Navegando por Autor "Costa, João Paulo de Lima"
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TCC Adequabilidade bioclimática e desempenho de espécies arbóreas nativas em programas de restauração da Caatinga(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2019-11-28) Costa, João Paulo de Lima; Ganade, Gislene Maria da Silva; Lopes, Milena Cordeiro de Amorim; Staggemeier, Vanessa Graziele; Marinho, Felipe PereiraAs fortes pressões ambientais e antrópicas da Caatinga a tornam bastante suscetível à desertificação e degradação ambiental, que atinge cerca de 15% e 46% do seu território, respectivamente. A restauração florestal pode reverter esse processo, porém os projetos de restauração ainda contam com altas taxas de mortalidade dos transplantes de mudas. O conhecimento sobre quais espécies plantar pode aumentar significativamente as taxas de sobrevivência e estabilidade nas ações de restauração. Um instrumento para auxiliar na tomada de decisões em programas de restauração ecológica e otimizar a seleção das espécies é a modelagem de nicho ecológico. Pensando nisso, buscamos avaliar se as médias das adequabilidades bioclimáticas de 16 espécies arbóreas nativas da Caatinga predizem um melhor desempenho, quanto a sobrevivência e crescimento, em um experimento de restauração florestal. Para isso, coletamos os dados de sobrevivência e crescimento de 4.704 mudas de 16 espécies arbóreas da Caatinga, construímos modelos de adequabilidade bioclimáticos para essas espécies e testamos a relação entre a sobrevivência e crescimento das espécies e as médias de adequabilidades bioclimáticas através de regressões lineares simples. Observamos boa adequabilidade bioclimática para a Caatinga e ótima para a área do experimento para a maioria das espécies (mínima de 0,36, máxima de 0,78 e média de 0,65 para a Caatinga; mínima de 0,63, máxima de 0,99 e média de 0,87 para a área do experimento). A sobrevivência variou de 23 a 86% e o crescimento relativo em altura e biomassa foliar variaram de -0,09 a 1,30 e de 0,98 a 11,12 entre as 16 espécies. As regressões entre a adequabilidade e os dados de sobrevivência e crescimento demonstraram que a adequabilidade bioclimática não prediz, necessariamente, um melhor desempenho dos transplantes de mudas em campo. Isso indica que outros fatores, além das tolerâncias bioclimáticas, podem estar correlacionados com o estabelecimento das mudas, como as características morfológicas de raiz, estatura das mudas, características fisiológicas, composição genética e o próprio manejo durante o plantio. Concluímos que é necessário levar em consideração outros fatores relativos às espécies, que não apenas seus modelos de adequabilidade, para a tomada de decisão em projetos de restauração. Futuros trabalhos devem ampliar o número de dados de desempenho de espécies em diferentes programas de restauração ao combinar com dados de adequabilidade para melhor compreender a relação entre estes fatores.