Navegando por Autor "Carvalho, Cecília Brandão"
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Dissertação As bandeirinhas de Touros/RN: tradição e educação sensível(2017-04-25) Carvalho, Cecília Brandão; Porpino, Karenine de Oliveira; ; http://lattes.cnpq.br/5255588024266396; ; http://lattes.cnpq.br/4128704590685151; Vieira, Marcilio de Souza; ; http://lattes.cnpq.br/7003467659704271; Medeiros, Rosie Marie Nascimento de; ; http://lattes.cnpq.br/4739820420408872; Laranjeira, Carolina Dias; ; http://lattes.cnpq.br/4025820535884749; Viana, Raimundo Nonato Assunção; ; http://lattes.cnpq.br/2070306377562824A presente dissertação tem como objeto a experiência estesiológica no contexto das Bandeirinhas de Touros/RN e sua relação com a educação, objetivando descrever as Bandeirinhas de Touros/RN com foco nos aspectos estéticos e simbólicos que as constituem como uma manifestação da tradição norte-rio-grandense; identificar modos de organização dessa manifestação cultural, considerando o seu contexto social e a experiência estesiológica das participantes; e discutir de que modo essa produção da cultura constitui um fenômeno educativo. A pesquisa baseia-se nas noções de experiência, estesia e reversibilidade dos sentidos, a partir da fenomenologia de Merleau-Ponty, dos conceitos de tradição em Almeida e de educação sensível, conforme Viana, Medeiros e Vieira, articulando diálogos também com Zumthor, Eliade, Porpino, Nóbrega, Chianca, entre outros. Do ponto de vista metodológico, o trabalho apoia-se na fenomenologia de Merleau-Ponty, para compreensão dos saberes estéticos e simbólicos desvelados pela experiência das mulheres participantes das Bandeirinhas; os registros escritos e imagéticos são realizados a partir de entrevistas com as brincantes e da participação e observação da festa pela pesquisadora. A dissertação está organizada em três capítulos: o primeiro presenta uma contextualização das Bandeirinhas, aborda trajetos históricos e estéticos de sua existência, situada no município de Touros/RN e no período de realização dos festejos juninos; o segundo capítulo trata da descrição da manifestação com destaque em três momentos – o preparo, a festa e o cortejo –, em que as Bandeirinhas organizam e compartilham suas experiências estéticas coletivamente; e, o terceiro apresenta três aspectos pelos quais as Bandeirinhas podem ser reconhecidas como fenômeno educativo, assim, discute-se sobre a velhice e a resistência a preconceitos relacionados a esse universo pelas senhoras que compõem as Bandeirinhas, as relações entre oralidade e escrita mediadas pelas recordações das brincantes, e o sentido estesiológico da festa, que faz manter uma tradição como modo de educar pelos sentidos. Conclui-se que conhecer e reconhecer as Bandeirinhas a partir de seus aspectos estéticos e simbólicos pode concorrer para a produção de outros modos de olhar esse folguedo como uma prática social e como educação, entendendo esta como aprendizagem da cultura e manutenção dinâmica da partilha estética.