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    Tese
    Among flowers and thorns: the natural history and the role of macambira bromeliads for the biodiversity and humans of the Brazilian semiarid
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-05-27) Jorge, Jaqueiuto da Silva; Silva, Adriano Caliman Ferreira da; https://orcid.org/0000-0001-9218-5601; http://lattes.cnpq.br/4147444251852878; http://lattes.cnpq.br/7651436848651543; Vieira Filho, Edson Aparecido; Versieux, Leonardo de Melo; Bonifácio, Kallyne Machado; Mendes, Raone Beltrão
    A presente tese de doutorado oferece uma visão abrangente da importância ecológica das bromélias não-fitotelmatas (macambiras) na região Neotropical, com foco especial em Encholirium spectabile na região Semiárida do Brasil. A tese está estruturada através de diversos estudos que se unem em cinco capítulos, abordando a relevância dessas bromélias para a fauna local e as implicações dessas interações para os grupos envolvidos, bem como a conservação desses ecossistemas. Pesquisas realizadas de 2011 a 2018 revelam associações com uma ampla variedade de fauna, incluindo artrópodes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos de diversos grupos. E. spectabile desempenha diversas funções ecológicas, como fornecer habitat, local de forrageamento e recursos alimentares. Capítulo 1: As bromélias são destacadas por seu papel como engenheiras ecossistêmicas, funcionando como plantas de berçário e espécies-chave, formando microecossistemas diversos. Apesar de seu papel crucial, essas plantas enfrentam uma grave ameaça devido às atividades de mineração, enfatizando a necessidade de políticas de conservação. Capítulo 2: Aves, especialmente na região semiárida, utilizam as bromélias de diversas formas, incluindo local para alimentação, nidificação e repouso, destacando a interconexão entre a conservação dessas plantas e a preservação de espécies de aves envolvidas. Capítulo 3: Explora o papel de E. spectabile na diversidade de artrópodes, enfatizando sua importância em sustentar táxons diversos, especialmente durante a estação chuvosa. A pesquisa destaca a relevância ecológica das macambiras em ambientes desafiadores. Capítulo 4: Discute os himenópteros, esclarecendo os Serviços Ecossistêmicos fornecidos por esses insetos, enfatizando a necessidade de esforços de conservação para proteger suas interações com as bromélias. Finalmente, Capítulo 5: Destaca o conhecimento local sobre bromélias, especificamente as macambiras, entre o povo sertanejo, revelando sua importância multifacetada em fornecer Serviços Ecossistêmicos, identidade cultural e suporte à biodiversidade. Apesar de seu papel crucial, esse conhecimento atualmente é pouco divulgado, destacando a necessidade de uma divulgação mais ampla. No geral, esses estudos enfatizam a importância de intricadas relações ecológicas, serviços ecossistêmicos e a significância cultural das bromélias e suas interações, especialmente Encholirium spectabile, na região Semiárida do Brasil, destacando a urgência de medidas de conservação.
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    Tese
    Ecologia comportamental de mabuya agmosticha (MABUYIDAE) na bromeliaceae encholirium spectabile: relevância desta associação e da bromélia hospedeira para o semiárido brasileiro
    (2019-09-13) Jorge, Jaqueiuto da Silva; Freire, Eliza Maria Xavier; ; ; Silva, Adriano Caliman Ferreira da; ; Sales, Raul Fernandes Dantas de; ; Passos, Daniel Cunha; ; Ribeiro, Leonardo Barros;
    Introdução: O sucesso de uma espécie em determinado hábitat ou ecossistema depende de uma gama de comportamentos, cada um com finalidade específica, sempre levando em conta a maximização do ganho energético e a diminuição dos custos. O hábitat onde a espécie vive norteia seus comportamentos, boa parte destes voltados ao modo de vida nestes locais. As Bromélias, por exemplo, constituem hábitats importantes para muitas espécies, inclusive de répteis, dentre as quais Mabuya agmosticha, uma espécie de lagarto da família Mabuyidae, de hábito bromelícola e endêmica do Nordeste do Brasil. Considerando sua estrita relação com a bromélia macambira Encholirium spectabile no semiárido brasileiro, este estudo abordou a ecologia comportamental de M. agmosticha em associação com E. spectabile na região Agreste do estado do Rio Grande do Norte, além de analisar a importância destas plantas hospedeiras para a biodiversidade e para a socioeconomia do semiárido nordestino. Metodologia: O trabalho de campo foi realizado durante excursões mensais, por quatro dias consecutivos, ao longo de um ano, quando foram observados e registrados os comportamentos da referida espécie de lagarto em associação com as bromélias, tais como, período de atividade, dieta, comportamento de forrageio, comportamento termorregulatório e detecção e fuga de predadores. Toda esta parte deste estudo em campo foi apenas observacional; para analisar a dieta, os dados foram coletados durante parte da pesquisa do Mestrado. Para os comportamentos de forrageio, as atividades de cada indíviduo foram categorizadas em Proporção do Tempo gasto em Movimento (PTM), número de Movimentos Por Minuto (MPM), número de ataques bem-sucedidos sobre presas por minuto, e tempo em Vigília. Também foi testada a influência da sazonalidade sobre a dieta e comportamentos de forrageio. Utilizaram-se estatísticas circulares para avaliar a relação entre a posição dos lagartos e o ângulo de incidência dos raios solares e das horas. O período de atividade foi testado através do número de indivíduos ativos ao longo das horas e dos dias, além dos efeitos da sazonalidade e variações interespecíficas na população. Os comportamentos de fuga foram expressados pelo índice FID (Flight Intiation Distance ou distância inicial de fuga), e a simulação do potencial predador foi feita por um observador humano. Também foram testados outros modelos de predadores, tais como serpentes, ontogenia nos valores do FID, além dos efeitos da sazonalidade, da temperatura do substrato, da autotomia caudal e entre os sexos. Para avaliar a importância de E. spectabile para a biodiversidade do semiárido e seu papel socioeconômico, realizou-se trabalho de campo ao longo de nove anos, aliado a extensa pesquisa bibliográfica. Resultados: A dieta foi composta basicamente por pequenos artrópodes; pouco consumo de material vegetal e nenhuma presa vertebrada. Térmitas compõem 23.63% da dieta, seguidos por aracnídeos (14.93%) e baratas (7.52%), sem diferenças sazonais significativas. Também não houve diferenças na dieta de machos e fêmeas. Mabuya agmosticha apresentou PTM de 18.3 ± 2.8 %, e o MPM de 0.38 ± 3.8 segundos por minuto, e passou em média 81.7 % do tempo parada; capturou cerca de 1.72 ± 1.4 presas por minuto, e passou em média 22.2 ± 7,62% do tempo em vigília. Diferenças siginificativas quanto aos movimentos foram constatadas entre machos e fêmeas, e fêmeas e juvenis. Mabuya agmosticha mostrou relações significativamente positivas tanto com o ângulo de incidência dos raios solares, quanto com as horas do dia. Esta espécie permaneceu ativa durante todo o dia, embora tenha demonstrado preferência pelos horários iniciais e finais do dia. Apresentou um FID médio de 3.1 ± 0.7 metros. As fêmeas apresentaram um FID maior que os machos e os juvenis. Constatou-se efeito significativo da temperatura do substrato sobre o FID total, porém não em relação aos sexos. Conclusões: A dependência de Mabuya agmosticha a bromélias macambiras a diferencia das demais espécies simpátricas do gênero, sendo sua ecologia alimentar diretamente relacionada ao uso das bromélias. Sua dependência dessas bromélias rupícolas constitui grande ameaça à sua sobrevivência, diante da sobre exploração e possível desaparecimento destas bromélias; políticas socioambientais visando a conservação de ambas as espécies são imprescindíveis. Quanto à importância das bromélias macambiras para a biodiversidade do semiárido e interesse socioeconômico, estas demostraram relevância significativa, por abrigar grande diversidade de espécies associadas e inúmeras interações ecológicas e sociais. Consequentemente, propõe-se a bromélia rupícola E. spectabile como Espécie-chave para a região semiárida, e sugerem-se políticas ambientais mais eficazes para a conservação destas plantas, que tanto contribuem com esta região do Brasil.
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    Dissertação
    Herpetofauna associada à bromélia rupícola, encholirium spectabile, no semiárido brasileiro: revisão da literatura, ecologia das espécies e comportamento de psychosaura agmosticha (squamata: mabuyidae)
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-04-20) Jorge, Jaqueiuto da Silva; Freire, Eliza Maria Xavier; ; http://lattes.cnpq.br/6388455734228621; ; http://lattes.cnpq.br/7651436848651543; Miranda, Maria de Fátima Arruda de; ; http://lattes.cnpq.br/4654421846443562; Vrcibradic, Davor; ; http://lattes.cnpq.br/0745234893730812
    As bromélias constituem importante microhabitat para a herpetofauna, pois são bastante utilizadas como abrigo contra predadores, além de sua arquitetura foliar possibilitar manutenção de umidade e temperatura relativamente constantes no seu interior, compondo um ambiente favorável para os anfíbios e répteis, especialmente em áreas sob estresse hídrico. No entanto, os estudos que tratam dessa relação ainda são incipientes e mais concentrados sobre as bromélias fitotelmatas acumuladoras de água. No caso das bromélias rupícolas não fitotelmatas do gênero Encholirium, que se desenvolvem em afloramentos rochosos e abrigam espécies de regiões semiáridas como as Caatingas, as relações animais-plantas são praticamente desconhecidas. Nesse contexto, este estudo teve como objetivos estudar a fauna herpetológica habitante das bromélias macambiras, Encholirium spectabile, analisando a ocupação e uso destas bromélias pelos diferentes táxons, e a ecologia comportamental do largarto Psychosaura agmosticha, buscando identificar os fatores associadas com esta relação estrita em área de Caatinga. Uma ampla revisão da literatura mundial acerca do tema lagartos em bromélias subsidiou este estudo sob a perspectiva ecológica dessa associação. O trabalho de campo foi realizado na Fazenda Tanques, município de Santa Maria/RN, mesorregião do Agreste potiguar, com as observações e/ou coletas diurnas e noturnas efetuadas mensalmente, durante três dias consecutivos, de Janeiro de 2011 a Agosto de 2012, totalizando 450 horas.homem de esforço amostral. Registraram-se dezesseis espécies, seis de lagartos (Famílias Mabuyidae, Tropiduridae, Gekkonidae e Phyllodactylidae), seis de serpentes (Famílias Boidae e Dipsadidae) e quatro de anfíbios da Família Hylidae. O efeito da borda da mata sobre a distribuição das espécies ao longo do afloramento foi significativo, com a maioria das espécies encontradas nas bordas do afloramento. Constataram-se diferença significativa entre alguns pares de espécies com relação ao uso 2 das bromélias, e sobreposição de nicho quase total no uso de microhabitat. 62.5% das espécies são de hábito noturno e utilizaram essas plantas para abrigo, reprodução e alimentação. Quanto às relações entre o lagarto Psychosaura agmosticha e as bromélias macambiras, foram registrados os comportamentos de termorregulação e de forrageio nas estações seca e chuvosa. Os períodos de atividade foram concentrados entre 07 e 10 h e entre 15 e 17 horas nas duas estações, demostrando um padrão claramente bimodal. A espécie usou basicamente as folhas verdes e não houve diferenças significativas entre machos e fêmeas na utilização das bromélias. Associações positivas foram encontradas entre a temperatura do corpo e temperaturas das bromélias e do ar. Esta espécie passou em média 1.95 ± 3.8% do tempo em movimento (PTM) e se movimentou em média 0.36 ± 2.1 segundos por minuto (MPM), com diferenças significativas entre as estações chuvosa e seca para PTM, e também entre o tempo médio da parada e duração média dos movimentos, sendo considerada forrageadora sedentária. Psychosaura agmosticha, na área estudada, é bromelícola, utilizando as macambiras principalmente para termorregulação e forrageio. Os resultados deste estudo destacam as bromélias rupícolas Encholirium spectabile como elementos chaves para a manutenção de anfíbios e répteis a ela associados, e uma clara associação vantajosa para a conservação dos grupos envolvidos.
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    TCC
    Impactos sobre a fauna associados à fase de instalação de empreendimentos eólicos no Estado do Rio Grande do Norte
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-12-18) Lima, Elisson Ygours Costa de; Freire, Eliza Maria Xavier; Sales, Raul Fernandes Dantas de; 0000-0001-6546-8956; http://lattes.cnpq.br/6331550036188115; 0000-0001-9486-6347; http://lattes.cnpq.br/6388455734228621; 0009-0001-5782-3185; http://lattes.cnpq.br/6467970419527531; Pichorim, Mauro; 0000-0002-9340-9010; http://lattes.cnpq.br/5696697654544552; Jorge, Jaqueiuto da Silva; 0000-0003-4887-3647; http://lattes.cnpq.br/7651436848651543
    As emissões de Gases de Efeito Estufa intensificaram as alterações climáticas, impulsionando a busca por fontes energéticas sustentáveis globalmente, como a energia eólica onshore. Esta forma de energia está em expansão, especialmente no Brasil, notadamente na região Nordeste, geograficamente propícia para a captação de ventos. Apesar de ser considerada não poluente, a energia eólica pode causar danos ambientais durante a instalação de complexos eólicos, como perda de habitats, mortalidade da fauna por atropelamento e soterramento na supressão vegetal, e terraplenagem. Nesse contexto, este trabalho teve como objetivos investigar e identificar os grupos de fauna mais afetados em termos de mortalidade pelas ações ocorridas nas etapas de instalação de complexos eólicos no Rio Grande do Norte, bem como se estes impactos estão previstos nos Estudos de Impacto Ambiental (EIA’s) que subsidiam o licenciamento ambiental. Foram analisados dados dos programas de resgate e afugentamento de fauna de dois empreendimentos e, para o segundo objetivo, realizou-se análise documental de 20 EIA’s desenvolvidos para complexos eólicos no RN nos últimos quatro anos. As maiores taxas de mortalidade foram encontradas para os répteis não-avianos, os quais representaram 99,2% e 94,3% dos óbitos reportados, e atingiram taxas de óbito de 31,1% e 17,8% nos dois empreendimentos, respectivamente. Em ambos os complexos eólicos, constataram-se maiores incidências de mortalidade para os indivíduos de hábito fossorial e terrícola, devido à alta especificidade de habitat e baixa capacidade de fuga e dispersão. Quanto à análise documental dos EIA’s, 55% dos estudos foram considerados satisfatórios quanto à previsão dos impactos de mortalidade sobre a fauna, 25% foram considerados fracos, e 20% insatisfatórios. Portanto, em virtude dos impactos constatados sobre a fauna, especialmente sobre os répteis terrícolas e fossoriais, recomenda-se que os estudos de impacto ambiental que subsidiam o licenciamento de parques eólicos incluam nas análises de avaliação de impactos um maior peso para o impacto de mortalidade sobre a fauna.
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    Tese
    Interações espécie-habitat na decomposição da serrapilheira: efeitos moduladores da diversidade de detritos e heterogeneidade ambiental
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-05-02) Belo, André Yuri Santos Portiole; Silva, Adriano Caliman Ferreira da; https://orcid.org/0000-0001-9218-5601; http://lattes.cnpq.br/4147444251852878; http://lattes.cnpq.br/8261988078633373; Carneiro, Luciana Silva; Suhett, Albert Luiz; Jorge, Jaqueiuto da Silva; Alencar, Mery Ingrid Guimarães de
    A decomposição da serrapilheira é um processo ecológico essencial para a ciclagem de nutrientes, regulado por interações complexas entre fatores bióticos, como a qualidade de detritos e a abundância e diversidade de decompositores e fatores abióticos, como a temperatura, umidade e radiação solar. No entanto, a modulação desses fatores em diferentes contextos ambientais ainda é pouco compreendida. Aqui, investigamos como a heterogeneidade espacial, a sazonalidade (medida como a heterogeneidade temporal entre períodos de seca e chuva no início e fim do experimento) e a qualidade do detrito e a sua diversidade funcional influenciam as dinâmicas de decomposição em habitats com distintos fatores que modulam a decomposição. Utilizando uma série de abordagens experimentais baseadas no uso de litterbags, avaliamos: (1) a capacidade de atributos funcionais da serrapilheiras em prever a decomposição de detritos em condições ambientais cujo decomposição é mais determinada por fatores abióticos vs. bióticos (2) a contexto-dependência dos efeitos não-aditivos da mistura de detritos foliares de espécies inquilinas sobre a decomposição de uma espécie-chave e (3) o papel interativo da diversidade de habitas e diversidade de detritos na decomposição. No capítulo 1, identificamos os atributos funcionais químicos e físicos que melhor predizem a decomposição em habitats modulam a decomposição por fatores bióticos vs. abióticos, como também, os que melhor atributos que predizem a diferença relativa nas taxas de decomposição de diferentes espécies entre esses habitats. Observamos que, em habitats onde predominam fatores bióticos sobre a decomposição (habitats sombreados por densas copas), a decomposição esteve associada a atributos funcionais relacionados à palatabilidade para os decompositores. Já em habitats sob forte influência de fatores abióticos (habitats expostos ao sol e sem vegetação), além de atributos funcionais químicos, atributos funcionais físicos foram críticos para a decomposição da serrapilheira. Porém, ao contrário do que prevíamos, os atributos funcionais que melhor explicaram a diferença entre a decomposição nos habitats não estão ligados somente ao habitat que mais influenciou a decomposição da serrapilheira. No capítulo 2, avaliamos como a decomposição da espécie-chave formadora de habitat Encholirium spectabile (Macambira-de-flecha, aqui chamaremos apenas de “macambira”) é afetada pela serrapilheira de espécies inquilinas em três condições de habitats associados a touceira de E. spectabile: dentro, borda e fora das touceiras da macambira, sob variação sazonal de sequências de regimes de seca e chuva. Os resultados indicaram que dentro das touceiras (microclima com menor temperatura e menor variabilidade de condições abióticos), misturas com folhas de espécies inquilinas aceleraram a decomposição da E. spectabile na sequência sazonal em que o detrito começa e termina a se decompor na seca. Possivelmente, isso ocorreu devido a mistura trazer uma maior complementaridade a serrapilheira da espécie formadora de habitats, quanto ao habitat propiciar melhores condições ao estabelecimento de decompositores em regime de períodos secos. Na borda das touceiras (com variação térmica e de luminosidade intermediária), sobe a mesma sequência sazonal, a decomposição da E. spectabile também foi acelerada, indicando complementaridade entre uma decomposição biótica e a fotodegradação. Já fora das touceiras (alta variação de temperatura e luminosidade constante), a decomposição da serrapilheira da macambira-de-flecha desacelerou na presença da serrapilheira das espécies inquilinas, tanto na sequência sazonal em que o detrito começa e termina a se decompor na seca quanto na chuva. Isso, devido a uma possível interferência de liberação de compostos inibitórios aos decompositores, como também, a um sombreamento que atrapalhou o processo de fotodegradação. Por último, no capítulo 3 testamos como os efeitos da diversidade de detritos são modulados pela diversidade de habitats. Contrário à nossas hipóteses, nossos resultados demonstraram que a nível de assembleia (i.e., decomposição total de todas as espécies em mistura), efeitos positivos da mistura na decomposição ocorreram quando o detrito se decompôs em um único habitat onde fatores ambientais similares prevaleceram e efeitos negativos ocorreram quando o detrito se decompôs em diferentes habitats em que a maior diversidade (variabilidade) de fatores ambientais ocorreu. Assim, mostrando que a diversidade de habitats gerou efeitos que podem ter anulado ou diminuído padrões de complementaridade da mistura de detritos. Por outro lado, a nível de espécie-específico a interação entre diversidade de habitats e de detritos variou dependendo da qualidade do detrito. Espécies com maior SLA (do inglês, “Specific Leaf Area”) tenderam a efeitos antagônicos, comparados a espécies com menor SLA em habitats mais diversos. Esses resultados revelam possíveis mecanismos dependentes da diversidade de habitats, além daqueles descritos apenas pela diversidade de detritos. Em síntese, os resultados desta tese evidenciam que os efeitos da mistura de detritos e a influência de atributos funcionais específicos são fortemente condicionados por mecanismos de contexto-dependência em micro-habitats, os quais são modulados por interações complexas entre diversidade de detritos, heterogeneidade estrutural do habitat e gradientes ambientais locais. Essas descobertas destacam não apenas a natureza multifatorial da decomposição, mas também reforçam a necessidade de incorporar múltiplas escalas de análises espaciais (incluindo micro-habitats), temporais (variações sazonais) e funcionais (atributos funcionais e interações entre espécies) em modelos preditivos, capazes de capturar a dinâmica do processo de decomposição.
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    TCC
    O lagartinho-de-folhiço, Coleodactylus natalensis Freire, 1999, no “maior cajueiro do mundo”, Parnamirim/RN: distribuição espacial e fatores ambientais influenciadores dessa ocorrência
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-12-19) Avelino, Rodrigo Freire; Freire, Eliza Maria Xavier; Jorge, Jaqueiuto da Silva; https://orcid.org/0000-0003-4887-3647; http://lattes.cnpq.br/7651436848651543; https://orcid.org/0000-0001-9486-6347; http://lattes.cnpq.br/6388455734228621; https://orcid.org/0009-0006-6774-3548; http://lattes.cnpq.br/3072276274131100; Kolodiuk, Miguel Fernandes; https://orcid.org/0000-0002-4234-3592; http://lattes.cnpq.br/1507247604123178; Furtado, Olyana da Silva; https://orcid.org/0009-0001-3938-3841; http://lattes.cnpq.br/4222542127790160
    O Brasil abriga uma das maiores diversidades de répteis do mundo, desde espécies de grande porte, como os lagartos do gênero Salvator, popularmente conhecidos como tejus, ou Tijuaçu, aos lagartos de tamanho diminuto do gênero Coleodactylus. Dentre as menores espécies, o lagartinho-de-folhiço, Coleodactylus natalensis Freire, 1999, se destaca, principalmente pelo tamanho diminuto, por ser restrito aos remanescentes de Mata Atlântica do Rio Grande do Norte e por constar nas listas oficiais, nacional e internacional, como ameaçado de extinção (EN). Nesse contexto, este estudo avaliou a distribuição espacial e respectivos fatores ambientais influenciadores da ocorrência de C. natalensis sob o Maior Cajueiro do Mundo, Parnamirim, RN, área isolada pela urbanização e submetida à alta pressão turística. Entre novembro de 2023 e junho de 2024, foram realizadas amostragens em 10 quadrantes padronizados, distribuídos sob o folhiço cajueiro, registrando a localização dos indivíduos, características dos micro-hábitats e variáveis ambientais. Com 77 indivíduos registrados, foi calculada uma densidade média de 0,0085 indivíduos/m², resultando em uma estimativa de cerca de 72 indivíduos na área sob o cajueiro. A distribuição espacial de C. natalensis não variou significativamente entre quadrantes e meses, mas foi influenciada pela distância ao centro do cajueiro, temperatura e umidade, com adultos e neonatos predominando em áreas centrais e sombreadas, enquanto juvenis em áreas de maior temperatura e menor umidade. Os resultados sugerem que a distribuição de C. natalensis reflete adaptações a um ambiente insular e antropizado, ressaltando a urgência de estratégias de conservação que considerem a vulnerabilidade de populações ameaçadas em habitats fragmentados, sujeitos à pressão humana e extinção.
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    TCC
    Monitoramento da herpetofauna em remanescente de Mata Atlântica em Parque municipal urbano, Natal-RN
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-12-19) Nascimento, Josevaldo Viana Francelino do; Freire, Eliza Maria Xavier; Furtado, Olyana da Silva; https://orcid.org/0009-0001-3938-3841; http://lattes.cnpq.br/4222542127790160; https://orcid.org/0000-0001-9486-6347; http://lattes.cnpq.br/6388455734228621; https://orcid.org/0009-0006-4919-2287; http://lattes.cnpq.br/0593337945777281; Jorge, Jaqueiuto da Silva; https://orcid.org/0000-0003-4887-3647; http://lattes.cnpq.br/7651436848651543; Kolodiuk, Miguel Fernandes; https://orcid.org/0000-0002-4234-3592; http://lattes.cnpq.br/1507247604123178
    A Mata Atlântica brasileira é reconhecida como um dos maiores hotspots de biodiversidade do mundo, e enfrenta grave crise de ameaça, especialmente no Nordeste brasileiro, devido à intensa fragmentação que resultou em ilhas de remanescentes isolados. Entre os fatores que mais afetam essa biodiversidade, a urbanização se destaca por promover a perda de habitats, que é uma das principais responsáveis pela extinção de espécies. Para conhecer e avaliar a riqueza e a composição de espécies de área florestal insular urbana, foram inventariadas e monitoradas as espécies da herpetofauna do Centro de Experimentos e Pesquisas da Mata Atlântica (CEPEMA), remanescente integrado ao Parque Municipal Dom Nivaldo Monte, área urbana de Natal, RN. Foram definidas nove áreas de amostragens, quatro durante o inventário e cinco para monitoramento; em todas essas foram utilizadas as metodologias de busca ativa e armadilhas de interceptação e queda. Foram registrados 798 espécimes, pertencentes a 20 espécies da Herpetofauna, três espécies de anfíbios, duas de anfisbênias, seis serpentes e nove de lagartos. As espécies mais abundantes foram: Coleodactylus natalensis (491 indivíduos), Tropidurus hispidus (124 indivíduos) e Ameiva ameiva (46 indivíduos). Por constituir uma área insular envolta por malha urbana, esse remanescente florestal abriga principalmente espécies comuns de formações abertas, mas também refugia espécies de áreas florestadas, destacando-se C. natalensis e Amphisbaena heathi, ameaçada de extinção e quase ameaçada, respectivamente; a primeira, endêmica do RN. Esses fatos ressaltam a importância de preservação do CEPEMA e do Parque Municipal, em prol da conservação da biodiversidade local, especialmente das espécies ameaçadas.
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