Navegando por Autor "Caixeta, Fábio Viegas"
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Artigo Cross-modal responses in the primary visual cortex encode complex objects and correlate with tactile discrimination(2011-09-13) Vasconcelos, Nivaldo; Pantoja, Janaina; Belchior, Hindiael; Caixeta, Fábio Viegas; Faber, Jean; Freire, Marco Aurelio M.; Cota, Vinícius Rosa; Macedo, Edson Anibal de; Laplagne, Diego Andrés; Gomes, Herman Martins; Ribeiro, Sidarta Tollendal GomesCortical areas that directly receive sensory inputs from the thalamus were long thought to be exclusively dedicated to a single modality, originating separate labeled lines. In the past decade, however, several independent lines of research have demonstrated cross-modal responses in primary sensory areas. To investigate whether these responses represent behaviorally relevant information, we carried out neuronal recordings in the primary somatosensory cortex (S1) and primary visual cortex (V1) of rats as they performed whiskerbased tasks in the dark. During the free exploration of novel objects, V1 and S1 responses carried comparable amounts of information about object identity. During execution of an aperture tactile discrimination task, tactile recruitment was slower and less robust in V1 than in S1. However, V1 tactile responses correlated significantly with performance across sessions. Altogether, the results support the notion that primary sensory areas have a preference for a given modality but can engage in meaningful cross-modal processing depending on task demand.Tese Evidências eletroencefalográficas e comportamentais da influência do ciclo menstrual sobre a prática da imagética motora(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-03-18) Souza, Rafaela Faustino Lacerda de; Sousa, Maria Bernardete Cordeiro de; Laplagne, Diego Andres; https://orcid.org/0000-0001-5860-1667; http://lattes.cnpq.br/0293416967746987; http://lattes.cnpq.br/8488760386226790; http://lattes.cnpq.br/0633109092149313; Pereira Júnior, Antonio; Morya, Edgard; Caixeta, Fábio Viegas; Campos, Tania Fernandes; http://lattes.cnpq.br/7200517552154428Introdução: Evidências sugerem o efeito dos hormônios sexuais femininos (ESF) sobre circuitos neurais envolvidos no controle motor, desempenho em testes de destreza manual e de coordenação motora e doenças neurológicas com comprometimento motor. Faltam estudos que investiguem seus efeitos sobre o processamento cognitivo motor. O ritmo sensório-motor também conhecido como ritmo mu (com seus componentes alfa: 12-13Hz; e, beta: 15-30Hz) observado na eletroencefalografia (EEG) é considerado uma janela de oportunidade para investigar a modulação de áreas corticais envolvidas no planejamento motor. O ritmo mu pode ser induzido sobre o córtex sensório-motor por atividades como imagética motora cinestésica (IM) e observação da ação (OA), entre outras. Uma outra ferramenta utilizada para investigar o processamento cognitivo motor é o teste de julgamento da lateralidade manual (Hand Laterality Judgement Task - HLJT). Este é capaz de modular os componentes P100 e negatividade relacionada ao evento (NNR) do Potencial Evocado Relacionado ao Evento (ERP) na EEG e possui medidas comportamentais que permitem fazer inferências sobre processos cognitivos relacionados à manipulação espacial de partes do corpo (nesse caso específico, das mãos). Esse processo é conhecido como imagética motora implícita. Objetivo: Neste estudo, nós investigamos se a atividade cortical e medidas comportamentais relacionadas às tarefas citadas são moduladas em função das fases menstrual (baixos níveis hormonais), folicular (altos níveis de estrógeno) e lútea (altos níveis de progesterona) do ciclo menstrual de 31 mulheres destras. Métodos: Essas investigações deram origem a dois artigos. No artigo 1, foi investigado a amplitude de P100 e de RNN da região parieto-occipital, assim como o desempenho no teste aferido pela acurácia e tempo de resposta, durante a prática do HLJT nas três fases do ciclo. Foi realizada a análise de equações de estimativas generalizadas (generalized estimating equation - GEE) para comparar as fases do ciclo em relação a amplitude de P100 e de RNN, a acurácia e o tempo de reação no teste, considerando as possíveis interações entre as fases do ciclo menstrual e as características do estímulo. No segundo artigo, a atividade espectral do ritmo mu na região sensoriomotora (C3 e C4) e das bandas alfa e beta nas demais regiões corticais foram registradas nas três fases do ciclo durante a prática da MI e AO do membro superior direito. Foram realizadas comparações entre as fases do ciclo menstrual para as variáveis citadas utilizando um teste de Friedman. Foram considerados significativo os resultados com p < 0,05. Resultados e conclusões: A análise comportamental (acurácia e tempo de reação) do artigo 1 indicou melhor desempenho no HLJT durante as fases folicular e lútea quando comparadas à fase menstrual. Esse resultado contraria estudos que demonstram redução na habilidade de manipulação espacial de objetos associado aos ESF e sugere que o efeito dos mesmos sobre componentes cognitivos motores, possivelmente ausentes nos testes de manipulação espacial, é capaz de favorecer o desempenho no TRLM. No artigo 2, foi possível observar a dessincronização relacionada ao evento (event-related desynchronization - ERD) de beta-mu sobre a região sensoriomotora esquerda (área de representação da mão direita) e ERD de beta sobre as regiões frontal bilateral durante a prática do IM foi significativamente maior na fase folicular quando comparada com as fases menstrual e lútea, sugerindo o efeito dos estrógenos sobre áreas de controle do processamento cognitivo motor. Nenhuma diferença entre as fases do ciclo menstrual foi observada sobre o ritmo alfa-mu durante a prática de OA, nem sobre a componente alfa durante a IM. No entanto, foi observado correlação positiva entre a amplitude de alfa e beta em várias regiões cerebrais durante a prática da OA e os níveis de estradiol na fase folicular. Esses achados devem ser considerados ao utilizar as práticas de IM e OA durante o treino de atletas e reabilitação neurofuncional de mulheres. Assim como devem servir como base para estudos futuros que investiguem o efeito dos ESF sobre processamento e aprendizagem motora.Apresentado em Evento Processamento metamodal no córtex sensorial primario de ratos(2010-09) Caixeta, Fábio Viegas; Belchior, Hindiael; Laplagne, Diego Andrés; Freire, Marco; Nicolelis, Miguel; Ribeiro, Sidarta Tollendal GomesO modelo de processamento sensorial mais aceito atualmente afirma que os sentidos são processados em paralelo, e que a atividade de córtices sensoriais específicos define a modalidade sensória percebida subjetivamente. Neste trabalho investigamos se neurônios nos córtices primários visual (V1) e somestésico (S1) podem responder a estímulos das modalidades sensoriais cruzadas. Seis ratos machos adultos da linhagem Long-Evans receberam implantes crônicos de múltiplos eletrodos para registro simultâneo de disparos de potencial de ação de neurônios individuais e de potenciais de campo local nos córtices V1 e S1. A posição dos eletrodos foi confirmada por análise histológica (coloração de Nissl e citocromo oxidase). Quatro ratos foram submetidos a uma sessão de estimulação visual sob anestesia (104 neurônios registrados em V1 e 143 em S1), e três ratos foram submetidos a uma sessão de estimulação tátil sob anestesia(61 neurônios registrados em V1 e 136 em S1). Durante a estimulação visual, 87% dos neurônios de V1 foram responsivos, enquanto 82% dos neurônios de S1 responderam à estimulação tátil. Nos mesmos registros,encontramos 23% dos neurônios de V1 responsivos a estímulos táteis e 22% dos neurônios de S1 responsivos a estímulos visuais. Analisando o potencial de campo local, encontramos um potencial de campo evocado em ambos os córtices com latência semelhante ao pico de disparo dos neurônios registrados, sendo a amplitude dessa resposta ~50% maior nos córtices isomodais. Nossos dados corroboram uma crescente série de evidências que indica a presença de processamento metamodal nos córtices sensoriais primários, o que desafia o paradigma do processamento sensorial unimodal e sugere a necessidade de uma reinterpretação do modelo de hierarquia cortical atualmente aceito.