Navegando por Autor "Coutinho, José Flávio Vidal"
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Dissertação Estudo clínico-laboratorial e histopatológico de cães naturalmente infectados por Leishmania chagasi com diferentes graus de manifestação física(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2005-02-28) Coutinho, José Flávio Vidal; Ximenes, Maria de Fátima Freire de Melo; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786307T7&dataRevisao=null; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4736345T1&dataRevisao=null; Athayde, Ana Célia Rodrigues; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4708013D0&dataRevisao=null; Oliveira, Fernanda Wanderley de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786179U0&dataRevisao=nullA leishmaniose visceral canina (LVC) é uma importante zoonose de distribuição mundial com grande impacto em saúde pública no Continente Americano, especialmente no Brasil, onde a natureza endêmica da doença humana afeta boa parte do território nacional. A influência da prevalência da LVC na ampliação da taxa de casos humanos em áreas endêmicas e no desencadeamento de surtos epidêmicos ainda carece de um entendimento mais profundo, o que geraria avanços significativos nas atuais medidas destinadas ao controle de reservatórios da doença preconizadas pelo Programa Nacional de Vigilância e Controle da Leishmaniose Visceral. O presente trabalho descreveu e comparou os achados clínico-laboratoriais e histopatológicos de vinte e três cães infectados naturalmente pela Leishmania chagasi, provenientes de localidades endêmicas da área metropolitana de Natal-RN. Estes animais, escolhidos a partir de exame físico e sorologia (IFI e ELISA rK-39), foram classificados de acordo com o grau de comprometimento clínico e submetidos a coleta de sangue (sangue total e soro) para realização de hemograma completo, provas bioquímicas de função renal e hepática, e coagulograma. A confirmação da infecção por L. chagasi foi realizada após a eutanásia dos animais, pela demonstração direta do parasita em impressão de baço e fígado corado com GIEMSA e através de cultivo em meio NNN/Schneider. De acordo com a avaliação clínica, os animais foram classificados em assintomáticos (7), oligossintomáticos (7) e polissintomáticos (9). Dentre os animais necropsiados, foram selecionados 2 cães assintomáticos, 3 oligossintomáticos e 3 polissintomáticos para o estudo histopatológico, sendo colhidos fragmentos de baço, fígado rins e pele e fixados em formol a 10% tamponado. A comparação entre as médias dos parâmetros clínico-laboratoriais testados nos grupos foi realizada através do teste t de Student (α<0,05). Os principais sinais clínicos observados foram linfadenomegalia, alopecia, dermatite esfoliativa, úlceras cutâneas, onicogrifose e emaciação. As principais alterações clínico-laboratoriais estabelecidas, principalmente no grupo polissintomático, foram anemia, hiperproteinemia, hipoalbuminemia, hiperglobulinemia, alterações no índice albumina/globulina e aumento da atividade da ALT. Alterações renais não foram verificadas (uréia e creatinina normais). Trombocitopenia foi observada no três grupos clínicos, contudo, os outros indicadores da função de coagulação (TAP e TTPA) não apresentaram variações anormais. Foi observado Infiltrado inflamatório e amastigotas de leishmania na pele de cães polissintomáticos, porém não na pele de animais assintomáticos. Hipertrofia e hiperplasia do sistema fagocitário mononuclear, macrófagos parasitados por amastigotas de leishmania, hematopoiese extramedular e alterações degenerativas foram detectadas no baço e fígado dos 8 animais submetidos a exame histopatológicos. De acordo com esses resultados, foi demonstrada que as alterações esperadas nos parâmetros hematológicos e bioquímicos em função da natureza viscerotrópica da LVC são observadas principalmente em estágios mais avançados da doença. A ausência de infiltrado inflamatório e carga parasitária na pele sugerem que animais infectados sem sintomatologia talvez tenham importância irrelevante na infectividade para o vetorTCC Influência de componentes socioeconômicos e afetivos sobre o abandono e outras formas de maus-tratos direcionados a animais de estimação(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-12) Lima, Aline Júlia Barbosa Xavier; Silva, Hélderes Peregrino Alves da; Paulo Ivo Silva de Medeiros; Castro, Felipe Nalon; Coutinho, José Flávio VidalA domesticação de animais ocorre desde longa data. Gatos e cães foram selecionados por humanos para o controle de pragas indesejadas e no auxílio à caça. Uma vez que essa relação foi estreitada, essas espécies tornaram-se animais de estimação. Contudo, essa relação nem sempre é favorável aos animais, que acabam sendo vítimas de abandono e outras formas de maus-tratos. As motivações para tais atos são diversas, podendo variar desde aspectos socioeconômicos a fatores psicológicos e culturais. No presente estudo, esses aspectos foram analisados através de respostas obtidas a partir de um formulário eletrônico, composto de 65 questões relativas à vivência de violência, opiniões e atitudes positivas e negativas direcionadas a animais de estimação. Foram consideradas válidas 3699 respostas de indivíduos que afirmaram criar ou já ter criado animais, destes, 92% residentes na região NE do Brasil. Foram comparadas as respostas entre os entrevistados que relataram ter abandonado (707) e não ter abandonado (2992) animais de estimação, através do Teste do Qui-quadrado e, para as questões nas quais foi registrada diferença significativa, foi aplicada a Análise de Regressão Logística Binária para avaliar a intensidade da contribuição de cada variável para a chance de expressão do comportamento de abandono. Os resultados obtidos apontam elevada frequência de ocorrência de abandono (19%), e sugerem que aspectos psicológicos e econômicos – ser vítima de constantes agressões físicas ou psicológicas, expressão de outras formas de maus-tratos direcionados a animais de estimação e baixa renda familiar - exercem as maiores influências, aumentando a chance de expressão do comportamento de abandono. Por outro lado, apoio e participação, em ações direcionadas ao bem-estar animal, bem como expressão de cuidado com a saúde dos animais de estimação não exerceram forte influência em diminuir a chance de expressão do abandono, sugerindo que contextos de violência e vulnerabilidade socioeconômica devem ser considerados no planejamento de ações que visam diminuir a ocorrência de abandono. Dada a baixa representatividade de participantes fora da região Nordeste e de níveis básicos de escolaridade em nossa amostra, mais estudos são necessários para o melhor entendimento das motivações que norteiam o ato do abandono na população brasileira.