Navegando por Autor "Engelberth, Rovena Clara Galvão Januário"
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Tese Aferência retiniana e caracterização citoarquitetônica do complexo pulvinar do sagui (Callithrix jacchus): uma análise comparativa entre adultos e idosos(2019-09-30) Mendonça, Rayane Bartira Silva do Nascimento; Cavalcante, Jeferson de Souza; ; ; Oliveira, Francisco Gilberto; ; Cavalcanti, José Rodolfo Lopes de Paiva; ; Engelberth, Rovena Clara Galvão Januário; ; Duque Neto, Sebastião Pacheco;O complexo pulvinar desempenha um papel fundamental no processamento e transmissão de informações entre áreas corticais. Este complexo recebe entradas de várias áreas dos principais sistemas sensoriais, assim como do córtex, e se projeta para áreas de associação do córtex cerebral sendo considerado dessa forma como um complexo associativo. Essa estrutura não é identificável em roedores ou em outros pequenos mamíferos. No entanto, em primatas o complexo pulvinar ocupa grande parte do tálamo e é um componente do sistema visual subcortical, visto que este recebe aferências da retina e colículo superior e apresenta conexões recíprocas para várias áreas do neocórtex. Classicamente, essa estrutura apresenta quatro subdivisões baseadas na densidade neuronal e distribuição de fibras: inferior, medial, lateral e anterior, sendo as três primeiras envolvidas no processamento visual. A senescência inclui alterações desenvolvidas no organismo de um ser vivo, diretamente relacionadas a sua evolução no tempo, sem nenhum mecanismo de doença reconhecido. Já a senilidade, pode ser definida como condições que afetam o indivíduo no decorrer da vida baseadas em mecanismos fisiopatológicos. Dessa forma, o envelhecimento pode ser caracterizado como um processo biológico de diminuição da função fisiológica que envolve alterações neurológicas associadas ao declínio cognitivo, podendo o indivíduo ser acometido de doenças neurodegenerativas durante o avanço da idade. O sagui (Callithrix jacchus) é um primata do Novo Mundo de hábito diurno e orientação visual que vem sendo utilizado em pesquisas biomédicas em virtude da sua proximidade filogenética com seres humanos. Nosso objetivo foi realizar uma caracterização citoarquitetônica do complexo pulvinar nesta espécie realizando uma análise comparativa entre dois grupos: animais adultos e animais idosos, evidenciando suas subdivisões e identificando a distribuição dos neurônios, terminais axônicos e células gliais nas subdivisões deste complexo. Para tanto foram utilizadas técnicas histoquímica e imunoistoquímica, além de injeção intraocular de traçador neuronal para exibir as subdivisões, distribuição neuronal, células gliais, além de fibras/terminais neste complexo. Todos os experimentos foram aprovados pelo Comitê de Ética em Uso de Animais da UFRN (CEUA-UFRN Nº 009.013/2017). Nossos resultados confirmam a presença de subdivisões no complexo pulvinar em núcleo pulvinar anterior (APul), núcleo pulvinar medial (MPul), núcleo pulvinar lateral (LPul) e núcleo pulvinar inferior (IPul) apresentando este último quatro subnúcleos: pulvinar inferior centrolateral (IPulCL), pulvinar inferior centromedial (IpulCM), pulvinar inferior medial (IPulM) e pulvinar inferior posterior (IPulP). O complexo pulvinar apresentou ao longo da sua extensão rostrocaudal, neurônios imunorreativos à proteína nuclear neuronal específica (NeuN), à proteína ligante de cálcio calbindina (CB), além de células gliais imunorreativas à proteína acídica fibrilar glial (GFAP). Os dados em animais idosos diferem dos animais adultos, visto que os animais idosos apresentam uma menor intensidade de marcação celular à NeuN e à CB e menor intensidade de marcação à GFAP. A presença de fibras/terminais imunorreativos a subunidade b da toxina colérica (CTb) foi bem evidenciada no IPul apenas no subnúcleo medial, contralateral ao olho injetado, caracterizando a presença de projeção direta da retiniana à este núcleo. Nos animais idosos, a projeção retiniana mostra-se discreta quando comparada aos animais adultos. Apesar de ser um estudo de caráter qualitativo, nossos dados apontam diferenças entre animais adultos e idosos sugerindo que o complexo pulvinar pode sofrer uma perda significativa de caráter funcional quanto ao processamento da informação visual.TCC Análise do nível de empatia entre as gerações Boomer, X e Millenial(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-12-15) Lamas, Luísa Cortês Santos Freire; Lopes, Fívia de Araújo; Silveira, Lara Gomes de Souza; http://lattes.cnpq.br/1937096794715932; 0000-0002-8388-9786; https://lattes.cnpq.br/2583445528542625; http://lattes.cnpq.br/2716629180428923; Engelberth, Rovena Clara Galvão Januário; http://lattes.cnpq.br/3745470149540939; Costa, Tainah Porpino de Paiva; http://lattes.cnpq.br/8790672402374250presente trabalho tem como objetivo analisar a influência dos grupos geracio nais Boomer, X e Millennial nos níveis de empatia, bem como se há correlação com as estratégias de história de vida e influência das classes socioeconômicas nos níveis de empatia. Utilizando 122 participantes entre 77 e 22 anos que responderam a questionários que avaliaram questões socioeconômicas, características cognitivas, afetivas e compor tamentais relacionadas a empatia e que investigam diferentes aspectos da história de vida, encontramos que o grupo geracional e a classe socioeconômica não influenciaram significativamente no nível de empatia, e que estratégia de história de vida lenta possuiu uma correlação positiva com os níveis de empatia, indo em uma direção oposta ao esperado. O estudo visou contribuir para a compreensão dos fatores que moldam os níveis de empatia em diferentes contextos geracionais.Dissertação Análise dos impactos da pandemia da Covid-19 na motivação, percepção do ambiente educacional e saúde mental dos alunos de anatomia humana para o curso de farmácia(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-08-22) Lins, Lucas Alexandre Araújo; Clebis, Naianne Kelly; https://orcid.org/0000-0002-1749-7565; http://lattes.cnpq.br/9094438527470150; http://lattes.cnpq.br/5790804067224406; Lopes, Fivia de Araújo; Holanda Júnior, Francisco Wilson Nogueira; Engelberth, Rovena Clara Galvão JanuárioDurante a pandemia de COVID-19, a transição das aulas de anatomia humana para o formato remoto, imposta pela necessidade de distanciamento social, trouxe desafios significativos para a educação. A ausência de interação pessoal, feedback imediato dos professores e a troca de ideias típicas das aulas presenciais impactou a aprendizagem dos alunos. Para minimizar esses efeitos, foram adotadas diversas metodologias, como aulas síncronas, videoaulas, fóruns de discussão e acompanhamento contínuo por monitores, com atividades planejadas para estimular os alunos e facilitar a compreensão do conteúdo de anatomia humana. Nesse contexto, esta pesquisa teve como objetivo avaliar o processo de aprendizagem dos alunos matriculados na disciplina MOR-0048 Anatomia Humana para o Curso de Farmácia do DMOR/UFRN, nos períodos letivos de 2021.1, 2021.2 e 2022.1 em ambos os turnos (matutino e noturno), durante a pandemia de COVID-19, considerando os diferentes fatores envolvidos nesse processo. Os dados foram coletados por meio de questionários aplicados aos alunos matriculados na referida disciplina. Ao observar os índices de motivação, foi possível perceber que o formato híbrido apresentou resultados superiores aos do presencial, enquanto o formato remoto mostrou-se estatisticamente semelhante ao híbrido em diversos aspectos. No entanto, o formato presencial foi associado a uma queda no nível motivacional em comparação aos outros dois formatos, algo percebido de forma significativa, especialmente, pelas condições adversas do retorno presencial, fato que corrobora a percepção do ambiente educacional como um fator decisivo para o relacionamento com a disciplina e o processo de ensino como um todo. Essa correlação foi corroborada quando os resultados relacionados aos comportamentos adotados para evitar contágio foram avaliados, indicando a permanência dessas práticas sociais e pessoais, de forma geral entre as turmas, evidenciando um impacto duradouro da pandemia da COVID-19 no dia a dia dos estudantes. Além disso, os dados apontaram níveis de utilização de estratégias de enfrentamento bem marcados, especialmente para as turmas do presencial, indicando mais uma vez que o retorno as condições de ensino presencial ainda representavam um risco potencial para os alunos e, assim, o processo de ensino aprendizagem poderia ser influenciado por esses aspectos, especialmente por suas repercussões na saúde mental dos estudantes, influenciando os níveis de estresse, ansiedade e depressão. Com isso, a conclusão é de que o processo de ensino aprendizagem sofre influência significativa tanto da percepção do ambiente educacional quanto do nível de motivação, sendo fatores determinantes para o relacionamento dos estudantes com a disciplina, bem como da representatividade desse cenário para o curso de uma forma geral. As estratégias de enfrentamento adotadas pelos estudantes, por sua vez, estiveram bastante relacionadas a transição do ensino híbrido para o presencial, representando um intensificador do nível de enfrentamento, sugerindo a necessidade de apoio psicológico direcionado para os estudantes, com o objetivo de mitigar os impactos negativos na saúde mental e proporcionar a manutenção salutar do processo de ensino aprendizagem, considerando não somente as vias de transmissão de conteúdo, mas principalmente o contexto em que o estudante está imerso.Tese Avaliação da indução da neuroplasticidade e do potencial antimicrobiano dos extratos metanólicos da catingueira (Cenostigma bracteosum) e da canafístula (Senna trachypus) plantas nativas da caatinga(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-02-02) Sá Filho, Geovan Figueirêdo de; Cavalcante, Jeferson de Souza; Hrncir, Michael; 23191361855; https://orcid.org/ 0000-0002-2714-0746; http://lattes.cnpq.br/2378505945149958; https://orcid.org/0000-0003-0380-1906; http://lattes.cnpq.br/8839645968639574; Nascimento Júnior, Expedito Silva do; Cavalcanti, José Rodolfo Lopes de Paiva; https://orcid.org/0000-0002-1554-3249; http://lattes.cnpq.br/3433564869429006; Nunes, Luanne Eugênia; Engelberth, Rovena Clara Galvão Januário; https://orcid.org/0000-0002-5232-5275; http://lattes.cnpq.br/3745470149540939Considerado um dos países de maior biodiversidade de fauna e flora do planeta, o Brasil é um país de vasta extensão territorial, apresentando uma diversidade de biomas. Dentre os biomas em território nacional, a Caatinga se destaca por ser um bioma exclusivamente brasileiro, cuja vegetação é uma das mais ameaçadas do planeta, e, apesar disto, ainda não possuem muitos estudos botânicos nesta área, sendo grande parte dessas plantas usadas empiricamente pela população com finalidade terapêutica. Nesse sentido, o objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito neuroprotetor e o efeito antimicrobiano dos extratos metanólicos das folhas da catingueira (Cenostigma bracteosum) e da canafístula (Senna trachypus), plantas nativas da Caatinga pertencente à família Fabaceae. Para isso, foram obtidos extratos das folhas da catingueira (Cenostigma bracteosum) e da canafístula (Senna trachypus) com o metanol. Foi verificada a presença de metabólitos secundários, da atividade hemolítica e antimicrobiana, além da verificação do potencial neuroprotetor. Os resultados obtidos nesse estudo possibilitaram a percepção da presença de diferentes classes de metabólitos, dentre eles os taninos, flavonoides, saponinas, alcaloides e cumarinas. Além disso, foi possível verificar que os extratos apresentaram efeito significativo na inibição no crescimento dos micro-organismos S. saprophyticus e P. aeruginosa, cuja halos de inibição variaram de 10 à 20mm. Acerca do potencial neuroprotetor da catingueira (Cenostigma bracteosum) e da canafístula (Senna trachypus) foi possível perceber que em baixas concentrações (4mg/mL) as células conseguiram se desenvolver, apresentando possível neuroplasticidade. Por fim, as propriedades investigadas neste estudo proporcionam o conhecimento sobre as possíveis indicações terapêuticas dessas duas espécies de plantas da família Fabaceae, no entanto ainda se faz necessário maiores investigações a fim de comprovar propriedades medicinais.Dissertação Avaliação do perfil de sono/vigilia em um modelo crônico de parkinsonismo em ratos(2016-05-13) Silva, Cinthya Montenegro de Vasconcelos; Engelberth, Rovena Clara Galvão Januário; ; http://lattes.cnpq.br/3745470149540939; ; http://lattes.cnpq.br/3665111333977111; Santos, José Ronaldo dos; ; http://lattes.cnpq.br/3626754379892089; Miguel, Mario André Leocádio; ; http://lattes.cnpq.br/9973095281534917A doença de Parkinson (DP) é uma desordem neurodegenerativa e progressiva com espectro clínico variado. Além dos sintomas motores clássicos também podem surgir complicações não-motoras, destacando-se aí problemas cognitivos, psiquiátricos e autonômicos. Evidências demonstram que tais sintomas não-motores frequentemente precedem o aparecimento dos sinais motores e são extremamente relevantes, dado o impacto negativo que causam na qualidade de vida dos indivíduos. Os sintomas não-motores podem apresentar múltiplas causas, dentre as quais uma possível disfunção do sistema circadiano. Dessa forma, diversos processos fisiológicos influenciados pelo sistema de temporização circadiano (STC), como o ciclo sono/vigília podem se mostrar alterados em pacientes acometidos pela DP. O STC é responsável pela geração e manutenção dos ritmos circadianos, que são oscilações endógenas manifestadas pelos seres vivos em diversos processos fisiológicos e comportamentais, com período em torno de 24 horas. Assim, é fundamental a compreensão dos efeitos da progressão do processo patogênico da DP sobre o perfil circadiano do ciclo sono/vigília e também de componentes do STC, em particular no núcleo supraquiasmático (NSQ), o principal marcapasso do sistema. No presente estudo, ratos wistar jovens (6 meses) e de meia-idade (10 meses) foram submetidos a um modelo animal crônico de DP com administração de reserpina durante 20 dias. Ao longo do tratamento foram realizadas análises comportamentais do sono, bem como a avaliação motora dos animais. Após o fim do tratamento, foram realizadas análises imunoistoquímicas no NSQ dos animais. Nossos resultados mostraram que o tratamento crônico com reserpina promoveu comprometimento motor progressivo tanto nos animais jovens quanto nos de meia-idade. Além disso, as análises comportamentais revelaram perturbações no ciclo sono/vigília dos animais tratados em comparação aos indivíduos controle, incluindo avanço na fase de sono e aumento na fragmentação do sono. As análises imunistoquímicas não permitiram observar efeitos significativos do tratamento com reserpina sobre a composição neuroquímica do NSQ, contudo novos estudos são necessários para a avaliação neuroquímica e morfométrica desse importante marcapasso circadiano na DP.Dissertação Bloqueio do receptor NOP modula comportamento relacionado a ansiedade em camundongos expostos a estresse inescapável(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-08-26) Barbosa, Aldemara Ingrid da Silva; Rachetti, Vanessa de Paula Soares; ; http://lattes.cnpq.br/1524215726056886; ; http://lattes.cnpq.br/5691498563504126; Engelberth, Rovena Clara Galvão Januário; ; http://lattes.cnpq.br/3745470149540939; Lima, Ramón Hypolito; ; http://lattes.cnpq.br/9065102569052213Depressão e ansiedade frequentemente co-ocorrem e têm implicações clínicas importantes. Estudos anteriores mostraram que a ativação do receptor de nociceptina/orfanina FQ (NOP) provoca efeitos ansiolíticos, enquanto seu bloqueio promove a reversão de comportamentos depressivos induzidos por estresse. No entanto, os efeitos de antagonistas NOP na ansiedade induzida por estresse ainda não são claros. Este estudo teve como objetivo investigar os efeitos do antagonista NOP SB-612111 em comportamentos relacionados à ansiedade induzida por estresse inescapável. Camundongos foram expostos ao estresse por eletrochoque inescapável nas patas e o fenótipo comportamental (ex., desamparado ou resiliente) foi definido com base na capacidade de escapar dos choques. Animais desamparados, resilientes e não estressados foram tratados com diazepam (1 mg/kg), SB-612111 (0,1, 1 e 10 mg/kg) ou veículo e seu comportamento foi avaliado no labirinto em cruz elevado (LCE) e no campo aberto (CA). Quando comparados a camundongos não estressados, os desamparados, mas não os animais resilientes, apresentaram redução significativa no tempo gasto e nas entradas nos braços abertos no LCE. O diazepam aumentou significativamente a exploração de braços abertos em camundongos desamparado, resilientes e não estressados quando comparados aos respectivos grupos veículos. No entanto, o tratamento com o antagonista NOP foi inativo em camundongos não estressados, mas reverteu os comportamentos relacionados à ansiedade em animais desamparados e aumentou os comportamentos de ansiedade em animais resilientes. Em nenhum dos grupos testados foram observados efeitos na locomoção espontânea dos camundongos. Em conclusão, os animais desamparados apresentaram aumento da ansiedade em comparação com animais não estressados e resilientes. Desse modo, animais desamparados podem ser usados como modelo animal para investigar a comorbidade ansiedade/depressão. Além disso, o SB-612111 modulou comportamentos semelhantes à ansiedade em animais, dependendo da suscetibilidade ao estresse individual. Por fim, os antagonistas NOP podem ser úteis no tratamento da ansiedade em pacientes depressivos.Dissertação O cabo de guerra entre a evitação de patógenos e o comportamento sexual em um cenário pandêmico(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-02-10) Ferreira, Lucas Emanuel; Lopes, Fívia de Araújo; https://orcid.org/0000-0002-8388-9786; http://lattes.cnpq.br/2583445528542625; Engelberth, Rovena Clara Galvão Januário; https://orcid.org/0000-0002-5232-5275; http://lattes.cnpq.br/3745470149540939; Mafra, Anthonieta LoomanUma vez que a defesa imunológica contra patógenos é dispendiosa e meramente reativa, a defesa antipatógena humana também é caracterizada por mecanismos comportamentais pró-ativos que inibem o contato com patógenos. Esse sistema imunológico comportamental (SIC) compreende processos psicológicos que reduzem o risco de contágio a partir da resposta a pistas ambientais por meio da ativação de comportamentos aversivos. Esses processos têm efeitos importantes para a cognição social humana e o comportamento social, incluindo implicações no comportamento sexual, sobretudo na sociossexualidade. Isto é particularmente importante quando novas doenças infecciosas (por exemplo, a COVID-19) se espalham pela população. Em nosso trabalho, apresentamos os conceitos teóricos sobre SIC, sociossexualidade e diferenças individuais. Empiricamente, buscamos compreender, a partir de uma perspectiva evolucionista, se o SIC tem relação com a resposta sociossexual e a ansiedade e se essas variáveis se manifestam de formas diferentes, de acordo com o sexo e a orientação sexual dos indivíduos. A pesquisa utilizou um conjunto de questionários online: questionário sociodemográfico, Escala de Transtorno de Ansiedade Generalizada, Questionário de Vulnerabilidade Percebida à Doença, Subescala de repulsa de patógenos, e Versão reduzida do inventário de sociossexualidade. Participaram 274 voluntários, de todas as regiões do país, com idade entre 18 e 64 anos, heterossexuais e não heterossexuais. No estudo 1, os homens tiveram níveis mais altos de sociossexualidade, sobretudo nos domínios de comportamento e desejo, mas não em atitude; já as mulheres apresentaram níveis mais significativos de aversão a patógenos e em ansiedade. Encontramos correlações negativas entre SIC e sociossexualidade e correlação positiva entre SIC e ansiedade. Somente o domínio comportamento da sociossexualidade se correlacionou com ansiedade. No estudo 2, paricipantes não-heterossexuais pontuaram mais no questionário de sociossexualidade, sendo caracterizados como mais irretristos sexualmente, enquanto o público heterossexual pontuou mais nas escalas de aversão moral e aversão germinativa, embora não tenham sido encontradas diferenças gerais na escala total do SIC. Nossos dados revelam que há uma tensão entre o comportamento sexual e a tendência em evitar pistas consideradas potencialmente patogênicas, indicando que esses dois aspectos estão em constante interação ou conflito.Tese Caracterização citoarquitetônica e morfoquantitativa dos núcleos talâmicos da linha média e intralaminares e sua população neuronal glutamatérgica em Mocós (Kerodon rupestris)(2018-08-27) Silva, Alane de Medeiros; Nascimento Júnior, Expedito Silva do; ; ; Bezerra, Clarissa Loureiro Campêlo; ; Ladd, Fernando Vagner Lobo; ; Oliveira, Francisco Gilberto; ; Engelberth, Rovena Clara Galvão Januário;Os sistemas de projeções talamocorticais são fundamentais para regular o fluxo das informações sensoriais, bem como a relação da integração dessas informações com o córtex. O glutamato (Glu) é um neurotransmissor fundamental no processamento de funções sensoriais, desenvolvimento e manutenção de funções cognitivas, constituindo, portanto, o principal neurotransmissor das vias relacionadas aos sistemas de projeção tálamo-córticotalâmicos. Os núcleos da linha média/intralaminares (LM/IL) compõem porção significante do tálamo e apresentam influência global no funcionamento cortical. Com isso, objetivamos caracterizar os núcleos LM e IL, através de morfologia e estereologia, do tálamo do mocó (Kerodon rupestris), roedor típico do Nordeste Brasileiro, bem como aspectos morfológicos de sua população neuronal glutamatérgica. Nosso estudo é o pioneiro na análise estereológica dos núcleos LM/IL, bem como das células IR-Glu neles presentes. Utilizamos 6 mocós adultos jovens, cujos cérebros foram submetidos a técnica de Nissl e imuno-histoquímica para Glu. Similar organização nuclear no LM/IL foi observada em comparação com outras espécies. Estimamos o volume referência (Vref) de LM e IL, os quais apresentaram diferença estatística entre si, sendo IL 54% mais volumosos que LM. A densidade de volume (Vv) de corpos neuronais reativos a Glu (IR-Glu) entre LM/IL não apresentou diferença estatística. O volume total (VTot) ocupado por neurônios no IL é 51% estatisticamente maior que em LM. Os corpos neuronais IR-Glu visualizados entre os núcleos LM se caracterizaram predominantemente arredondados e ovóides. Além disso, a área celular média foi 10 % estatisticamente menor nos núcleos LM quando comparada aos IL. Não há estudos quantitativos relacionando a estereologia com IR-Glu nos núcleos estudados. As diferenças morfométricas e estereológicas dos corpos celulares IR-Glu no mocó podem estar relacionadas à diversidade das rotas filogenéticas glutamatérgicas do complexo LM/IL e sua consequente influência na função cortical entre as espécies.Tese Caracterização citoarquitetônica e por imunoistoquímica para tirosina-hidroxilase da substância negra, área tegmentar ventral e zona retrorubral do Sagui (Callithrix jacchus)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-04-30) Cavalcanti, José Rodolfo Lopes de Paiva; Cavalcante, Jeferson de Souza; ; http://lattes.cnpq.br/2378505945149958; ; http://lattes.cnpq.br/3433564869429006; Gavioli, Elaine Cristina; ; http://lattes.cnpq.br/1759328747578795; Freire, Marco Aurélio de Moura; ; http://lattes.cnpq.br/0278347747929096; Santana, Maxwell Barbosa de; ; http://lattes.cnpq.br/5049355107877753; Engelberth, Rovena Clara Galvão Januário; ; http://lattes.cnpq.br/3745470149540939Sabe-se que o grupo das catecolaminas é integrado pela dopamina, noradrenalina e adrenalina e que a síntese dessas substâncias se dá de modo sequencial, sendo a enzima tirosina-hidroxilase reguladora da fase inicial deste processo. Neste sentido, a 3- hidroxitiramina/dopamina é precursora da síntese de noradrenalina e adrenalina e ainda possui a capacidade de atuar como neurotransmissor na porção central do sistema nervoso. Os três principais núcleos dopaminérgicos, chamados zona retrorubral (grupo A8), substância negra pars compacta (grupo A9) e área tegmentar ventral (grupo A10), estão dispostos na porção die-mesencefálica e estão envolvidos em três vias, a mesostriatal, mesolímbica e mesocortical. Estas vias estão relacionadas diretamente com diversas manifestações comportamentais como controle da motricidade, sinalização de recompensa na aprendizagem comportamental, motivação e nas manifestações patológicas da Doença de Parkinson e esquizofrenia. Considerando-se a relevância desses, o objetivo do trabalho foi caracterizar morfologicamente os núcleos dopaminérgicos (A8, A9 e A10) do sagui (Callithrix jacchus) mediante estudo citoarquitetônico e imunoistoquímico contra tirosina-hidroxilase. O sagüi é um primata neotropical, cujas características morfofuncionais repercutem na adequabilidade de uso deste animal em pesquisas de ordem biomédica. Secções coronais dos encéfalos de seis animais foram submetidas à coloração pelo método de Nissl e immunoistoquímica para tirosinsa-hidroxilase. Com base na morfologia dos neurônios, foi possível subdividir o grupo A10 em sete regiões: núcleo interfascicular, linear rostral e linear caudal, situados na linha média; paranigral e o parainterfascicular, situados na zona intermediária; a porção rostral da área tegmentar ventral e o núcleo parabraquial pigmentado, situados na porção dorsolateral do tegmento mesencefálico. O grupo A9 foi subdividido em quatro regiões: substância negra camadas dorsal e ventral; substância negra conjuntos lateral e medial. Por último, não foram indentificadas subdivisões no grupo A8. Concluí-se que A8, A9 e A10 são filogeneticamente conservados entre as espécies, porém percebe-se a necessidade de se ampliar os estudos acerca das organizações subnucleares, seja investigando a sua ocorrência em outras espécies de primatas, seja investigando a sua relevância funcional.Dissertação Caracterização citoarquitetônica, neuroquímica e de aferência óptica do complexo parabraquial do sagui (Callithrix jacchus)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2010-04-23) Engelberth, Rovena Clara Galvão Januário; Cavalcante, Jeferson de Souza; ; http://lattes.cnpq.br/2378505945149958; ; http://lattes.cnpq.br/3745470149540939; Cavalcante, Judney Cley; ; Pires, Raquel Simoni; ; http://lattes.cnpq.br/2813380769879759O complexo parabraquial (PB) é uma região do tronco encefálico responsável pelo processamento e transmissão de informações fisiológicas essenciais para a sobrevivência dos organismos. Essa região é subdividida em aproximadamente nove regiões, considerando características morfológicas, citoarquitetônicas e funcionais. Seus neurônios possuem uma ampla rede de conexões com as demais regiões do sistema nervoso. O objetivo deste trabalho foi mapear a projeção retiniana para o PB e fazer uma caracterização citoarquitetônica e neuroquímica desta região no Callithrix jacchus (sagüi), um primata do Novo Mundo. As projeções retinianas foram mapeadas por transporte anterógrado da subunidade B da toxina colérica (CTb). A citoarquitetura foi descrita através do método de Nissl e a caracterização neuroquímica foi feita através de técnicas imunoistoquímicas para alguns neurotransmissores e substâncias neuroativas presentes neste centro neural. No PB do sagui, nas secções coronais coradas pelo método de Nissl, foi possível encontrar um padrão similar ao que é evidenciado em outras espécies animais. A imunorreatividade contra CTb foi encontrada em fibras terminais do PBMv, caracterizando desta forma uma inervação retiniana nessa área. A técnica imunoistoquímicas revelou que o PB contêm células, fibras e/ou terminais imunorreativos a proteína nuclear neuronal, colina acetiltransferase, óxido nítrico sintetase, serotonina, encefalina, substância P, proteínas ligantes de cálcio (calbindina, calretinina e parvalbumina), e a proteína acídica fibrilar glial. A partir de técnicas histoquímicas verificou-se células e fibras reativas a NADPH-diaforase. Cada uma dessas substâncias apresentou um padrão característico de marcação no PB e algumas serviram como marcadores específicos de subregiõesTCC Declínio cognitivo decorrente do envelhecimento em zebrafish (Danio rerio)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-12-15) Silva, Thaynara Bezerra; Luchiari, Ana Carolina; Ferreira, Maria Elisa Leite; http://lattes.cnpq.br/1848617691582020; http://lattes.cnpq.br/7859231596449028; http://lattes.cnpq.br/0572783864052836; Engelberth, Rovena Clara Galvão Januário; http://lattes.cnpq.br/3745470149540939; Silva, Priscila Fernandes; http://lattes.cnpq.br/7340942504610047O envelhecimento é um processo natural que envolve mudanças físicas e psicológicas decorrentes da passagem do tempo, incluindo alteração na aptidão para certas atividades. O envelhecimento biológico, que inclui as mudanças físicas ao longo da vida, resulta em perdas funcionais de diversos tecidos, inclusive o cérebro. Neste estudo testamos o desempenho cognitivo em zebrafish (Danio rerio) adultos com idades distintas: 6 e 18 meses (n=10). Avaliamos, através do teste de discriminação de objetos, o processo de formação e resgate de memória de longa duração nesses animais. Inicialmente, os peixes exploraram o ambiente acessando dois objetos 3D idênticos (mesmo tamanho, cor e forma) e, após 24h, foi avaliada a capacidade de discriminação dos objetos baseada na memória formada no evento anterior. No segundo momento, um dos objetos foi substituído por outro, de cor diferente. Nossos dados mostraram que os animais de 6 meses aumentaram o tempo de exploração do objeto novo da fase discriminatória, enquanto os animais de 18 meses exploraram mais um dos objetos na fase de memorização, não tendo mostrado capacidade discriminatória posterior. Os resultados mostram diferenças cognitivas entre animais de diferentes idades, indicando processos de envelhecimento relacionados à formação de memória nos animais de 18 meses. Indivíduos mais velhos não discriminaram o novo objeto, o que pode indicar declínio no processamento de informações novas ou a necessidade de mais tempo de exploração. Reiteramos o uso do zebrafish como modelo animal para estudos sobre os processos de envelhecimento e na testagem de terapias para melhorar as respostas mnemônicas.Tese Depressão experimental induzida pela administração única e repetida dexametasona em camundongos: ferramenta para estudo do potencial antidepressivo de antagonistas NOP(2018-12-14) Souza, Ingrid Brasilino Montenegro Bento de; Gavioli, Elaine Cristina; ; ; Engelberth, Rovena Clara Galvão Januário; ; Rachetti, Vanessa de Paula Soares; ; Barbosa, Flávio Freitas; ; Medeiros, Iris Ucella de;A depressão maior pode ser desencadeada por eventos estressantes que desregulam a resposta do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HHA), promovendo em algumas circunstâncias elevação sustentada dos níveis de glicocorticoides circulantes. A hipersecreção de glicocorticoides pode alterar a funcionalidade receptores de glicocorticoides (rG) no sistema nervoso central, principalmente quanto ao eixo HHA e o hipocampo, gerando anormalidades comportamentais que são observadas em pacientes depressivos. Evidências clínicas e pré-clínicas sugerem efeito antidepressivo decorrente do bloqueio do receptor NOP. Neste sentido, o presente estudo teve como objetivo investigar os efeitos comportamentais da administração única e repetida de dexametasona em camundongos e do antagonista do receptor NOP, SB-612111, neste modelo experimental. Para isso, foram utilizados camundongos Swiss machos e fêmeas. O comportamento do tipo depressivo foi avaliado através do teste de suspensão pela cauda (TSC), do splash test e do teste de interação social, além disso, a atividade locomotora espontânea dos camundongos foi mensurada no campo aberto. A dexametasona (64 µg/kg, sc) de forma única elevou o tempo de imobilidade no TSC, a latência para a autolimpeza no splash test e reduziu a frequência de interações com um animal desconhecido. O tratamento com os antidepressivos nortriptilina e venlafaxina (mbos 30 mg/kg, ip) reverteu a maior parte destes comportamentos, a exceção da interação social. Ainda, a dexametasona administrada agudamente não afetou a lomocoção espontânea dos animais, porém a administração única de nortriptilina e venlafaxina reduziu significativamente a distância total percorrida, principalmente em machos. Adicionalmente, o tratamento com o antagonista NOP reverteu o comportamento do tipo depressivo causado pela administração aguda de dexametasona no TSC e reduziu a latência para autolimpeza no splash test, sem alterar a locomoção dos camundongos. Para o protocolo repetido, a dexametasona (16 µg/kg, sc) foi administrada durante 14 dias e o comportamento mensuradouma vez na semana. Nos sete primeiros dias de administração de dexametasona, foi observada a elevação da imobilidade no TSC e o aumento de latência no splash test, sem alterar a locomoção no campo aberto. O tratamento com imipramina (nos últimos 7 dias, 20 mg/kg, ip) reverteu o aumento da imobilidade no TSC e o aumento da latência para autolimpeza no splash test indyuzido pela dexametasona. Em conclusão, os dados sugerem que a dexametasona em administração aguda e repetida induz efeito do tipo depressivo que é revertido pelos antidepressivos convencionais e pelo bloqueio do receptor NOP (agudamente). Esses achados contribuem para adicionar novas evidências sobre um modelo neuroendócrino de depressão capaz de ser realizado em camundongos de ambos os sexos. Em última análise, nossos dados reforçam o crescente corpo de informações sobre o potencial terapêutico dos antagonistas do NOP no tratamento da depressão.Tese Diferenças sexuais no comportamento de ratos submetidos ao modelo do estresse crônico moderado(2019-11-12) Fernandes, Isabella Maria de Oliveira Pontes; Engelberth, Rovena Clara Galvão Januário; Engelberth, Rovena Clara Galvão Januário; ; ; ; Holanda, Victor Anastácio Duarte; ; Rachetti, Vanessa de Paula Soares; ; Nascimento, Ezequiel Batista do; ; Lima, Ramón Hypolito;O estresse é caracterizado por alterações psicofisiológicas desencadeadas por pressões externas e internas. Estudos apontam para diferentes estratégias de enfrentamento ao estresse e dados da Organização Mundial de Saúde mostram que a incidência de depressão e a resposta ao tratamento com antidepressivos são diferentes entre homens e mulheres e que esta diferença está relacionada com a variação hormonal que ocorre em fêmeas. Além disso, as alterações cognitivas promovidas pelo estresse e a resposta ao tratamento variam entre machos e fêmeas, principalmente memórias com contexto emocional que, já se sabe, recebem influência direta de hormônios sexuais, e ainda estão relacionadas com o mecanismo de ação dos principais antidepressivos utilizados na clínica. O objetivo deste trabalho foi avaliar efeitos do modelo do estresse crônico moderado (CMS) em ratos Wistar machos (M) e fêmeas (F) para investigar possíveis alterações comportamentais relacionadas com a depressão e a memória de medo, além da resposta ao tratamento com fluoxetina (FLX). Foram realizados 2 experimentos pilotos para avaliar o tempo necessário para que os animais apresentassem comportamento tipo depressivo e o momento ideal para o início do tratamento. Após isso, os animais foram submetidos à 35 dias de CMS e tratados nos últimos 15 dias com FLX ou veículo (VEI). Os animais foram submetidos ao teste do nado forçado (FST), splash test (ST) e campo aberto (CA), antes e após o tratamento, e ao condicionamento de medo ao contexto (CFC) no final do protocolo. F foram separadas por fases do ciclo estral com altos (proestro e estro – P/E) e baixos (metaestro e diestro – M/D) níveis hormonais. Nossos dados demonstram que antes do tratamento com FLX (TTT) apenas os M-CMS apresentaram comportamento do tipo-depressivo representado pelo aumento do tempo de imobilidade no FST comparados aos M-control (CTR), mas não após o TTT, possivelmente devido ao prejuízo na retenção da memória de imobilidade. Após TTT, F-CMS apresentaram aumento no tempo de escalada, independente da FLX, e P/E-CTR apresentou redução do tempo de imobilidade e aumento no tempo ativo quando comparado com M/D-CTR, sugerindo que o estrógeno pode ter efeito protetor antidepressivo. Além disso, CMS-FLX apresentou redução do tempo de imobilidade e aumento do tempo ativo comparado com M/D-CTR-FLX, mas sem diferenças em relação ao P/ECTR-FLX e CMS-VEI. No ST, antes do TTT apenas os M-CMS apresentaram aumento no tempo de catação em relação aos M-CTR e após TTT M-CMS-VEI apresentaram aumento na catação em relação aos M-CTR-VEI e F-CTR-FLX apresentaram redução de catação em relação às F-CMS-FLX, apresentando resultados contraditórios à literatura. Os animais de ambos os sexos não apresentaram diferenças quanto à atividade locomotora no CA, reforçando que os efeitos observados nos outros testes não estão relacionados a alterações motoras. P/E-CTR explorou mais o centro do campo comparado à P/E-CMS, sugerindo um efeito ansiolítico, possivelmente mediado pelo estrógeno. No CFC apenas M-CMS apresentaram redução no tempo de congelamento quando comparados aos MCTR, independente do TTT, sugerindo prejuízo na memória de medo causada pelo CMS apenas em machos. Estes dados demonstram diferenças sexuais no CMS em resposta ao FST e CFC. Machos parecem mais vulneráveis ao CMS apresentando comportamentos do tipo depressivo mais cedo, além de apresentarem prejuízo na memória de medo, enquanto as fêmeas apresentam comportamento do tipo depressivo em fases do ciclo estral com baixos níveis de estrógeno (M/D) e os níveis elevados de estrógeno (P/E) parecem exercer efeito protetor nas fêmeas no comportamento tipo depressivo e ansioso após estresse crônico, mas sem impacto na memória de medo.Dissertação Diminuição da expressão dos receptores de melatonina MT1 e MT2 em áreas especificas do sistema nervoso central de roedores submetidos a um tratamento crônico com Reserpina(2017-07-31) Silva, Kayo Diógenes de Azevedo; Engelberth, Rovena Clara Galvão Januário; ; ; Oliveira, Francisco Gilberto; ; Cavalcante, Jeferson de Souza;A doença de Parkinson (DP) é uma patologia neurodegenerativa que acomete principalmente indivíduos do sexo masculino com o avançar da idade. A DP se caracteriza por diversos sintomas motores como tremores, bradicinesia, rigidez e alterações posturais. Além destes, sintomas cognitivos como déficits de atenção e memória, demência e alterações de humor também estão presentes. É possível perceber marcada mudança na arquitetura do sono de pacientes com DP. O hormônio melatonina sintetizado principalmente pela glândula pineal localizada no Epitálamo é considerado um dos hormônios que induzem a fase de sono dos organismos. Sua ação ocorre após se ligar a receptores específicos, MT1 e MT2. No presente estudo foram utilizados 15 ratos machos de meia idade (10 meses) da espécie Wistar, divididos em dois grupos denominados de Controle (CTR) e Reserpina (RES). Esses animais foram submetidos a um protocolo crônico de 20 injeções de reserpina, com o intuito de criar sintomatologias semelhantes a DP. Durante o protocolo experimental os animais foram avaliados através de teste de catalepsia. Com o fim do tratamento os animais foram sacrificados e submetidos a procedimento imunistoquimico para identificação dos receptores MT1 e MT2 em 5 áreas do sistema nervoso central relacionadas diretamente com o ciclo do sono e com sintomas mais evidentes da DP, sendo elas, NE, NSQ, VLPO, SN e ZSPV. Nossos resultados mostraram que durante o período de tratamento os animais do grupo reserpina apresentaram considerável e progressivo déficits motores que se acentuaram nos dias sete, oito, nove e dez de injeções. Nossas analises imunoistoquímicas mostraram que ocorre significativa redução da expressão de receptores de melatonina nos animais reserpina em todos os núcleos avaliados, entretanto, novos estudos são necessários para uma melhor compreensão do real motivo dessa diminuição de expressão de receptores e se esta diminuição tem efeito significativo nas alterações do sono verificadas nos pacientes com DP.Dissertação Efeito da terapia de luz azul na resposta cognitiva, emocional e de atividade-repouso em roedores jovens e idosos(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-04-10) Seixas, Narita Renata de Melo; Engelberth, Rovena Clara Galvão Januário; Meurer, Ywlliane da Silva Rodrigues; https://orcid.org/0000-0002-5232-5275; http://lattes.cnpq.br/3745470149540939; https://orcid.org/0000-0002-5967-3328; http://lattes.cnpq.br/8922168781031305; Silva, Eryck Holmes Alves da; Barbosa, Flavio FreitasO envelhecimento representa um evento natural, progressivo e heterogêneo pelo qual todos os seres vivos passam. No entanto, mudanças fisiológicas ou comportamentais podem ocorrer de diferentes formas entre os indivíduos, o que levanta alguns questionamentos referentes à relação existente entre o processo de envelhecimento e as mudanças dessas funções, como por exemplo, o declínio cognitivo. Nesse sentido, várias terapias, incluindo as não invasivas como a fototerapia, têm sido testadas em aspectos cognitivos em indivíduos humanos e não-humanos. Poucos estudos mostram os efeitos da terapia de luz azul no comportamento do animal idoso quando comparado ao animal jovem. Nesse estudo foi avaliado, em ratos jovens e idosos, o efeito da terapia de luz azul sobre os aspectos cognitivos e emocionais e na expressão do ritmo de atividade-repouso. Para isso, animais com 3 e 20 meses de idade (jovens e idosos, respectivamente), foram submetidos a testes comportamentais como o de campo aberto (CA) e de reconhecimento de objeto, antes e após o tratamento com a luz azul. Essa terapia foi aplicada durante um período de 14 dias, sob um ciclo C-C-E de 6:6:12 horas, sendo a luz azul aplicada nas primeiras horas do ciclo de luz. Foi observado que a terapia de luz azul melhorou o ritmo de atividade-repouso de ambos os animais no que diz respeito a amplitude relativa e acrofase, mas no teste de CA e reconhecimento de objetos, os animais idosos não apresentaram mudanças significativas. Já os animais jovens apresentaram resultados significativos apenas no teste de CA com relação à distância total percorrida e exploração das zonas do aparato. Acreditamos que mais investigações são necessárias para entender melhor o efeito da luz azul nas respostas cognitiva e emocional, de forma que a memória, assim como os mecanismos neurais a ela relacionados sejam melhor compreendidos.Dissertação Efeito de antagonistas do receptor NOP em Camundongos expostos ao modelo do desamparo aprendido(2015-02-26) Holanda, Victor Anastácio Duarte; Gavioli, Elaine Cristina; ; ; Calo'', Girolamo; ; Engelberth, Rovena Clara Galvão Januário;A nociceptina/orfanina FQ (N/OFQ) é um heptadecapeptídeo, sendo o ligante endógeno, de um receptor acoplado a proteína G do tipo inibitória, o receptor NOP. O sistema da nociceptina/orfanina FQ (N/OFQ) e seu receptor NOP tem se mostrado com grande potencial para o desenvolvimento de fármacos antidepressivos com evidências farmacológicas e genéticas apontando um potencial efeito antidepressivo induzido pelo bloqueio do receptor NOP. O modelo do desamparo aprendido (DA) emprega eletrochoques, incontroláveis e imprevisíveis, nas patas dos animais como evento estressor para induzir um fenótipo tipo depressivo. Este paradigma é baseado no fato de que após exposição à eletrochoques incontroláveis, os animais desenvolvem déficits no comportamento de escape do compartimento eletrificado, evento este revertido pelo uso de antidepressivos. O DA é um modelo de depressão mais bem validado em comparação com os testes de desespero comportamental, que são atualmente mais utilizados no screening de novos agentes antidepressivos. Sendo assim, o presente estudo tem como objetivo validar o modelo do desamparo aprendido nas nossas condições experimentais, bem como avaliar a ação de antagonistas do receptor NOP em animais que desenvolveram a condição de desamparo. Para realização deste estudo, camundongos machos foram submetidos a três fases do protocolo DA (i.e., (1) indução, (2) screening e (3) teste). Os animais que desenvolveram o fenótipo tipo depressivo foram submetidos à sessão teste, cuja fase existe a possibilidade de escape do eletrochoque e o tempo de escape do compartimento onde recebeu o choque, bem como o número de vezes que o animal não escapou deste compartimento foi registrado. O efeito dos seguintes tratamentos, administrados antes da sessão de teste, foi avaliado: nortriptilina (30 mg/Kg, ip, 60 min),fluoxetina (30 mg/Kg, ip, 60 min), ambos antidepressivos clássicos, SB-612111 (1 e 10 mg/Kg, ip, 30 min) e UFP-101 (1 e 10 nmol, icv, 5 min), ambos antagonistas NOP. Ainda, para descartar possíveis falsos positivos no comportamento do tipo desamparado, foi avaliado o efeito destas drogas sobre os componentes motivacional e cognitivo. Assim, foi evidenciado que nos animais que desenvolverem o fenótipo tipo depressivo nortriptilina, SB-612111 e UFP-101 foram eficazes em reduzir a latência de escape e o número de vezes que o animal não escapou do compartimento eletrificado, sem promover nenhuma alteração nos componentes motivacional e cognitivo do DA; o mesmo não ocorre com a administração de fluoxetina, que não promove nenhuma alteração nos parâmetros analisados. Em conclusão, o tratamento agudo com antagonistas NOP é capaz de promover um efeito do tipo antidepressivo em camundongos submetidos ao modelo do desamparo aprendido.Dissertação Efeito de ligantes do receptor NOP no modelo animal de mania induzido por metilfenidato(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2014-09-22) Fernandes, Diego Alexandre da Cunha; Gavioli, Elaine Cristina; ; http://lattes.cnpq.br/1759328747578795; ; http://lattes.cnpq.br/4570431545059291; Santana, Maxwell Barbosa de; ; http://lattes.cnpq.br/5049355107877753; Engelberth, Rovena Clara Galvão Januário; ; http://lattes.cnpq.br/3745470149540939O transtorno bipolar é uma psicopatologia crônica que atinge de 1 à 4% da população mundial. Esse transtorno do humor é caracterizado por alterações cíclicas do humor, nas quais o indivíduo alterna entre os estados de depressão e mania. A mania é descrita na literatura, como um estado de exacerbação anormal do humor, em que o sujeito apresenta um comportamento expansivo, eufórico, porém com aumento da irritabilidade, intensa agitação psicomotora e um sentimento de invencibilidade inconsequente, que contribui para a exposição á comportamentos de risco. O tratamento dessa psicopatologia é complexo e não apresenta eficácia em todos os casos, além de possuir muitos efeitos colaterais. Nesse aspecto, o sistema da Nociceptina/Orfanina FQ (N/OFQ) pode ser estudado como um possível alvo terapêutico para o tratamento do transtorno bipolar, devido ao seu papel modulatório sobre os sistemas monoaminérgicos e sua participação na modulação do humor. Este trabalho visa investigar o efeito de ligantes do receptor NOP em um modelo animal de mania induzida por metilfenidato. Para isso foi avaliada a atividade motora espontânea, em um campo aberto, de camundongos tratados com metilfenidato (10 mg/kg, sc, 15 min). O valproato de sódio (300 mg/kg, ip, 30 min), fármaco utilizado no tratamento clínico da mania, foi capaz de prevenir a hiperlocomoção causada pelo metilfenidato. O tratamento agudo com o antagonista do receptor NOP, UFP-101 (1-10 nmol, icv, 5 min), não afetou per se a locomoção espontânea dos camundongos, mas foi capaz de atenuar a hiperlocomoção induzida por metilfenidato. Por sua vez, o tratamento agudo com N/OFQ (0,1 e 1 nmol, icv, 5 min) não alterou significativamente a distância percorrida, mas quando testada na dose de 1 ηmol, a N/OFQ foi capaz de reverter discretamente os efeitos hiperlocomotores promovidos pelo metilfenidato. Em conclusão, tanto a administração de N/OFQ quanto de UFP produzem ações do tipo antimaníacas. Além disso, estes dados sugerem que o sistema da N/OFQ efetua uma modulação complexa sobre o movimento voluntário e, consequentemente, sobre a neurotransmissão dopaminérgica.Tese Efeito do antagonista do receptor NOP SB-612111 e imipramina no estresse de derrota social em camundongos swiss(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-08-18) Cagni, Fernanda Carvalho; Gavioli, Elaine Cristina; ; http://lattes.cnpq.br/1759328747578795; ; http://lattes.cnpq.br/2764552364186517; Duzzioni, Marcelo; ; http://lattes.cnpq.br/8429216284843951; Lima, Ramón Hypolito; ; http://lattes.cnpq.br/9065102569052213; Engelberth, Rovena Clara Galvão Januário; ; http://lattes.cnpq.br/3745470149540939; Rachetti, Vanessa de Paula Soares; ; http://lattes.cnpq.br/1524215726056886A depressão é um dos transtornos mentais mais prevalentes no mundo. Apesar de haver tratamento farmacológico, parte dos pacientes não são responsivos à medicação, além de apresentar efeitos colaterais severos e demorar para produzir efeitos terapêuticos. Faz-se necessário, dessa forma, a busca por novos antidepressivos. A nociceptina/orfanina FQ (N/OFQ) é um peptídeo endógeno que se liga a um receptor inibitório acoplado a proteína G, chamado receptor NOP. Antagonistas do receptor NOP têm atividade antidepressiva e são capazes de aumentar resistência ao estresse agudo. Porém, há escassez de estudos sobre o efeito preventivo dos antagonistas NOP, quando administrados repetidamente, no desenvolvimento de alterações comportamentais induzidas por estresse crônico. O objetivo deste estudo foi investigar se o tratamento com o antagonista do receptor NOP SB-612111 previne o surgimento de alterações comportamentais induzidas pelo estresse de derrota social. Para isso, camundongos Swiss machos foram submetidos a um protocolo de derrota social de 10 dias. Observou-se que após 5 dias de estresse, os animais apresentavam alterações comportamentais discretas que se tornaram significativas após 10 dias de derrota social e que permaneceram significativas 7 dias após cessado o estresse. Os animais derrotados apresentaram maior tempo de imobilidade no teste da suspensão pela cauda (TSC) e menor tempo no centro no teste do campo aberto (CA), além de perda significativa de peso. No entanto, nenhuma alteração comportamental foi detectada no teste de interação social (IS). O tratamento subcrônico com imipramina, um antidepressivo clássico, foi realizado visando validar as condições experimentais. A imipramina impediu o aparecimento do comportamento depressivo no TSC, porém não protegeu da perda de peso causada pela derrota social. Ainda, a imipramina apresentou efeito ansiogênico no grupo controle, enquanto nenhum efeito foi visto nos camundongos derrotados no CA. O tratamento repetido com SB-612111, iniciado juntamente com o estresse de derrota social, reduziu o tempo de imobilidade nos animais derrotados 24 h e 7 dias após o término do estresse, não apresentando qualquer efeito sobre o grupo controle. Adicionalmente, devido ao n amostral reduzido, as demais alterações comportamentais não foram significativas, impossibilitando uma melhor avaliação do efeito protetor deste composto. Em conclusão, o SB-612111, administrado concomitante ao estresse, apresentou atividade do tipo antidepressiva duradoura nos animais derrotados, já que o efeito foi observado após 7 dias do término do tratamento. Estudos neuroquímicos são necessários para dar suporte ao potencial incremento na resistência ao estresse induzido pelo bloqueio do receptor NOP em condições de estresse repetido.Tese Efeito do comprimento de onda e da intensidade da luz sobre o ritmo circadiano de atividade motora em saguis (Callithrix jacchus)(2016-07-29) Dias, Rosane Maria Simon Lampert; ; ; Araújo, John Fontenele; ; Engelberth, Rovena Clara Galvão Januário; ; Silva, Crhistiane Andressa da; ; Oda, Gisele Akemi;O fotoarrastamento circadiano depende de uma complexa interação entre informação luminosa e células fotorreceptoras. Os efeitos circadianos neurocomportamentais da luz são mediados primariamente pelas células ganglionares da retina. Cones e bastonetes operam na detecção de luz e também interferem no sistema de temporização circadiana, mas o modo de ação desses fotorreceptores no controle dos ciclos circadianos em primatas não humanos diurnos é desconhecido. Nosso estudo avaliou o efeito do comprimento de onda e intensidade de luz sobre os parâmetros do ritmo circadiano de atividade em saguis, verificando o efeito dos comprimentos de onda curtos e longos da luz, em três intensidades de iluminação. A atividade locomotora de 16 saguis machos adultos mantidos em temperatura e umidade controladas, submetidos a um ciclo claro/escuro 12:12, foi monitorada por sensor infravermelho. Foi avaliado o efeito de dois comprimentos de onda na fase de claro: curto, com λmax 463 nm - na região espectral da luz azul, e longo: com λmax 631 nm - na região espectral da luz vermelha, em três intensidades de iluminação: 200, 100 e 10 lux, em relação à condição controle, feita com luz fluorescente. Ao final de cada etapa, os saguis foram mantidos em claro constante (10 e 200 lux) para verificar os mecanismos de sincronização utilizados. Entre as etapas com diferentes comprimentos de onda, ocorreu um intervalo com duração de 15 dias (luz fluorescente - 200 lux/2 lux). Os resultados evidenciaram que o ângulo de fase do final da fase ativa foi antecipado, e a duração da fase ativa e o total de atividade diária foram menores durante a exposição dos animais às luzes azuis e vermelhas em relação ao controle, com modulações em 10 lux. Houve aumento na potência do RCA durante o uso das luzes azuis e vermelhas em CC na intensidade de 200 lux. Também observamos que a duração do experimento modifica a expressão do ritmo circadiano de atividade, possivelmente por afetar os mecanismos de fotorrecepção dos saguis adultos. A partir destes resultados sugere-se que: 1) os comprimentos de onda azul e vermelho modificam a expressão endógena e a sincronização fótica do RCA em saguis; 2) os animais respondem de modo distinto aos comprimentos de onda azul e vermelho no início e fim da fase ativa, com maior antecipação no final da fase ativa, reduzindo a duração da fase ativa e o total de atividade diária, provavelmente por um efeito de mascaramento do ritmo; 3) O efeito do comprimento de onda varia em função da intensidade de luz, sem diferenças entre as intensidades de 200 e 100 lux, com maior instabilidade em 10 lux; 4) a duração da exposição dos animais aos comprimentos de onda azul e vermelho é um fator a ser considerado na construção de protocolos experimentais com essa espécie.Dissertação Efeito fase-dependente da reserpina na promoção de déficit comportamental e alteração neuroquímica na via nigro-estriatal de ratos(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-10-06) Câmara, Diego de Aquino; Engelberth, Rovena Clara Galvão Januário; Fiuza, Felipe Porto; ; ; ; Cavalcante, Jeferson de Souza; ; Cavalcanti, José Rodolfo Lopes de Paiva;A reserpina induz a falha na capacidade de armazenamento das monoaminas nas vesículas sinápticas, gerando uma depleção dessas substâncias no nervo terminal e aumento do estresse oxidativo (EO). Um grande corpo de evidências mostra que este fármaco causa o aparecimento de sintomas motores e não motores semelhantes aos vistos na doença de Parkinson, sendo seu protocolo de aplicação comumente executado durante a fase de claro, usando animais noturnos como principal modelo experimental. Alguns estudos, no entanto, sugerem que na fase de claro existe uma menor concentração de antioxidantes no organismo desses animais noturnos devido a oscilações diárias na produção de enzimas como a catalase e superóxido dismutase, além do neurohormônio melatonina, que apresentam picos durante a fase de escuro. Essas oscilações, portanto, podem representar uma vulnerabilidade dependente de fase a desordens decorrentes de danos a estrutura do DNA, peroxidação de lipídios e oxidação de proteínas. Muitos desses parâmetros de ritmicidade biológica não são levadas em conta no momento de padronização de modelos experimentais o que pode distanciar os resultados obtidos nesses animais da fisiopatologia de algumas desordens. Tendo em vista as interações da maquinaria circadiana e o EO, o objetivo deste trabalho é observar se o modelo farmacológico da reserpina em ratos (Santos et al., 2013), quando aplicado durante a fase de escuro, apresenta o mesmo efeito de indução dos sintomas motores da DP comparado com seu protocolo padrão de aplicação na fase de claro, bem como se ocorre alterações neuroquímicas na via nigroestrital. Foram utilizados 41 animais com idade aproximada de 3 meses. Os animais foram submetidos à administração da reserpina em duas fases distintas, atividade e repouso; o efeito da droga no comportamento foi avaliado através do teste de catalepsia. Os animais também tiveram uma avaliação, em grupo, do ritmo de atividade-repouso durante todo o procedimento experimental. Posteriormente, foram avaliados parâmetros neuroquímicos relacionados quantificação dos neurônios dopaminérgicos. A administração de reserpina não apresentou alterações significativas no periodo de atividade/repouso dos grupos. No teste de catalepsia observamos que os animais tratados com a droga apresentaram a perda motora esperada ao final do protocolo, no entanto o grupo que recebeu o tratamento com reserpina durante a noite teve o início dessa perda motora de maneira mais tardia, em relação ao grupo que recebeu o tratamento durante o dia. Já na avaliação neuroquímica, não foi vista uma perda neuronal significativa na substância negra parte compacta e substância negra lateral, apenas a área tegmentar ventral mostrou uma perda neuronal significativa no grupo que recebeu a reserpina durante a noite em relação ao seu grupo controle.