Navegando por Autor "Araújo, Esther Alice Dantas de"
Agora exibindo 1 - 1 de 1
- Resultados por página
- Opções de Ordenação
TCC Leucemia promielocítica aguda: do histórico ao tratamento(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-12-13) Araújo, Esther Alice Dantas de; Bezerra, Christiane Medeiros; http://lattes.cnpq.br/5479629537559105; http://lattes.cnpq.br/7834509976955188; Rachetti, Vanessa de Paula Soares; http://lattes.cnpq.br/1524215726056886; Oliveira, Arthur Renan de Araújo; http://lattes.cnpq.br/5907235499848294A leucemia promielocítica aguda (LPA) é um subtipo de leucemia mieloide aguda caracterizada por eventos hemorrágicos que podem causar a evolução do paciente a óbito, caso não sejam contornados rapidamente, sendo necessário, portanto, diagnóstico rápido e preciso para que o tratamento seja iniciado precocemente. Tendo em vista o papel do profissional biomédico na contribuição para o diagnóstico de patologias, o objetivo deste trabalho foi realizar um levantamento bibliográfico sobre a LPA, compreendendo sua definição, histórico, apresentação clínica, fisiopatologia, epidemiologia, diagnóstico e tratamento, a fim de reunir informações sobre esta neoplasia. Para isso, foram realizadas pesquisas nos bancos de dados PubMed, SciELO, Google Acadêmico e Science Direct, no período entre os meses de maio e dezembro de 2022, utilizando as chaves de busca que combinavam “leucemia promielocítica aguda” e uma segunda palavra-chave, como “sangramento”, “ácido trans-retinoico”, “coagulopatias”, “leucemia mieloide aguda”, diagnóstico”, “prognóstico”, “translocação”, “incidência”, “doenças hemostáticas”, assim como seus correspondentes em inglês e abreviaturas “LPA”, “APL”, “LMA”, “AML” e “ATRA”. Os resultados demonstram que a leucemia promielocítica aguda tem como fisiopatologia a ocorrência de alterações cromossômicas, mais frequentemente a translocação cromossômica recíproca t(15;17)(q22;q21), levando à formação da proteína de fusão PML/RARα, que causa o bloqueio da maturação dos granulócitos no estágio de promielócitos. Os pacientes são acometidos por um estado de coagulopatia severa que pode ter desfecho fatal precoce quando não contornado rapidamente e cujas principais complicações clínicas são quadros hemorrágicos e trombóticos. Felizmente, o prognóstico dessa doença sofreu uma conversão de “forma mais maligna de leucemia aguda” para “altamente curável” ao longo dos anos, graças a implementação de terapias que combinam derivados do ácido retinoico e trióxido de arsênio para a indução da maturação dos promielócitos anômalos e degradação da oncoproteína de fusão. O diagnóstico é feito por um conjunto de exames, que englobam desde a apresentação clínica até os exames laboratoriais com a análise de aspirado de medula óssea por técnicas genético-moleculares, sendo a reação em cadeia da polimerase seguida de transcriptase reversa o padrão ouro para o diagnóstico e acompanhamento da doença. A partir dos resultados obtidos, é possível concluir que a LPA é uma patologia cuja história compreende diversos avanços científicos, que contribuíram positivamente para a mudança de prognóstico da doença. Além disso, é reforçada a importância de um profissional capacitado para o reconhecimento das anormalidades laboratoriais e consequente direcionamento do diagnóstico, contribuindo para o contorno precoce de eventos hemorrágicos e consequente óbito.