Navegando por Autor "Galvão, Elisângela Lopes"
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Tese Desenvolvimento de processos extrativos a partir da Rumex acetosa e caracterização química de seus extratos(2017-09-18) Santos, Ênio Rafael de Medeiros; Sousa, Elisa Maria Bittencourt Dutra de; Oliveira, Humberto Neves Maia de; http://lattes.cnpq.br/7302633941782540; http://lattes.cnpq.br/0263455300382979; http://lattes.cnpq.br/9499345891185041; Costa Neto, Bento Pereira da; http://lattes.cnpq.br/1365170364446088; Galvão, Elisângela Lopes; http://lattes.cnpq.br/4522095618671600; Ferreira, Marcionila de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/0362693118434408; Carvalho, Ricardo Henrique Rocha de; http://lattes.cnpq.br/3969865463170647Pesquisas apresentam o excesso de radicais livres como um dos responsáveis por diversas doenças degenerativas e pelo envelhecimento. Nesse contexto, desponta a utilização de compostos fenólicos naturais por apresentarem ótima atividade antioxidante e por inibirem a formação desses radicais. Em meio aos estudos acerca desses compostos, os antioxidantes: cis e trans-resveratrol, cis e trans-piceid e emodina ganham destaque no meio científico. Trabalhos científicos comprovam a presença desses compostos fenólicos na herbácea “Azedinha” (Rumex acetosa), logo, os extratos de suas raízes vêm sendo cada vez mais utilizadas em aplicações farmacológicas. A partir disso, este trabalho teve por objetivo central a obtenção de extratos dessas raízes utilizando técnicas de extração com fluido supercrítico (SFE), extração com líquidos pressurizados (PLEs), extração com utilização de micro-ondas (MAE), extração com solvente a baixa pressão (LPSE) e a extração Soxhlet. Na SFE, foi avaliado o efeito das variáveis de processo (temperatura, vazão, pressão e concentração de cossolvente) sobre a cinética da extração, rendimento e solubilidade do extrato. Nas PLEs, tanto foram avaliadas a temperatura e a pressão, como a influência dos diferentes solventes (água, etanol, hexano, tolueno, acetonitrila e isopropanol) e seu uso sequenciado como PLE sequenciada. As curvas obtidas nas SFEs e PLEs foram ajustadas segundo os modelos: Martínez, Crank e Sovová e seus desvios médios calculados. Na extração Soxhlet foi avaliado o uso de quatro solventes (etanol, acetonitrila, isopropanol e álcool terc-butílico), enquanto que na extração LPSE e MAE foi utilizado o etanol como solvente. Também foi testada a utilização da precipitação por anti-solvente supercrítico (SAS) como forma de secagem. O teor de fenólicos totais, a capacidade antioxidante dos extratos e os principais componentes do extrato foram determinados. Os rendimentos obtidos em todas as técnicas variaram de 0,2 a 8,7%, sendo o melhor resultado obtido na extração PLE com etanol. A SFE apresentou o extrato com maior concentração de emodina (42,8 mg/g). A concentração de trans-resveratrol em todos os extratos variou entre 1,0 e 5,7 mg/g, a depender da técnica utilizada. A atividade antioxidante e os compostos fenólicos totais resultaram em valores compreendidos entre 3,4 e 163,4 μg/mL e 27,6 e 157,0 mg EAG/ge, respectivamente, a depender da técnica utilizada. A MAE obteve extratos com 130,6 mg EAG/ge, e 3,4 μg/mL em 30 minutos de operação. As extrações com fluidos pressurizados (PLEs e SFEs) demonstraram ótimos resultados, principalmente quanto à extração sequencial, na qual foi possível a separação de trans-resveratrol e emodina.Dissertação Extração do óleo essencial de Cymbopogom winterianus J. com CO2 pressurizado(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2004-09-02) Galvão, Elisângela Lopes; Sousa, Elisa Maria Bittencourt Dutra de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787769D1; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4777651U5; Santana, Hosiberto Batista de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796950P7; Chiavone Filho, Osvaldo; ; http://lattes.cnpq.br/2621516646153655; Silva, Gabriel Francisco da; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4782708P2A extração com fluidos pressurizados tem-se tornado um processo de separação atrativo para a extração de óleos essenciais, devido às características que estes fluidos apresentam quando se encontram próximos da região crítica. Este trabalho apresenta resultados do processo de extração do óleo essencial de Cymbopogon winterianus J. com CO2 sob altas pressões. Foi avaliado o efeito das variáveis: vazão de solvente (0,37 a 1,5 g CO2/min), pressão (66,7 e 75 bar) e temperatura (8, 10, 15, 20 e 25 ºC) sobre a cinética de extração e o rendimento total do processo, como também na solubilidade e composição do óleo de C. winterianus. O aparato experimental consistiu de um extrator de leito fixo e foi adotado o método dinâmico para o cálculo da solubilidade do óleo. Também foram realizadas extrações por técnicas convencionais (extração a vapor e com solvente orgânico). A determinação da composição e identificação dos extratos foi feita através de cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas (CG EM). A composição do extrato variou em função das condições operacionais estudadas e também com relação ao método de extração empregado. Os principais componentes obtidos na extração por CO2 foram: elemol, geraniol, citronelol e citronelal. Para a extração a vapor foram o citronelal, citronelol e geraniol, já para a extração por solvente orgânico foram o azuleno e o hexadecano. Os maiores valores de rendimento (2,76%) e solubilidade do óleo (2,49x10-2 g óleo/ g CO2) foram obtidos para extração por CO2 nas condições operacionais de T = 10°C, P = 66,7 bar e vazão 0,85 g CO2/minDissertação Extração enzimática de óleo e produção in situ de biodiesel a partir da Moringa oleífera Lam(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2013-08-08) Azevedo, Saulo Henrique Gomes de; Sousa, Elisa Maria Bittencourt Dutra de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787769D1; ; http://lattes.cnpq.br/0772913938947999; Galvão, Elisângela Lopes; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4777651U5; Barros Neto, Eduardo Lins de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798645D3Com o crescimento e desenvolvimento da sociedade moderna, surge a necessidade de busca por novas matérias primas e por novas tecnologias que apresentem características limpas , e que não agridam o meio ambiente, mas que possam suprir as necessidades energéticas da indústria e do transporte. A Moringa oleífera Lam, planta oriunda da Índia, e presente atualmente no Nordeste brasileiro, apresenta-se como uma planta multiuso, podendo ser utilizada como coagulante no tratamento de água, como remédio natural e como matériaprima para a produção de biodiesel. Neste trabalho, a Moringa foi utilizada como matéria prima em estudos sobre os processos de extração e posteriormente na síntese de biodiesel. Foram realizados estudos sobre as diversas técnicas de extração do óleo de Moringa (solventes, prensagem mecânica e enzimática), sendo especialmente desenvolvido um planejamento experimental para a extração aquosa com o auxílio da enzima Neutrase© 0,8L, com o objetivo de analisar a influência das variáveis pH (5,5-7,5), temperatura (45-55ºC), tempo (16-24 horas) e quantidade de catalisador (2-5%) sobre o rendimento de extração. Em relação ao estudo sobre a síntese de biodiesel, foi inicialmente realizada uma transesterificação convencional (50ºC, KOH como catalisador, metanol e 60 minutos de reação). A seguir, foi realizado um estudo utilizando a técnica da transesterificação in situ por meio de um planejamento experimental utilizando como variáveis a temperatura (30-60ºC), quantidade de catalisador (2-5%), e razão molar óleo/álcool (1:420-1:600). A técnica de extração que obteve o maior rendimento de extração (35%) foi a que utilizou hexano como solvente. A extração utilizando etanol obteve 32% e a extração por prensagem mecânica alcançou 25% de rendimento. Para a extração enzimática, o planejamento experimental indicou que o rendimento da extração foi mais afetado pelo efeito da combinação entre a temperatura e tempo. O rendimento máximo obtido nesta extração foi de 16%. Após a etapa de obtenção do óleo, foi realizada a síntese de biodiesel pelo método convencional e pela técnica in situ. Pelo método de transesterificação convencional foi obtido um teor em ésteres de 100% e pela técnica in situ, também foi obtido 100% no ponto experimental 7, com uma razão molar óleo/álcool de 1:420, temperatura 60°C, 5% em massa de KOH, com o tempo de reação de 1,5 h. Pelo planejamento experimental, foi constatado que a variável que mais influenciou no teor de ésteres final foi a porcentagem de catalisador. Pela análise físicoquímica foi observado que o biodiesel produzido pelo método in situ se enquadrou nas normas da ANP, sendo, portanto esta técnica viável, pois não necessita da etapa prévia de extração do óleo e alcança altos teores de ésteresTese Extração supercrítica do óleo de linhaça: construção do extrator, estudo de parâmetros de processo, avaliação química e antioxidante do produto(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2009-05-15) Galvão, Elisângela Lopes; Sousa, Elisa Maria Bittencourt Dutra de; Moreira, Ana Vladia Bandeira; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799337D6; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787769D1; ; http://lattes.cnpq.br/4522095618671600; Cardozo Filho, Lúcio; ; http://lattes.cnpq.br/2710474728753403; Oliveira, Humberto Neves Maia de; ; http://lattes.cnpq.br/7302633941782540; Chiavone Filho, Osvaldo; ; http://lattes.cnpq.br/2621516646153655; Souza, Carlson Pereira de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781094H3O presente trabalho teve como objetivo geral extrair o óleo vegetal da linhaça (Linum usitatissimum L.) da variedade marrom fazendo uso de dióxido de carbono em condições supercríticas e de solvente orgânico, avaliar os teores de ácidos graxos e a capacidade antioxidante do óleo extraído e ainda realizar a avaliação econômica rápida do processo EFS de manufatura do óleo. Os experimentos foram conduzidos em um extrator de bancada, capaz de operar com dióxido de carbono e co-solventes, obedecendo a um planejamento fatorial 2³ com triplicata no ponto central, tendo como variável resposta o rendimento do processo e como variáveis independentes a pressão, a temperatura e o percentual de co-solvente. Os rendimentos (massa de óleo extraído/ massa de matéria-prima utilizada) variaram de 2,2 a 28,8%, tendo os melhores resultados sido obtidos a 250 bar e 50°C, com uso do co-solvente etanol a 5% (v/v). A influência das variáveis sobre a cinética de extração e sobre a composição do óleo de linhaça obtido também foi investigada. As curvas cinéticas de extração obtidas foram modeladas por diferentes modelos matemáticos disponíveis na literatura. Os modelos de Martínez et al. (2003) e o Simple Single Plate (SSP) de Gaspar et al. (2003) representaram os dados experimentais com os menores erros quadráticos médios (MSE). O custo de manufatura de 17,85 US$/kgóleo foi estimado para produção do óleo de linhaça utilizando o software TECANALYSIS e a metodologia de Rosa e Meireles (2005). Com o intuito de estabelecer comparações com a EFS, foram realizados ensaios de extração por técnica convencional em aparato Soxhlet utilizando éter de petróleo. Estes apresentaram rendimentos médios de 35,2 % para um tempo de extração de 5h. Todas as amostras de óleo obtidas foram esterificadas e caracterizadas em termos de sua composição em ácidos graxos (AGs) usando a cromatografia gasosa. Os principais ácidos graxos detectados foram: palmítico (C16:0), esteárico (C18:0), oléico (C18:1), linoléico (C18:2n-6) e α-linolênico (C18:3n-3). Os teores dos AGs obtidos com Soxhlet diferiram daqueles obtidos para a EFS, com percentuais de AGs saturados e monoinsaturados mais elevados para a técnica Soxhlet com éter de petróleo. Com relação ao teor do ácido α-linolênico (componente majoritário do óleo de linhaça) nas amostras, a EFS se mostrou mais vantajosa que a extração Soxhlet, apresentando percentuais de 51,18 a 52,71%, enquanto que na extração Soxhlet, este foi de 47,84%. A atividade antioxidante do óleo foi avaliada no sistema de co-oxidação b-caroteno/ácido linoléico. Os percentuais de inibição do processo oxidativo chegaram a 22,11% para o óleo da EFS, sendo de apenas 6,09% para o óleo comercial extraído a frio, o que sugere que a técnica EFS preserva melhor os compostos fenólicos presentes na semente, compostos estes, provavelmente responsáveis pelo caráter antioxidante do óleo. Testes in vitro com a amostra de melhor resposta antioxidante foram realizados em homogenato de fígado de ratos, de forma a investigar a inibição da peroxidação lipídica espontânea ou autoxidação do tecido biológico. O óleo de linhaça se mostrou mais eficiente que o óleo de peixe (usado como padrão) na diminuição da peroxidação lipídica do tecido hepático dos ratos Wistar, apresentando resultados equivalentes aos obtidos com o uso do BHT (antioxidante sintético). A capacidade inibitória pode ser atribuída à presença de compostos fenólicos com atividade antioxidante presentes no óleo de linhaça. Os resultados obtidos indicam a necessidade de estudos mais aprofundados tendo em vista a importância do óleo de linhaça como uma das maiores fontes de ω3 dentre os óleos vegetaisDissertação Extração, caracterização e avaliação bioativa do extrato de Rumex acetosa(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2013-08-08) Santos, ênio Rafael de Medeiros; Sousa, Elisa Maria Bittencourt Dutra de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787769D1; ; http://lattes.cnpq.br/9499345891185041; Galvão, Elisângela Lopes; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4777651U5; Oliveira, Humberto Neves Maia de; ; http://lattes.cnpq.br/7302633941782540Estudos revelam a grande influência dos radicais livres e outros oxidantes como responsáveis pelo envelhecimento e por doenças degenerativas. Por outro lado, os compostos fenólicos naturais tem-se apresentado como ótimos antioxidantes por inibirem a peroxidação lipídica e a lipooxigenase in vitro. Dentre estes, encontra-se em destaque o trans-resveratrol (3,5,4 trihidroxiestilbeno), composto fenólico, caracterizado como um polifenol da classe estilbeno. A hortaliça popularmente conhecida como Azedinha (Rumex acetosa) possui o trans-resveratrol em sua composição e a partir disto, o presente trabalho teve como objetivo geral o estudo sobre a extração supercrítica e a extração convencional (Soxhlet e sequencial) em raízes da Rumex acetosa, avaliando-se a eficiência dos processos extrativos, a atividade antioxidante, o teor de fenólicos totais e a quantificação do trans-resveratrol contido nos extratos. As extrações supercríticas utilizaram CO2 como solvente, adicionado de co-solvente (etanol) e foram conduzidas pelo método dinâmico em um extrator de leito fixo. Os ensaios obedeceram a um planejamento fatorial 23 com triplicata no ponto central, tendo como variável resposta o rendimento do processo e a concentração de trans-resveratrol e como variáveis independentes a pressão, a temperatura e a concentração de co-solvente (% v/v). Os rendimentos (massa de extrato seco/ massa de matéria-prima utilizada) obtidos da extração supercrítica variaram de 0,8 a 7,63%, sendo que o melhor resultado foi obtido a 250 bar e 90°C, com uso do co-solvente etanol a 15% (v/v). O valor de YCER foi calculado para uma vazão de 1,0 ± 0,17 g/min de CO2 resultando em 0,0469 (g soluto/ g solvente). Os resultados de rendimento em massa para as extrações convencionais variaram entre 0,78% (hexano) e 9,97% (etanol). O modelo estatístico gerado a partir dos dados de concentração de transresveratrol se apresentou como significativo e preditivo para uma confiança de 95%. Através de análises cromatográficas em CLAE (Cromatografia Líquida de Alta Eficiência), o transresveratrol foi quantificado em todos os extratos obtidos e os valores de concentração variaram entre 0,0033 e 0,42 (mg/g extrato) para os extratos supercríticos e entre 0,449 e 17,046 (mg/g extrato) para extrações convencionais, sendo, portanto, a extração Soxhlet com etanol mais seletiva em trans-resveratrol que a supercrítica. A avaliação do poder antioxidante Extração, caracterização e avaliação bioativa do extrato de Rumex acetosa iii Ênio Rafael de Medeiros Santos, Agosto de 2013 (método do sequestro do radical 2,2-difenil-1-picril-hidrazil-DPPH) dos extratos supercríticos resultaram em valores de EC50 (Concentração efetiva que neutraliza 50% dos radicais livres) compreendidos entre 7,89 e 18,43 μg/mL, enquanto que as extrações com Soxhlet resultaram em valores de EC50 na faixa de 6,05 e 7,39 μg/mL. Já a quantificação dos compostos fenólicos totais (Método espectrofotômetro de Folin-Ciocalteau) dos extratos supercríticos resultaram em valores compreendidos entre 85,3 e 194,79 mg EAG/g extrato, enquanto que os valores dos extratos oriundos do Soxhlet resultaram em valores compreendidos entre 178,5 e 237,8 mg EAG/g extrato. A alta atividade antioxidante pode ser atribuída não somente à presença de compostos fenólicos, mas também à presença de outros antioxidantes existentes na Rumex acetosaDissertação Extração, caracterização e avaliação bioativa do extrato de Arrabidaea chica(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-06-15) Santos, Rogério Pitanga; Sousa, Elisa Maria Bittencourt Dutra de; ; http://lattes.cnpq.br/0263455300382979; ; http://lattes.cnpq.br/4930550300804285; Galvão, Elisângela Lopes; ; http://lattes.cnpq.br/4522095618671600; Oliveira, Humberto Neves Maia de; ; http://lattes.cnpq.br/7302633941782540A utilização de plantas com finalidades medicinais é milenar, sendo bastante difundida sua aplicação em medicamentos. Apesar das plantas serem fontes promissoras para a descoberta de novas moléculas de interesse farmacológico, estimativas revelam que apenas 17% delas foram estudadas quanto a sua possibilidade de uso na medicina. Assim, a biodiversidade da flora brasileira representa um imenso potencial de utilização econômica pela indústria farmacêutica. A planta Arrabidaea chica, popularmente conhecida como “pariri”, é comum na região Amazônica, e a ela são atribuídas várias propriedades medicinais. As folhas desta planta são ricas em antocianinas, que são compostos fenólicos com alto poder antioxidante. Os compostos antioxidantes desempenham um papel vital na prevenção de doenças neurológicas e cardiovasculares, câncer e diabetes, entre outras. Dentre as antocianinas encontradas na Arrabidaea chica, destaca-se a Carajurina (6,7-dihidroxi-5,4’- dimetoxi-flavilium), que é o principal pigmento encontrado nesta planta. O presente trabalho teve como objetivo geral o estudo sobre a extração supercrítica e a extração convencional (sólido-líquido) de folhas da Arrabidaea chica, avaliando-se o rendimento dos processos extrativos, a atividade antioxidante e a quantificação de Carajurina contida nos extratos. As extrações supercríticas utilizaram CO2 como solvente, adicionado de co-solvente (mistura etanol/água), e foram conduzidas pelo método dinâmico em um extrator de leito fixo. Os ensaios obedeceram a um planejamento fatorial fracionário 24-1, tendo como variáveis resposta o rendimento do processo, o poder antioxidante e a concentração de Carajurina, e como variáveis independentes a pressão, a temperatura, a concentração de co-solvente (v/v) e a concentração de água no co-solvente (v/v). Os rendimentos (massa de extrato seco/massa de matéria-prima utilizada) obtidos da extração supercrítica variaram de 15,1% a 32%, sendo que o melhor resultado foi obtido a 250 bar e 40°C, com uso do co-solvente a 30% (v/v) e concentração de água no co-solvente igual a 50% (v/v). Através de análise estatística, verificou-se que a concentração de co-solvente apresentou efeito significativo sobre o rendimento. Os resultados de rendimento em massa para as extrações convencionais foram de 8,1% (água) e 5,5% (etanol). Através de análises cromatográficas em CLAE (Cromatografia Líquida de Alta Eficiência), a Carajurina foi quantificada em todos os extratos obtidos e os valores de concentração (massa de Carajurina/massa de extrato seco) variaram entre 1% e 2,21% para os extratos supercríticos. Quanto às extrações convencionais, não foi detectada Carajurina no extrato aquoso, enquanto o extrato etanólico apresentou teor de Carajurina igual a 7,04%, sendo, portanto, mais seletivo em Carajurina do que as extrações supercríticas. A avaliação do poder antioxidante (método do sequestro do radical 2,2-difenil-1-picril-hidrazilDPPH) dos extratos supercríticos resultou em valores de EC50 (concentração efetiva que neutraliza 50% dos radicais livres) compreendidos entre 38,34 e 86,13 μg/mL, enquanto que as extrações convencionais resultaram em valores de EC50 de 167,34 (água) e 42,58 (etanol) μg/mL. Já a quantificação dos compostos fenólicos (método espectrofotométrico de FolinCiocalteau) dos extratos supercríticos resultou em valores compreendidos entre 48,93 e 88,62 mg EAG/g extrato (EAG = Equivalentes de Ácido Gálico), enquanto que as extrações sólidolíquido resultaram em valores de 37,63 (água) e 80,54 (etanol) mg EAG/g extrato. A boa atividade antioxidante pode ser atribuída não somente à presença de Carajurina, mas também à existência de outros compostos fenólicos e antioxidantes na Arrabidaea chica. Através da otimização do planejamento experimental, foi possível identificar o experimento que apresentou o melhor resultado considerando as quatro variáveis resposta em conjunto. Este experimento foi realizado nas seguintes condições: pressão de 200 bar, temperatura de 40°C, concentração de co-solvente igual a 30% (v/v) e concentração de água no co-solvente igual a 30% (v/v). Conclui-se que, dentro da faixa estudada, é possível obter o resultado ótimo utilizando condições operacionais mais amenas, o que implica em menores custos e maior facilidade de operação.