Navegando por Autor "Anomal, Renata Figueiredo"
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TCC A influência da redução farmacológica da prolactina na responsividade de machos adultos de sagui à vocalização de filhotes recém-nascidos(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2017-12-08) Marinho, Alexandre de Lima; Anomal, Renata Figueiredo; Costa, Simone Almeida Gavilan Leandro daO cuidado parental é descrito na literatura como uma forma de investimento que inclui todas as atividades dos pais dirigidos à descendência, com a finalidade de garantir a sobrevivência e crescimento da prole. Nos mamíferos, a mãe aparece como o cuidador preferencial, no entanto, em algumas espécies, o macho e outros membros do grupo participam diretamente dos cuidados aos filhotes como é o caso do nosso sujeito de estudo, o sagui comum Callithrix jacchus. O objetivo desse estudo foi avaliar a influência do hormônio prolactina na responsividade aloparental de machos adultos de C. jacchus quando expostos a vocalização de filhotes não aparentados. Para tal, foi utilizado o agonista dopaminérgico bromocriptina com o intuito de reduzir os níveis de prolactina em 8 machos adultos de C. jacchus, dos quais 4 possuíam experiência anterior e os outros 4 não possuíam experiência anterior no cuidado com filhotes. Os animais foram testados 3 vezes com a bromocriptina e 3 vezes com o veículo (controle) quando expostos à vocalização do filhote por meio de um gravador profissional. Foi encontrado uma redução significativa nas frequências de aproximação, deslocamento e no tempo de proximidade dos animais à fonte sonora quando eles foram administrados com a bromocriptina em comparação quando administrados com o veículo. Além disso, não encontramos diferença significativa na resposta comportamental dos animais com relação a experiência prévia no cuidado, exceto para o número de deslocamentos em que os animais inexperientes se deslocaram mais pela gaiola em ambas as condições e no tempo de proximidade, em que os animais experientes se aproximaram mais da fonte sonora do que os inexperientes tanto quando administrados com o veículo e a bromocriptina. Assim, sugere-se que a prolactina pode ser importante para facilitar a responsividade aloparental dos animais ao estímulo do infante, mas não é essencial para a sua expressão sendo outros fatores envolvidos na modulação desse comportamento como a experiência prévia no cuidado.TCC Análise das conexões aferentes para o córtex auditivo primário de ratos neonatos modelo de autismo(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-02-10) Barros, Érica Kamila Trindade; Anomal, Renata Figueiredo; http://lattes.cnpq.br/6437989445919424; http://lattes.cnpq.br/9751013127513162; Cavalcante, Judney Cley; http://lattes.cnpq.br/7975576082142180; Barbosa, Maricele Nascimento; http://lattes.cnpq.br/5821112358734718O Transtorno do Espectro Autista é um distúrbio do neurodesenvolvimento, que apresenta sinais e sintomas que surgem logo na infância, como problemas de comunicação e padrões restritos e repetitivos de comportamento. Diversos fatores são apontados como desencadeadores deste transtorno, sejam eles de causa genética ou ambiental. No córtex cerebral é possível observar aumento da massa cefálica, mudanças nas células de Purkinje, da amígdala e do lobo temporal, mas a alteração mais apontada nos trabalhos científicos é no padrão de conectividade. A teoria da conectividade aponta que as conexões apresentam atividades disfuncionais durante a execução de algumas funções. Deste modo, é necessário ainda mais estudo sobre o desenvolvimento das conexões corticais, especialmente no córtex auditivo, para melhor entendimento sobre como essas alterações resultam no fenótipo apresentado pelo indivíduo autista de prejuízo nas habilidades de comunicação. Este estudo tem como objetivo descrever as conexões corticais aferentes para o córtex auditivo primário (A1) de animais modelo de autismo. Injeções com o neurotraçador DiI foram realizadas em A1 no dia pós-natal 0 (P0) nos animais modelo de autismo (grupo VPA), induzidos por injeção intraperitoneal de solução de ácido valpróico no dia embrionário 12 (E12). O grupo controle foi formado por animais que receberam solução salina intraperitoneal em E12, e também foram injetados com o neurotraçador DiI em A1. Nossos resultados demonstraram que as mesmas áreas corticais projetam para A1 nos ratos do grupo VPA e controle, assim como alterações em nível organizacional e na concentração dessas conexões. De acordo com estudos anteriores, estes dados corroboram a teoria da conectividade.Dissertação Avaliação da atividade antitumoral de nanopartículas híbridas de goma de caju e core-shell magnéticas funcionalizadas com oxaliplatina e ácido retinóico no câncer colorretal(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-05-16) Silva, Cainã Ogum Gonçalves da; Araújo Júnior, Raimundo Fernandes de; Garcia, Vinicius Barreto; http://lattes.cnpq.br/1903940945895093; http://lattes.cnpq.br/4866548385190092; Alves Júnior, Clodomiro; Clebis, Naianne Kelly; Farias, Naisandra Bezerra da Silva; Anomal, Renata FigueiredoO câncer colorretal (CCR) é um dos tipos de câncer mais prevalentes e letais em todo o mundo, demandando urgentemente o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas. Neste estudo, exploramos o potencial de nanopartículas core-shell (NPCS) e nanopartículas de goma do caju (NPGC), combinadas com oxaliplatina e ácido retinóico, como uma nova abordagem no tratamento do CCR. Nosso objetivo foi sintetizar e caracterizar nanossistemas híbridos NPGC+OXA+NPCS e NPGC+OXA+NPCS+RA, avaliando sua eficácia em modelos in vitro e in vivo de CCR, focando na viabilidade celular, apoptose, captação de nanossistemas e resistência a drogas. Para alcançar nossos objetivos, empregamos métodos de síntese avançados para produzir os nanossistemas híbridos, seguidos de caracterização físico-química. Testamos a ação terapêutica desses nanossistemas em culturas celulares de CCR e em um modelo murino utilizando a linhagem de células CT-26, sob a influência de um campo magnético, para observar a viabilidade, apoptose, captação pelos tumores, efeitos morfológicos e resistência às drogas. Os resultados demonstraram que os nanossistemas híbridos NPGC+OXA+NPCS e NPGC+OXA+NPCS+RA exibiram uma significativa eficácia antitumoral, reduzindo a viabilidade das células de CCR in vitro e inibindo o crescimento tumoral in vivo. Observamos uma maior indução de apoptose e uma melhor captação dos nanossistemas pelas células tumorais. Além disso, a funcionalização com ácido retinóico potencializou o efeito antiproliferativo, sugerindo uma abordagem promissora para superar a resistência à oxaliplatina. A exposição ao campo magnético pareceu amplificar a eficácia dos nanossistemas, indicando um caminho inovador. Concluímos que a nível molecular, os nanossistemas híbridos desenvolvidos neste estudo representam uma estratégia terapêutica inovadora e eficaz contra o câncer colorretal. A combinação de NPGC, NPCS, oxaliplatina e ácido retinóico, especialmente sob a influência de um campo magnético, oferece uma plataforma promissora para o avanço no tratamento do CCR, abrindo novas perspectivas para terapias antitumorais mais direcionadas e personalizadas.Dissertação Caracterização morfoquantitativa e neuroquímica do complexo coclear no encéfalo de morcego (Artibeus planirostris)(2018-02-28) Silva, Eryck Holmes Alves da; Nascimento Júnior, Expedito Silva do; Santana, Melquisedec Abiare Dantas de; ; ; ; Anomal, Renata Figueiredo;O sistema auditivo é de extrema importância para a sobrevivência das espécies. Tanto os animais que vivem em seu ambiente natural, bem como aqueles criados em condições controladas de laboratório precisam da audição para detectar perigos, tais como predadores e veículos motorizados e responder a vocalização de animais da mesma ou de outras espécies. A orelha é denominada de órgão vestíbulococlear, por participar diretamente da audição e da manutenção do equilíbrio. A navegação espacial por parte dos quirópteros está amplamente associada ao mecanismo de ecolocalização, o qual consiste na emissão de ondas sonoras pelo aparelho fonador e consequente reflexo em forma de eco, captado pelo aparelho vestíbulococlear. Embora diversos estudos abordem a dinâmica funcional dos sistemas de ecolocalização de quirópteros, poucos trabalhos se dedicam a uma análise morfológica dos centros neurais envolvidos no processamento de tais informações. O presente estudo tem como objetivo descrever a organização morfoquantitativa e neuroquímica do complexo coclear no encéfalo do morcego Artibeus planirostris. Utilizando o método de Nissl foram identificadas todas as subdivisões clássicas descritas até o presente em outras espécies: núcleo coclear ventral (parte anterior, parte posterior e camada granular) e núcleo coclear dorsal (camada profunda, camada fusiforme e camada molecular). A análise neuroquímica das proteínas ligantes de cálcio, através da técnica de imunofluorescência permitiu identificar a presença de terminais e pericários imunorreativos a CB, CR e PV de formas distintas, apresentando especificidades em cada porção do complexo coclear. Traçando um comparativo entre os vertebrados, o presente estudo fornece a primeira descrição detalhada dos aspectos morfoquantitativos do morcego Artibeus planirostris que se mostrou bastante similar às características encontradas nos roedores, especificamente o rato e a chinchila. A neuroquímica se mostra diferente aos primatas humanos e não humanos, podendo ser uma relação direta com a ecolocalização utilizada pelo modelo experimental.Tese Dysregulation of stress responses in juvenile VPA rats: insights into autonomic and behavioral reactivity in Autism Spectrum Disorder(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-09-27) Hashiguchi, Debora; Pereira, Rodrigo Neves Romcy; http://lattes.cnpq.br/9209418339421588; http://lattes.cnpq.br/0793074422554642; Alonso, Orfa Yineth Galvis; Monteiro, Beatriz de Oliveira; Sousa, Maria Bernardete Cordeiro de; Anomal, Renata FigueiredoUma resposta eficaz a desafios ambientais é essencial para a sobrevivência humana, e o desenvolvimento infantil desempenha um papel crucial na formação de comportamentos adultos apropriados por meio da integração de informações sensoriais, estados internos (como fome e dor), experiências passadas e antecipações futuras. Transtornos de estresse, marcados por preocupação e medo excessivos, são comumente observados entre indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Ratos expostos pré-natalmente ao VPA são usados como modelo para TEA. Para investigar possíveis alterações nos sistemas de estresse do TEA, este estudo avaliou as respostas autonômicas e comportamentais a estímulos táteis, nociceptivos e sociais em ratos VPA juvenis. Nossos resultados demonstram uma complexa desregulação das respostas ao estresse em ratos VPA. O Capítulo 1 revelou que ratos VPA apresentam desregulação do sistema autonômico, maior suscetibilidade e habituação prejudicada ao estresse tátil leve, semelhante aos padrões em crianças com TEA, sugerindo a utilidade do modelo para estudar a reatividade autonômica e a suscetibilidade ao estresse em humanos. O Capítulo 2 revelou que ratos VPA exibem respostas comportamentais a estímulos dolorosos semelhantes, mas atrasadas, em comparação a ratos controle, indicando maior resiliência dos animais VPA a esse tipo de estresse. Em contraste, o Capítulo 3 mostrou que ratos VPA exibiram um comportamento de congelamento mais rápido e sustentado sob estresse social, com um déficit de habituação, alinhando-se com os desafios sociais no TEA. Esses resultados destacam o aumento da suscetibilidade geral dos ratos VPA a estímulos inócuos indutores de estresse e déficits de habituação significativos, mas respostas mais lentas a estímulos nociceptivos, ilustrando a complexidade das respostas ao estresse. O estudo ressalta a utilidade do modelo de rato VPA para melhor compreendermos e conduzir a abordagens que amenizem a reatividade ao estresse relacionada ao TEA.Tese Efeito neuroprotetor do óleo essencial da Lippia alba sobre a neuropatia causada por constrição do nervo ciático de ratos(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-03-05) Souza, Daniele Oliveira; Nascimento Júnior, Expedito Silva do; ; ; Ladd, Fernando Vagner Lobo; ; Anomal, Renata Figueiredo; ; Silva, Francisco Walber Ferreira da; ; Cardoso, José Henrique Leal;As lesões dos nervos periféricos constituem um problema de saúde pública. Os déficits motores, sensoriais, autonômicos e o desenvolvimento de Dor Neuropática (DN), decorrentes das lesões dos nervos periféricos, podem comprometer a qualidade de vida dos pacientes. Após a lesão nervosa ocorre estresse oxidativo e liberação de citocinas inflamatórias e mediadores alogênicos que induzem a DN. A ocorrência destes problemas instiga a busca na natureza por compostos para a manipulação de novas drogas. A Lippia alba é uma planta medicinal cujo óleo essencial apresenta atividade biológica no Sistema Nervoso Periférico (SNP). O objetivo deste estudo é avaliar o efeito do tratamento com o óleo essencial da Lippia alba (OELa) sobre a neuropatia periférica causada pela Constrição Crônica do Nervo Ciático (CCNC) de ratos. Foram utilizados 30 ratos Rattus novergicus (Wistar), de ambos os sexos, com massa corpórea variando entre 200- 250 g. Os animais foram divididos nos grupos experimentais: Controle tratado veículo (CON), controle tratado com OELa 100 mg/Kg, v.o. (CON + OELa), grupo submetido a CCNC tratado com solução veículo (CCNC) e grupo submetido a CCNC tratado com OELa 100 mg/Kg (CCNC + OELa). O tratamento via oral, foi administrado 30 minutos antes da realização da CCNC no nervo ciático direito do animal e durante 14 dias seguidos. Realizou-se o teste de hipersensibilidade à dor, através do teste de von Frey e placa quente, 24 horas antes da indução da CCNC (dia 0), e nos dias 5, 7, 9 e 14 após a CCNC. No 14º dia após CCNC os animais foram submetidos a eutanásia. Em seguida realizada a dissecação do nervo ciático direito e esquerdo para análise do registro extracelular do Potencial de Ação Composto (PAC). Os parâmetros avaliados do PAC foram: Amplitude Pico-a-Pico (APP), cronaxia, reobase, amplitude positiva, velocidade de condução e duração da 1ª e 2ª componentes do PAC. A análise fitoquímica do OELa identificou uma variação quantitativa de substâncias, cujo composto majoritário foi o citral (geranial com 42,59 % e neral com 28,21 %). A avaliação da sensibilidade mecânica apresentou no CON uma média de 20,87 g para o limiar de reação ao estímulo. No grupo CCNC houve um aumento da força aplicada de 72,4 %, aumentando assim o limiar de retirada da pata no 5º dia após CCNC. Entretanto, nos dias 7, 9 e 14, houve aumento significativo da reação ao estímulo com uma menor força aplicada, reduzindo em 54,65%, 59,34% e 58,8% nos dias 7, 9 e 14, respectivamente, em relação ao grupo CON, caracterizando hiperalgesia mecânica. O grupo CCNC+OELa, aumentou o limiar ao estímulo mecânico em 116,79 %, 145,4 % , 54,56 % e 62 % nos dias de avaliação 5, 7, 9 e 14, respectivamente em relação ao CON. No grupo CON+OELa também apresentou aumento em 141,2 % a partir do 5º de avaliação, mostrando maior resposta no 7º dia de avaliação, apresentando um aumento de 260 %. Não houve diferença significativa na sensibilidade do estímulo térmico em ratos submetidos à CCNC e grupo CON. No entanto, no grupo CON+OELa houve aumento de 56,25 % do limiar ao estímulo no 7º dia de avaliação, comparado ao CON. Nos demais grupos experimentais não houve diferença significativa. A CCNC provocou alterações eletrofisiológicas em todos os parâmetros avaliados. A excitabilidade do nervo ciático no grupo CCNC aumentou em 27,53 %, ao reduzir a reobase, comparado ao CON. Enquanto, o valor da cronaxia aumentou 54,89 % no grupo CCNC em relação ao CON. No grupo CCNC+OELa, a reobase aumentou em 39,5 %, em relação ao grupo CCNC, a cronaxia neste grupo não alterou. A reobase no grupo CON +OELa diferiu em 16,5 % em relação ao CON. E a APP reduziu em 54,8 % comparado ao CON. A amplitude positiva da primeira componente no grupo CCNC reduziu 52,53 % em relação ao CON. No grupo CCNC+OELa reduziu 74,59 %. O grupo CON+OELa também mostrou redução de 57 %. A segunda componente não foi registrada no grupo CCNC. Entretanto, esta foi preservada quando a CCNC foi associada ao tratamento com OELa (CCNC+OELa), apresentando diminuição da amplitude em 88,14 % em relação ao CON. O grupo CON+OELa também diminuiu amplitude da segunda componente em 34,78% em relação ao CON. Quanto à velocidade de condução do PAC, o grupo CCNC mostrou redução de 44,73 % na primeira componente do PAC, comparado ao CON. O tratamento com OELa (CCNC + OELa) reverteu esta diminuição em 102,96%, comparado ao grupo CCNC. Os demais grupos experimentais não mostraram diferença estatística. Na segunda componente do PAC, a velocidade de condução não foi alterada nos grupos CCNC+OELa e CON+OELa em comparação ao CON. A duração da primeira componente do PAC aumentou 45,21 % no grupo submetido à CCNC, em relação ao CON. Os demais grupos não apresentaram diferença significativa comparado ao CON. Quanto à duração da segunda componente do PAC, no grupo CCNC não foi possível avaliar, haja visto não registrada. Nos demais grupos experimentais não houve diferença estatística em relação ao CON. Os resultados mostraram que o tratamento com OELa nos animais submetidos a CCNC, diminuiu a hipersensibilidade da neuropatia periférica e também evidenciou um potencial efeito neuroprotetor ao preservar fibras que constituem o potencial de ação de composto. Evidenciando consonância dos dados comportamentais e eletrofisiológicos do PAC, sugerindo um efeito anestésico do OELa. Portanto, a ação neuroprotetora do OELa na redução do dano neuronal causado pela CCNC, contribui para a preservação da estrutura e função da bainha e axônios mielinizados. Os mecanismos pelos quais o OELa exerce potencial efeito neuroprotetor frente a lesão do nervo periférico ainda precisa ser elucidado. No entanto, nossos resultados representam evidências de que a suplementação oral com o OELa promove a diminuição da hipersensibilidade após lesão neuronal que apontam para uma combinação de múltiplos alvos, envolvendo componentes neuronais e imunológicos, que desencadeia efeitos na modulação da sensibilidade neuropática.Tese Effects of embryonic exposure to valproic acid on behavior and vocal development in Zebra Finch (Taeniopygia Guttata)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-09-13) Soares, Annara Yve Moura; Velho, Tarciso André Ferreira; http://lattes.cnpq.br/8194534389725093; http://lattes.cnpq.br/6116722003849944; Hedin-Pereira, Cecília; Laplagne, Diego Andres; Silva, Maria Luisa da; Anomal, Renata FigueiredoO Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é uma condição que afeta a forma como as pessoas se comunicam e interagem com outras pessoas. Essa condição pode incluir dificuldade em compartilhar interesses ou emoções, e iniciar ou responder a interações sociais. Essa condição também pode abranger dificuldade de comunicação não-verbal, como contato visual, expressões faciais ou linguagem corporal. Os roedores são o modelo animal mais utilizado para estudar TEA. No entanto, como a comunicação vocal parece ser inata nesses animais, essa abordagem tradicional não aborda um dos aspectos mais cruciais do TEA, o comprometimento da comunicação vocal aprendida. Os pássaros canoros estão entre os poucos organismos que desenvolveram a aprendizagem vocal com vias cerebrais dedicadas. O aprendizado vocal no mandarim diamante e a aquisição da fala em humanos compartilham muitas características, como por exemplo um período crítico, vocalizações imaturas, assim como audição intacta e contingências sociais para um aprendizado adequado. Aqui, propomos a utilização do mandarim diamante como um modelo para entender melhor as características autistas usando a exposição embrionária ao ácido valpróico (VPA), um dos fatores ambientais associados ao TEA. Nossos resultados mostram que a exposição ao VPA leva a um atraso no desenvolvimento vocal, semelhante ao observado em humanos. Além disso, as aves expostas ao VPA apresentaram uma diminuição das interações sociais, audição hipersensível e locomoção alterada. Esses resultados mostram que o mandarim diamante exposto ao VPA representa um modelo atraente para estudar a neurobiologia do atraso no desenvolvimento vocal relacionado ao autismo.Tese Electrophysiological correlates of sound processing in the limbic pathways and implications for tinnitus-related anxiety(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-02-17) Freitas, Jéssica Winne Rodrigues de; Leão, Emelie Katarina Svahn; Nascimento, George Carlos do; http://lattes.cnpq.br/1489371044894987; https://orcid.org/0000-0001-7295-1233; http://lattes.cnpq.br/1279823352935722; http://lattes.cnpq.br/9480539724032899; Soares, Bruno Lobão; https://orcid.org/0000-0003-4564-2288; http://lattes.cnpq.br/3124118595692286; Aguiar, Cleiton Lopes; Sousa, João Antônio Jesus Bacello Machado; Anomal, Renata Figueiredo; http://lattes.cnpq.br/6437989445919424Esta tese investiga os correlatos eletrofisiológicos do hipocampo e do córtex pré-frontal medial com a atividade auditiva, seja em um modelo animal de zumbido induzido por altas doses de salicilato, seja na resposta a estímulos ruidosos em camundongos durante a locomoção. Os resultados estão organizados em quatro capítulos com três artigos experimentais (capítulo 1-3, com 2 artigos publicados e um manuscrito em preparação) e um protocolo em forma de capítulo de livro (capítulo 4, pré-impressão). No primeiro artigo (Winne et al. 2019), mostramos que uma alta dose de salicilato (300mg/kg) induziu oscilações teta tipo 2 (4-6Hz) no hipocampo ventral (HV), bem como induziu comportamentos semelhante à ansiedade em camundongos. Além disso, a administração de uma alta dose de salicilato aboliu a correlação do teta tipo 1 (7-10Hz) do hipocampo dorsal (HD) com a velocidade de corrida. No segundo artigo (Winne et al. 2020), mostramos que após o pré-tratamento com salicilato, apenas camundongos jovens com os níveis de audição preservada apresentaram comportamento semelhante à ansiedade, em comparação com camundongos idosos. Nós hipotetizamos que camundongos C57BL6 idosos por terem alterações auditiva relacionada à idade e, são menos propensos a apresentarem zumbido induzido pelo salicilato e ansiedade relacionada ao zumbido. Em camundongos jovens após o tratamento com salicilato, foi observado um aumento nas oscilações teta tipo 2 e gama lenta (30-60Hz) no HV e no córtex pré-frontal medial (CPFm), durante o campo aberto e no labirinto em cruz elevado. Além do mais, também ocorreu um aumento da coerência em teta tipo 2 entre o HV e o CPFm durante as tarefas. Por fim, o pré-tratamento de camundongos com uma dose única da substância psicodélica 5-MeO-DMT preveniu o surgimento de comportamentos associados à ansiedade e a indução de teta tipo 2 e gama lenta após a injeção de salicilato. O Capítulo 3 aborda como estímulos ruidosos são processados por meio da via reticular-límbica e influenciam nas oscilações do HD e CPFm de camundongos com audição normal. Usando abordagens combinadas (silêncio/ruído, quimio e optogenética), as oscilações teta tipo 1 (7-10Hz) do HD foram moduladas pelo ruído alto e de banda larga. Especificamente, a entrada de ruído retransmitida do córtex entorrinal e do septo medial modulou as oscilações do teta tipo 1 do HD, enquanto a diminuição da atividade do córtex auditivo não afetou essa via não canônica de processamento de ruído alto. Verificamos também que a ativação desta via aumentou a coerência entre o HD e o córtex pré-frontal medial. Nossa hipótese é que as alterações da atividade dos neurônios do HD induzidas pelo ruído, pode ser uma estratégia biológica para identificar rapidamente ambientes perigosos e aumentar o estado de alerta dos animais em resposta a possíveis ameaças locais. Por fim, no Capítulo 4 (Winne et al., 2021, pré-impressão), discutimos uma técnica de imageamento de cálcio de animais em movimento livre, usando micro endoscópios miniaturizados ('miniscopes') e descrevemos em detalhes a cirurgia de implante de lente e “baseplate” para o Miniscope UCLA V3 e V4. Usamos lente de índice graduado (GRIN) para o hipocampo, e uma combinação de um prisma e lente GRIN para o córtex auditivo e motor, com adaptações de trabalhos publicados para uma melhor fixação da lente (GRIN-relay-Prism). Por fim, comentamos as diferenças entre os softwares de análise. Em conclusão, esta tese demonstra correlatos eletrofisiológicos do zumbido induzido por salicilato que fortalecem a ligação neurobiológica entre zumbido e ansiedade. Mais ainda, as vias límbicas que transmitem informações de ruído alto também mostraram modular a atividade do hipocampo e do CPFm. Esses resultados evidenciam novas assinaturas eletrofisiológicas do processamento de som no sistema límbico.Dissertação O estresse oxidativo e o desenvolvimento do córtex auditivo em ratos modelo de autismo: efeito do extrato antioxidante de Libidibia ferrea na formação das redes perineuronais(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-10-28) Cortez, Lorena Nobre; Anomal, Renata Figueiredo; http://lattes.cnpq.br/6437989445919424; http://lattes.cnpq.br/5292951752742899; Kragelund, Fabiana Santana; Cavalcante, Judney Cley; http://lattes.cnpq.br/7975576082142180Introdução: O transtorno do espectro do autismo (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado principalmente por deficiências na comunicação social, comportamentos repetitivos e percepção sensorial alterada. Pessoas com autismo frequentemente apresentam alterações na acurácia auditiva, ou hiper/hipossensibilidade ao som. Sabe-se que os mapas topográficos e a acuidade dos sistemas sensoriais no cérebro são refinados durante o período crítico, no início da vida pós-natal, por meio do amadurecimento dos neurônios inibitórios parvalbumino-positivos e da rede perineuronal ao seu redor. Alterações no período crítico mediadas, por exemplo, pelo estresse oxidativo aumentado, podem ter grande impacto no desenvolvimento da percepção sensorial, retardando o desenvolvimento das redes perineuronais nos córtices sensoriais. Objetivo: O presente trabalho tem por objetivo investigar se a administração de moléculas antioxidantes durante o período crítico do desenvolvimento do córtex auditivo primário pode influenciar no desenvolvimento das redes perineuronais ao redor dos neurônios do córtex auditivo primário (Au1), secundário dorsal (AuD) e secundário ventral (AuV) de roedores modelo de autismo. Metodologia: Para a pesquisa, utilizamos um modelo roedor de autismo tratado com ácido valpróico no 12º dia embrionário (ratos VPA) para induzir características do autismo nos animais. No período crítico do desenvolvimento de Au1, dias pós natais 10 a 12 (P10 a P12), injetamos, por via intraperitoneal, exossomos de macrófagos tipo M2 para transportar o extrato de frutas da planta Libidibia ferrea com moléculas antioxidantes ao tecido cerebral - grupo de ratos tratados com antioxidantes (VPA cOxi). Também injetamos, no mesmo período, exossomos sem o extrato antioxidante, no grupo VPA sOxi. O grupo Controle não recebeu injeção de ácido valpróico nem de exossomos. Para analisar o desenvolvimento das redes perineuronais em AuD, Au1 e AuV realizamos histoquímica para Wisteria floribunda, e quantificamos o número e a densidade de células marcadas com rede perineuronal na camada IV e em todo o córtex AuD, Au1 e AuV dos grupos experimentais Controle, VPA sOxi e VPA cOxi. Resultados: Como resultado observamos que o número e a densidade de células envolvidas pela rede perineuronal em Au1 e AuV era maior no grupo Controle do que nos grupos VPA sOxi e VPA cOxi, tanto na quantificação de todas as camadas corticais ou da camada IV. Não houve diferença no número e na densidade de células do grupo tratado com antioxidante, VPA cOxi, e não tratado, VPA sOxi. Conclusão: No presente trabalho foi possível concluir que os ratos modelo de autismo apresentaram prejuízo na formação da rede perineuronal ao redor dos neurônios do córtex auditivo, indicando um déficit no período crítico do desenvolvimento do mapa tonotópico. A administração de extrato de frutas com ação antioxidante no período e/ou na dosagem utilizada em nosso estudo não foi capaz de impedir o desenvolvimento das alterações na rede perineuronal ao redor dos neurônios do córtices auditivos dos ratos modelo de autismo.Tese Estresse pré-natal: efeitos em longo prazo no comportamento e no balanço dos metabólitos do triptofano(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-09-24) Moura, Clarissa de Almeida; Gavioli, Elaine Cristina; ; http://lattes.cnpq.br/1759328747578795; ; http://lattes.cnpq.br/3959260293234744; Belchior, Hindiael Aeraf; ; http://lattes.cnpq.br/2815729240392635; Anomal, Renata Figueiredo; ; http://lattes.cnpq.br/6437989445919424; Zanoveli, Janaina Menezes; ; http://lattes.cnpq.br/2879707811631626; Gonzalez, Maria Carolina; ; http://lattes.cnpq.br/4560931690994322O estresse pré-natal (EPN) interfere diretamente na programação fetal, princípio pelo qual o ambiente endócrino e metabólico da mãe pode gerar consequências em longo prazo na prole adulta. Dentre as potenciais vias neuroquímicas afetadas pelo EPN, destaca-se a via das quinureninas, principal via de metabolismo do triptofano, relacionada à diversos transtornos psiquiátricos, mas pouco se sabe sobre sua relação com o EPN. Este estudo buscou investigar as consequências comportamentais e neuroquímicas do EPN, com ênfase nas monoaminas e nos metabólitos da via das quinureninas, na prole adulta de camundongos expostos ao EPN. Fêmeas prenhas de camundongos Swiss foram submetidas ao modelo de estresse por contenção associado com luz intensa três vezes por dia durante a última semana de gestação (dia 14-21). A prole adulta de machos e fêmeas submetida à EPN passou por testes comportamentais, incluindo: campo aberto, tarefa de reconhecimento de objetos, labirinto em cruz elevado, interação social e teste de suspensão pela cauda. Para a etapa neuroquímica, a prole adulta foi eutanasiada e seus encéfalos dissecados a fim de quantificar os níveis de triptofano, ácido quinolínico (QA), quinurenina, ácido 5-hidroxiindol acético (5-HIAA), serotonina (5-HT), dopamina e noradrenalina no hipocampo e no tronco encefálico, através da técnica de espectrometria de massa. O córtex pré-frontal (CPF) e hipocampo da prole foram também dissecados, a fim de avaliar a expressão gênica das seguintes enzimas: indoleamina 2,3-dioxigenase (IDO), quinurenina monoxigenase (KMO) e quinurenina-aminotransferase 3 (KYAT3), através da técnica de PCR em tempo real. Os resultados revelaram que a prole adulta submetida ao EPN apresentou: (1) prejuízo na tarefa de reconhecimento de objetos na prole macho e fêmea, com esta última sendo associado ao ciclo estral; (2) hiperatividade da prole macho, acessada pela maior distância total percorrida em campo aberto, bem como maior tempo de permanência nos braços fechados no teste de labirinto em cruz elevado, sugerindo fenótipo ansioso, sem alterações nos níveis de monoaminas, porém com alterações nos metabólitos da via das quinureninas, definidos por níveis mais altos de QA no hipocampo e no tronco encefálico e níveis mais altos de quinurenina e triptofano exclusivamente no hipocampo, (3) aumento de imobilidade no teste de suspensão pela cauda prole fêmea, sugerindo perfil depressivo, influenciado pelas fases do ciclo estral, e associado a níveis mais baixos de 5-HT no hipocampo e maior atividade de 5-HT no hipocampo e no tronco encefálico, (4) alteração na expressão gênica de enzimas relacionadas com a via das quinureninas, de forma que fêmeas EPN tiveram maior expressão de KYAT3 no hipocampo e de IDO no CPF, enquanto a prole macho apresentou níveis reduzidos de KMO no CPF. Em conclusão, este estudo revelou um perfil comportamental e neuroquímico sexo dependente como consequência do EPN tardio na prole de camundongos, avaliando como ponto chave o balanço de metabólitos do triptofano.Dissertação Exposição intra-amniótica ao ácido valpróico induz teratogênese e reproduz endofenótipo dos modelos animais de autismo(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-02-28) Real, Ana Luíza Campos Vila; Pereira, Rodrigo Neves Romcy; http://lattes.cnpq.br/9209418339421588; http://lattes.cnpq.br/9090119100629090; Bloise, Enrrico; Anomal, Renata Figueiredo; http://lattes.cnpq.br/6437989445919424O transtorno do espectro autista (TEA) é uma desordem do neurodesenvolvimento que abrange cerca de 1% da população mundial. Essa desordem é caracterizada por déficits na comunicação e interação social, assim como pela prevalência de comportamentos repetitivos e interesses restritos. Atualmente diversos modelos animais são utilizados para a investigação dos mecanismos neurobiológicos associados ao TEA. O modelo animal gerado pela exposição de ratas, em período gestacional, ao ácido valpróico (VPA) já é bem estabelecido na literatura. O efeito da exposição ao VPA em ratos é semelhante ao que é observado na clínica: o uso de VPA durante a gravidez aumenta a prevalência do nascimento de crianças com fenótipo autista. A avaliação de vários estudos sobre este modelo indica que o fenótipo comportamental destes animais expressa-se diferentemente a depender da dose utilizada, da via de administração e do período do desenvolvimento em que ocorre a exposição. Portanto, neste estudo, buscamos investigar os efeitos da exposição ao VPA administrado pela via intra-amniótica (VPAia), diretamente em fetos de rato, nas doses de 2,0 e 2,5 μmoles. Para isso, realizamos uma laparotomia medial em ratas prenhas, no dia gestacional 12, para a exposição dos cornos uterinos e posteriores micro injeções de VPAia. Esta administração foi realizada no período do desenvolvimento em que ocorre o fechamento do tubo neural, quando a exposição ao VPA está associada a fenótipos autistas na prole e defeitos no tubo neural. As hipóteses deste trabalho foram (1) que a exposição ao VPAia induziria fenótipos comportamentais tipo-autistas na prole; (2) que a severidade desses fenótipos seria dose-dependente; e (3) que os fenótipos comportamentais ocorreriam de forma mais homogênea se comparado ao modelo induzido por administração de VPA intraperitoneal. Uma vez realizadas as injeções, acompanhamos os nascimentos e os marcos de desenvolvimento dos filhotes durante as primeiras semanas pós-natais. Avaliamos peso, tempo para abertura de olhos, registramos a produção vocal ultrassônica durante separação materna e aplicamos testes comportamentais de interação social. Nossos resultados mostram que as doses utilizadas (2,0 e 2,5 μmoles/feto) induziram teratogenias em menos de 10% dos animais injetados. As análises de peso e tempo da abertura dos olhos não revelaram alterações do desenvolvimento nos animais VPAia comparado aos animais controle. Quanto às vocalizações, os animais VPAia vocalizaram em menor quantidade que os controles na idade de 7 dias (P7; p<0,05), sem alterações nas demais idades. Observamos também menor atividade exploratória do aparato de campo aberto (P21; p<0,005), menor tempo de locomoção no centro do aparato de campo aberto (P30; p<0,05) e maior número de idas à zona de interação social (ZIS; P35; p<0,05) dos animais VPAia. Podemos concluir, portanto, que a administração de VPAia promoveu alterações em alguns comportamentos característicos dos modelos animais do TEA, como na vocalização e na atividade locomotora, porém sem efeitos significativos nas estereotipias e interação social.Dissertação Hipóteses da inteligência e a tarefa de rotação mental: correlações entre o perfil espectral de ativação do córtex parietal e frontal e os escores de inteligência(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-03-22) Oliveira, Sóstenes Silva de; Anomal, Renata Figueiredo; http://lattes.cnpq.br/6437989445919424; https://orcid.org/0000-0002-7116-581X; http://lattes.cnpq.br/0554785632380725; Pereira Júnior, Antônio; Barbosa, Maricele Nascimento; http://lattes.cnpq.br/5821112358734718A hipótese da eficiência neural da inteligência sugere que sujeitos com escores mais altos nos testes de inteligência seriam mais eficientes no desempenho e no processamento cerebral durante tarefas cognitivas, resultado de uma menor ativação cortical e menor gasto de energia. Esta hipótese é apoiada por dados eletroencefalográficos, que mostram maiores valores da perturbação espectral relacionada a eventos da banda alfa (alfa ERSP) em indivíduos com maiores escores de inteligência, refletindo uma menor ativação cortical. No entanto, a hipótese da inibição-temporização sugere que amplitudes altas ou baixas de ERSP poderiam ocorrer simultaneamente em áreas corticais diferentes ou em momentos diferentes na mesma área, de acordo com a demanda e a complexidade da tarefa. O objetivo do presente estudo foi identificar correlações entre os valores de alfa ERSP, os escores do quociente de inteligência e os dados comportamentais de adolescentes com altas habilidades intelectuais e com inteligência dentro da média durante a tarefa de rotação mental. Todos os procedimentos foram aprovados pelo Comitê de Ética e Pesquisa da UFRN. Os voluntários recrutados para o grupo altas habilidades (N = 15) eram adolescentes (13- 21 anos) com escore do quociente de inteligência total (QI) igual ou acima de 129. O grupo de controle (N = 15) era pareado por idade com o grupo altas habilidades e tiveram escore total de QI entre 80 e 128. Os participantes de ambos os grupos realizaram a tarefa clássica de rotação mental de Shepard-Metzler, enquanto tinham seu eletroencefalograma registrado. Uma regressão linear múltipla foi realizada para analisar se o alfa ERSP registrado nas regiões parietal e frontal era predito pelos escores do QI total, seus subescores e pelos dados comportamentais. Nossos resultados mostram que a acurácia da resposta tem uma correlação inversa com o alfa ERSP, e que também há uma correlação inversa entre alfa ERSP com o QI e os escores de memória de trabalho. Observamos que quanto menor o valor de alfa ERSP sobre os eletrodos parietais , maior o QI, a pontuação da memória de trabalho e a acurácia. Os escores de memória de trabalho também predizem valores de alfa ERSP sobre o córtex parietal. Essas correlações não são observadas durante o intervalo do pré-teste antes da apresentação dos estímulos. Considerando que a acurácia e os escores da escala de inteligência de Wechsler estão negativamente correlacionados com alfa ERSP durante a tarefa de rotação mental, refletindo uma menor sincronização e maior ativação cortical em indivíduos com maiores escores de inteligência, nossos dados suportam a hipótese da inibição-temporização.Artigo Impaired Processing in the Primary Auditory Cortex of an Animal Model of Autism(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015) Anomal, Renata Figueiredo; Villers-Sidani, Etienne de; Brandão, Juliana Alves; Diniz, Rebecca; Costa, Marcos Romualdo; Romcy-Pereira, Rodrigo NevesAutism is a neurodevelopmental disorder clinically characterized by deficits in communication, lack of social interaction and repetitive behaviors with restricted interests. A number of studies have reported that sensory perception abnormalities are common in autistic individuals and might contribute to the complex behavioral symptoms of the disorder. In this context, hearing incongruence is particularly prevalent. Considering that some of this abnormal processing might stem from the unbalance of inhibitory and excitatory drives in brain circuitries, we used an animal model of autism induced by valproic acid (VPA) during pregnancy in order to investigate the tonotopic organization of the primary auditory cortex (AI) and its local inhibitory circuitry. Our results show that VPA rats have distorted primary auditory maps with over-representation of high frequencies, broadly tuned receptive fields and higher sound intensity thresholds as compared to controls. However, we did not detect differences in the number of parvalbumin-positive interneurons in AI of VPA and control rats. Altogether our findings show that neurophysiological impairments of hearing perception in this autism model occur independently of alterations in the number of parvalbumin-expressing interneurons. These data support the notion that fine circuit alterations, rather than gross cellular modification, could lead to neurophysiological changes in the autistic brainTCC A influência do estresse na resposta cardiovascular e psicológica em estudantes do curso de biomedicina da UFRN(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-07-14) Mendes, Mariana Dias; Barbosa, Maricele Nascimento; http://lattes.cnpq.br/5821112358734718; Galeno, Denise Morais Lopes; http://lattes.cnpq.br/6018684410258636; Anomal, Renata Figueiredo; http://lattes.cnpq.br/6437989445919424Atualmente o estresse é reconhecido com um dos maiores problemas que acometem a saúde física e mental do indivíduo. Ele corresponde a uma resposta física, psíquica e hormonal que ocorre quando o corpo necessita de adaptação frente a um evento que pode causar desequilíbrio à homeostase do indivíduo. Assim, o ingresso do estudante na Universidade pode mantê-lo em contato com estressores específicos, como as avaliações de conteúdo, a quantidade do material a ser estudado, as demandas impostas no curso, a interferência familiar, a concorrência, entre outros. O objetivo desse estudo foi investigar a resposta cardiovascular e emocional de estudantes do Curso de Biomedicina da Universidade Federal do Rio Grande do Norte durante exposição à dois tipos diferentes de avaliação de conteúdo: escrita e gincana. Para isso, foram registrados os valores da pressão arterial sistólica e diastólica, da frequência cardíaca e do estado de ansiedade (IDATE) dos estudantes antes e após as atividades avaliativas (fases basal, pré-teste, pós-teste e recuperação). Foi encontrado um aumento na pressão arterial sistólica na prova escrita e na frequência cardíaca na gincana; o estado de ansiedade variou em ambos os tipos de avaliação. Além disso, foi encontrado os maiores valores nas variáveis cardiovasculares e na resposta emocional dos estudantes nas fases pré teste que antecederam a aplicação do estressor com o retorno aos valores basais após sua finalização. Assim, podemos sugerir que o enfrentamento de estressores pode levar a mudanças internas que tem como objetivo adaptar o indivíduo a essas situações.Dissertação Organização citoarquitetônica, neuroquímica e morfométrica do Claustro(2018-06-01) Oliveira, Raissa Cláudia Eufrázio de; Nascimento Júnior, Expedito Silva do; Santana, Melquisedec Abiare Dantas de; ; ; ; Lucena, Eudes Euler de Souza; ; Anomal, Renata Figueiredo;O Claustro (Cl) faz parte dos núcleos da base e é constituído anatomicamente de duas principais subdivisões: dorsal ou Cl insular, e o Cl ventral medial situado no córtex piriforme. A forma do Cl varia de espécie para espécie e o seu tamanho aumenta em proporção com o volume do neocórtex. O núcleo Cl pode desempenhar papel fundamental no processamento de informações no cérebro, correlacionada a diferentes atividades desenvolvidas pela ativação do córtex sensorial que se interliga com sensações distintas. É dividido em três compartimentos funcionais: um anterodorsal conectado com o córtex somatossensorial e o córtex motor, um dorsal posterior conectado ao córtex visual e uma área ventral relacionado ao córtex auditivo. Enquanto a função exata do Cl permanece especulativa, estudos realizados em cérebros de ratos têm atribuído um papel integrador multimodal para ele com relação às conexões atribuídas entre o Cl e o córtex cerebral (cx), à medida que diversas funções, tais como as somatossensoriais, visuais e auditivas podem estar associadas a esse núcleo. É possível considerar diferenças entre as espécies a respeito da organização neuroquímica e de conexões do Cl. Pois, a abordagem sobre a relação entre o Cl e o núcleo Endopiriforme (En) traz em questão algumas discussões, à medida que essa correlação entre os dois núcleos pode ser abordada de várias maneiras, tais como algumas prováveis relações funcionais. Com o objetivo de descrever a citoarquitetura e a neuroquímica desse núcleo, foram analisadas secções coronais do encéfalo do morcego Artibeus planirostris, coradas pelo método de Nissl e secções submetidas à técnica de imunofluorescência apresentando as proteínas ligantes de cálcio Calbindina (CB), Calretinina (CR) e Parvalbumina (PV), a fim de delimitar e observar a expressão dessas proteínas no Cl/En. A CB não expressou imunorreatividade nas demais subdivisões do Cl. A CR foi percebida em apenas algumas células do Cl em nível médio, já a imunorreatividade à PV foi percebida com evidência nos níveis rostral, médio e caudal do Cl/En. Assim, tendo em vista a posição estratégica do Cl, as evidências funcionais e hodológicas associadas em diversos estudos, acreditamos que o estudo da morfologia dessa área em quirópteros possa verdadeiramente auxiliar na elucidação do papel do Cl no sistema nervoso e ao mesmo tempo compreender as vias permeadas pela evolução dos núcleos subcorticais.Dissertação Percepção das mães de pessoas com transtorno do espectro autista sobre cuidados no Sistema Único de Saúde(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-07-04) Ferreira Júnior, Miguel; Nobre, Thaiza Teixeira Xavier; Anomal, Renata Figueiredo; https://orcid.org/0000-0002-8673-0009; http://lattes.cnpq.br/2813639308023253; http://lattes.cnpq.br/7288150415975037; Mendonça, Ana Elza Oliveira de; Silva, Hylarina Maria Montenegro Diniz; Silva, Cirlene Francisca Sales daO Transtorno do Espectro Autista (TEA) surge nos primeiros anos de vida, mas sua trajetória inicial não é homogênea. Serviços de saúde pública e privada enfrentam desafios no que diz respeito ao diagnóstico e tratamento deste público, assim como no cuidado e orientação das famílias. Diante disso, esta dissertação possui como objetivo analisar a percepção das mães de pessoas com Transtorno do Espectro Autista sobre as práticas de cuidado direcionado ao bem estar das próprias mães que acompanham seus filhos nas unidades de atenção secundária do Sistema Único de Saúde (SUS), assim como as condições de acesso ao diagnóstico e o processo inicial do tratamento. Para tanto, optou-se realizar dois tipos de desenhos metodológicos, sendo um a revisão sistemática (registrado na plataforma PROSPERO sob o código de registro CRD42023394779) e o outro a abordagem qualitativa-descritiva realizada através de entrevistas semiestruturadas com quinze mães de pessoas com TEA registrado sob número de parecer 6.466.061 no Comitê de Ética do Hospital Universitário Onofre Lopes e que resultou em cinco artigos. Todos os artigos foram escritos entre janeiro de 2023 à junho de 2024. Os resultados da revisão sistemática (artigo 1) destacaram os desafios emocionais, sociais e econômicos dos pais de filhos com TEA e a importância do suporte emocional e comunitário para sua resiliência; o artigo 2 identificou barreiras significativas no SUS para o diagnóstico precoce de TEA, como a falta de profissionais especializados e a burocracia, sugerindo melhorias nas políticas públicas; o artigo 3 revelou a diversidade e inconsistência nos tratamentos de TEA disponíveis no SUS, enfatizando a necessidade de integração entre diferentes serviços de saúde para eficácia terapêutica; o artigo 4 constatou variações significativas nas práticas de cuidado na atenção secundária direcionado às mães que acompanham seus filhos nas consultas, destacando a importância da formação continuada dos profissionais de saúde e a padronização dos cuidados; já o artigo 5 abordou as experiências únicas das mães solteiras de pessoas com TEA, enfatizando a sobrecarga emocional e financeira e a necessidade de redes de suporte específicas; por fim o artigo 6 mostrou que o conhecimento das mães sobre TEA evolui ao longo do tempo, influenciando a eficácia do tratamento e ressaltando a importância de programas educacionais contínuos para os pais. Conclui-se então que esta dissertação oferece uma contribuição significativa ao aprofundar o entendimento das experiências das mães de pessoas com TEA a respeito da busca do diagnóstico e processo terapêutico dos seus filhos, assim como as práticas de cuidado nas unidades de atenção secundária do SUS. Os resultados obtidos sublinham a necessidade urgente de melhorar o acesso ao diagnóstico precoce, facilitar o início dos tratamentos, padronizar as práticas de cuidado e oferecer suporte contínuo às famílias. Para avanços futuros, sugere-se a realização de estudos longitudinais que acompanhem as famílias ao longo do tempo para entender melhor as mudanças nas percepções e nas necessidades de cuidado. É importante investigar a realidade de diferentes regiões do Brasil para obter uma visão mais abrangente das condições de acesso e tratamento. Também seria benéfico incluir perspectivas de outros cuidadores para uma compreensão mais completa do impacto do TEA. Por fim, é fundamental informar a criação de políticas públicas que abordem as lacunas identificadas na pesquisa, promovendo uma melhor integração e qualidade dos serviços de saúde oferecidos pelo SUS.TCC Projeções córtico-corticais do córtex auditivo primário de ratos modelo de autismo(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2019-11-29) Gurgel, Alice Pimenta; Anomal, Renata Figueiredo; Nascimento Junior, Expedito Silva do; Barbosa, Maricele NascimentoO Período Crítico (PC) é uma fase pós-natal na qual o desenvolvimento cortical é altamente suscetível à plasticidade induzida pelos estímulos ambientais. Para cada maturação sensório, motora, e cognitiva um período-crítico diferente é promovido. Os eventos que ocorrem durante o PC têm então impactos importantes sobre a formação dos mapas corticais de processamentos sensoriais, e também sobre a percepção destes pelo indivíduo durante sua vida. Sabendo disso, algumas desordens do neurodesenvolvimento tais como o transtorno do espectro autista (TEA), podem apresentar desde alterações fenotípicas, com padrões faciais típicos, a alterações sensório-motoras, o que juntas podem gerar déficits sociais de diferentes gradações no indivíduo afetado. O objetivo do presente estudo foi então investigar o Período Crítico do desenvolvimento pós-natal em ratos modelo de autismo, hipotetizando se este é encontrado alterado já no nascimento. Sugerimos que: 1) os déficits de comunicação e alterações sensoriais observadas neste transtorno possam estar relacionados, em parte, ao de tempo de abertura e/ou fechamento do PC no córtex sensorial Auditivo primário (A1), e 2) às alterações no desenvolvimento das conexões aferentes para este córtex (A1). Para tanto, propomos o estudo de aferências para A1 em ratos modelo de autismo e também em ratos controle (injeção de solução salina) no primeiro dia pós-natal (P0.5), por meio da introdução, \textit{post-mortem}, de neurotraçador retrógrado. Foi observado com isso que o A1 recebe projeções axonais de diversas regiões corticais, como a região frontal, motora e ínsula. Sendo assim, foi constatado que não existe especificidade nas conexões córtico-corticais aferentes para A1 no dia P0.5, porém os dados obtidos se mostram inconclusíveis por não incluírem o grupo controle na análise.Tese Subclassification of neocortical neurons by electrophysiological membrane properties - Impact of noise overexposure(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-04-15) Sousa, Ingrid Nogueira; Leão, Emelie Katarina Svahn; http://lattes.cnpq.br/5112631283892199; Sequerra, Eduardo Bouth; http://lattes.cnpq.br/2028204211415978; Silberberg, Gilad; Petiz, Lyvia Lintzmaier; Anomal, Renata FigueiredoA exposição a ruídos altos pode gerar zumbido induzido por ruído em humanos e animais. Vários estudos observaram que a exposição ao ruído (NE) pode alterar a atividade neuronal de muitos, senão de todos os núcleos auditivos, incluindo o córtex auditivo primário (A1). Apesar do A1 fornecer importante feedback descendente aos núcleos da via auditiva, ainda pouco se sabe sobre como a NE afeta as propriedades eletrofisiológicas de membrana de tipos específicos de neurônios no A1. Aqui, fizemos registro de propriedades de disparo de células piramidais (PCs) e células Martinotti (MCs) da camada 5 (a principal camada de output cortical) do A1 em condições de controle ou uma semana após uma superexposição ao ruído (4-18 kHz, 90 dBs, 1,5 h, seguido de 1,5 h de silêncio). Além disso, os registros controle de MCs do A1 foram comparados aos registros controle de MCs do córtex motor primário (M1) para elucidar as especulações sobre a existência de subtipos morfo-elétricos de MCs em L5. Subtipos eletrofisiológicos de células piramidais e MCs foram identificados utilizando análise de componentes principais (PCA) e clustering, em combinação com marcadores genéticos para as MCs. Nossos dados mostraram que a NE altera a frequência de disparo das PCs em L5 em direções opostas após as injeções de corrente de despolarização, onde as PCs do Tipo A tiveram uma diminuição na frequência de disparo inicial (p = 0,02) e de disparo em estado estacionário (p = 0,050) e as PCs do Tipo B tiveram um aumento significativo na frequência de disparo em estado estacionário (p = 0,048). Também notamos que as MCs em A1 mostraram um aumento significativo na frequência de disparo inicial (p = 8,5 × 10−5) e em estado estacionário (p = 6,3 × 10−5) após a superexposição ao ruído. Ao comparar grupos controle de MCs na L5 de A1 e M1 observamos, através da análise de PCA, a formação de dois clusters com base nas 14 propriedades de membrana avaliadas. Nomeamos os grupos de MCs do Tipo 1 e MCs do Tipo 2 e, eles diferiram significativamente em 10 parâmetros para A1 e 11 parâmetros para M1, mostrando que as MCs na L5 do córtex não são um grupo homogêneo e podem ser subdivididos em duas classes principais. Em conclusão, observou-se que a alta NE causa efeitos distintos nas PCs do Tipo A e do Tipo B e também nas MCs inibitórias, o que parece alterar a atividade de feedback descendente e contralateral no sistema auditivo. Se as diferenças nas propriedades eletrofisiológicas de diferentes MCs permanecem após a superexposição ao ruído está além do que foi estudado nesta tese. No entanto, o fato das MCs em L5 de diferentes áreas corticais apresentarem características surpreendentemente semelhantes, ainda é um primeiro passo na direção de uma melhor classificação deste importante interneurônio inibitório. Finalmente, é importante estudar como a superexposição ao ruído pode afetar as propriedades da membrana neuronal, uma semana após um estímulo de ruído alto, a um nível celular para que assim se possa desenvolver opções de tratamento para restaurar o nível normal de atividade dentro do A1.Artigo The role of frontal and parietal cortex in the performance of gifted and average adolescents in a mental rotation task(2020-05-13) Anomal, Renata Figueiredo; Brandão, Daniel Soares; Porto, Silvia Beltrame; Oliveira, Sóstenes Silva de; Souza, Rafaela Faustino Lacerda de; Fiel, José de Santana; Gomes, Bruno Duarte; Pires, Izabel Augusta Hazin; Pereira Jr, AntonioVisual-spatial abilities are usually neglected in academic settings, even though several studies have shown that their predictive power in science, technology, engineering, and mathematics domains exceeds that of math and verbal ability. This neglect means that many spatially talented youths are not identified and nurtured, at a great cost to society. In the present work, we aim to identify behavioral and electrophysiological markers associated with visual spatial-ability in intellectually gifted adolescents (N = 15) compared to age-matched controls (N = 15). The participants performed a classic three-dimensional mental rotation task developed by Shepard and Metzler (1971) [33] while event-related potentials were measured in both frontal and parietal regions of interest. While response time was similar in the two groups, gifted subjects performed the test with greater accuracy. There was no indication of interhemispheric asymmetry of ERPs over parietal regions in both groups, although interhemispheric differences were observed in the frontal lobes. Moreover, intelligence quotient and working memory measures predicted variance in ERP’s amplitude in the right parietal and frontal hemispheres. We conclude that while gifted adolescents do not display a different pattern of electroencephalographic activity over the parietal cortex while performing the mental rotation task, their performance is correlated with the amplitude of ERPs in the frontal cortex during the execution of this task.