Navegando por Autor "Carlos, Joel do Nascimento"
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TCC Bolsa Família e insuficiência socioeconômica multidimensional no Brasil (2016-2022)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-04-22) Carlos, Joel do Nascimento; Trovão, Cassiano José Bezerra Marques; http://lattes.cnpq.br/1173432616045632; http://lattes.cnpq.br/5919490395139029; Pequeno, Rosangela dos Santos Alves; https://orcid.org/0000-0002-2706-2821; http://lattes.cnpq.br/3561584652489316O presente trabalho analisa o Programa Bolsa-Família (PBF) sob as perspectivas keynesiana e pós-keynesiana, com foco na insuficiência socioeconômica multidimensional do Brasil. A problemática central da pesquisa reside na persistência das desigualdades estruturais no país, mesmo diante de políticas públicas de transferência de renda, uma vez que elas foram elaboradas para "impactos" de curto prazo de natureza conjuntural. Avaliando se o PBF, além de reduzir a pobreza monetária, contribui efetivamente para mitigar outras formas de privações socioeconômicas. A justificativa do estudo baseia-se na relevância do PBF como política de redistribuição de renda, em uma economia marcada por assimetrias históricas que persistem até os dias atuais, como o legado da escravidão e a estrutura da propriedade de terra no período colonial. Além disso, no potencial explicativo das abordagens keynesianas e pós-keynesianas quanto aos efeitos da demanda agregada e da distribuição de renda no crescimento e estabilidade econômica. O objetivo principal é examinar o fenômeno da Insuficiência Socioeconômica Multidimensional (ISM) no Brasil de forma comparativa entre aqueles que são beneficiados pelo Programa Bolsa-Família e os que não fazem parte do Programa, utilizando como ferramenta analítica o Índice de Insuficiência Socioeconômica Multidimensional (IISM). Para isso, emprega-se uma metodologia quantitativa, com base em microdados da PNAD Contínua do IBGE, entre os anos de 2016 e 2022, utilizando indicadores de insuficiência socioeconômica multidimensional. A análise empírica compara os beneficiários e não beneficiários do PBF em diversos aspectos, como acesso à educação, saneamento, mercado de trabalho e renda. Os resultados apontam que os beneficiários apresentam maiores privações multidimensionais, revelando o perfil estruturalmente vulnerável da população atendida. Contudo, os dados também evidenciam que o programa pode exercer um papel importante na mitigação dessas privações, principalmente quando combinado a políticas públicas estruturantes. Conclui-se que, sob as lentes keynesianas e pós-keynesianas, o PBF contribui para a dinamização da economia via estímulo à demanda agregada e redução das desigualdades, embora seus efeitos sejam limitados pela fragilidade das estruturas socioeconômicas subjacentes. O estudo destaca a necessidade de uma abordagem integrada entre políticas de transferência de renda e investimentos públicos para alcançar maior equidade social e crescimento econômico sustentável.