Navegando por Autor "Koike, Bruna Del Vechio"
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Tese Atividade anticrise de fitocomplexos derivados de Cannabis spp. e do canabidiol em um modelo de status epilepticus em camundongos(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-12-26) Sales, Igor Rafael Praxedes de; Queiroz, Cláudio Marcos Teixeira de; http://lattes.cnpq.br/3384801391828521; https://orcid.org/0000-0003-3804-0713; http://lattes.cnpq.br/6097105449108794; Mendes, Fulvio Rieli; Silva, Bagnólia Araújo da; Koike, Bruna Del Vechio; Sequerra, Eduardo Bouth; http://lattes.cnpq.br/2028204211415978Ensaios clínicos controlados por placebo mostram que o canabidiol (CBD) reduz a frequência de crises, tanto convulsivas como não convulsivas, em pacientes com epilepsia de difícil controle. Parte desse efeito depende de interações farmacocinéticas uma vez que nesses estudos, os pacientes continuam o tratamento anticrise convencional. Além disso, o mecanismo pelo qual o CBD atenua a frequência de crises ainda é desconhecido, especialmente considerando sua afinidade por receptores do sistema endocanabinoide. Outros fitocanabinoides, como o tetra-hidrocanabinol (THC), também modificam o sistema endocanabinoide, alterando a transmissão sináptica e a excitabilidade neuronal. Assim, a presente tese avaliou o potencial anticrise de extratos de Cannabis spp. com distintos perfis de fitocanabinoides (fitocomplexos) sobre o status epilepticus (SE), comparando suas respostas com aquelas observadas após o CBD. Trabalhamos com a hipótese de que fitocomplexos derivados de Cannabis spp., por conter uma diversidade de metabólitos secundários, seriam mais eficazes no controle da hiperexcitabilidade neuronal que um fitocanabinoide puro (CBD). Para isso, utilizamos registros eletrofisiológicos e comportamentais de camundongos submetidos ao modelo do SE induzido pela administração intra-hipocampal de pilocarpina. Curvas dose-resposta de dois extratos, um com uma razão de concentração de CBD:THC maior que 1 (XT-CBD) e outro com uma razão CBD:THC menor que 1 (XT-THC), foram comparadas com tratamentos convencionais (CBD e diazepam). Os animais receberam o composto experimental por via intraperitoneal (i.p.) trinta minutos antes da pilocarpina. Utilizamos a ambulação entre as duas administrações como indicador de possíveis efeitos sedativos causados pelos extratos. Nossos resultados mostram que o XT-CBD reduziu a duração e a gravidade do SE comportamental em todas as doses avaliadas (4, 36 e 360 mg/kg; n=6-9/grupo) em comparação ao grupo veículo (solução de óleo de milho estéril, 10 mL/kg; n=24, p<0,05, teste de Mann-Whitney). O tratamento com XT-THC apresentou um efeito bifásico: a dose de 10 mg/kg (n=7) aumentou a proporção de animais com crises generalizadas enquanto doses mais altas (450 e 1000 mg/kg; n=6-9/grupo) diminuiram a gravidade das crises. Porém, as altas doses de XT-THC produziram forte sedação. Comparativamente, a diminuição da gravidade do SE nas doses altas do XT-CBD e XT-THC foi semelhante à observada nos grupos tratados com diazepam (5 mg/kg; n=6; p>0,05; teste de MannWhitney) e com CBD (dose de 200 mg/kg, n=11). Surpreendentemente, o tratamento com CBD, XT-THC e XT-CBD não alterou a expressão eletrofisiológica da crise, considerando latência, duração e energia dos paroxismos eletrográficos. Nossos resultados demonstram que fitocomplexos são eficazes em modular a expressão comportamental do SE induzido farmacologicamente, sendo que fitocompostos ricos em CBD são mais eficazes que fitocompostos ricos em THC. Experimentos futuros serão necessários para compreender a dissociação entre a expressão comportamental e eletrográfica dos fitocanabinoides sobre o SE induzido pela administração intra-hipocampal de pilocarpina. Desse modo, esse estudo contribuiu para um melhor entendimento a respeito do uso de fitocanabinoides no tratamento de crises.Tese Avaliação comportamental e neuroquímica de ratos em dessincronização forçada: possíveis implicações para um modelo animal de oscilações no humor(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2013-07-05) Koike, Bruna Del Vechio; Araújo, John Fontenele; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4792718J4; ; http://lattes.cnpq.br/6190033586443279; Gavioli, Elaine Cristina; ; Pedrazzoli Neto, Mario; ; http://lattes.cnpq.br/1423676413208650; Ferreira, Tatiana Lima; ; http://lattes.cnpq.br/2557253808540866Os indivíduos com Transtorno Bipolar apresentam alterações no sistema de temporização circadiano, mostrando deslocamento de fase em diversas variáveis fisiológicas. Muitos argumentos demonstram que alterações nos ritmos circadianos podem ser parte da fisiopatologia do transtorno bipolar. Dada a necessidade de maior elucidação sobre a fisiopatologia da doença, o objetivo deste trabalho foi a validação do protocolo de dessincronização forçada como modelo animal para o transtorno bipolar. Para isso, submetemos ratos Wistar ao protocolo de dessincronização forçada que consiste num ciclo de claro/escuro simétrico de 22h. Sob este protocolo, os ratos dissociam o ritmo da atividade locomotora em dois componentes rítmicos: um sincronizado ao ciclo claro/escuro imposto de 22h; e outro componente com período maior que 24h que segue o período endógeno do animal. Como esses ritmos possuem períodos diferentes acabam coincidindo em alguns momentos, o que nomeamos de CAP (do inglês coincidence active phase) e a fase oposta, de não coincidência, chamamos de NCAP (do inglês non-concidence active phase). A hipótese é que em CAP os animais apresentassem um comportamento semelhante aos indivíduos bipolares em estado de mania e os animais em NCAP, sintomas semelhantes aos indivíduos na fase depressiva. Encontramos algumas evidências que estão descritas detalhadamente ao longo desta tese. Em resumo dos dados comportamentais temos que os animais em dessincronização forçada mostram-se mais estressados, com a atividade exploratória reduzida e avaliação de risco prejudicada. Os animais no momento CAP são menos depressivos e apresentam maior atividade locomotora concentrada na fase escura. Enquanto os animais em NCAP apresentam maior ansiedade, mas não apresentam anedonia. Através dos testes farmacológicos vimos que a dessincronização foi abolida, mas não foi possível mensurar se a atividade dos animais volta aos níveis basais. Encontramos que os animais dissociados apresentam maior número de células marcadas para o receptor serotoninérgico 5HT1A na região da amígdala, supostamente indicando que há uma maior inibição da amígdala nestes animais. Tomando os dados em conjunto, conseguimos validar parcialmente o protocolo de dessincronização forçada como modelo animal para oscilações do humorTese Efeitos agudo e crônico de uma exposição ao claro constante no ritmo circadiano de atividade locomotora, na memória e no comportamento tipo-ansioso em ratos Wistar adultos(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-04-27) Leal, Júlio César de Oliveira; Araújo, John Fontenele; Barbosa, Flávio Freitas; http://lattes.cnpq.br/3347815035685882; http://lattes.cnpq.br/8602634770922316; Miguel, Mário André Leocadio; https://orcid.org/0000-0002-7248-3529; http://lattes.cnpq.br/9973095281534917; Iglesia, Horácio De La; Koike, Bruna Del Vechio; Oda, Gisele AkemiRatos adultos expostos ao claro constante (CC) apresentam um ritmo de atividade locomotora em livre curso. Em alguns ratos, a exposição permanente ao CC induz um padrão arrítmico da atividade locomotora, devido a um efeito de desacoplamento entre os múltiplos osciladores circadianos nos núcleos supraquiasmáticos do hipotálamo. Adicionalmente, a exposição ao CC causa prejuízos na memória e alterações no estado emocional. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos agudo e crônico da exposição ao CC na ritmicidade circadiana da atividade locomotora, no desempenho cognitivo e no comportamento tipo-ansioso em ratos adultos. 35 Ratos Wistar machos foram utilizados no experimento. No dia pós-natal (P) 22, após o desmame, os animais foram alocados individualmente em gaiolas em um ciclo claro e escuro (CE) 12:12, e o registro contínuo de atividade locomotora, o registro semanal de consumo alimentar e massa corpórea foram iniciados. No P60, os animais foram submetidos ao CC e permaneceram nessa condição até o final do experimento. O grupo controle foi mantido em CE. As tarefas de campo aberto e reconhecimento de objeto novo foram realizadas após 3 semanas para os animais em CE (n = 11) e em CC (n = 11) testados a curto prazo, e após 7 semanas para os animais em CE (n = 7) e em CC (n = 11) testados a longo prazo. A tarefa do reconhecimento espacial associativo foi realizada na semana seguinte às tarefas anteriores. Os animais em CC apresentaram um ritmo de atividade locomotora em livre curso, com período maior e um percentual de variabilidade menor que os animais em CE. Além disso, os animais em CC apresentaram uma memória de reconhecimento a curto, mas não a longo prazo, entretanto o reconhecimento para associações espaciais dos animais em CC foi prejudicado tanto a curto quanto a longo prazo. No campo aberto, os animais em CC a longo prazo gastaram menos tempo na área central e deixaram mais bolos fecais. Adicionalmente, comparado aos animais testados a curto prazo, os animais testados a longo prazo apresentaram uma maior distância total percorrida e os parâmetros do comportamento grooming aumentados no campo aberto. Finalmente, os animais em CC consumiram mais ração imediatamente após a exposição ao CC em comparação aos animais em CE. Em conclusão, os resultados deste estudo sugerem que os efeitos negativos da exposição ao claro constante na memória aumentam conforme o tempo de permanência no claro constante, entretanto os efeitos no comportamento tipo-ansioso não são claros.Artigo Electrophysiological evidence that the retrosplenial cortex displays a strong and specific activation phased with hippocampal theta during paradoxical (REM) sleep(2017-07-20) Koike, Bruna Del Vechio; Farias, Kelly Soares; Billwiller, Francesca; Almeida-Filho, Daniel; Libourel, Paul-Antoine; Tiran-Cappello, Alix; Parmentier, Régis; Blanco, Wilfredo; Ribeiro, Sidarta Tollendal Gomes; Luppi, Pierre-Herve; Queiroz, Claudio Marcos Teixeira deIt is widely accepted that cortical neurons are similarly more activated during waking and paradoxical sleep (PS, aka REM) than during slow wave sleep (SWS). However, we recently reported using Fos labeling that only a few limbic cortical structures including the retrosplenial (RSC) and anterior cingulate (ACA) cortices contain a large number of neurons activated during PS hypersomnia. Our aim in the present study was to record local field potentials (LFPs) and unit activity from these two structures across all vigilance states in freely moving male rats to determine whether the RSC and the ACA are electrophysiologically specifically active during basal PS episodes. We found that theta power was significantly higher during PS than during active waking (aWK) similarly in the RSC and hippocampus (HPC) but not in ACA. Phase-amplitude coupling between HPC theta and gamma oscillations strongly and specifically increased in RSC during PS compared with aWK. It did not occur in ACA. Further, 68% and 43% of the units recorded in the RSC and ACA were significantly more active during PS than during aWK and SWS, respectively. In addition, neuronal discharge of RSC but not of ACA neurons increased just after the peak of hippocampal theta wave. Our results show for the first time that RSC neurons display enhanced spiking in synchrony with theta specifically during PS. We propose that activation of RSC neurons specifically during PS may play a role in the offline consolidation of spatial memories, and in the generation of vivid perceptual scenery during dreaming.Dissertação Fatores associados à duração do sono e social LAG em estudantes universitários no interior do Rio Grande do Norte: estudo baseado nos determinantes sociais de saúde(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-03-05) Lopes, Xaize de Fátima de Medeiros; Souza, Jane Carla de; Dantas, Diego de Sousa; ; ; ; Koike, Bruna Del Vechio; ; Câmara, Saionara Maria Aires da;INTRODUÇÃO: A irregularidade nos horários de dormir e acordar entre os dias livres e de trabalho/estudo, denominada de social lag, somada a redução nas horas de sono na semana são hábitos cada vez mais observados nos universitários. Na última década no Brasil, ocorreu um processo migração de estudantes para cidades universitárias decorrente da interiorização do ensino superior, o que pode gerar mudanças no estilo de vida e nos hábitos de sono dos estudantes. O estudo de como o meio social pode impactar na saúde dos indivíduos pode ser realizado a partir dos modelos de determinantes sociais da saúde, os quais podem ser de caráter estruturais ou intermediários. O primeiro relacionado a questões socioeconômicas, educacionais e de trabalho e o segundo ligado às influências comportamentais de nível individual. Diante disto, o objetivo desse estudo foi analisar quais fatores dos Determinantes sociais de Saúde estão associados com a duração de sono e social lag em universitários no interior do Rio Grande do Norte (RN). MÉTODOS: Desenvolvido com estudantes da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi, localizada em Santa Cruz-RN, através da aplicação de 02 questionários: “A saúde e o sono” e o questionário de cronotipo de Munique. Para analisar a associação entre as variáveis independente e os desfechos duração do sono na semana e fim de semana, e social lag foi adotada a regressão linear múltipla com método stepwise forward. O nível de significância adotado foi de 5%. RESULTADOS: Não houve associação entre os determinantes estruturais de saúde (classe socioeconômica, trabalho, conhecimento sobre o sono e horário de início das aulas) e as variáveis desfecho duração de sono na semana e fim de semana, e o social lag. Com relação aos determinantes intermediários da saúde as variáveis preditoras para a duração de sono na semana foram: cronotipo (β = -0,55, p= 0,001), sexo (β = - 24,78, p=0,008), atividades de lazer (β = -27,94; p=0,003), local de dormir (β = -42,78; p=0,005) e moradia (β = 24,95; p=0,010). As variáveis preditoras da duração de sono no fim de semana foram: sexo (β = -36,36; p=0,001), cronotipo (β = 0,24; p=0,001), local de dormir (β = -58,15; p=0,001), atividades recreativas e religiosas (β = -31,11; p=0,027), atividades de lazer (β = -25,10; p=0,021) e demanda acadêmica (β = -23,60; p=0,025). As variáveis preditoras do Social lag foram: atividades de lazer (β =23,24), demanda acadêmica (β =19,51), afazeres domésticos (β = 17,61) e bebidas estimulantes (β =-15,17). Além disso, foi observado que 43% da amostra apresentou duração de sono na semana menor que 6h (média = 6h39min ± 1h28min), enquanto 92,3% apresentaram duração de sono maior que 6h no fim de semana (média = 8h01min ± 1h32min). O social lag médio observado foi de 1h21min ± 55min. 34,2% dos participantes apresentaram social lag menor que 1h, 52,3% exibiram social lag entre 1h e 2 h e 13,4% obtiveram social lag maior que 2h. CONCLUSÃO: As associações observadas foram referentes aos determinantes intermediários da saúde classificados como fatores biológicos, comportamentais e de condições de moradia dos universitários. Os universitários do interior do RN apresentaram menor duração de sono nos dias de aula e maior duração nos dias livres, e 65,7% da amostra apresentou social lag maior que 1h. Este estudo realizado com estudantes do interior do Rio Grande do Norte é pioneiro e poderá contribuir para as discussões relativas ao contexto universitário. Além disso, considerando que estes universitários serão futuros profissionais da saúde, os resultados podem ser servir de base para a discussão do impacto dos determinantes sociais da saúde sobre o ciclo sono/vigília dos indivíduos e para a discussão a respeito da higiene do sono no âmbito da saúde coletiva.Artigo Hippocampus-retrosplenial cortex interaction is increased during phasic REM and contributes to memory consolidation(Springer Science and Business Media LLC, 2021-06-22) Almeida Filho, Daniel Gomes de; Koike, Bruna Del Vechio; Billwiller, Francesca; Farias, Kelly Soares; Sales, Igor Rafael Praxedes de; Luppi, Pierre-Hervé; Ribeiro, Sidarta Tollendal Gomes; Queiroz, Claudio Marcos Teixeira deHippocampal (HPC) theta oscillation during post-training rapid eye movement (REM) sleep supports spatial learning. Theta also modulates neuronal and oscillatory activity in the retrosplenial cortex (RSC) during REM sleep. To investigate the relevance of theta-driven interaction between these two regions to memory consolidation, we computed the Granger causality within theta range on electrophysiological data recorded in freely behaving rats during REM sleep, both before and after contextual fear conditioning. We found a training-induced modulation of causality between HPC and RSC that was correlated with memory retrieval 24 h later. Retrieval was proportional to the change in the relative influence RSC exerted upon HPC theta oscillation. Importantly, causality peaked during theta acceleration, in synchrony with phasic REM sleep. Altogether, these results support a role for phasic REM sleep in hippocampo-cortical memory consolidation and suggest that causality modulation between RSC and HPC during REM sleep plays a functional role in that phenomenonTese Participação dos componentes homeostático e circadiano do sono no desempenho funcional em idosos institucionalizados(2017-12-11) Nóbrega, Patrícia Vidal de Negreiros; Araújo, John Fontenele; Maciel, Álvaro Campos Cavalcanti; http://lattes.cnpq.br/9441132413428495; http://lattes.cnpq.br/3347815035685882; http://lattes.cnpq.br/4328756791043139; Koike, Bruna Del Vechio; https://orcid.org/0000-0001-9745-3513; http://lattes.cnpq.br/6190033586443279; Crispim, Cibele Aparecida; https://orcid.org/0000-0002-6638-8197; http://lattes.cnpq.br/9865330615540205; Miguel, Mário André Leocádio; http://lattes.cnpq.br/9973095281534917Introdução: O envelhecimento é um dos fenômenos que afeta a integridade da regulação do ciclo sono-vigília (CSV) e de seus componentes, circadiano e homeostático. Transtornos na regulação do CSV estão relacionados com um importante indicador do estado de saúde na população idosa, o desempenho funcional, cujo declínio progressivo é reconhecido como uma característica comum da Síndrome da Fragilidade. Ambas entidades patológicas acometem mormente os idosos institucionalizados, considerados de risco à um processo de deterioração mais acelerada. Objetivo: Avaliar a influência dos componentes homeostático e circadiano do sono sobre o desempenho funcional em idosos institucionalizados. Materiais e métodos: Estudo longitudinal de 24 meses, com três medidas de avaliação, conduzido com 133 idosos residentes em quatorze instituições de longa permanência do Estado da Paraíba. Foram utilizados Índice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (IQSP) e actimetria (abordagem não paramétrica), além de questionários e testes específicos para as variáveis gerais de saúde e de desempenho funcional (fenótipo de fragilidade). Para caracterização da amostra, estatística descritiva foi utilizada, com medidas de distribuição para todas as variáveis. Em seguida, análises bivariadas foram realizadas para observar a existência de relações entre as variáveis independentes e dependentes, com cálculo dos respectivos Effect-Size. Por fim, modelos lineares de efeitos mistos foram construídos, ajustados por covariáveis, para analisar se às mudanças na qualidade do sono (latência, duração, início e final do sono e escore IQSP) e ritmo repouso-atividade (L5, M10, AR, IS60, ISm, IV60 e IVm) seriam preditores de aumento na carga de fragilidade. Resultados: A amostra foi caracterizada por média de idade de 78,76 (±7,62) anos, má qualidade de sono, no IQSP (7,71±4,38 pontos), e 47,3% de idosos frágeis. Os idosos frágeis obtiveram pior qualidade de sono, IQSP=9,00 (±4,59), quando comparados aos não frágeis, IQSP=6,42 (±3,74) (p=0,001). Os idosos com queixas de qualidade de sono ruim, latência de sono prolongada, duração de sono inadequada, baixa eficiência habitual de sono, presença de distúrbios do sono noturno e diurno e/ou uso de medicação para dormir apresentaram critério positivo para exaustão, perda de peso não-intencional, redução na velocidade da marcha, força de preensão e na atividade física. Adicionalmente foram verificados maior irregularidade e fragmentação do ritmo repouso-atividade nos idosos frágeis [(ISm=0,32±0,14; p=0,041) (IVm=0,88±0,23; p=0,032), respectivamente]. Dentre as variáveis da qualidade do sono, o escore global do IQSP foi preditor de aumento na carga de fragilidade (β=0,04; p=0,003). E de todas as variáveis do ritmo repouso-atividade, apenas a variabilidade intra-diária (IVm) foi capaz de predizer alterações na fragilidade (β=0,906; p=0,034). Conclusão: A partir dos resultados deste estudo longitudinal, foi observado que má qualidade do sono e fragmentação do ritmo repouso-atividade foram preditores de aumento da carga de fragilidade em idosos institucionalizados, ou seja, o componente homeostático foi o principal influenciador do declínio progressivo do desempenho funcional, concernente ao status de fragilidade. Salienta-se que os marcadores do ritmo repouso-atividade e da qualidade do sono podem constituir uma nova ferramenta para o monitoramento do estado de saúde e doença em idosos institucionalizados.