Navegando por Autor "Araújo, Bruno Wesley Soares da Costa"
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Dissertação Do Centro Popular de Cultura ao Globo Repórter: a centralidade do Nordeste na formação fílmica de Eduardo Coutinho (1962-1979)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-11-06) Araújo, Bruno Wesley Soares da Costa; Sales Neto, Francisco Firmino; https://orcid.org/0000-0001-9647-4638; http://lattes.cnpq.br/3836760295812952; http://lattes.cnpq.br/0087053329102664; Santiago Júnior, Francisco das Chagas Fernandes; https://orcid.org/0000-0003-2690-5222; http://lattes.cnpq.br/8893350729538284; Uhle, Ana RitaEsta dissertação investiga a centralidade do Nordeste, em especial do Sertão nordestino, na produção fílmica do cineasta Eduardo de Oliveira Coutinho (1933-2014), centrando a análise no recorte temporal de sua atuação junto ao Centro Popular de Cultura e ao Globo Repórter (1962-1979). Em um primeiro momento, situo o cineasta nos espaços da arte engajada dos anos 1960 e no seu contato inicial com o Nordeste. No segundo e terceiro momento, dimensiono como o Sertão nordestino se tornou uma espacialidade central para a sua formação e representação do outro sertanejo. Demarcando sua movimentação pela região, trabalho conceitualmente com as categorias de espaço e lugar, de Yi-Fu Tuan (2013); e com uma concepção social de Sertão formulada por Candice Vidal e Souza (2015). Metodologicamente, analiso as representações do Sertão no longa ficcional Faustão (1970), a partir da narrativa clássica e da segmentação do filme propostas por David Bordwell e Kristin Thompson (2005, 2013); e do narrador formulado por Ismail Xavier (2019). Ao analisar os documentários-reportagens Seis dias de Ouricuri (1976), O pistoleiro de Serra Talhada (1977), Theodorico, o imperador do Sertão (1978) e Exu, uma tragédia sertaneja (1979), mobilizo a categoria de voz e os modos expositivo, observativo e participativo propostos por Bill Nichols (2005, 2016). Deste modo, a pesquisa evidenciou que a trajetória cinematográfica de Eduardo Coutinho esteve relacionada, diretamente, a suas relações sociais e culturais com o Sertão e o Nordeste, espacialidades que estavam no centro de seus interesses ao longo das décadas de 1960 e 1970. Este movimento o aproxima e o insere em um modo de pensar e ver a região no pensamento social brasileiro.