Navegando por Autor "Batista, Lílian Andrade Carlos de Mendonça"
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Dissertação Ação neuroprotetora da ayahuasca no córtex pré-frontal de saguis (Callithrix jacchus) induzidos a um estado depressivo(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-12-01) Batista, Lílian Andrade Carlos de Mendonça; Ladd, Fernando Vagner Lobo; Coelho, Nicole Leite Galvão; http://lattes.cnpq.br/9256395169042054; https://orcid.org/0000-0002-6670-8656; http://lattes.cnpq.br/0907170560632356; https://orcid.org/0000-0002-7942-2008; http://lattes.cnpq.br/6178623703992315; Nascimento Júnior, Expedito Silva do; Fiuza, Felipe PortoO Transtorno depressivo maior pode se apresentar em episódio único ou recorrente, podendo durar dias, sendo os sintomas diversos que influenciam nas relações do cotidiano. Uma das principais causas para esse transtorno é o estresse crônico, e a resposta biológica a esses estressores que pode ocasionar uma desregulação na fisiologia humana. Nosso grupo objetiva identificar a competência neuroprotetora da Ayahuasca nos aspectos comportamentais e morfoquantitativos no córtex pré-frontal de saguis (Callithrix jacchus) submetidos a um protocolo de estresse crônico induzido. Foram utilizados 4 machos e 4 fêmeas, alocados em 3 grupos, sendo 02 no grupo família (GF), 02 no grupo isolado (GI) e 04 no grupo tratado (GT), todos selecionados de forma aleatória. Selecionamos espécimes com idade entre 7 e 9 meses de vida. O registro comportamental foi colhido pelo método de amostragem focal contínua, coletando frequência e/ou duração de comportamentos. Uma fração (1/6) das seções obtidas, a partir da microtomia do encéfalo, foram submetidas a coloração histológica com técnicas de Nissl. Para a estimativa dos parâmetros morfoquantitativos foi utilizada a estereologia, técnica de quantificação histológica tridimensional. Dentre os comportamentos, não constatamos diferenças significativas entre os grupos na fase experimental, exceto na ingestão de alimento (H(2) = 6,00, p = 0,050). Quanto ao volume total do córtex préfrontal (CPF), não foi encontrada diferença significante entre grupos (H(2) = 3,00, p = 0,223). No que diz respeito a densidade neuronal, visualmente apresentava ser mais intensa no GF e GT em comparação ao GI nas três áreas do córtex pré-frontal selecionadas. Com relação ao volume médio neuronal do córtex pré-frontal medial (VNmCPF), encontramos diferença significativa entre grupos (H(2) = 5,37, p = 0,057); no volume médio neuronal do córtex pré-frontal dorsolateral (VN-dlCPF), não encontramos diferença significante entre grupos (H(2) = 3,81, p = 0,098); no volume médio neuronal do córtex pré-frontal ventral (VN-vCPF), foi encontrada diferença significativa entre grupos (H(2) = 7,75, p = 0,029). Nesse estudo observamos uma redução sutil no volume do córtex pré-frontal do sagui quando comparamos o GF com o GI, o que pode ser corroborado por alguns comportamentos, dependentes do comando social, que também apresentaram redução. No mCPF e no dlCPF observamos uma redução de em média 25% na densidade neuronal quando comparamos o GF com o GI. Quando comparado o GF com o GT observamos similaridade nas quantidades. A atrofia de neurônios do córtex pré-frontal é associado a transtornos depressivos e ansiedade, esta característica foi identificada em saguis do GI das três regiões do CPF (medial, dorsolateral e ventral), sugerindo ser um marcador do estado depressivo. Avaliamos que no GT o volume neuronal é similar ao GF, dados encontrados nas três regiões do CPF. Estes resultados apontam que a Ayahuasca apresenta ação neuroprotetora na manutenção do número de neurônios e no volume neuronal impedindo a atrofia característica no contexto da depressão. Por fim, o tratamento profilático da Ayahuasca pode ajudar na proteção do córtex pré-frontal e isso é um ganho para a população mundial que sofre cada vez mais com essa doença.