monitoramento de possíveis distúrbios no ambiente marinho. O presente estudo teve por objetivo realizar o levantamento e distribuição dos moluscos epibentônicos no Parracho de Maracajaú. Foram definidos 23 sítios de amostragem nos diferentes habitats do Parracho sendo 11 no habitat recifal, 3 no fundo arenoso e 9 nas fanerógamas marinhas. Foram realizadas amostragens qualitativas e quantitativas através de mergulhos livres e autônomos para obtenção dos dados de moluscos e características do substrato. Em cada sítio foram amostrados 3 transecções em faixa de 10 m², onde os dados foram registrados a cada m² da transecção, sendo então contadas as espécies e valoradas as variáveis ambientais (rugosidade e cobertura do substrato). Os dados foram submetidos a análises multivariadas para encontrar possíveis padrões de distribuição, associadas às variáveis de substrato mensuradas. Também foram calculados os índices de diversidade para os sítios recifais e comparados entre si. Registraram-se 46 espécies, com maior riqueza no habitat recifal, seguida nas fanerógamas marinhas e com menor valor, no fundo arenoso. No habitat recifal, os moluscos apresentaram-se associados à rugosidade e cobertura de algas frondosas e zoantídeos, enquanto nas fanerógamas, os animais exibiram uma variação de riqueza associada ao sedimento lamoso e arenoso. Foram encontradas 3 espécies exploradas comercialmente, sendo necessário o manejo adequado visando a manutenção e conservação dos recursos para a regiãoDissertação Diversidade de cefalópodes e o seu papel no nicho trófico de seus principais predadores nos Arquipélagos de Fernando de Noronha e São Pedro e São Paulo(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2008-12-29) Andrade, Lorena Candice de Araújo; Leite, Tatiana Silva; ; http://lattes.cnpq.br/1003039770050759; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781872Z1; ; http://lattes.cnpq.br/2492004360417110; Mendes, Liana de Figueiredo; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790957P8; Mendonça, Maísa Clari Farias Barbalho de; ; http://lattes.cnpq.br/9714598282205989O presente estudo teve como objetivo, caracterizar a diversidade de cefalópodes através da análise dos conteúdos estomacais dos peixes capturados nos Arquipélagos de São Pedro e São Paulo (ASPSP) e Fernando de Noronha (AFN). Além disso, verificar a participação dos cefalópodes na dieta dos seus principais predadores. Foram então coletados um total de 723 estômagos de 8 espécies de peixes, capturados através da pesca dos quais, 471 provenientes do ASPSP e 252 do AFN. Foram registrados a ocorrência dos itens alimentares (peixes, cefalópodes e crustáceos) e os cefalópodes encontrados foram identificados até o menor táxon possível, segundo bibliografia especializada. A família Ommastrephidae representou 84,46% de ocorrência no ASPSP e no AFN 63,48%, confirmando a importância desta família na região estudada e também na dieta de seus predadores. Dentre as espécies de maior ocorrência Ornitoteuthis antillarum foi a mais representativa nas duas regiões. Essa espécie apresentou uma média de comprimento do manto de 54,25 mm, demonstrando assim que a maioria desta população se encontra em estágio de desenvolvimento juvenil. A menor espécie encontrada foi Argonauta nodosa com 4,06 mm de comprimento de manto e a maior foi Ommastrephes bartrami com 223,33 mm. No AFN a riqueza de espécies (d) foi de 2,318, o índice de diversidade (H ) foi 1,454 e a medida de equitabilidade (J) de 0,585. No ASPSP foram a riqueza de espécies (d) foi de 2,66, o índice de diversidade de Shannon (H ) para o ASPSP foi 1,013 e a medida de equitabilidade (J) 0,373. AFN tem uma diversidade de cefalópodes maior que ASPSP, confirmando o padrão proposto pela Teoria de Biogeografia de Ilhas. Dentre a ocorrência de itens de presas para todos os predadores analisados, os cefalópodes são presas secundárias. A espécie de cefalópode mais importante na dieta de Thunnus albacares e Acantocybium solandri foi Ornithoteuthis antillarum. Esses predadores apresentam largura de nicho diferente, sendo a dieta de Thunnus albacares mais especializada, porém eles apresentam uma sobreposição de nicho trófico de 84,684%, sugerindo que no ASPSP essas duas espécies possivelmente utilizam nichos semelhantesTese Ecologia humana e manejo participativo da pesca do búzio Anomalocardia brasiliana (Gmelin, 1791) (Bivalvia: Veneridae) na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Estadual Ponta do Tubarão (RN)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2013-02-28) Rocha, Ligia Moreira da; ; http://lattes.cnpq.br/4504391027763184; ; http://lattes.cnpq.br/3040297463116273; Carvalho, Adriana Rosa; ; http://lattes.cnpq.br/1951710128353552; Silvano, Renato Azevedo Matias; ; http://lattes.cnpq.br/8546785979905053; Costa, Rodrigo Silva da; ; Leite, Tatiana Silva; ; http://lattes.cnpq.br/1003039770050759Áreas Protegidas costeiras e marinhas são criadas para conservar a biodiversidade e manter os recursos pesqueiros. No entanto, muitas vezes envolvem comunidades litorâneas em situação de pobreza e que têm a pesca (e a mariscagem) como principal fonte de alimento e renda. Assim, objetivos econômicos, sociais e de conservação se sobrepõem. Neste processo, entender o comportamento dos pescadores é essencial, já que são usuários diretos dos recursos marinhos e seu comportamento afeta o sistema pesqueiro. Apesar da pesca de invertebrados fazer parte da historia de ocupação humana das áreas costeiras e ser importante fonte de alimento e renda na America Latina, faltam pesquisas para o manejo destes recursos. Esta pesquisa teve como objetivo entender a pesca artesanal do búzio Anomalocardia brasiliana (Gmelin, 1791) (Bivalvia: Veneridae), molusco bivalve com alto valor social no nordeste brasileiro, e propor estratégias de manejo participativo para o mesmo. A pesquisa foi realizada na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Estadual Ponta do Tubarão (RDSEPT, RN), onde pouco se conhecia sobre a forma de exploração desta espécie e seus usuários, seguindo o padrão nacional de invisibilidade que a atividade tem no Brasil. Através de entrevistas, monitoramento participativo e acompanhamento da pesca no período de janeiro/2010 a maio/2011, foi possível: a) identificar quem mariscava (perfil e frequência na maré), b) registrar a pesca (os locais e formas de extração, as quantidades extraídas, as formas de beneficiamento e o tempo gasto na atividade), c) discutir a sustentabilidade socio econômica da atividade, e d) envolver as famílias no levantamento e análise de dados. Com o conhecimento gerado recomenda-se um arranjo institucional participativo para a mariscagem, envolvendo co-manejo, acordo de pesca, defeso diferenciado e melhorias para a cadeia produtiva do búzio (como preço mínimo para a carne, fortalecimento de redes de produtores e campanhas de valorização do produto). A partir do envolvimento com outras comunidades marisqueiras, foi também possível fazer uma descrição detalhada sobre como a mariscagem acontece no Nordeste brasileiro. Por fim, comparando-se a experiência do Projeto Gente da Maré, envolvendo comunidades marisqueiras no Nordeste brasileiro, e a da implantação da Reserva Extrativista Marinha do Pirajubaé (SC), analisou-se os avanços e as dificuldades existentes nas iniciativas que envolveram co-manejo de A. brasiliana no BrasilDissertação Ecologia trófica do polvo Octopus insularis (Cephalopoda: Octopodidae): comparações metodológicas e nova perspectiva através do uso de isótopos estáveis de carbono e nitrogênio(2017-04-10) Dantas, Renato Junqueira de Souza; Leite, Tatiana Silva; Albuquerque, Cristiano Queiroz de; ; http://lattes.cnpq.br/0331386698298354; ; http://lattes.cnpq.br/1003039770050759; ; http://lattes.cnpq.br/0030813312409543; Bastos, Rodrigo Ferreira; ; http://lattes.cnpq.br/7712423378155474; Angelini, Ronaldo; ; http://lattes.cnpq.br/6739463859587165Os polvos são os cefalópodes de maior importância no ambiente bentônico, pois atuam como predadores generalistas e oportunistas, consumindo uma grande variedade de organismos. Por isso, sua ecologia alimentar já foi estudada utilizando-se diversas metodologias aplicadas a uma variedade de espécies do grupo e em diferentes localidades. Entretanto, ainda não há consenso sobre qual técnica seria mais eficaz neste tipo de investigação, ou mesmo se o emprego de apenas um método seria suficiente. Desta forma, este trabalho teve por objetivo comparar três métodos quali-quantitativos distintos (análise de restos em tocas, de conteúdo digestivo e de isótopos estáveis) para caracterização da dieta de Octopus insularis, polvo mais frequente na costa nordeste do Brasil e em suas ilhas oceânicas. As áreas de estudo foram: a ReBio Atol das Rocas, ambiente insular, prístino e único no hemisfério Sul; e Rio do Fogo, na APA Estadual dos Recifes de Corais, ambiente costeiro, com ocupação humana e impacto de pesca. No Atol das Rocas, os três métodos foram utilizados e mostraram resultados distintos. Embora os restos de presas em tocas e o conteúdo digestivo tenham apontado crustáceos como presas principais, apenas o material encontrado nos estômagos mostrou que peixes e poliquetos ocorriam na dieta em quantidades consideráveis. Ambos mostraram proporções similares de moluscos na dieta, mas diferiram quanto ao seu tipo (gastrópodes nas tocas e cefalópodes nos estômagos). Os isótopos apontaram moluscos como presas principais e crustáceos como presas secundárias e corroboraram os resultados do método de conteúdo digestivo, que indicou a contribuição de peixes e poliquetos. Além disso, mostraram que equinodermos também são parte da dieta. Em Rio do Fogo, apenas os restos nas tocas e o conteúdo digestivo foram avaliados, de forma que o primeiro apontou bivalves como presas principais e crustáceos em quantidades mínimas, e o segundo destacou crustáceos como os mais consumidos e acompanhados de pequenas quantidades de moluscos (gastrópodes, bivalves e quítons), peixes e poliquetos. Em geral, as tocas mostram restos de estruturas rígidas e pesadas das presas, como conchas e carapaças, e subestimam aquelas com maiores proporções de tecidos moles, as quais são encontradas nos estômagos. Os isótopos, por sua vez, mostram as presas com maiores taxas de assimilação e talvez sofram influência do conteúdo energético das mesmas. Além disso, fatores abióticos (ondas e correntes) e bióticos (digestão rápida dos polvos e outros animais se alimentando nas tocas) também podem alterar os resultados. Por fim, sugere-se o uso de ao menos dois métodos complementares, dependendo do objetivo, espécie e área de estudo do trabalho.Tese Genética molecular e ecologia em uma abordagem integrativa para conservação de Octopus insularis Leite & Haimovici, 2008 no Atlântico Tropical(2017-04-07) Lima, Françoise Dantas de; Lima, Sérgio Maia Queiroz; Leite, Tatiana Silva; ; http://lattes.cnpq.br/1003039770050759; ; http://lattes.cnpq.br/8316105480397252; ; http://lattes.cnpq.br/1360607191091655; Garda, Adrian Antonio; ; http://lattes.cnpq.br/2685356834735366; Freire, Fulvio Aurelio de Morais; ; http://lattes.cnpq.br/8313295480738032; Paiva, Paulo Cesar de; ; http://lattes.cnpq.br/1226350276509077; Floeter, Sérgio Ricardo; ; http://lattes.cnpq.br/1643200379939208A abordagem integrativa aplicada à conservação de uma espécie é essencial para a compreensão dos fatores que contribuem para a diversificação de populações, processos de especiação e identificação de padrões ecológicos. Para traçar um panorama de conservação para Octopus insularis, foi adotada uma abordagem integrativa que envolve elementos da filogenia, filogeografia, Barcoding, modelagem do nicho climático e genética da paisagem. O presente estudo foi realizado em 15 localidades da costa oeste e ilhas oceânicas do Atlântico Tropical. Foi identificado um aumento da área de distribuição de O. insularis para o mar do Caribe, o qual confirma o alto potencial da espécie para dominar ambientes de águas quentes e rasas. Além disso, verificou-se problemas com a identificação incorreta das espécies que compõem os estoques pesqueiros dessa região e do Golfo do México, o que pode ameaçar a espécie endêmica O. maya. Através do enfoque filogenético com inferência biogeográfica, foi possível identificar o Caribe como possível centro de origem do O. insularis, a qual divergiu de outras do gênero após o soerguimento do Istmo do Panamá. Três clados contendo espécies transistimianas confirmam a importância desse evento geológico no processo de especiação em octópodes. A influência dos processos climáticos subsequentes nas populações de O. insularis foi analisada através da modelagem do nicho em cinco cenários temporais. A análise revelou expansão do nicho de O. insularis, em direção a regiões temperadas nos cenários de aquecimento global. Já a filogeografia, estruturação populacional mostrou quatro populações/estoques bem delimitados geneticamente, devido ao regime da Corrente Sul Equatorial e montes submersos. Tais resultados corroboram a hipótese do isolamento por Resistência. Os resultados do presente estudo permitiram uma visão holística dos fatores genéticos, ecológicos e oceanográficos que influenciam a espécie O. insularis e auxiliaram a traçar um atual panorama de conservação e regulamentação da espécie, bem como sugerir futuras medidas de manejo para e espécie.Tese Invertebrados bentônicos de recifes areníticos tropicais: avaliação de métodos e estruturação da comunidade intertidal(2019-02-01) Barboza, Alina Rocha Pires; Leite, Tatiana Silva; Freire, Fúlvio Aurelio de Morais; ; ; ; Alencar, Carlos Eduardo Rocha Duarte; ; Barroso, Cristiane Xerez; ; Vieira Filho, Edson Aparecido; ; Dias, Juliana Deo; ; D'Oliveira, Rosangela Gondim;Ambientes intertidais de substrato rochoso servem como área de alimentação, crescimento e reprodução de uma diversidade de organismos bentônicos. Esses ecossistemas são encontrados no mundo todo e características ambientais e biológicas influenciam na composição e nos padrões temporais e espaciais de distribuição do bentos. A maioria dos trabalhos tem se concentrado em ambientes de costões rochosos de regiões temperadas e subtropicais. Por outro lado, há uma carência de estudos em outras formações rochosas e de ambientes tropicais, que testem metodologias que sejam adequadas à maior heterogeneidade de substrato e menor inclinação. O presente estudo teve três objetivos principais: 1) identificar os principais tipos de métodos que vêm sendo empregados para o levantamento de organismos bentônicos sésseis e móveis, por meio de uma análise cienciométrica; e, em recifes areníticos tropicais: 2) testar métodos de levantamento bentônico que melhor representem a riqueza destes organismos neste ambiente, testando abordagens aleatórias e estratificadas, com quadrados e com transectos com quadrados aninhados; 3) e, a partir do método de coleta definido com o objetivo anterior, testar quais os fatores ambientais mais influenciam a ocorrência, abundância e riqueza desses organismos, além de testar se há variação sazonal na abundância dos táxons. A mobilidade de organismos foi um dos principais fatores determinantes na escolha do método de levantamento bentônico nos artigos analisados. Quadrados e transectos com quadrados aninhados foram os principais métodos utilizados para delimitar áreas de contagem do número de indivíduos da fauna móvel e estimativa de porcentagem de cobertura da fauna séssil. Nos recifes tropicais escolhidos para os testes metodológicos, uma abordagem de levantamento bentônico aleatória, com uso de transectos com quadrados aninhados de forma sistematizada, incluindo a amostragem embaixo de rochas, quando presentes, contemplou a maior riqueza de espécies da área com menor esforço de coleta. Tipo de cobertura de substrato, tipologia de recife (com blocos de rochas e abrigados do embate de ondas ou em platô rochoso exposto a embate de ondas), índice de complexidade do hábitat e tempo de exposição foram os principais fatores estruturadores da comunidade no hábitat em cima das rochas. Tipo de substrato debaixo das rochas, o índice de complexidade e o tempo de exposição foram os principais fatores estruturadores da comunidade no hábitat embaixo das rochas. Quanto à abundância dos organismos nos diferentes períodos, Pugilina tupiniquim, Holothuria grisea e Cerithium sp. são táxons indicadores da estação chuvosa e Aplysia dactylomela, da estação seca em recifes de tipologia com blocos rochosos e abrigados.Tese Macrofauna de ambientes não consolidados adjacentes à recifes da área de proteção ambiental dos recifes de corais Rio Grande do Norte, Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2013-12-16) Viana, Marina Gomes; ; http://lattes.cnpq.br/8313295480738032; ; http://lattes.cnpq.br/0522137540806537; Leite, Tatiana Silva; ; http://lattes.cnpq.br/1003039770050759; Soriano, Eliane Marinho; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786301Y8&dataRevisao=null; Mendes, Liana de Figueiredo; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790957P8; Barreira, Cristina de Almeida Rocha; ; http://lattes.cnpq.br/2312320517388221; Paiva, Paulo Cesar de; ; http://lattes.cnpq.br/1226350276509077Objetivou-se caracterizar, pela primeira vez, os invertebrados bentônicos que habitam a região de fundos moles adjacentes aos recifes da Área de Proteção Ambiental dos Recifes de Corais (APARC), a fim de situá-los como importante componente das zonas infralitorais costeiras do Nordeste do Brasil. As áreas de fundos moles, ou não consolidadas, da APARC compreendem regiões de infralitoral, vegetadas pela angiosperma marinha Halodule wrightii, e regiões de infralitoral não vegetadas, ambas submetidas a um considerado estresse hidrodinâmico. Através de mergulho autônomo, foram analisadas amostras biológicas e sedimentares de ambos os habitats, com auxílio de amostrador cilíndrico de PVC. Foram identificados 6160 indivíduos, distribuídos em 16 grandes grupos e 224 espécies, sendo que o grupo macrofaunal mais abundante foi Polychaeta (43%), seguido de Mollusca (25%) e Crustacea (14%), resultado já esperado para ambientes não consolidados infralitorais. No primeiro capítulo, relacionado às áreas vegetadas, foram testadas três hipóteses: a existência de diferenças na estruturação da fauna associada a bancos de H. wrightii, submetidos a diferentes condições hidrodinâmicas; a ocorrência de menores variações temporais sobre a macrofauna associada aos ambientes mais protegidos do estresse hidrodinâmico; e se a diversidade da macrofauna é afetada, tanto pelos predadores bentófagos como pela biomassa da própria H. wrightii. Foi verificado que a macrofauna associada do banco Exposto apresentou diferenças na estruturação quando comparado ao banco Protegido, sendo a granulometria dos bancos, a qual varia conjuntamente com o hidrodinamismo, a responsável por estas variações. Os resultados também apontaram para uma menor variação temporal na estrutura da macrofauna no banco Protegido e uma relação negativa entre a abundância macrofaunal e peixes bentófagos. Já no banco Exposto, foi encontrada uma maior diversidade faunal, provavelmente em função da maior biomassa de gramínea. O segundo capítulo aborda uma comparação entre áreas vegetadas e não vegetadas, pretendendo testar a hipótese de que, em função de uma maior estabilidade sazonal nos ambientes tropicais, a estrutura da fanerógama atuaria na distinção da macrofauna associada entre áreas vegetadas e não vegetadas, ao longo do tempo. Também se esperava que os depositívoros fossem os invertebrados mais representativos nos ambientes não vegetados, partindo da premissa de que o banco de fanerógama funcionaria como fonte de detritos para áreas adjacentes, enriquecendo-as. Todavia, sazonalmente, a complexidade estrutural proporcionada por Halodule discriminou, com mais evidência, a fauna de áreas vegetadas de não vegetadas somente nas extremidades climáticas, isto é, no período Seco (extrema estabilidade climática, com pouca variação no hidrodinamismo) e no período Chuvoso (grande variação do hidrodinamismo e provável soterramento do banco vegetado). Além disso, os elevados teores de matéria orgânica medidos nos bancos arenosos coincidiram com uma destacada importância trófica dos depositívoros, comprovando a hipótese de carreamento de detritos. O último capítulo focou nas áreas não vegetadas, em que se testou a hipótese de que a variação da estrutura da macrofauna perto e longe ocorre em decorrência da granulometria. Neste contexto também foram testadas a hipótese de que a predação por peixes bentófagos teria um baixo efeito na abundância dos grupos da macrofauna em função do alto estresse hidrográfico, abrindo, assim, espaço para outros grupos de predadores bentófagos terem uma maior importância nestes ambientes. Comprovando as hipóteses levantadas, não foi verif icada variação espacial significativa entre as distâncias da borda dos recifes, tanto na abundância das principais famílias identificadas como na estrutura geral das comunidades bentônicas. Entretanto, verificou-se que uma complexa combinação de fatores físicos (tamanho do grão e teor de matéria orgânica derivadas das condições hidrodinâmicas locais) variam conjuntamente com a distância e influencia mais a macrofauna do que os fatores biológicos considerados, como a predação por peixes bentófagos. Com base nos principais resultados encontrados, este trabalho mostrou que as áreas de fundos não consolidados do entorno dos recifes da APARC merecem destaque do ponto de vista ecológico e de conservação, pois evidenciou-se importantes relações da biota com o ambiente e da biota com outros organismos não descritas antes para estas áreasDissertação Sono e aprendizagem em Octopus insularis(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-01-30) Paiva, Mizziara Marlen Matias de; Ribeiro, Sidarta Tollendal Gomes; http://lattes.cnpq.br/0649912135067700; http://lattes.cnpq.br/8384422489387376; Marian, José Eduardo Amoroso Rodriguez; Sequerra, Eduardo Bouth; http://lattes.cnpq.br/2028204211415978; Leite, Tatiana SilvaDentre os animais invertebrados, a classe dos cefalópodes tem se destacado em pesquisas por sua notável inteligência e capacidade de aprendizagem. Em especial os polvos, apresentam comportamento complexo quanto a organização de seu sistema nervoso, que inclui um lobo para aprendizagem. Estes animais apresentam ainda, como já conhecido em vertebrados, habilidades de aprendizagem por toque e observação. Na literatura constam estudos realizados com O. vulgaris em que foi verificado que polvos são capazes de mudar comportamento por resultados de experiências, demonstrando que estes podem associar informações e reproduzir respostas adaptativas de comportamento. Por sua vez, o sono é um comportamento comum a diversos táxons do reino animal e bem estudado em vertebrados, principalmente nos mamíferos e nas aves. Contudo, dentre os invertebrados, no caso dos polvos, constam registros comportamentais e eletrofisiológicos que apontam para a existência de pelo menos duas fases do sono. Dentre os objetivos deste estudo, busca-se relacionar a aprendizagem e inteligência desses animais com os padrões de sono quieto e ativo, bem como investigar e descrever em detalhes, por meio de uma quantificação comportamental abrangente, a aprendizagem da espécie Octopus insularis. Para isso, submetermos os animais a uma tarefa chamada aqui de "bonecas russas". Usando gravações em vídeo, o trabalho avaliou se os jovens adultos desta espécie são capazes de aprender uma nova tarefa, que exige que os animais abram sequencialmente até 3 frascos diferentes, um dentro do outro, um menor que o outro, com uma recompensa (siri, caranguejo ou camarão) dentro do frasco menor. Foi observado que os polvos são capazes de abrir os 3 tipos de potes, abrindo-o muitas vezes de forma diferente, o que evidencia a capacidade cognitiva e versatilidade desses animais, apresentando um valor significativo para a etapa do pote maior. Quanto ao monitoramento do sono, foi observado que a tarefa da aprendizagem causou alterações na duração dos episódios de sono ativo antes e depois da tarefa.