Navegando por Autor "Dierschnabel, Aline Lima"
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Tese Estresse, após a aprendizagem, reduz a persistência de uma memória aversiva em ratos(2018-10-19) Dierschnabel, Aline Lima; Cavalcante, Jeferson de Souza; Ribeiro, Alessandra Mussi; ; ; ; Kunicki, Ana Carolina Bione; ; Rossato, Janine Inez; ; Araújo, Mariana Ferreira Pereira de; ; Engelberth, Rovena Clara Galvão Januário;Aprendizagem e memória são fenômenos com características plásticas em resposta as nossas experiências; já as emoções refletem a capacidade de atribuir valências a esses eventos, tornando o aprendizado das memórias aversivas mais propenso a persistir. A persistência da memória é controlada por cascatas de sinalização intracelular após a aprendizagem de uma tarefa comportamental, as quais podem ser moduladas por agentes externos, como o estresse. A modulação sobre funções cognitivas pode se dar a nível sináptico, celular e/ou neural, através de modificações na liberação de neurotransmissores, fosforilação de proteínas quinases, síntese de novas proteínas e conectividade entre regiões importantes para a formação e manutenção de memórias. Assim, o objetivo do nosso trabalho foi investigar a modulação exercida pelo estresse agudo, aplicado após o treino, sobre a persistência de uma memória aversiva em ratos submetidos à esquiva discriminativa em labirinto em cruz elevado, um aparato que avalia simultaneamente aprendizagem, memória, ansiedade e atividade locomotora. Nossos resultados indicaram que o tempo de persistência da memória nessa tarefa é de 5 dias, acompanhado de um aumento na expressão de Zif268 18 horas após o treinamento na região CA1 do hipocampo dorsal. Estresse aplicado após o treinamento prejudicou o armazenamento persistente desta memória, e diminuiu a expressão de Zif268 18 horas após o treinamento. Além disso, diminuiu a expressão de C-fos 1 hora após o treinamento. O mecanismo que controla a diminuição na expressão de C-fos e Zif268 em períodos tão separados ainda não é claro. Contudo, sugerimos que o aumento na liberação de glicocorticoides após o evento estressor desregula a sinalização da via das MAPK/ERK, JNK e p38MAPK em neurônios piramidais no hipocampo dorsal, levando a uma expressão disfuncional de genes imediatos nestes neurônios.Dissertação O Tratamento com a fluoxetina (mas não com outros farmacos antidepressivo e ansioíiticos) reverte o déficit de memória aversiva causado por estresse agudo de contenção em camundongos(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2014-04-11) Dierschnabel, Aline Lima; Ribeiro, Alessandra Mussi; ; http://lattes.cnpq.br/7373640456805525; ; http://lattes.cnpq.br/8226564684600625; Suchecki, Deborah; ; http://lattes.cnpq.br/0735654567907174; Rachetti, Vanessa de Paula Soares; ; http://lattes.cnpq.br/1524215726056886O fisiologista H. Selye definiu estresse como a resposta não específica do organismo a quaisquer fatores que coloquem em risco a homeostase (equilíbrio do meio interno) do indivíduo. Esses fatores, os agentes estressores, são capazes de ativar o eixo Hipotálamo-Hipófise-Adrenal (HPA), resultando assim na resposta fisiológica ao estresse. Quando esse eixo é agudamente estimulado, ocorre um repertório de mudanças comportamentais e fisiológicas adaptativas ao indivíduo. Por outro lado, quando o eixo HPA é cronicamente estimulado, podem ocorrer modificações psicofisiológicas prejudiciais ao indivíduo, entre elas, efeitos sobre as funções cognitivas, como na aprendizagem e na memória, além do desenvolvimento de patologias, como os transtornos de ansiedade. Alguns fármacos utilizados na clínica para o tratamento de transtornos de ansiedade podem exercer efeitos sobre funções cognitivas, sobre o eixo HPA e sobre a ansiedade. Neste contexto, o objetivo de nosso estudo foi verificar os efeitos da administração aguda de quatro fármacos, o diazepam (DZP, 2 mg/Kg), a buspirona (BUS, 3 mg/Kg), a mirtazapina (MIR, 10 mg/Kg) e a fluoxetina (FLU, 10 mg/Kg) em camundongos machos submetidos ao estresse agudo por contenção, utilizando a tarefa de esquiva discriminativa em labirinto em cruz elevado, que avalia simultaneamente parâmetros de aprendizagem, memória e ansiedade. Nossos resultados demonstraram que (1) a administração do DZP e da BUS promoveu efeitos ansiolíticos nos animais, mas não a FLU; (2) a MIR causou efeito sedativo aos animais; (3) durante a sessão de treino, os animais tratados com BUS, MIR e FLU aprenderam a tarefa, por outro lado o grupo DZP demonstrou prejuízo na aprendizagem; (4) na sessão teste, animais tratados com DZP, BUS, e MIR mostraram déficit na discriminação entre os braços fechados, aversivo versus não aversivo, demonstrando um prejuízo na memória, entretanto, animais que receberam FLU não mostraram interferência na evocação dessa memória; (5) o estresse agudo não interfere na aprendizagem da tarefa, mas induz prejuízo na evocação da memória, sendo este prejuízo revertido apenas para o grupo tratado como FLU. Esses resultados sugerem que a administração aguda de fármacos com atividade ansiolítica e antidepressiva não interferem no processo de aprendizagem desta tarefa aversiva, mas prejudicam sua evocação, bem como o estresse agudo de contenção. Contudo, o antidepressivo fluoxetina foi capaz de reverter o déficit de memória promovido pelo estresse agudo, o que pode sugerir que a modulação, mesmo que agudamente da neurotransmissão serotoninérgica, por inibidores seletivos da receptação desse neurotransmissor, interfere no processo de consolidação de uma memória aversiva