Navegando por Autor "Britto, Heloisa Maria Jácome de Sousa"
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TCC Análise da espasticidade pós intervenção de vibração do corpo inteiro em indivíduos com lesão medular: uma série de casos(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-12-08) Silva, Juliana Carla da; Lisboa, Lilian Lira; Britto, Heloisa Maria Jácome de Sousa; França, Ingrid Martins; Borges, Lorenna Raquel Dantas de MacedoIntrodução: A espasticidade é um sintoma comum a pessoa que foi acometida por lesão medular (LM). Ultimamente, vem sendo utilizada como uma abordagem promissora no tratamento para redução da espasticidade a vibração de corpo inteiro (VCI), pois os efeitos da VCI na atividade reflexa e nas propriedades mecânicas dos músculos podem ter implicações terapêuticas para pessoas com distúrbios do sistema nervoso central. Objetivo: Verificar se o autorrelato qualitativo do paciente é compatível ao dado quantitativo da Escala de Ashworth Modificada (EAM) ao fim do protocolo de plataforma vibratória (PV) para diminuição da espasticidade de pessoas com LM. Metodologia: Foi realizado um ensaio clínico randomizado, de uma série de casos. Foram recrutados por conveniência adultos com lesão medular do Centro Especializado em Reabilitação do Instituto Santos Dumont. Os pacientes que participaram da pesquisa tiveram a espasticidade dos membros inferiores avaliada pela EAM no pré e no pós intervenção na Plataforma Vibratória (PV). A intervenção na PV consistia em dois protocolos, um de vibração de corpo inteiro contínua (VCIc) e outro de vibração de corpo inteiro intermitente (VCIi). Os dados foram analisados no software GraphPad Prism versão 8. Além desta avaliação, os participantes da pesquisa também participaram de uma entrevista semiestruturada, com abordagem qualitativa embasada na figura do Discurso do Sujeito Coletivo. Resultados: Participaram da pesquisa 5 sujeitos, com média de idade de 30,4 (± 7,1) anos, o tempo médio de lesão dos sujeitos foi de 4,2 (± 2,3) anos. Não houve significância estatística nos dados da EAM comparando pré e pós intervenção na PV. A entrevista dos participantes identificou dois temas: “A percepção da espasticidade no dia a dia” e “Percepção da espasticidade após plataforma vibratória” que verificaram que os pacientes com lesão medular (LM) perceberam uma redução importante na percepção da espasticidade. Conclusão: Apesar da medida da EAM não trazer diferença significativa no pós intervenção com PV, a percepção dos usuários através do auto relato retrata o benefício direto desse uso. Porém, não é possível tirar conclusões definitivas sobre o uso da VCI para diminuição da espasticidade, pois na percepção dos usuários após a intervenção na PV foi descrita uma importante melhora no bem estar geral em decorrência da diminuição da espasticidade.Tese Aspectos contextuais associados à mobilidade e espaço de vida em idosos comunitários: revisão sistemática e resultados do International Mobility in Aging Study (IMIAS)(2018-12-14) Britto, Heloisa Maria Jácome de Sousa; Guerra, Ricardo Oliveira; ; ; Gazzola, Juliana Maria; ; Campos, Tânia Fernandes; ; Andrade, Armele de Fátima Dornelas de; ; Fittipaldi, Etiene Oliveira da Silva;Introdução: Mobilidade em idosos é a capacidade de mover-se desde ambientes domiciliares até além da comunidade onde vivem. A preservação da mobilidade é considerada fundamental para o envelhecimento ativo, sendo intimamente ligada ao estado de saude e à qualidade de vida. A restrição de Mobilidade no Espaço de Vida (MEV) de idosos comunitários pode predizer a necessidade de cuidados de saude no futuro. Fatores contextuais como, história de vida, aspectos sociais, ambientais e pessoais, são considerados determinantes para a manutenção do espaço de vida em idosos. Objetivos: Conhecer por meio de uma revisão sistemática os aspectos contextuais que interferem ou modificam a MEV, e identificar as associações entre Life-Space Assessment (LSA) e as adversidades do curso da vida de idosos em cinco populações com diferentes contextos epidemiológicos. Métodos: Uma revisão sistemática foi realizada de acordo com o protocolo PROSPERO CRD42017064552, publicado anteriormente. Um estudo transversal aninhado a uma coorte, foi composto por uma amostra de 1995 idosos residentes em 5 locais com distintos perfis epidemiológicos (Ki32ngston e Saint Hyacinthe no Canadá, Tirana na Albânia, Manizales na Colômbia e NatalRN no Brasil). A análise dos dados foi feita usando o SPSS 20.0; foram feitas análise bivariadas e regressão linear múltipla entre o escore total do LSA e as variáveis independentes, o intervalo de confiança foi considerado 95% e o pvalor menor que 0,05 foi considerado significante. Resultados: A revisão sistemática identificou 3484 estudos, apenas 41 foram considerados pelos critérios de inclusão, e classificados com melhor qualidade metodológica. A literatura destaca associações entre mobilidade no espaço de vida e fatores contextuais ambientais (produtos/ tecnologia e características físicas do ambiente) e pessoais (características sociodemográficas, experiência de vida, características psicológicas individuais, percepção de saude e qualidade de vida e índice de mortalidade). O estudo transversal identificou que a mobilidade no espaço de vida foi significantemente relacionada a aspectos contextuais, como: suporte social (β.= 0,041; p= 0,035), barreiras comunitárias (β.= -0,128; p= 0,0001), percepção de segurança (β.= 0,093; p= 0,0001) e capital social (β.= 0,045; p = 0,026). Além disso, destacamos que o escore total do LSA está inversamente relacionado a adversidades na vida adulta (β.= -0,114; p= 0,0001) e diretamente relacionada a adversidades na velhice (β.= 0,073; p= 0,001), mas não houve associação com adversidades na infância (adversidade econômica: p= 0,607 e adversidade social: p= 0,899). Conclusão: Baixos índices de mobilidade no espaço de vida estão relacionados com fatores contextuais ambientais e pessoais. Identificamos que a mobilidade no espaço de vida é influenciada por adversidades na vida adulta e velhice, mas não por adversidades na infância. Fatores contextuais positivos como suporte social e ambiente favorável, assim como adversidades na velhice (renda insuficiente e viver sozinho), podem ser aspectos motivadores de melhor mobilidade no espaço de vida. As adversidades no curso da vida adulta como baixa escolaridade e ocupação manual semiqualificada são preditores de restrição de mobilidade em idosos.Tese Características do ritmo biológico social e associação com a capacidade funcional em pacientes após acidente vascular cerebral(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-08-26) Fonseca, Ricardo Diego Rimenez Gurgel da; Cavalcanti, Fabricia Azevedo da Costa; Melo, Luciana Protásio de; https://orcid.org/0000-0002-1391-1060; http://lattes.cnpq.br/9579107830132166; http://lattes.cnpq.br/0110005499183025; Guerra, Ricardo Oliveira; Dantas, Ana Amália Torres Souza Gandour; Britto, Heloisa Maria Jácome de Sousa; Campos, Tânia FernandesIntrodução: Após o Acidente Vascular Cerebral (AVC) os pacientes apresentam diversos comprometimentos sensóriomotores que são frequentemente avaliados no processo de reabilitação, entretanto as alterações do ritmo biológico social são pouco investigadas em pacientes com distúrbios neurológicos, assim como, o impacto que elas podem ter na capacidade funcional dos pacientes. Objetivo: Investigar as características do ritmo biológico social e associar com a capacidade funcional em pacientes pós-AVC. Metodologia: Inicialmente foi realizada uma revisão de escopo, a fim de identificar as alterações do ritmo biológico social que poderiam ocorrer em indivíduos com distúrbios mentais e neurológicos, para que servisse de base para o estudo observacional analítico de caráter transversal que foi realizado em seguida. A revisão de escopo foi realizada em bases de dados eletrônicas, admitindo-se artigos de todos os idiomas, sem restrição de ano de publicação, baseada no PRISMA. Os descritores utilizados foram: medida do ritmo social, SRM e ruptura do ritmo social. Foram analisados os estudos com desordens mentais e neurológicas. No estudo observacional, a amostra foi constituída por 73 pacientes (41 homens e 32 mulheres), com idade média de 60 anos (±10) e tempo médio de sequela de 19 meses (±22). As características do ritmo biológico social foram analisadas pela Social Rhythm Metric (SRM) e associação com a capacidade funcional foi realizada através da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF). Durante sete dias consecutivos os pacientes registraram a hora em que realizaram 17 atividades da SRM: levantar da cama, primeiro contato com uma pessoa, tomar bebida da manhã, tomar café da manhã, sair de casa, começar a trabalhar, almoçar, cochilar, jantar, fazer exercícios físicos, fazer um lanche, assistir programas de notícias à noite, assistir outros programas de televisão, voltar para casa e ir para a cama e mais duas atividades a serem escolhidas pelos pacientes. As características do ritmo biológico social analisadas foram: regularidade, intensidade, frequência e período das atividades. Em seguida, as atividades da SRM foram associadas com os domínios e categorias da CIF. Os dados foram analisados pelo teste t´Student, ANOVA e Qui-quadrado. Resultados: Na revisão de escopo foram encontrados 696 artigos. Destes, 15 artigos fizeram parte da listagem final e a amostra foi de 10.374 indivíduos com alterações mentais e neurológicas, com média de idade de 38 anos. Pontuações mais baixas da SRM (menor regularidade do ritmo social) estavam diretamente ligadas à depressão, ansiedade, ao aumento dos níveis de vulnerabilidade à doença bipolar e comprometimento neurológico após a doença de Parkinson e AVC, e pontuações mais altas da escala estavam associadas às condições típicas de saúde ou diminuição da quantidade de crises, dos intervalos e da intensidade das alterações clínicas. No estudo observacional, a média da SRM foi de 5,1 ± 0,9 e da INA foi de 58,3 ± 14,9. Na amostra estudada, 40% dos pacientes tiveram baixa regularidade e baixa intensidade das atividades. Cinco atividades da SRM foram realizadas com baixa frequência: trabalhar, fazer exercícios, lanchar, assistir outro programa de tv e voltar para casa, as quais tiveram uma tendência a ter períodos maiores ou menores de 24 horas. Os domínios da CIF mais associados com a SRM foram: “Tarefas e exigências gerais”, “Comunicação”, “Mobilidade”, “Auto-cuidados, “Grandes áreas da vida” e “Vida comunitária social e cívica”. Conclusão: A revisão demonstrou evidências importantes da ruptura do ritmo social associada às desordens mentais e neurológicas, assim como o estudo observacional que apontou alterações no ritmo biológico social com implicações na capacidade funcional dos pacientes. A identificação da ruptura do ritmo social pode fazer parte da avaliação clínica durante o processo de reabilitação dos pacientes pós AVC.TCC Correlação entre a espasticidade, independência funcional e qualidade de vida em pacientes com lesão medular(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-12-08) Castro, Aleandra dos Santos; Lisboa, Lilian Lira; Britto, Heloisa Maria Jácome de Sousa; Lisboa, Lilian Lira; Borges, Lorenna Raquel Dantas de Macedo; Serafini, Ericka Raiane da SilvaIntrodução: A espasticidade é o aumento exagerado do tônus muscular (hipertonia), causado por trauma ou doença neurológica central. É um quadro frequente após alterações neurológicas, como a lesão medular (LM). Ela pode afetar consideravelmente as atividades cotidianas do indivíduo acometido, pois o músculo atingido apresenta tensão, reflexos involuntários e limitação. Objetivo: Correlacionar espasticidade, com funcionalidade e qualidade de vida em sujeitos com LM. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal com abordagem quantitativa, envolvendo indivíduos com LM, acompanhados no Centro Especializado em Reabilitação (CER), do Instituto Santos Dumont (ISD), Macaíba/RN, realizado entre o período de junho e outubro de 2022. Estes foram avaliados com instrumento Escala de Ashworth Modificada (EAM) para espasticidade; instrumento Spinal Cord Independence Measure – Self-Reported Version (SCIM-SR) para a independência funcional e instrumento World Health Organization Quality of Life-Bref (WHOQOL-Bref) para qualidade de vida (QV). Os dados foram analisados pelo software GraphPad Prism versão 8. Resultados: Participaram do estudo nove indivíduos com média de idade 33 (7, 4) anos. A análise constatou que os escores da EAM não apresentaram correlação estatisticamente significativa com as subseções da SCIM-SR, os domínios do WHOQOL-Bref e suas questões iniciais de qualidade de vida, sugerindo uma correlação não linear fraca. Nenhuma correlação significativa foi observada entre os escores da EAM com a SCIM-SR e o WHOQOL-BREF. Conclusão: Apesar da literatura trazer relação direta entre espasticidade, QV e funcionalidade, este estudo não encontrou tal associação. Porém, é importante ressaltar que a pequena amostra deste estudo diminui a precisão dos resultados obtidos.TCC Correlação entre escalas de Ashworth Modificada, Tardieu Modificada e Visual Analógica em pessoas com lesão medular(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-12-08) Moura, Arthu rMonjardim Barboza; Lisboa, Lilian Lira; Britto, Heloisa Maria Jácome de Sousa; https://orcid.org/0000-0001-7557-2423; http://lattes.cnpq.br/9384593949564075; https://orcid.org/0000-0003-0744-255X; http://lattes.cnpq.br/4025774474800752; https://orcid.org/0009-0009-1280-734X; http://lattes.cnpq.br/5850235474600353; Borges, Lorenna Raquel Dantas de Macedo; https://orcid.org/0000-0002-8381-4418; http://lattes.cnpq.br/5921938912903036; Serafini, Ericka Raiane da Silva; https://orcid.org/0009-0006-8942-8282Introdução: A espasticidade é um dos sintomas mais frequentes em sujeitos que sofreram lesão medular (LM). Isso repercute em uma necessidade de compreender e avaliar a espasticidade destes indivíduos em diferentes possibilidades e contextos. A utilização de escalas já validadas como a Escala de Ashworth Modificada (EAM), Escala de Tardieu Modificada (ETM) e Escala Visual Analógica (EVA) se torna de fundamental importância para uma avaliação clínica. Objetivos: Verificar a correlação entre as escalas EAM, ETM e EVA na avaliação da espasticidade em sujeitos que sofreram LM. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal de correlação. A amostra foi recrutada por conveniência no Centro Especializado em Reabilitação (CER) do Instituto Santos Dumont (ISD). Os indivíduos tiveram sua espasticidade avaliada através da EAM, ETM e EVA, sendo os músculos alvos reto femoral, bíceps femoral, adutor longo e gastrocnêmio medial, bilateralmente. Para fins de análise das escalas foi utilizado o maior escore obtido durante a avaliação da espasticidade. A análise estatística foi realizada pelo programa GraphPad Prism 8. A verificação da normalidade das variáveis foi analisada pelo teste Shapiro-Wilk e a correlação entre as medidas pelo teste Spearman. Resultados: Participaram da pesquisa 10 homens com idade média de 34 (± 8,4) anos e tempo médio de lesão de 4,5 (± 2,2). Houve significância estatística moderada de correlação entre os dados da EAM e ETM (p valor= 0,045; p= 0,65). Não houve significância estatística de correlação entre os dados da EAM e EVA (p valor= 0,089; p= 0,57) e ETM e EVA (p valor= 0,389; p= 0,31). Conclusão: A EAM apresentou resultados significativos e moderados de correlação quando relacionada à ETM. Sugere-se assim que as medidas de ETM são semelhantes às medidas da EAM para o mesmo indivíduo com LM. Porém, a EVA não apresentou correlação significativa quando relacionada a EAM e ETM, o que pode ser justificado pela subjetividade da mesma, juntamente com a natureza da complexidade das outras escalas.Artigo Correlation between balance, speed, and walking ability in individuals with chronic hemiparesis(Pontifícia Universidade Católica do Paraná, 2016-03) Mendes, Luciana de Andrade; Britto, Heloisa Maria Jácome de Sousa; Moreno, Cínthia de Carvalho; Silva, Emília Márcia Gomes de Souza e; Lindquist, Ana Raquel RodriguesAlterations in balance and gait are frequently present in patients with hemiparesis. This study aimed at determining whether there is a correlation between static and functional balance, gait speed and walking capacity. To that end, 17 individuals with chronic hemiparesis of both sexes (58.8% men and 42.25 women), mean age of 56.3 ± 9.73 years, took part in the study. Static balance was assessed by computerized baropodometry, under two different sensory conditions: eyes open (EO) and eyes closed (EC). Functional balance was evaluated by Berg Balance Scale and walking ability by the Functional Ambulation Classification. Gait speed was assessed by kinemetry. The Kolmogorov-Smirnov test was used to verify data distribution normality. Parametric variables were correlated by Pearson's test and their non-parametric parameters by Spearman's test. Functional balance showed a positive correlation with gait speed (p=0.005; r=0.64) and walking ability (p = 0.019; r = 0.56). Anteroposterior (AP) and mediolateral (ML) alterations with EO and EC exhibited negative correlations with gait speed (EO: AP amplitude (p = 0.0049 and r = -0.48); mean ML deviation (p = 0.019 and r =-0.56)/ EC: mean AP deviation (p = 0.018 and r = -0.56) and mean ML deviation (p = 0.032 and r = -0.52); AP amplitude (p = 0.014 and r = -0.57) and ML amplitude (p = 0.032 and r = -0.52); postural instability (p = 0.019 and r = -0.55)) and walking ability (EO: mean AP deviation (p = 0.05 and r = -0.47) and AP amplitude (p = 0.024 and r = -0.54)). The results suggest correlations between static and functional balance and gait speed and walking ability, and that balance training can be an important component of gait recovery protocolsTese Desenvolvimento e usabilidade de um jogo digital para reabilitação do equilíbrio postural de idosos(2020-04-20) Pacheco, Thaiana Barbosa Ferreira; Cavalcanti, Fabrícia Azevedo da Costa; ; ; Britto, Heloisa Maria Jácome de Sousa; ; Melo, Luciana Protásio de; ; Dantas, Rummenigge Rudson; ; Campos, Tânia Fernandes;Introdução: O processo de envelhecimento causa alterações fisiológicas que podem culminar em restrições na independência funcional devido, dentre outros fatores, a dificuldade em manter o equilíbrio postural e adaptar-se às demandas que lhes são impostas. Inúmeras abordagens terapêuticas têm priorizado a restauração ou manutenção do equilíbrio, destacando-se a terapia baseada na Realidade Virtual (RV). Nesse contexto, jogos sérios, ou seja, jogos com propósito além de entretenimento, vêm sendo desenvolvidos com o intuito de adequar o ambiente virtual às demandas terapêuticas e necessidades do paciente, refletindo positivamente na efetividade e usabilidade deste tipo de recurso. Objetivo: 1) Desenvolver uma revisão sistemática a fim de sumarizar as evidências do uso de jogos virtuais sérios e comerciais no treinamento de equilíbrio de idosos. 2) Desenvolver um jogo sério para treinamento de equilíbrio de idosos utilizando um sistema de captura de movimento de baixo custo. 3) Validar o conteúdo do jogo. 4) Testar, a partir de um estudo piloto, a usabilidade e o efeito do jogo sobre o equilíbrio e desempenho físico de idosos. Metodologia: Trata-se de um estudo que envolveu quatro tipos de modalidades metodológicas: 1) Revisão Sistemática; 2) Criação do jogo; 3) Validação de um modelo de utilidade (jogo digital), denominado VirtualTer, voltado para reabilitação do equilíbrio postural. A validação envolveu a análise de juízes especialistas que executaram o jogo e expressaram suas opiniões por meio dos instrumentos: Dimensões da Validação de conteúdo do VirtualTer (DVC-VirtualTer) e System Usability Scale (SUS); e 4) Estudo piloto do tipo experimental com 50 idosos. Os participantes foram submetidos à avaliação do equilíbrio postural por meio da plataforma de força e pelos instrumentos: Escala de Equilíbrio de Berg (BBS), Short Physical Performance Battery (SPPB) e SUS. A alocação dos participantes ocorreu de forma randomizada em grupo experimental (GE) ou grupo controle (GC). O GE realizou um protocolo de intervenção utilizando o VirtualTer, 3 vezes por semana por duas semanas e duração de 20 minutos cada sessão. O grupo controle recebeu uma cartilha com 5 exercícios baseados no protocolo OTAGO para serem realizados em casa com mesma duração e frequência que o grupo experimental. Ao final do período de intervenção, os participantes foram reavaliados, utilizando os mesmos procedimentos da avaliação inicial. Resultados: Artigo 01 - Revisão Sistemática: 12 estudos comparando exergames com controles inativos foram incluídos. Um total de 1520 idosos participaram dos estudos, com média de idade de 76±6 nos grupos experimentais e 76±5 nos grupos controles. Cerca de três estudos encontraram melhoras significativas no equilíbrio dos participantes considerando a BBS e oscilação do centro de pressão, enquanto que três estudos encontraram melhoras na mobilidade, considerando o teste Timed up and Go, 30-second chair stand e o alternate step test. Artigo 02 - Desenvolvimento do jogo digital: VirtualTer foi desenvolvido por uma equipe de fisioterapeutas e cientistas da computação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. O objetivo principal deste jogo sério foi promover treinamento do equilíbrio postural de idosos em um ambiente motivador e representativo. O VirtualTer utiliza o Kinect para captura de movimento em tarefas de marcha estacionária, alcance lateral e subida/descida de degrau, distribuídas em 03 fases com níveis de dificuldade distintos. Artigo 03 - Validação: O conteúdo do jogo foi validado por onze especialistas (45,5% fisioterapeutas e 54,5% profissionais da área de ciência e tecnologia). O Índice de Validação de Conteúdo total do jogo foi de 0,8 e o coeficiente de alpha de Cronbach foi de 0,92. Os juízes classificaram o jogo com índice de satifstação de 67 na escala SUS. Artigo 04- Estudo Piloto: Participaram do estudo piloto 50 idosos acima de 60 anos. O GE que executou o VirtualTer apresentou diferenças significativas na análise intra-grupo para velocidade (p = 0,04) e trajetória total (p = 0,03) do Center of Pressure (CoP) com olhos fechados. Ambos os grupos apresentaram melhora na pontuação da EEB e SPPB na análise intra-grupo, porém não houve diferenças significativas na comparação entre-grupos. Virtualter apresentou índice de satisfação de 71%, de acordo com a SUS. Conclusão: Embora haja uma ampla oferta de jogos digitais para reabilitação, o VirtualTer levantou a discussão sobre a importância da multidisciplinaridade no desenvolvimento desses jogos. Além disso, o VirtualTer é um bom produto com boa usabilidade e conteúdo válido, correspondendo a uma ferramenta tecnológica motivadora adequada para o treinamento do equilíbrio postural em idosos. Estudos adicionais devem investigar se um período mais longo de intervenção pode ter mais influência sobre variações do CoP.Tese Efeitos dos exergames no equilíbrio corporal de idosos diabéticos: ensaio clínico randomizado(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-02-21) Lima Filho, Bartolomeu Fagundes de; Cavalcanti, Fabrícia Azevedo da Costa; https://orcid.org/0000-0002-1391-1060; http://lattes.cnpq.br/9579107830132166; https://orcid.org/0000-0002-3326-389X; http://lattes.cnpq.br/8035524421127198; Fernandes, Aline Braga Galvão Silveira; https://orcid.org/0000-0002-7976-8009; http://lattes.cnpq.br/9406431536920693; Britto, Heloisa Maria Jácome de Sousa; http://lattes.cnpq.br/9384593949564075; Souza, Silvana Loana de Oliveira; Nobre, Thaiza Teixeira XavierIntrodução: A presença de Diabetes Mellitus tipo 2 se relaciona diretamente com déficit funcional, baixo desempenho físico e até risco de quedas em idosos. Uma das complicações mais importantes para esse público é o desequilíbrio corporal. O exercício físico é um dos tratamentos mais indicados. Dentre as técnicas mais utilizadas, o treinamento baseado no fortalecimento, alongamento, flexibilidade e relaxamento induz melhora no equilíbrio postural do idoso diabético. Outra estratégia é a utilização de exergames, utilizados para recuperação funcional do equilíbrio postural. Objetivo: investigar a influência de um protocolo de exergames no equilíbrio corporal de idosos com Diabetes Mellitus tipo 2. Metodologia: Trata-se de um ensaio clínico randomizado com registro RBR-67y6cz no REBEC. Foram incluídos indivíduos com idade entre 65 e 79 anos, diabéticos, com queixa de desequilíbrio, risco de queda, sem déficit cognitivo e com neuropatia periférica leve ou moderada. As sessões tiveram duração de 40 minutos, 2 vezes por semana, durante 12 semanas. Para ambos os grupos, em todas as sessões, foi realizado inicialmente um protocolo de fortalecimento de membros inferiores (10 min). Os indivíduos do grupo controle (GC) realizaram um protocolo de cinesioterapia (40min) com foco no equilíbrio; os do grupo experimental (GE) utilizaram jogos (40min) que simulam o protocolo do GC (free run, soccer heading, pinguim slide, island cycling, tilt table, free steps e balance bubble). Eles foram avaliados antes e após o tratamento e no período de seguimento de 3 meses. Foram avaliados dados funcionais de equilíbrio (MiniBesTest), desempenho funcional (Short Physical Performance Battery), capacidade funcional (Brazilian OARS Multidimensional Functional Assessment Questionaire), força de preensão palmar por dinamômetro manual e confiança no equilíbrio (ABC scale). Foi utilizada uma ANOVA mista 2x3 para comparar os desfechos entre os dois grupos e nos três momentos de avaliação. Resultados: ao total, 34 indivíduos compuseram o estudo, randomizados em 17 no GC e 17 no GE. Para o grupo controle, houve diferença estatística entre T1 e T2 para o SPPB (p=0,001), FPP (p=0,003) e BOMFAQ (p=0,035); entre T1 e T3 apenas para o SPPB (p=0,02) e FPP (p=0,01). Já para o grupo experimental, houve diferença estatística nos 3 intervalos de tempo para o MBT (p<0,001; p=0,04; p=0,05), entre T1 e T2 para o SPPB (p<0,001) e ABC scale (p=0,04); e entre T2 e T3 para o SPPB (p=0,02). Conclusão: o protocolo de exergames foi eficaz para promover melhora no equilíbrio corporal de idosos diabéticos, porém, o protocolo em questão não foi eficaz para promover melhoria de força de preensão palmar e independência para atividades de vida diária nesse público.Tese Estudo comparativo entre um protocolo com realidade virtual não imersiva e a cinesioterapia no equilíbrio postural em indivíduos com acidente vascular cerebral(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-12-20) Bessa, Nathalia Priscilla Oliveira Silva; Cavalcanti, Fabrícia Azevedo da Costa; Campos, Tânia Fernandes; 60336641400; http://lattes.cnpq.br/7200517552154428; http://lattes.cnpq.br/9579107830132166; http://lattes.cnpq.br/5802240351333531; Fernandes, Aline Braga Galvão Silveira; http://lattes.cnpq.br/9406431536920693; Britto, Heloisa Maria Jácome de Sousa; http://lattes.cnpq.br/9384593949564075; Melo, Luciana Protásio de; http://lattes.cnpq.br/5823735725272248; Souza, Silvana Loana de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/2390244918484376Introdução: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a principal causa de incapacidades em adultos, levando a alterações funcionais, como déficit de equilíbrio e dificuldade para realizar as atividades de vida diária. As sequelas são resultantes das mudanças plásticas no tecido neural, como resultado da excitabilidade diminuída e do não uso dos membros afetados após a injúria, culminando na redução da representação cortical destas áreas. No campo da reabilitação, a Realidade Virtual (RV) tem se mostrado um grande aliado na recuperação destes pacientes. Objetivo: Comparar os efeitos de um protocolo com realidade virtual não imersiva com um protocolo de cinesioterapia, ambos com mesma dosagem, evoluções e objetivos, no equilíbrio postural de indivíduos com AVC crônico. Metodologia: Trata-se de um estudo comparativo com 7 indivíduos, com diagnóstico clínico de AVC. Os indivíduos foram avaliados antes e após a intervenção por meio de uma ficha sociodemográfica, Mini-Exame do Estado Mental – MEEM, Escala de Ashworth, Categoria de Deambulação Funcional, National Institute Health Stroke Scale – NIHSS, Escala de Qualidade de Vida Específica para AVE - EQVE-AVE, Medida De Independência Funcional- MIF, Inventário de Motivação Intrínseca –IMI, Escala de Equilíbrio de Berg -EEB, Teste de Alcance Funcional -TAF, Timed Up and Go Test - TUG, Teste de Caminhada de 6m -TC6m e variáveis do Centro de pressão pela Plataforma de Força (PF). Os participantes foram divididos em dois grupos: grupo da cinesioterapia (GC, n=4) que realizou fortalecimento de membros inferiores (MI) e cinesioterapia com foco no equilíbrio com demanda sensório-motora similar aos exercícios de RV e o grupo RV (GRV, n=3) que realizou fortalecimento de MI e um protocolo de RV baseado no equilíbrio postural. Foram realizadas 2 sessões por semana, durante 8 semanas, totalizando 16 sessões. Foi realizado teste t pareado para análise intragrupos e o test t para comparação intergrupos analisando as diferenças entre os valores pré e pós intervenção (delta) de cada grupo. Resultados: Ambos os grupos obtiveram melhora em todos os desfechos analisados. Na análise intragrupos, observou-se significância no GC para a EEB (p = 0,006); EQVE-AVE (p= 0,035); deslocamento total do centro de pressão no teste de apoio unipodal olhos abertos sobre membro parético (p = 0,017); velocidade média no teste de apoio unipodal com os olhos abertos sobre membro parético (p = 0,007) e unipodal olhos fechados sobre o membro saudável (p = 0,047); e no GRV para a EEB (p = 0,026), MIF (p = 0,008) e deslocamento total do centro de pressão no teste de apoio unipodal olhos abertos sobre membro saudável (p = 0,035). Na análise intergrupos, verificou-se uma diferença estatística significativa para EEB (p = 0,033), qualidade de vida (p = 0,021), IMI pressão (p= 0,025) e o apoio unipodal olhos abertos sobre membro parético (p = 0,044) a favor do GC. Conclusão: Observou-se que a aplicação dos protocolos de intervenção do GC e GRV foram benéficos e provocaram melhorias nos desfechos analisados, principalmente no controle do equilíbrio postural. No entanto, devido as limitações quanto ao tamanho amostral e número de sessões sugere-se que sejam realizados estudos com população mais robusta e maior tempo total de terapia.