Navegando por Autor "Costa, Jéssica Amanda Moura da"
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TCC Variáveis biológicas e metodológicas que influenciam na determinação do colesterol HDL(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-12-14) Costa, Jéssica Amanda Moura da; Alves, Monique Gabriela das Chagas Faustino; Oliveira, Arthur Renan de Araújo; Brandão, Deysiane Oliveira; Arimateia, Dayse SantosAs doenças cardiovasculares são uma das principais causas de morte no Brasil e no mundo, e o aumento da concentração sérica da lipoproteína de alta densidade (HDL) é um fator de proteção contra essas doenças, o objetivo deste estudo foi avaliar se os métodos laboratoriais utilizados para a dosagem do HDL, método direto e precipitante, além dos fatores biológicos de um grupo de funcionários da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, interferem nos resultados da concentração sérica do colesterol HDL. Ademais, avaliar se houve diferença nas concentrações do HDL pelas diferentes metodologias, nos sexos e as faixas etárias, comparar se a quantidade de pacientes enquadrados dentro do grupo de valor de referência e alvo terapêutico do perfil lipídico é a mesma em ambos os métodos, e por fim, verificar se o mesmo paciente é classificado com dislipidemia por concentração baixa de colesterol HDL quando avaliado pelos dois métodos. Para isso, foram coletadas amostras de 29 indivíduos em jejum para as dosagens bioquímicas do perfil lipídico sendo o colesterol HDL dosado por meio de da metodologia direta e precipitação. A concentração do colesterol HDL foi maior quando determinado pela metodologia direta nos pacientes de forma geral, e quando avaliado nos sexos masculino e feminino e entre as faixas etárias analisadas, de 30 a 39 anos, 40 a 49 anos e de 50 a 60 anos. Os pacientes de forma geral tiveram média de 50,0 mg/dL no método direto, em comparação com média de C-HDL de 38,2 mg/dL determinada pelo método precipitante. Foram observadas diferenças significativas (p≤0,05) entre os métodos, com diferença de 11,8 mg/dL. Foi verificada diferença significativa (p≤0,05) entre os sexos, nos quais a diferença entre os métodos para o grupo feminino foi de 13,08 mg/dL (p≤0,05), e no grupo masculino de 10,52 mg/dL (p≤0,05). Independente da metodologia, o grupo feminino apresentou maiores concentrações do colesterol HDL (C-HDL direto 56,62 mg/dL e C-HDL precipitante 43,54 mg/dL) em relação ao grupo masculino (C-HDL direto 44,40 mg/dL e C-HDL por precipitação 33,87 mg/dL). Verificou-se diferença estatística (p≤0,05) entre todas as faixas etárias estabelecidas, entre 30 e 39 anos a diferença entre métodos foi de 9,65 mg/dL (p≤0,05), entre 40 e 49 anos a diferença foi de 12,41 mg/dL(p≤0,05), e entre 50 e 60 anos com diferença entre métodos 13,19 mg/dL (p≤0,05). Houve diferença na quantidade de pacientes que foram incluídos dentro do valor de referência e alvo terapêutico do perfil lipídico (HDL ≥ 40 mg/dL) quando comparado pelas duas metodologias. Com o método direto cerca de 66% (n=19) dos participantes estão dentro do valor de referência, já pelo método precipitante 45% (n=13). O mesmo paciente inserido no grupo de dislipidemia por redução isolada de HDL pelo método direto (n=10) também foi incluído neste grupo pelo método precipitante, mas nem todos os indivíduos enquadrados como tendo dislipidemia pelo método precipitante (n=20) estavam com dislipidemia pelo método direto. Através da análise dos dados foi possível concluir que as diferentes metodologias para dosagem do colesterol HDL conferem resultados diferentes, e a quantidade de indivíduos classificados com dislipidemia por concentração baixa de colesterol HDL é maior pelo método precipitante. Os mesmos indivíduos, independente do sexo, que tem dislipidemia por redução isolada de HDL pelo método direto também tem dislipidemia quando o colesterol HDL foi dosado pelo método precipitante, mas o contrário não foi observado. Dessa forma, é possível afirmar que as diferentes metodologias para dosagem do colesterol HDL, método direto e precipitante, e os fatores biológicos, sexo e idade dos indivíduos, oferecem alterações nos resultados obtidos. Por isso é essencial a criação de valores de referência adequados a cada um dos métodos (direto e precipitante) que sejam validados pela Sociedade Brasileira de Dislipidemias e padronizados nos laudos do perfil lipídico dos laboratórios de análises clínicas do Brasil.