Navegando por Autor "Lacerda, Juciano de Sousa"
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Dissertação Agentes, atores e a política cultural: um olhar sobre o processo de inclusão e exclusão na cidade de São Miguel do Gostoso/RN(2019-06-03) Matos, Cinthia Monayra Barbosa de; Knox, Winifred; ; ; Jesus, Cláudio Roberto de; ; Lacerda, Juciano de Sousa; ; Silva, Lúcia Helena Pereira da;As políticas culturais estão no centro das discussões sobre o acesso e produção de cultura, reforçando a importância de seu contato para o enriquecimento humano e social. Nesse sentido, a pesquisa sustenta-se nessa relevante área do conhecimento com o objetivo de adentrar em seus aspectos de construção de ambientes de afastamento, ou aproximação à população em geral, com base na promoção cultural de ações e produções culturais que se inserem dentro desse campo. Foi necessário, para tanto, compreender as políticas culturais como um campo heterogêneo de lutas e disputas e recorrer das contribuições da antropologia, sociologia e das próprias políticas culturais as quais representam um dos principais meios de acesso a atividades culturais. Por isso, se reconstituirá a forma como estas são desenvolvidas e executadas no local estudado, representando o levantamento de elementos importantes para entender as disputas e os discursos dos atores e agentes existentes no campo cultural, assim como perceber como estes vêm direcionando as ações nesse setor, intensificando formas de fortalecer ou enfraquecer relações sociais presentes nesse universo. O trabalho, então, procura refletir sobre a política cultural e sua capacidade de constituir ambientes de inclusão ou exclusão, com base na valorização, ou não, dos aspectos locais. Desta forma, recorreu-se das experiências da cidade de São Miguel do Gostoso, no Rio Grande do Norte, e mais especificamente, do evento Mostra de Cinema de Gostoso, como instrumento de compreensão da produção cultural e de práticas culturais vinculadas num movimento para a inserção cultural dos indivíduos, podendo propiciar o desenvolvimento social, econômico e cultural. Para isso, primeiramente foi realizado um levantamento bibliográfico. A metodologia utilizada foi predominantemente qualitativa, com abordagem de inspiração etnográfica, com observação participante, utilização de entrevistas estruturadas e registros audiovisuais procurando evidenciar os atores e agentes desse campo. Pode-se concluir que a construção de ambientes culturais inclusivos, se apoia fundamentalmente na promoção de políticas que contemplem as dinâmicas cotidianas já estabelecidas por se entrelaçar aos aspectos identitários e de reconhecimento individual e coletivo.Dissertação Análise da cobertura jornalística em redes sociais digitais: o acontecimento rebelião em Alcaçuz veiculado nas lives do Facebook(2018-05-30) Medeiros, Kalianny Bezerra de; Lacerda, Juciano de Sousa; ; ; Souza, Daniel Rodrigo Meirinho d; ; Maia, Kenia Beatriz Ferreira; ; Silva, Fernando Firmino da;Esta pesquisa tem como objetivo principal analisar a prática jornalística e as estratégias adotadas pelos jornais Tribuna do Norte e Novo na cobertura da rebelião em Alcaçuz, em janeiro de 2017, a partir do uso das transmissões ao vivo no Facebook. Partimos da noção de que o acontecimento sempre acontece a alguém e que podemos compreendê-lo a partir de duas formas distintas, a sua dupla vida – existencial e objeto (QUÉRÉ, 2005; 2012). Trabalhamos o conceito de sites de redes sociais e buscamos relacioná-los à prática comunicacional no contexto da convergência para que assim possamos compreender como se formam os acontecimentos jornalísticos no Facebook. Nosso objeto empírico é formado por 69 vídeos veiculados ao vivo naquela plataforma, entre os dias 14 e 24 de janeiro de 2017, pelos jornais Tribuna do Norte e Novo, sendo analisados a partir da adaptação do protocolo metodológico Análise de Cobertura Jornalística (ACJ) associada à entrevistas semiestruturais. Como resultado, observamos que a razão para os periódicos adotarem esse dispositivo enquanto estratégia de divulgação foi a possibilidade do acontecimento rebelião em Alcaçuz ser noticiado em tempo real. Entretanto, percebemos, com a aplicação da ACJ, a falta de uma cobertura reflexivo-crítica sobre a rebelião por parte dos repórteres e das redações.Tese O audiovisual paraibano: uma proposta de cartografia espacial, social e midiática(2019-11-08) Canuto, Kleyton Jorge; Pavan, Maria Ângela; ; ; Lacerda, Juciano de Sousa; ; Veloso, Maria do Socorro Furtado; ; Coradini, Lisabete; ; Costa, Antônio Roberto Faustino da; ; Lira, Bertrand de Souza;Esta pesquisa realiza uma cartografia do cenário audiovisual paraibano em seus aspectos quantitativos e qualitativos. Quando falamos de cartografar é alargar o que se entende por mapeamento da produção audiovisual da Paraíba. Mapear seria uma contagem e mostrar o que é relevante no território estudado. Nesta pesquisa faremos um registro documental descritivo de todas as ações dentro do território mapeado. Vamos mostrar os aspectos sociais, as influências dos grupos e pontos de contato entre os produtores de audiovisual. O que eles abordam em suas produções, o que aparece nas imagens captadas (as possibilidades das mudanças de paisagem nas produções). A pesquisa analisará o contexto macro e dentro de cada território produtivo buscará os gradientes motivacionais da produção audiovisual. Isso gerará um mapa movente e relevante que orientará as políticas públicas e os futuros produtores audiovisuais da Paraíba e nordeste. Para isso, temos como objetivos: 1) refletir sobre o papel do audiovisual na cidadania comunicativa e cultural; 2) analisar o histórico das políticas públicas municipais, estadual e federal voltadas para o audiovisual no Estado da Paraíba. Vamos construir um mapa da cadeia produtiva; bem como enxergar os processos de midiatização de grupos e entidades da sociedade civil a partir da produção audiovisual. O caminho será a partir da transmetodologia, com aproximações entre a cartografia e a etnografia através da técnica de observação-participante. A pesquisa foi desenvolvida predominantemente a partir da leitura de Jesús Martín-Berbero (2001; 2004; 2014), Milton Santos (2006; 2013), Gilberto Gimenez (1999) Alberto Efendy Maldonado (2011; 2012), Graeme Turner (1989), Fernando Trevas Falcone e Lara Amorim (2013) e Wills Leal (2007a; 2007b). Busca-se aqui um distanciamento da perspectiva da produção audiovisual enquanto indústria cultural de modelo hegemônico de entretenimento. Colocamos foco nas trocas e parcerias na construção de políticas públicas e ações dentro dos festivais para ampliação da produção audiovisual na Paraíba.Dissertação Cartografia do audiovisual no Rio Grande do Norte: experiências emergentes na produção e circulação de obras audiovisuais independentes (2010 - 2018)(2019-10-11) Coelho, Diana Xavier; Lacerda, Juciano de Sousa; ; ; Pavan, Maria Ângela; ; Segundo, Carlos Antonio dos Santos; ; Rosário, Nísia Martins do;As transformações tecnológicas que nos permitem, hoje, sermos produtores e consumidores de conteúdo, ampliaram não só o acesso aos meios de produção, mas também possibilitam a emergência de novos espaços de intercâmbio e circulação de obras audiovisuais independentes. Neste sentido, esta pesquisa tem como objetivo investigar as práticas e estratégias de produção e circulação de obras audiovisuais independentes no Rio Grande do Norte no período de 2010 a 2018, considerando os formatos de curtas, médias, longas-metragens e webséries. Adotando a cartografia como aporte metodológico para os estudos com o audiovisual, estabelecemos diálogos com Deleuze e Guattari (1995), Rolnik (2006), Barros e Kastrup (2015); Rosário e Aguiar (2012); César et al. (2013); Rosário (2016), dialogando ainda com pesquisas sobre a produção audiovisual independente na contemporaneidade (IKEDA, 2018; MIGLIORIN, 2012; OLIVEIRA, 2015). Após uma mirada inicial das tendências apresentadas pelas produções exibidas no circuito de festivais e mostras do Estado, realizamos entrevistas em profundidade com sete realizadores e coletivos atuantes no período, que nos revelaram a heterogeneidade dos modos de produzir e circular, assumindo desde abordagens mais autônomas e autofinanciadas até produções com aspirações industriais, configurando a multiplicidade da produção audiovisual independente no Rio Grande do Norte.Tese A celebridade da internet e o cuidado de si: a construção discursiva de Lu Ferreira no Instagram para uma estética da existência(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-01-24) Trindade, Ana Carolina dos Reis de Moraes; Bezerra, Josenildo Soares; Karhawi, Issaaf Santos; https://orcid.org/0000-0001-9324-6664; http://lattes.cnpq.br/3081353090677062; https://orcid.org/0000-0001-5828-6126; http://lattes.cnpq.br/6364655595133847; Lacerda, Juciano de Sousa; https://orcid.org/0000-0002-0876-377X; http://lattes.cnpq.br/9310055597414010; Pereira, Livia Cirne de Azevedo; Witzel, Denize; Vieira, Manuela do CorralA presente pesquisa tem o objetivo de analisar como as técnicas de si, utilizadas por Lu Ferreira em seus discursos e práticas no Instagram, contribuem para a estética da existência. De forma específica, buscamos: mapear o conceito de cuidado de si em Foucault, articulando-o com a noção de cultura de si, técnicas de si e estética da existência; investigar o fenômeno da cultura das celebridades, traçando um panorama histórico desde as formas tradicionais de fama até o surgimento das celebridades da internet até a sua consolidação social e discursiva; analisar o Instagram como plataforma digital, dispositivo e ambiente de produção de subjetividades, destacando seus recursos técnicos, suas lógicas algorítmicas e as dinâmicas de poder que permeiam a relação entre influenciadores digitais e seus seguidores, e, por fim, analisar as técnicas de si utilizadas por Lu Ferreira em suas postagens no Instagram para uma estética da existência tanto em relação a si mesma quanto em relação aos seus seguidores. Para que os objetivos da pesquisa fossem alcançados, dialogamos com autores como Foucault (2010a, 2017), que, em sua terceira fase, a ética, volta-se para a verdade e a subjetividade enquanto força capaz de transformar os sujeitos por meio de técnicas de si. Abidin (2018, 2023), Karhawi (2020), Simões e França (2020), Turner (2010, 2014) nos ajudaram nas discussões sobre as condições sócio-históricas que, em resposta aos movimentos de ordem social e discursiva, amparam a emergência das Celebridades, das Celebridades da Internet Influenciadores Digitais e Creators, por exemplo. Já Leaver, Highfield, Abidin (2020), Terra (2021), Poell, Nieborg, van Dijck (2020), Grohmann, 2020 e Foucault (2018) nos permitiram construir uma discussão sobre o Instagram, as suas ferramentas e formas de uso, olhando-o, principalmente, como uma plataforma e um dispositivo. Desenvolvemos uma pesquisa qualitativa, com modalidade bibliográfica, subsidiando não só́ a descrição e interpretação das realidades contemporâneas, mas, principalmente, uma potencialidade reflexiva e crítica que as transpassam, transformam e reconstroem. Utilizamos, como percurso teórico-metodológico, a Análise de Discurso Crítica (ADC) com a intenção de compreender, por meio da análise, os discursos da Celebridade da Internet Lu Ferreira (@Lutsferreira) no ano de 2021, que trouxeram, no eixo da subjetividade e verdade, o cuidado de si para um exercício de si para consigo e de si para com o outro. Como resultado da análise, consideramos que Lu Ferreira, a partir de sua vida como obra de arte apreciada e consumida por seus seguidores, revela um cuidado de si que promove uma liberação para acessar a si mesma. Ela, a partir do cuidado com seu corpo, com os retornos e escritas sobre si, assume, em suas visualidades e performances, suas fragilidades, seu corpo doente, mas resistente, que permite o governo de si e o do outro. A partir de seu lugar de enunciação, Lu Ferreira deixa evidente certas regularidades e ideias de subjetividade que se encontram associadas à sua imagem, que é visibilizada e modulada a fim de produzir e revelar uma estética de si como estilo de vida a ser adotado, especialmente por seus seguidores.TCC Com textos se constrói uma cidade: as “Actas Diurnas” de Câmara Cascudo e a formação histórica de Natal(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-04-23) Lopes, Rafael Barbosa de Arquino; Barcelos, Janaina Dias; Lacerda, Juciano de Sousa; Badiali, Michelle FerretEsta pesquisa tem por objetivo analisar como as crônicas jornalísticas, escritas por Luís da Câmara Cascudo (1898-1986), publicadas no jornal “A República”, entre as décadas de 1940 e 1950 do século XX, ajudaram a formar uma identidade histórica para a cidade de Natal. Nosso corpus é composto por oito crônicas, identificadas pelo próprio autor como Actas Diurnas. Todas elas foram selecionadas pelo jornalista potiguar Franklin Jorge e publicadas em formato de livro na obra intitulada “Actas Diurnas: Crônicas de Luís da Câmara Cascudo” (2011). Ao longo da nossa investigação, aplicamos o método da análise de conteúdo (AC), além de nos embasarmos em estudos que versam sobre a história da cidade de Natal e do estado do Rio Grande do Norte, sobre a origem e o desenvolvimento dos jornais e também a respeito do gênero crônica, tanto no cenário nacional, como também local. A partir da leitura flutuante dos textos selecionados, determinamos quatro categorias para nos auxiliarem na análise das crônicas: temática das crônicas, características urbanas da cidade, adjetivações feitas à cidade durante a escrita das crônicas e também citações de fatos históricos de Natal. Ao longo da pesquisa, pudemos perceber que as narrativas impressas por Câmara Cascudo nesses textos jornalísticos opinativos, destacam aspectos históricos da cidade de Natal em praticamente todos os textos. Mesmo ao narrar amenidades e fatos corriqueiros de ruas e bairros da Natal de sua época, o autor/jornalista privilegia datas, marcos e dados documentais acerca da formação histórica do território citadino. Dessa forma, chegamos à conclusão de que os textos jornalísticos cascudianos contribuem para a formação histórica da cidade de Natal ao longo dos anos, reforçando uma identidade por parte dos membros/leitores de sua época e consequentemente às gerações futuras.Dissertação Comunicação em saúde para populações refugiadas venezuelanas em contexto da pandemia da covid-19(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-03-22) Souza, Laura Santos de; Lacerda, Juciano de Sousa; Fernández, Adrián José Padilla; https://orcid.org/0000-0002-0876-377X; http://lattes.cnpq.br/9310055597414010; https://orcid.org/0000-0003-1023-7274; http://lattes.cnpq.br/9391176834767227; Condorelli, Antonino; http://lattes.cnpq.br/4832910631790845; Rodrigues, Denise Carvalho dos SantosA pesquisa desenvolvida tem por objetivo identificar se há e como são ofertadas campanhas de comunicação específicas, ou não, para populações refugiadas venezuelanas, tendo em vista a compreensão do comportamento institucional dos órgãos oficiais, responsáveis pelas campanhas de saúde em relação a esses refugiados. Levamos em consideração os aspectos socioculturais que perpassam o contexto da migração e como a Secretaria de Saúde do Rio Grande do Norte, e também o Ministério da Saúde (representando desta maneira o Brasil) têm se portado na perspectiva de atender as demandas que surgem a partir da presença destas populações em território brasileiro, fazemos ainda observações acerca da Secretaria de Saúde do Estado de Roraima. A ênfase será dada à pandemia causada pelo novo coronavírus. Além de fazer um levantamento destas ações, realizaremos nossa investigação a partir do olhar da Análise Crítica do Discurso (ACD), de Van Dijk (2018), que leva em consideração como as relações de poder presentes no discurso midiático são capazes de perpetuar relações assimétricas. Por se tratar de um grupo com acesso limitado e minoritário aos serviços básicos, em comparação aos cidadãos nascidos no país, refletimos também sobre a própria noção de cidadania (SANTOS, 2020) de que o valor do cidadão está atrelado ao seu lugar no território. Destacamos por fim, a limitação encontrada nesses materiais, tanto em números quanto em acesso, nos portais dos dois estados citados acima e do Ministério da Saúde, e a importância que Agências Internacionais acabam tendo quando se trata de realizar comunicações para com as populações refugiadas venezuelanas. Notamos como as comunidades ficam dependentes de ações que partem dessas instituições que são parceiras dos órgãos federais e estaduais, mas que, no entanto, acabam por desenvolver a maioria dos projetos que lidam diretamente com estes povos. No entanto, apesar de ainda haver este distanciamento, notamos a integração de novas leis e o desenvolvimento de políticas públicas - envolvendo também um maior diálogo com as agências destacadas - que projetam um futuro mais promissor do que o período revisitado. A fim de contribuir para além desta pesquisa, oferecemos um Guia para Comunicadores do Rio Grande do Norte, que poderá ser utilizado como base reflexiva para os profissionais de comunicação que escrevem, pesquisam ou lidam com a temática do refúgio venezuelano no cotidianoDissertação Comunicação pública da ciência: o uso do discurso constituinte e paratópico da ciência para construção do ethos discursivo no Jornal da USP(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-04-19) Silva, Marcelha Pereira da; Lemos, Daniel Dantas; Lacerda, Juciano de Sousa; https://orcid.org/0000-0002-0876-377X; http://lattes.cnpq.br/9310055597414010; http://lattes.cnpq.br/2776869268430888; https://orcid.org/0000-0002-9637-2356; http://lattes.cnpq.br/9670787057844042; Maia, Kenia Beatriz Ferreira; Silva, William Robson CordeiroEsta investigação trata-se de uma análise discursiva das reportagens voltadas para a Comunicação Pública da Ciência do Jornal da Universidade de São Paulo (USP), a partir da compreensão de discurso constituinte da ciência, e, portanto, da paratopia, para a construção do ethos discursivo da universidade. O objeto empírico foi o Jornal da USP, com corpus temporal sendo o período de agosto a setembro de 2021 e o domínio online do portal (https://jornal.usp.br/) como corpus espacial. Já o objeto teórico foi a Análise do Discurso, com linha teórica centrada em Maingueneau (2006, 2010). Por meio do estudo, foi constatado que a ciência, enquanto discurso constituinte e paratópico, instiga a sociedade e movimenta papéis sociodiscursivos, como é o caso da Comunicação Pública da Ciência. Foi observado que no processo de enunciação das notícias, as pesquisas científicas desenvolvidas na USP possuem a universidade como Fonte legitimante, ao mesmo tempo em que o ethos da própria instituição é construído e reforçado por esse mesmo discurso. A dissertação colabora com o avanço das reflexões sobre a Comunicação Pública da Ciência de Instituições de Ensino Superior (IESs) e Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTs) no Brasil. Isso porque é dever das instituições estabelecer comunicação com o público interno e externo sobre as pesquisas que são desenvolvidas, porque esses investimentos nos órgãos públicos partem da população, já que o conhecimento adquirido por meio da ciência precisa retornar à sociedade. Porém, como característica própria dos discursos constituintes, a linguagem científica é distante do social. A Comunicação Pública da Ciência, por sua vez, torna-se uma ponte com a sociedade. Por isso, tornase relevante encará-la como ferramenta estratégica para fortalecer o ethos de uma instituição no que se refere à garantia do prestígio da ciência produzida lá e, consequentemente, no poder agregado à própria instituição.Tese Comunicadoras indígenas e a de(s)colonização das imagens(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-08-09) Guilherme, Andrielle Cristina Moura Mendes; Lacerda, Juciano de Sousa; https://orcid.org/0000-0002-0876-377X; http://lattes.cnpq.br/9310055597414010; https://orcid.org/0000-0002-8977-4357; http://lattes.cnpq.br/2921723507862237; Torre, Alberto Efendy Maldonado Gomez de La; Rodrigues, Denise Carvalho dos Santos; https://orcid.org/0000-0001-7569-6127; http://lattes.cnpq.br/6812008813378230; Sant'anna, Fernanda Vieira de; Veloso, Maria do Socorro FurtadoA partir de uma mirada descolonial, investigo quais estratégias midiáticocomunicacionais três comunicadoras indígenas brasileiras utilizam para propagar as suas ideias, que imagens elas ativam, e como essas narrativas ajudam a tensionar o imaginário social dominante. Busco, por meio da Catografia (abordagem metodológica elaborada durante a pesquisa de doutoramento inspirada na prática de catadores e coletores negros e indígenas, ribeirinhos e quilombolas), responder como povos que foram destituídos de humanidade e transformados em mercadoria de olhares durante a escravização politizam o olhar para enfrentar as imagens de controle utilizadas para determinar o lugar dos sujeitos racializados na sociedade. A partir de conceitos como concentricidade, círculos comunicacionais, arco comunicacional, reflorestarmentes, de(s)colonização das imagens e imagens de liberdade - elaborados em confluência com os sentidos construídos pelas comunicadoras indígenas Graça Graúna (2012, 2013, 2020), Aline Rochedo Pachamama (2015, 2018, 2021) e Márcia Kambeba (2013, 2020), entre outros autores -, analiso como indivíduos oriundos de grupos sociais colonizados se apropriam das mídias para responder às violações decorrentes do racismo estrutural através da propagação de imagens que visam liberar o nosso olhar da dependência de modelos, enquadramentos e categorias do pensamento moderno colonial (que se supõe universal, por não se racializar). Aponto que, ao reivindicar a liberdade de escolher como querem ser vistos, os sujeitos racializados buscam se autodefinir a partir de um ponto de vista que difere da perspectiva adotada pela hegemonia racial para determinar, simbolicamente, os lugares sociais subalternizados destinados a negros e indígenas. Por meio de suas palavras-flecha, comunicadores indígenas têm buscado atingir diferentes público-alvo na tentativa de descontruir as imagens racistas e imperialistas propagadas a respeito dos povos originários, retratados pela mídia de massa como indivíduos que devem ser mantidos sob tutela e vigilância do Estado Nacional. Neste exercício, tensionam a visada da racionalidade moderna ocidental, apontando os seus limites e buscando ir além de suas fronteiras a partir da proposição de outras imagens além das disseminadas pelos meios de informação social a serviço dos oligopólios midiáticos.Dissertação A comunidade de fala e os eventos comunicacionais dos seguidores da página da assembleia de Deus/Paraíba no facebook(2016-07-01) Silva, Odlinari Ramon Nascimento da; Lacerda, Juciano de Sousa; ; ; Gomes, Marcelo Bolshaw; ; Bronsztein, Karla Regina Macena Pereira Patriota;A página da igreja evangélica Assembleia de Deus no Facebook foi criada para divulgar eventos e notícias relacionadas à própria igreja, porém a apropriação dos que seguem a página, a partir de comentários feitos em determinadas postagens, fez com que entrasse em cena elementos de uma comunidade de fala autônoma. A formação dessa comunidade dá-se no contexto de que há bastante tempo não existe assembleia deliberativa entre a liderança e os membros da igreja, a fim de ouvir os membros e atender as suas demandas. Esta pesquisa pretende analisar, através da metodologia de Etnografia da fala, as características de configuração de novos lugares de fala reconhecidos entre membros da igreja, ainda de modo tácito, mas que começam a ganhar visibilidade diante da classe que sempre tomou as decisões da instituição centenária.Dissertação A convergência digital na produção da notícia: reconfigurações na rotina produtiva dos jornais Tribuna do Norte e Extra(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2011-03-11) Agnez, Luciane Fassarella; Maia, Kenia Beatriz Ferreira; ; http://lattes.cnpq.br/8600703674458800; ; http://lattes.cnpq.br/3704711757286684; Pereira, Fábio Henrique; ; http://lattes.cnpq.br/3713755920970596; Lacerda, Juciano de Sousa; ; http://lattes.cnpq.br/9310055597414010Toda nova tecnologia introduzida no jornalismo é passível de alterações do ambiente e das formas de lidar com a rotina, refletindo não somente nos processos de produção, mas também nos de distribuição e consumo da informação. Desde os primeiros fluxos de comunicação, a atuação do jornalista passou por transformações sociais, econômicas e ideológicas que foram permeadas pelas novas ferramentas tecnológicas. Na atualidade, o jornalismo vivencia profundas mudanças que vão desde o questionamento sobre seu papel social e identidade profissional, passando pela necessidade de revisão enquanto modelo de negócio, até reestruturações fundamentais no modo de produção da notícia em decorrência do cenário sociocultural contemporâneo intimamente relacionado com a difusão das tecnologias da comunicação. Diante disso, jornais impressos, no Brasil e no exterior, estão aderindo a um modelo de unificação de redação como proposta para lidar com as plataformas impressa e digital, impondo novo fluxo de trabalho aos seus profissionais. Essa pesquisa se propõe a compreender como está sendo conduzida a integração das equipes de redação no jornalismo brasileiro, sob os dois aspectos centrais do processo de produção da notícia: rotina e cultura profissional. Como estudo de campo, foram observadas as experiências dos jornais Tribuna do Norte, jornal diário de maior circulação no Rio Grande do Norte, e Extra, do Rio de Janeiro, também líder em seu mercadoDissertação Corpus simulacrum: cinema de terror, motores de dobra e semiótica alien(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-06-15) Silva, José Laerton Santos da; Souza, Daniel Rodrigo Meirinho de; https://orcid.org/0000-0002-4658-5556; http://lattes.cnpq.br/9921846039591174; http://lattes.cnpq.br/5409112935330601; Rodrigues, Denise Carvalho dos Santos; Assunção, Diego Paleólogo; Lacerda, Juciano de Sousa; Pavan, Maria Ângela; http://lattes.cnpq.br/2258546985285753E se, na subjetividade global, a racialidade for apre(e)ndida como uma fenda no espaço-tempo? As imagens poderiam então revelar uma trama simbólica onde a racialidade descreveria linhas espaço-temporais alternativas para leitura da contemporaneidade global. Partindo dessa premissa, a presente pesquisa teve o objetivo de analisar a representação da negritude em filmes de terror, a partir das conceituações da filósofa e artista visual Denise Ferreira da Silva, para pensar sobre a racialidade contemporânea. A pergunta de pesquisa esteve em torno do que as narrativas de terror podem revelar quando lidas, sentidas e experimentadas através da ótica da racialidade? Foram selecionados 4 filmes de terror de acordo com critérios estabelecidos em pesquisa. Os filmes foram analisados e suas narrativas foram exploradas em termos de linguagem, conceitos e imagens para a composição de um ensaio que aborda uma multiplicidade de questões, apoiadas em teorias e estudos da comunicação, filosofia, psicologia, física quântica, teorias da conspiração e cultura pop. Os quatro filmes brasileiros utilizados como narrativas principais foram: As Boas Maneiras (2018), O Rastro (2017), O Nó do Diabo (2018) e O Clube dos Canibais (2018). Além destes filmes principais, foram utilizados filmes secundários: Panic Room ( 2002), Population 436 (2006), Under The Shadow (2016), Trabalhar Cansa (BR, 2011), Alien Nation (1988), Nope (2022) e Fresh (2022). A metodologia de investigação foi norteada pelas propostas de Roldán e Viadel (2012), segundo as quais a reflexão sobre estrutura narrativa e argumentativa em discursos visuais para pesquisas em artes visuais encontra algumas possibilidades de exploração na montagem cinematográfica. Os referenciais teóricos importantes para a construção do ensaio incluem o pensamento das filósofas Audre Lord (2019), Patricia Hill Collins (2019), bell hooks (2019), e Angela Davis (2016). A pesquisa também foi fortemente inspirada nas teorizações da pesquisadora e cineasta afroamericana Drª Robin R. Means Coleman (2019), Horror Noire, sobre o cinema negro de terror nos Estados Unidos. O conceito de guerra híbrida comumente usado no militarismo/política também foi importante. Outras referências igualmente importantes compõem o ensaio. Como resultado, a análise mostrou as múltiplas possibilidades conceituais que tramas narrativas de terror podem apontar quando consideradas em seu plano simbólico para pensar questões ligadas à racialidade e ao colonialismo.TCC A cultura dos fandoms no universo do K-Pop: como a prática dos fãs contribuiu no crescimento e espalhamento do gênero a partir de 2015(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-07-25) Oliveira, Lara Jalila Andrade de; Lacerda, Juciano de Sousa; Souza, Daniel Rodrigo Meirinho de; Oliveira, Raquel AssunçãoO mundo pós-moderno, panorama da revolução das comunicações, no qual há mais oportunidades de acesso a diversas mídias e formas de entretenimento, vem descortinando o gênero musical K-Pop como um fenômeno midiático internacional. O seguinte trabalho tem como objetivo investigar de que medida a cultura dos fandoms auxilia o crescimento exponencial do gênero musical nos últimos anos. O método escolhido foi o indutivo, a partir de pesquisas bibliográficas sobre a convergência midiática e a cultura participativa e de análise de dados de sites. Como resultado, o trabalho revela que os chamados K-poppers são consumidores e agentes ativos da cibercultura, conhecidos por quebrar recordes de visualizações, streams e ter forte presença online, enaltecendo e trazendo visibilidade para o gênero, em decorrência da criação de conteúdos e do compartilhamento massivo das mídias em diferentes plataformas e redes sociais a ponto do mesmo passar a ser reconhecido em diversas forma de mídia e instituições ocidentais, como revistas, programas de televisão e eventos de premiações globais.Dissertação Dádiva e internet: os artífices dos tutoriais de software livre(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-03-20) Soares, Ana Eliza Trajano; ; http://lattes.cnpq.br/2568499843473943; ; http://lattes.cnpq.br/0324153489731303; Silva, Josimey Costa da; ; http://lattes.cnpq.br/7619869688485452; Lacerda, Juciano de Sousa; ; http://lattes.cnpq.br/9310055597414010; Colvara, Lauren Ferreira; ; http://lattes.cnpq.br/4119756224647785A pesquisa propõe-se a uma reflexão sobre vídeos tutoriais do Youtube, vistos como uma forma de dádiva na sociedade moderna. Nossa reflexão parte da perspectiva da troca recíproca, que foge dos padrões das trocas com fins econômicos atuais. Apresentamos estes produtores de vídeo como artífices da cibercultura, pela habilidade e competência com que transmitem o seu conhecimento. A pesquisa se dar pela observação de vídeos tutoriais no YouTube sobre o sistema operacional Linux e suas distribuições, analisando as interações entre os produtores dos vídeos, usuários e o site. A análise tem como base o clássico Mauss(2003) e as suas releituras com Caille(1998, 2001, 2002, 2006), Godbout(1992, 1998) auxiliados por Aime e Cossetta(2010) e Sennett(2009) para entendermos a ideia do artífice. A internet como um território aberto e em expansão nos possibilita entender que as relações também nesse meio se constituem pelos vínculos de reciprocidade apontados por Mauss no início do século XX, a circulação de bens imateriais, no caso o conhecimento além dos laços sociais criados promovem a dimensão colaborativa para a produção do comum no ciberespaço.Dissertação Damas de paus: atravessamentos afetivos sobre representatividade trans e travesti na música brasileira d'as Bahias e a Cozinha Mineira(2019-08-20) Silva, André Araújo da; Veloso, Maria do Socorro Furtado; Lacerda, Juciano de Sousa; ; ; ; Nobre, Itamar de Morais; ; Jesus, Jaqueline Gomes de; ; Lima, Maria Erica de Oliveira;A presente pesquisa busca discutir e compreender o papel da música brasileira, sob uma perspectiva comunicacional, frente às questões de representatividade trans e travesti na sociedade. Nesse sentido, essa obra apresenta-se como uma proposta de pesquisa qualitativa exploratória dos temas imbricados na problemática, por meio de um percurso metodológico chamado de Imersão Sistemática Afeto-analítica, inspirada nas inquietações de Jota Mombaça (2016), com o objetivo de responder: como a emergência de um cenário musical dissidente centrado na representatividade LGBT, mais especificamente a representatividade trans e travesti, afeta as demandas do movimento e, consequentemente, contribui para normatização social coletiva desses corpos, o debate político e a legitimidade dos direitos da população LGBT no Brasil? A pesquisa tem como interagentes a banda “As Bahias e a Cozinha Mineira”, buscando entender como as pessoas trans agenciam suas vivências a partir da representatividade em diálogo com as discussões de gênero e sexualidade de Jaqueline Gomes de Jesus (2012; 2015; 2018), Guacira Lopes Louro (2016) e Amara Moira (2017); as reflexões acerca do mercado fonográfico de Marcia Tosta Dias (2008) e da representatividade LGBT midiática, a partir das ideias de João Silvério Trevisan (2017; 2018) e Flávia Péret (2011). Percebe-se, a partir das reflexões acerca das ideias de Muniz Sodré (2006), Ruth Finnegan (2008) e João Fernando de Araújo (2013), aqui, o poder que a música tem de desconstruir os muros e barreiras que efetivamente segregam, comunicando, sendo meio, mensagem e mídia, carregando em si essas imbricações que chamo de comusicação. A visibilidade de pessoas trans e travestis não é suficiente para tirar essas pessoas da marginalização, mas é uma importante forma de compreender que as identidades e presenças desses corpos precisam ser humanizadas e naturalizadas na ocupação dos espaços. Representatividade, aqui, é o ato desses corpos trans de se fazerem presentes.Dissertação Das estantes para a tela: práticas de leitores de livros impressos e digitais do curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Rio Grande do Norte(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2012-02-27) Macedo, Helton Rubiano de; Lacerda, Juciano de Sousa; ; http://lattes.cnpq.br/9310055597414010; ; http://lattes.cnpq.br/1785916665936503; Costa, Sebastião Guilherme Albano da; ; http://lattes.cnpq.br/8529803599502506; Nicolau, Marcos Antonio; ; http://lattes.cnpq.br/5260274722922345A cultura do livro impresso perpassa o cotidiano de leitores por mais de cinco séculos e, a partir disso, hábitos e significados sobre a mídia livro estão arraigados sobre a comunidade leitora, numa espécie de contrato de leitura (VERÓN, 2004). Destarte, acreditamos ser possível conjecturar que o surgimento do livro digital venha modificar antigas práticas na relação com o livro impresso e por isso mesmo precisam ser investigadas a fim de compreender esse momento em que surgem produtos reconfigurados. Conscientes disso, definimos que a questão central da nossa pesquisa está baseada em compreender de que modo leitores de livros digitais realizam suas práticas. Nosso objetivo geral é investigar práticas socioculturais de leitores de livros digitais, com o intuito de revelar continuidades e descontinuidades no uso do livro em seus formatos impresso e digital. Para tanto, buscamos 1) propor uma caracterização de uma cultura do livro impresso que seja suporte para um possível mapeamento de marcas de uma cultura do livro digital; e 2) explorar o cenário de produção e oferta do livro digital, especialmente no Brasil, a fim de delineá-lo em suas primeiras configurações. Defendemos, como proposta metodológica, a sistematização de dimensões da cultura do livro impresso denominadas: ritualidade, simbologia, materialidade e forma, as quais auxiliarão a investida sobre o empírico. Nossa proposta está baseada, em diversos pontos, nos pesquisadores da história do livro, inscrita no campo da História Cultural (BURKE, 2008; CHARTIER, 1992, 1994, 2006; DARNTON, 1990, 2006, 2010). Adotamos como técnica de pesquisa a análise de falas, registradas por meio de entrevistas em profundidade, de leitores de livros em formato digital. Antes disso, julgamos pertinente empreender uma pesquisa exploratória baseada na aplicação de questionário online. Nosso recorte inclui leitores de livros digitais do curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Entre as conclusões desta dissertação, é possível apontar que o grupo de leitores investigados está solidamente vinculado a experiências com os livros impressos e que esse enraizamento cultural repercute sobremaneira sobre práticas com livros digitaisTCC Divulgação científica em saúde: uma análise comunicacional da publicização dos cursos do AVASUS(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-12-11) Melo Junior, Temístocles Rodrigues de; Lacerda, Juciano de Sousa; Araújo, Ana Claudia CostaO presente artigo visa analisar o papel da publicidade na popularização de cursos de saúde no Ambiente Virtual de Aprendizagem do SUS (AVASUS). Nesse contexto, explora o papel da publicidade online na relevância dos cursos oferecidos, concentrando-se nos cinco mais populares. A pesquisa contextualiza o AVASUS em relação a outras plataformas de educação em saúde no Brasil e examina a evolução da divulgação científica. Destacam-se os cursos mais frequentados, incluindo análises de matrículas, estratégias de divulgação e influências sociais. No âmbito das conclusões, a análise identifica que embora o contexto social influencie no interesse das pessoas, estratégias publicitárias, especialmente em redes sociais, desempenham um papel crucial na promoção e alcance dos cursos. O artigo oferece compreensões sobre a interseção entre publicidade, divulgação científica e educação em saúde no contexto brasileiro.Tese E sobre esta rede edificarei a minha igreja: as processualidades midiatizadas na produção de conteúdo dos pregadores de internet enquanto influenciadores digitais da fé(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-01-30) Silva, Odlinari Ramon Nascimento da; Costa, Luciana Miranda; Martino, Luís Mauro Sá; https://orcid.org/0000-0003-1928-5467; http://lattes.cnpq.br/4303555424897191; Lemos, Daniel Dantas; Lacerda, Juciano de Sousa; Karhawi, Issaaf Santos; Cunha, Magali do NascimentoCom as mudanças sóciotecnológicas da sociedade, o campo religioso foi se constituindo midiaticamente enquanto uma ambiência de novas formas e vínculos de religiosidades. E o seu processo de midiatização adquiriu protagonismo, não apenas pelo uso instrumental de dispositivos midiáticos, mas por fazer dessas novas formas de vínculos de natureza religiosa fenômenos que ocupam o centro de interesse de pesquisadores da área de mídia e religião. Reiterando a expressão de Braga (2008), é “preciso desentranhar o comunicacional” dos fenômenos pesquisados. E foi essa a nossa tentativa quando nos aprofundamos no recorte da operacionalização metodológica da midiatização da religião, abrindo outros possíveis caminhos a partir daqueles já construídos pelos pesquisadores da área. Sabendo que os processos midiáticos não são simples resultados de mediação tecnológica de práticas religiosas, pelo contrário, é a partir da ambiência midiática, por meio de suas processualidades midiatizadas, que novas práticas e novas produções de sentido religioso estão em formação. Ao aprofundar o olhar para e no fenômeno da pregação midiática e midiatizada, de modo a não cair na superficialidade das nomenclaturas, dentre elas a “de internet”., tensionamos o uso das expressões “pregadores na internet x pregadores de internet”, constituindo-se como uma nova categoria em ascensão no mercado de pregações evangélicas no Brasil (Côrtes, 2014). O objetivo geral da pesquisa foi o de analisar as processualidades midiatizadas dos pregadores de internet Deive Leonardo e o pastor Antônio Júnior, a partir da produção de conteúdo na plataforma YouTube, de modo a compreender como a midiatização da religião possibilita uma escalada de profissionalização na instância do mercado de pregações evangélicas à influência digital da fé. Chegamos à conclusão de que a produção e a profissionalização de conteúdos evangélicos, a partir do YouTube, institui uma nova categoria no mercado de pregações evangélicas, especificamente midiatizada, com baixa interferência institucional religiosa, deslocada do processo de evangelização cristã organizado pelas instituições religiosas e dissociada do que entendemos quando ouvimos a expressão “pregador que usa a internet para pregar”. Acreditamos que a contribuição mais importante em nossa pesquisa está na identificação da 4ª modalidade do trabalho religioso com recorte no mercado de pregações evangélicas e no aprofundamento das categorias de pregadores na internet e pregadores de internet, identificando aproximações e distanciamentos entre elas.Tese Educação alimentar e nutricional na Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA): práticas de ensino e aprendizagem mediadas por tecnologia(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-12-04) Coutinho, Karla Mônica Dantas; Lima, Kenio Costa de; Lais, Lucia Leite; https://orcid.org/0000-0002-8061-7048; http://lattes.cnpq.br/7939303011096805; https://orcid.org/0000-0002-5668-4398; http://lattes.cnpq.br/5835673385014578; http://lattes.cnpq.br/0801465728444009; Lindquist, Ana Raquel Rodrigues; Lacerda, Juciano de Sousa; Santiago, Lorenna Marques de Melo; Ceccim, Ricardo BurgA Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença rara, neuromuscular, multissistêmica, caracterizada pela degeneração dos neurônios motores. A presença da desnutrição diminui a qualidade de vida e a sobrevida dos pacientes acometidos. Familiares, cuidadores e profissionais da saúde necessitam de formação ou conhecimentos específicos para o desempenho do seu papel junto aos pacientes com ELA. Para tanto, a educação em saúde é fundamental para a promoção da saúde, proporcionando suporte, conhecimento para a prevenção e autocuidado destes pacientes. O objetivo geral desta tese foi desenvolver e avaliar uma trilha educacional autoinstrucional, mediada por tecnologia sobre alimentação e nutrição na esclerose lateral amiotrófica. Para tanto, foram desenvolvidos cinco produtos: 1) Um protocolo de revisão de escopo (artigo 1); 2) Uma revisão de escopo (artigo 2); 3) Trilha educacional sobre alimentação e nutrição na ELA ofertados no Ambiente Virtual de Aprendizagem do Sistema Único de Saúde (AVASUS); 4) Um Data Report sobre a trilha educacional (artigo 3). 5) O artigo referente à intervenção educacional (artigo 4). Cada produto foi desenvolvido conforme a especificidade metodológica requerida. O protocolo de revisão de escopo (artigo 1) foi desenvolvido conforme Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses extension for Scoping Reviews (PRISMA ScR). A revisão de escopo (artigo 2) também seguiu PRISMA ScR e usou as seguintes bases de dados e bibliotecas virtuais: PubMed/MEDLINE, Excerpta Medica Database (Embase), Scopus, Web of Science, SciELO e Google Scholar. De um total de 189 registros identificados, 3 foram incluídos. Dando seguimento, a trilha educacional sobre alimentação e nutrição na ELA foi composta por 04 cursos autoinstrucionais no formato de Cursos Online, Abertos e Massivos (MOOCs), sobre “alimentação e nutrição na ELA”, “modificações dietéticas na ELA”, “alimentação por sonda na ELA” e “orientações nutricionais específicas na ELA”. O Data Report (artigo 3) foi elaborado para caracterizar demograficamente o grupo de cursistas e avaliar a trilha educacional sobre alimentação e nutrição na ELA. O artigo 4 foi elaborado com o objetivo de avaliar a efetividade da intervenção educacional proposta para profissionais da saúde, cuidadores e pacientes com ELA que realizaram a referida trilha educacional. Diante dos produtos desenvolvidos, o protocolo demonstrou a importância do planejamento adequado para elaboração da revisão de escopo. Nos estudos selecionados da revisão de escopo, foram identificadas e mapeadas as principais estratégias de educomunicação alimentar e nutricional aplicadas para cuidadores e pacientes com doenças neurodegenerativas. Detectou-se, também, os aspectos facilitadores e as barreiras no desenvolvimento e implementação das ações de educomunicação propostas. Com a elaboração da trilha educacional sobre alimentação e nutrição na ELA, pôde-se capacitar e atualizar o conhecimento de profissionais da saúde, cuidadores e pacientes, possibilitando a autonomia na construção do conhecimento. Mediante a isto, foi desenvolvido o artigo de Data Report, que apresenta um estudo descritivo em relação aos dados que compõem a trilha educacional sobre alimentação e nutrição na ELA, onde apresentou escalabilidade, tendo em vista o elevado número de inscrições, realizadas nas cinco regiões do Brasil e no exterior. E o artigo de intervenção educacional que pode avaliar a efetividade no processo ensino aprendizagem da trilha educacional apresentou melhorias da aprendizagem sobre alimentação e nutrição na ELA entre os profissionais de saúde, cuidadores e pacientes.Tese Essas crianças que dançam e brincam na tela: midiatização e o engendramento de infâncias contemporâneas pelo Instagram(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-06-28) Araújo, Emily Gonzaga de; Lacerda, Juciano de Sousa; Pavan, Maria Ângela; http://lattes.cnpq.br/2258546985285753; https://orcid.org/0000-0002-0876-377X; http://lattes.cnpq.br/9310055597414010; https://orcid.org/0000-0001-5730-904X; http://lattes.cnpq.br/1198937163531489; Aires, Janaine Sibelle Freires; Faxina, Elson; Fonsêca, Mayara de Sousa Guimarães; Foletto, RafaelO presente trabalho aborda as diversas imagens de infância postas em circulação no âmbito das redes sociais digitais (Recuero, 2018; Recuero; Bastos; Zago, 2020), especificamente na plataforma Instagram, a partir de um estudo de caso de três perfis infantis, notadamente de crianças ali representadas como influenciadoras digitais mirins (Abidin, Karhawi; 2021; Bareta, 2021; Jorge, Marôpo, Nunes, 2018); objetiva-se assim compreender de que maneira essas imagens fomentam perspectivas específicas acerca da construção social da infância no contexto digital; assinalamos uma conjuntura de franca midiatização (Fausto Neto, 2008; Santi, 2016; Sodré, 2002), no qual as mídias adquiriram um reforçado sentido de janelas para o mundo, ordenadoras da vida cotidiana; estamos concebendo a relação dos sujeitos infantis com os meios e sua cultura pelo viés do consumo simbólico (Canclíni, 1999; Silverstone, 2005), de modo que os elementos midiáticos dos quais o indivíduo se apropria entrelaçam-se com outros de sua experiência (Martín-Barbero, 2006); tensionamos uma aproximação teóricometodológica que supere o maniqueísmo em relação às crianças (Buckingham, 2012a), tomando-as como ativas e competentes no processo; tratamos da infância como uma construção social e também categoria estrutural e analítica, corroborando a visão de que não há uma criança “universal” ou “natural”, mas sim uma pluralidade de formas de ser criança e de viver o tempo da infância (Sarmento, 2007; Heywood, 2004; Corsaro, 2011); compreendemos a criança como produtora de cultura, as culturas infantis (Barbosa, 2007; Sarmento, 1997); tratamos das mídias enquanto um ente social vinculado às construções de significados, valores e práticas relacionadas à experiência do indivíduo, à tessitura dos modos de vida em sociedade, nas suas diversas esferas de socialização; em termos de metodologia, utilizamos uma abordagem qualitativa, lançando mão das técnicas de pesquisa bibliográfica (Stumpf, 2006) e análise de conteúdo (Bardin, 2011); os perfis analisados são abertos, isto é, acessíveis a qualquer pessoa que esteja dentro do Instagram; nosso corpus foi constituído pela compilação de postagens referentes ao mês de junho de 2023, considerando apenas as postagens do “feed” de cada perfil, de maneira que foram contabilizadas 29 postagens no total; dentre as conclusões, percebemos que as crianças influenciadoras digitais nos possibilitaram visualizar o duplo movimento entre o agenciamento/o empoderamento infantil e a restrição, sobretudo do ponto de vista da intervenção parental, da autonomia no sentido de produzir discursos efetivamente seus, autocentrados; pontuamos acerca da influência enquanto modalidade de trabalho infantil e a necessidade de elaboração de um dispositivo legal para regulamentar essa atividade, de modo a salvaguardar crianças e adolescentes influenciadores da exploração; observamos a questão do brincar performático, da brincadeira midiatizada, onde encontramos as culturas infantis e vislumbramos a ludicidade ressignificada dentro do processo de midiatização; destacamos ainda o predomínio da perspectiva da infância-produto/criança-consumo em detrimento de angulagens outras que privilegiem representações mais plurais e abrangentes de infância, em seus diversos atravessamentos de raça, gênero e nível socioeconômico; tal primazia do consumo possibilitou um avanço no encurtamento entre o mundo dos adultos e o das crianças, uma vez que há muitas similaridades entre os influenciadores digitais adultos e os infantis (nas práticas, na linguagem, na estética dos conteúdos); verificamos a manutenção das desigualdades, à medida que a visibilidade de diversas infâncias possibilitada pela democratização no acesso aos meios de produção não necessariamente se traduz em uma equiparação de oportunidades dentro da ambiência digital; os atravessamentos de raça, gênero e de ordem socioeconômica impactam diretamente nisso.