Navegando por Autor "Cunha, João Augusto de Oliveira"
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Dissertação Evolução estratigráfica da sucessão drifte regressiva da Bacia Potiguar (NE do Brasil)(2018-08-30) Cunha, João Augusto de Oliveira; Cordoba, Valéria Centurion; Sousa, Débora do Carmo; ; ; ; Silva, Carlos César Nascimento da; ; Kuchle, Juliano;A Bacia Potiguar localiza-se na intersecção entre as margens leste e equatorial brasileiras, abrangendo áreas dos estados do Rio Grande do Norte e Ceará. O preenchimento sedimentar dessa bacia é representado por rochas que foram depositadas desde o Neocomiano até o Quaternário, no decorrer de diferentes estágios tectonossedimentares, sendo eles: Rifte, PósRifte e Drifte. O último estágio, em especial, designa um período de relativa quiescência tectônica marcada por taxas de subsidência mais modestas, que propiciaram a deposição, em um contexto de mar aberto, da Supersequência Drifte. Esta supersequência é subdividida nas fases transgressiva (porção inferior) e regressiva (porção superior), por meio de uma importante discordância regional de idade campaniana superior. Os depósitos da fase drifte regressiva, alvo deste estudo, possuem a sua litoestratigrafia designada pelo Grupo Agulha, que é constituído pelas formações Barreiras, Tibau, Guamaré e Ubarana. A principal finalidade desta pesquisa foi realizar uma análise estratigráfica da sucessão drifte regressiva da Bacia Potiguar, sob a ótica da estratigrafia de sequências, visando um melhor entendimento acerca do seu processo evolutivo nas regiões de plataforma, talude e bacia. Para tal propósito, foram utilizadas informações litológicas e perfis de raios gama de cinco poços exploratórios, durante uma fase de análise 1D. Seguidamente, as informações oriundas da fase prévia auxiliaram a interpretação de sete linhas sísmicas, no decorrer de uma fase de análise 2D. Ao final, os resultados das análises 1D e 2D foram integrados, levando à individualização de cinco sequências deposicionais na sucessão estudada. De modo geral, nas porções mais proximais, as duas sequências mais antigas (1 e 2) foram caracterizadas por uma preponderância de depósitos de talude, bem como por padrões fortemente progradacionais. Já, as sequências 3, 4 e 5 possuem uma tendência mais agradacional e estão representadas pela sedimentação de sucessões plataformais. No tocante a Sequência 3, esta é marcada por um amplo desenvolvimento da fábrica carbonática, enquanto que a Sequência 4 é caracterizada por um significativo influxo siliciclástico. A Sequência 5, por sua vez, possui a sua configuração deposicional definida por um importante estágio de elevação eustática global, o que resultou na ampla migração dos depósitos de porções mais distais para as águas mais rasas. Finalmente, no contexto marinho profundo, as cinco sequências deposicionais apresentam um arcabouço semelhante, estando retratadas pela preponderância de sucessões hemipelágicas, com a presença secundária de depósitos associados a fluxos gravitacionais, cuja ocorrência se deu principalmente nas duas sequências mais antigas (1 e 2).Tese Sismoestratigrafia e geomorfologia sísmica dos depósitos fluviais a marinhos rasos da Formação Açu, Campo de Caraúna, Albo-Cenomaniano da Bacia Potiguar(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-08-29) Cunha, João Augusto de Oliveira; Cordoba, Valéria Centurion; Scherer, Claiton Marlon dos Santos; https://orcid.org/0000-0002-1836-4967; http://lattes.cnpq.br/8212523609187259; http://lattes.cnpq.br/6337917569961761; Lima Filho, Francisco Pinheiro; https://orcid.org/0000-0001-5657-5207; http://lattes.cnpq.br/9888320802954176; Vieira, Marcela Marques; Oliveira, Karen Maria Leopoldino; Cruz, Liliane RabeloA Formação Açu, unidade integrante do arcabouço estratigráfico da Bacia Potiguar, corresponde a uma sucessão siliciclástica depositada entre o Eoalbiano e o Cenomaniano, a partir de sistemas fluviais, deltaicos, estuarinos e marinhos rasos. Os depósitos dessa unidade são economicamente importantes, uma vez que eles detêm significativas reservas de hidrocarbonetos e também constituem um importante aquífero de água doce amplamente utilizado no estado do Rio Grande do Norte. As sucessões da Formação Açu foram analisadas por diversos autores ao longo do tempo, principalmente através de dados de afloramentos, testemunhos e perfis geofísicos. Além disso, a maioria dos autores prévios se detiveram ao estudo da sua porção superior. Assim, ainda há uma carência de pesquisas envolvendo dados sísmicos, principalmente no tocante às técnicas mais modernas, e que abordem a seção inferior dessa formação. A principal finalidade desta pesquisa constitui a caracterização do arcabouço estratigráfico e do sistema petrolífero dos depósitos albo-cenomanianos da Bacia Potiguar na região do Campo de Caraúna. Para tal propósito, o trabalho utiliza dados sísmicos (2D e 3D) e de poços dispostos na plataforma continental. A primeira fase do trabalho compreendeu o reconhecimento de superfícies e unidades da estratigrafia de sequências. Posteriormente, essas superfícies e unidades serviram de base para a aplicação da geomorfologia sísmica. Isso foi feito através das técnicas de horizon slicing e proportional slicing, com o auxílio dos atributos sísmicos de RMS amplitude e sweetness. As interpretações sismoestratigráficas, concatenadas com a análise dos perfis geofísicos e litológicos dos poços, levaram ao reconhecimento de onze horizontes sísmicos representativos de superfícies estratigráficas significativas (discordâncias subaéreas, superfícies de inundação e de regressão máximas). Esses horizontes limitam três sequências deposicionais (denominadas 1, 2 e 3), como também subdividem, cada qual, em três tratos de sistemas: de nível baixo, transgressivo e de nível alto. A geomorfologia sísmica, por sua vez, possibilitou o reconhecimento de feições alongadas na visão em planta, que foram interpretadas como cordões arenosos de plataforma. As feições identificadas no trabalho estão associadas aos tratos de sistemas transgressivos das Sequências 1 (Albiano) e 3 (Neocenomaniano-Mesoturoniano). Os cordões da Sequência 1 se apresentam como um conjunto de feições isoladas, não coalescentes e paralelas. Diferentemente, a feição da Sequência 3 é o resultado do processo de coalescência de duas outras. Essa feição ocorre de maneira isolada e se mostra mais robusta em comparação àquelas da Sequência 1. Os processos de maré foram apontados como os principais agentes na formação dos cordões arenosos de plataforma reconhecidos, porém acredita-se que as ondas e as correntes oceânicas também atuaram no desenvolvimento dessas feições. Os depósitos albianos da Sequência Deposicional 1 e, consequentemente, os cordões arenosos de plataforma identificados nesses depósitos são particularmente importantes para o sistema petrolífero do campo de Caraúna.